Resenhas - Chá de Sumiço

efinco 14/03/2015

Chá de Sumiço – As Irmãs Walsh #4
Favores são como dinheiro vivo: - Não podem ser gastos com coisas inúteis. (página 199)

E você leu Tem alguém aí e ficou toda animada pelo próximo e último livro.

Aquele que vai arrematar as outras histórias e te deixar com aquela velha e boa sensação de que todos os personagens seguem suas vidas fictícias com um feliz para sempre. Só que não.

A Helen, aquela que parecia a rainha do gelo nos livros anteriores começa te decepcionando com uma depressão no melhor estilo gótico e não estou nem aí. (Chato)

A história segue e o toque de humor e leveza no tratar do tema depressão fazem você não largar o livro no meio.... Tenho que confessar que a mamãe e pai Walsh salvam o livro para mim, mas vamos lá.

Eu me irritei muito com a Helen e seu relacionamento com o atual namorado porque que ela nem era a sobra do que foi nos livros anteriores. Mas a busca pelo desaparecido e as voltas para encontra-lo deixam a história animada e não descambam para morbidez; E para ser sincera adorei o desfecho da localização. Por não ter sido obvio e ajudar na volta aos trilhos da nossa personagem.

É um bom livro. Melhor que Melancia, mas os 3 anteriores são melhores que ele. Não embarquei no problema da personagem, mas não me irritou. O romance é bom.Achei os ''finais'' das tramas muito corridos. Os outros 4 livros mereciam mais por parte da autora.


Vale a leitura!


site: http://bibliotecalecture.blogspot.com.br/2016/08/cha-de-sumico-marian-keyes.html

Lily 14/01/2015

Conhecendo Helen.
Não sei se fui só eu, mas de todas as irmãs Helen era a mais odiada. No entanto esse livro me fez olhar pra ela com outros olhos. Até me identifiquei um pouco.

Helen está numa situação complicada. A Irlanda está em crise, seus clientes sumiram, ela perdeu seu apartamento e teve voltar pra casa dos pais, sem direito a orgulho. Além disso, ou por causa disso a depressão, que tinha superado a um ano atras, está de volta. Junto com pensamentos de morte. No entanto com o sumiço de um antigo cantor de pop, as vésperas do show de reencontro de sua banda, ela acaba tendo os dias que serviriam para lamber a feridas ocupados.

Adorei a maneira como a autora falou sobre depressão, sobre doenças da mente, sem criar ou reproduzir estigmas e esteriótipos. Ela de fato retratou a mente de alguém que está doente com uma angústia profunda. Um elemento novo a sua já conhecida narrativa foi o mistério, que deixou tudo com um ar mais interessante e curioso.

Amei esse livro, assim como amei os outros da série, meu favorito ainda é férias, mas Chá do sumiço mantém o nível da autora. Já sou fã assumida de Marian Keyes, e leio qualquer coisa que ela lançar.

Giuliana Sperandio 01/01/2015

Um pouco cansativo mas....
Bem essa é a história de Helen Walsh e se você espera a mesma Helen dos livros anteriores da família Walsh vai ficar um pouquinho decepcionada...
Ela nesse livro já está adulta, e é uma detetive particular com depressão...
O livro não é ruim, é legal, a história é divertida sim, mas é um pouco cansativa....
Nesse livro ela tem duas missões encontrar um ex astro de rock perdido a tempo de um mega show de reencontro da banda e tentar submergir de sua depressão...
O que é cansativo no livro é que em menos páginas a autora teria tido o mesmo efeito sem cansar o leitor com um monte de coisinha bla bla bla...
Mas Marian Keyes é Marian Keyes e acho que nenhum livro dela eu poderia classificar como ruim...
No fim o leitor acaba curioso com os dois finais o de Helen e o de Wayne, então se eu puder dar um conselho seria... Não espere uma leitura tão hilariante e tão Helen aos 19 anos.... Mas eu não me arrependi de lê-lo, é ao mesmo tempo reflexivo de como as vezes uma pessoa mesmo a mais forte pode ta sofrendo com depressão sem ser vista ou entendida...
Então eu classifico como uma leitura boa e light apesar de estendida...
:D

Fernanda R 30/12/2014

Me decepcionou
Esperei esse livro por anos, e o achei depressivo. Pior livro das irmãs Walsh.

Leilane 26/12/2014

Faz parte da série, mas não precisa ser lido na ordem
Chá de Sumiço é o quinto livro da Família Walsh. Ele é a continuação dos livros Melancia, Férias!, Los Angeles e Tem Alguém Aí?, caso você queria ler na ordem, mas percebi que não é estritamente necessário. Pela primeira vez na minha vida de leitora, li um livro fora da ordem da série e isso não causou problemas na minha leitura, já que passei do primeiro, Melancia, direto para o último, Chá de Sumiço. Apesar de haver se passado muito tempo entre os livros e outras coisas terem acontecidos nos livros anteriores, pouco dessas histórias se reflete na história de Helen, então é perfeitamente possível ler esses livros na ordem que o leitor preferir.
Helen Walsh é uma detetive particular que, assim como a maioria das pessoas na Irlanda, foi atingida com um rolo compressor pela crise econômica do país. As ofertas de trabalhos são quase inexistentes em sua área, ela perdeu quase tudo para a grande dívida em seu cartão de crédito – levaram quase todos os itens de seu apartamento –, os serviços básicos e a TV foram cortados por falta de pagamento e ela decidiu que era melhor abandonar seu tão amado apartamento, pois era uma questão de tempo até que alguém viesse e o tomasse também. Ela volta à casa de seus pais que não ficam nada satisfeitos, apesar de não terem opção senão acolhe-la, mas logo tudo muda porque um ex aparece oferecendo um trabalho: encontrar um dos integrantes desaparecidos da boy band Laddz, que fez muito sucesso no passado e agora se reunirá para alguns shows – algo que muitos no país estão bem ansiosos por ver. Aos poucos, Helen vai se envolvendo mais com a história da pessoa desaparecida, Wayne Diffney, e acaba se identificando com ele.
Marian Keyes sempre tem um tema central que ela aborda em seus livros, dessa vez é a depressão. Achei que ela o abordou com muita sensibilidade e realismo, quem sofre de depressão, principalmente aqueles que já tiveram crises fortíssimas que levaram a um quase suicídio, nunca será o mesmo que um dia foi, mas não significa que ele não pode tentar e ser alguém diferente que se sente feliz de formas diferentes da maioria, não é algo que alguém virá com um bisturi, cortará uma secção do cérebro da pessoa e ela estará imediatamente curada, é algo ao qual a pessoa terá para o resto da vida e só com muita perseverança e tratamento adequado o indivíduo pode ter uma vida funcional e cercada da felicidade que lhe é necessária.
Meu único problema com este livro é que ele poderia ter no mínimo 200 páginas a menos para ser realmente um bom livro. A Marian Keyes tem um estilo de leitura muito detalhado, não só para a história em si, mas também para os devaneios de seus personagens, ou seja, nos momentos que sua personagem está pensando no que fazer ou no meio de uma conversa, ela começa a pensar em echarpes, cores de tinta, bolsas etc. e cada um desses momentos, que são muitos, ela gasta de uma a três páginas naquilo, o que deixa a história comprida demais. Acredito que era muito mais fácil declarar a paixão dela por tais coisas a dar descrições extensas que podem tirar a vontade do leitor de continuar a história. No mais, a leitura é muito boa, não tenho nenhum nível de identificação com a personagem Helen – sinceramente, já não tinha gostado muito da personalidade dela em Melancia e isso meio que se manteve –, também não tive com os outros personagens para ser sincera, mas torci por eles mesmo assim, tirando lógicos alguns idiotas na história que você prefere não ver nunca mais assim como a própria Helen.
Há pouco romance no livro, ele trata mais sobre os problemas que a Helen passou, mas tem o lado positivo que ela encontrou Artie, exatamente a pessoa que ela precisava e isso o torna especial, mas gosto mais de outros personagens masculinos de outros livros da Marian. E por falar nos problemas de Helen, um fator que achei bem interessante é ver como os cidadãos irlandeses lidam com a situação econômica do país, a Irlanda é um dos países da zona do euro que mais sofre com a economia no momento e a autora trouxe essa realidade para o livro que afetou diretamente sua personagem, sendo esta a segunda grande problemática do livro depois da depressão.
Recomendo o livro para quem gosta de autores que tratam de problemas reais e não fogem das limitações da realidade desses problemas, ou seja, que não magicamente resolvem tudo no final, tornando a história quase um conto de fadas, mas se preparem para uma leitura descritiva e bem longa.

site: http://lerimaginar.com.br/blog/2014/02/03/cha-de-sumico-marian-keyes/

Livia 20/11/2014

GOSTEI!!!
Comecei a leitura sem muita empolgação, pois ouvi muita gente dizer que não é tão divertido quanto os outros, já que a Helen é a irmã mais maluquinha da familia, então espera-se muito dela.
Me surpreendi porque gostei muito e achei bem divertido, mas realmente não é mais a Helen pirada e inconsequente de antes. Aqui ela ja está mais velha, mais responsavel, apesar de manter velhos habitos.
Helen é uma detetive particular e nesse livro ela é contratada para uma super investigação. O misterio é tão intrigante que você não tem vontade de para até descobrir o que realmente aconteceu.
O final me surpreendeu muito, algo que não esperava.
Como sempre, humor e assuntos polemico são abordados nos livros da Marian.
Vale a pena!

Ivi 10/09/2014

CHÁ DE SUMIÇO (Marian Keyes)

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 7º livro lido em 2014 e foi CHÁ DE SUMIÇO (Marian Keyes). Sou fascinada pela escrita da Marian, e este livro é o último livro da série das Irmãs Walsh e eu estava curiosa demais pra saber como seria a história da irmã caçula, a Helen.

Este livro nos traz a Helen, uma mulher de trinta e poucos anos vivendo um momento de caos da sua vida: Está sem trabalho, sem dinheiro e sem teto, porque o seu apartamento foi retomado pelo banco em função da inadimplência e apesar de ter um namorado lindo e carinhoso, o Artie, seu ex reaparece na vida dela lhe propondo um emprego e Helen terá que aceitar porque ela está completamente falida.

Helen é uma detetive particular e já teve a sua reputação profissional muito recomendada no meio, mas a crise econômica que abala a Irlanda acabou alcançando os potenciais clientes dela. Jay Parker, seu ex namorado, alguém que a decepcionou bastante no passado, lhe oferece o trabalho de procurar o paradeiro de Wayne Diffney, um dos integrantes de uma famosa banda pop. Helen aceita o trabalho e mergulha no mundo dos bastidores do show business. Isso seria um trabalho normal como muitos outros que Helen já executou, porém ela está doente: Helen sofre de depressão e tem que se equilibrar sobre a doença e a necessidade de sobrevivência.

Apesar da abordagem do livro ser séria, afinal estamos falando sobre alguém que é tão triste ao ponto de ser doente e também envolver o desaparecimento de um homem, o livro é muito engraçado. Eu dei altas gargalhadas durante várias partes e em várias situações e ainda que a narrativa principal do livro seja sobre a semana em que Helen terá que encontrar Wayne, o livro nos coloca a par de toda a trajetória da protagonista e isso deu uma abrangência importante para toda a trama.

Terminei de ler este livro e me senti extremamente órfã das irmãs Walsh, porque afinal, este livro encerra a saga das cinco irmãs e agora não teremos mais notícias sobre essas mulheres tão normais e ao mesmo tempo tão bizarras.

Super recomendo o livro, mas se você não leu nenhum livro da série, eu aconselho a ler desde o primeiro porque se for ler fora de ordem, encontrará spoilers monstruosos dos outros livros.



O livro é recheado por frases espirituosas ou em contraponto, reflexões sérias sobre a depressão. As opiniões da personagem e a maneira peculiar como ela enxerga o mundo, me renderam a difícil tarefa de escolher poucos, dos vários quotes que eu separei.


- Mas ele andava chorando!


- Ás vezes os homens choram, isso não é ilegal. página 275

Favores são como dinheiro vivo: Não podem ser gastos com coisas inúteis. página 199




O livro é MUITO BOM e eu acredito que será uma aventura maravilhosa para você!




Considerações sobre a série:




Livro 1: MELANCIA

Livro 2: FÉRIAS

Livro 3: LOS ANGELES

Livro 4: TEM ALGUÉM AÍ?

Livro 5: CHÁ DE SUMIÇO




A série é formada por estes 5 livros e cada um deles, conta a história de uma das filhas da mamãe Walsh, uma mulher irlandesa que em um único parágrafo onde é descrita, independente das características que serão contadas, já arranca risadas escandalosas dos leitores. Mamãe Walsh teve 5 filhas: Claire é a protagonista do livro Melancia; Rachel é a protagonista do livro FÉRIAS; Margaret é a protagonista do livro LOS ANGELES; Anna é a protagonista do livro TEM ALGUÉM AÍ? E finalmente a Helen é a protagonista do livro CHÁ DE SUMIÇO.

Todos os livros são independentes e as outras irmãs são apenas mencionadas na história, salvo a Helen que em todos os livros é uma coadjuvante marcante, talvez isso justifique a minha ansiedade em ler sua história. Cada livro traz uma premissa muito diferente uma da outra, com abordagens sérias, tratadas com leveza e bom humor, mostrando personagens que se enrolam com suas escolhas, que aprendem com os próprios erros, que amam e odeiam com a mesma força e que só desejam ser felizes. Sou fã da autora e indico sempre seus livros e, se você gosta de histórias bem desenvolvidas, originais e com direito a piadas inteligentes, pode ter certeza que você irá gostar.

Juh_Oliveira 12/08/2014

Meio cansativo, mas gostei
Gostei bastante do livro, apesar de ter achado bem cansativo em algumas partes. Acho que não precisava de quase 500 páginas pra contar a história. Não achei o final óbvio, como alguém disse aqui, não imaginei que o final seria aquele. Mas como sempre foi uma leitura gostosa, como todos os livros que já li da MK até agora. As irmãs Walsh são minhas preferidas!

Ca Melo 28/07/2014

Marian Keyes arrasa! #SérieFamíliaWalsh5 #ChickLit
Sinopse: Helen Walsh não vive um bom momento. O trabalho como detetive particular não vai bem, o apartamento foi tomado por falta de pagamento e um ex- namorado surge com uma proposta de trabalho: encontrar o desaparecido músico da Laddz, a boy band do momento. Precisando do dinheiro, ela se vê forçada a aceitar, o que causa uma confusão em sua cabeça ao conviver com o ex e precisar acalmar o atual namorado. Ao tentar seguir suas próprias regras, Helen será arrastada para o mundo complexo, perigoso e glamoroso do showbiz, percebendo que seu pior inimigo ainda está por surgir. Irresistível, comovente e muito engraçado, Chá de sumiço é diferente de todos os romances do gênero, e a protagonista – corajosa, vulnerável e dona de uma língua afiadíssima – é a heroína perfeita para os novos tempos.

Esse é o último e o mais esperado livro para aqueles que acompanham a série que conta as histórias das irmãs Walsh (Claire - Melancia; Rachel - Férias; Maggie - Los Angeles; Anna - Tem Alguém Aí?). Com muito humor na abordagem de temas bem polêmicos e uma escrita bem gostosa de levar, Marian Keyes conquistou o meu coração e o gênero Chick Lit é o que mais gosto, devido à essa brilhante autora, sem sombra de dúvidas. Apesar do livro ter 644 (sim, 644 páginas) ele é muito interessante e surpreendente. "Chá de Sumiço" agora divide a posição junto com "Tem Alguém Aí?" dos melhores livros da autora.

Para aqueles, que como eu, já tinham lido há algum tempo o livro anterior da série, não tem problema nenhum, a autora relembra alguns personagens e até cita um episódio do livro anterior, para nos ajudar ;)

O livro além de trazer o mistério do paradeiro do músico
Wayne, também trás o mistério do término do namoro de Helen com Jay Parker, o "sumiço" da melhor amiga de Helen, Bronagh. (Ok, sem spoiler, hahaha). Confesso que fiquei bem surpresa com a nova vida de Helen, a irmã que aparentava ser a mais forte de todas as outras, mas em meio à tantas fragilidades, Helen Walsh, continua sendo Helen Walsh e são as partes mais hilárias do livro.

Adorei a forma como a autora foi "fechando" cada ponto aberto na história, e no final ficou tudo bem claro e com nexo, desenvolvidos muito bem, sem pressa (o porquê das 644 páginas, rsrs) ou detalhes sobrando ou que não faziam sentido. Um dos motivos de gostar tanto do estilo da Marian Keyes é justamente esse: fechar todos os pontos da história, não deixar nenhuma pergunta sem resposta.

Super recomendo para aqueles que precisam rir um pouco e que gostam de Chick Lit... #MarianKeysSempre =D

Graziele 20/07/2014

Chá de Sumiço.
Mais uma sensacional história envolvendo a Família Walsh.
Desta vez a irmã caçula - Helen Walsh - se aventura em uma busca implacável de um astro do Rock, a pedido de seu ex-namorado lindo e atraente.
Envolvente do começo ao fim, Marian Keyes novamente envolve o leitor em um suspense, cheio de mistérios, romance, aventura, e aquela pitadinha de humor.
E para ficar ainda mais gostoso, ao ler o livro "Chá de Sumiço" você descobre o que aconteceu com o "bebê rosa" do Livro "Melancia", a graciosa bebê Katie, da irmã mais velha "Claire".
Não tem como não rir, chorar, e se envolver com esses personagens tão ricos de detalhes.

Adri 12/07/2014

Chá de Sumiço - Marian Keyes
Eu nunca tinha prestado muita atenção nos livros da Marian Keyes, apesar de sempre ouvir falar muito bem dela. Os livros nunca tinham me chamado a atenção, Chá de Sumiço foi o primeiro. Assim que li “detetive particular” na sinopse, sabia que precisava ler esse livro. E assim, fui atrás dele e, assim que chegou aqui em casa, li. E nem me importei com as mais de 600 páginas. O livro foi completamente diferente do que eu esperava, mas eu acabei gostando mesmo assim.

Helen Walsh nunca foi uma mulher comum. Desde sempre, ela nunca conseguiu manter o interesse nas coisas, sempre começava alguma coisa e logo desanimava, e acabava desistindo. E foi assim, no meio dos muitos cursos que ela começava e não terminava, que ela acabou em um curso para ser detetive. E foi a primeira vez que ela conseguiu, não só concluir o curso, como também continuar interessada depois de um tempo.

A ideia de vigiar alguém, descobrir casos, encontrar respostas, a fascinava. E ela era ótima no que fazia. Até que a crise na Irlanda fez com que as pessoas não tivessem mais dinheiro para contratar detetives particulares. E é aí que a vida de Helen começa a ir de mal a pior. Completamente sem trabalho, ela começa a colocar as prestações do apartamento no cartão de crédito, que já há muito não dava conta de pagar. A TV a cabo é cortada, mas ela pode viver sem TV. O recolhimento de lixo é cortado, mas ela pode levar o lixo até a casa dos pais e lá ele é recolhido. A energia elétrica é cortada, mas Helen está confiante de que consegue viver sem luz. Até que ela é despejada, e é aí que seu mundo cai de verdade.

Obrigada a voltar a morar com os pais, Helen não sabe o que fazer de sua vida. A depressão, que ela pensava ter superado, começa a dar sinais de que está voltando. E ela não faz a menor ideia do que fazer. Até que seu ex-namorado, aquele que ela não queria ver nunca mais, aparece com uma proposta de trabalho. Tudo o que Helen não quer é voltar a ver Jay, principalmente agora que ela está se dando tão bem com Artie, seu atual namorado. Mas ela está realmente precisando de dinheiro, e Jay está oferecendo mais que o dobro do que ela normalmente cobraria.

Tudo o que ela tem que fazer é encontrar Wayne Diffney, o antigo integrante da Laddz, uma banda que fez muito sucesso a um tempo atrás. Wayne desapareceu do nada, depois de ter aceitado e até ensaiado para os três shows de reencontro que a banda fará na semana seguinte. E é por isso que Helen deve encontra-lo o mais rápido possível, antes que o público descubra.

A casa de Wayne é linda, é a casa de seus sonhos. Principalmente agora que ela não tem mais uma casa. Quanto mais ela vai descobrindo coisas sobre Wayne, mais ela vai percebendo como ele parece ser um cara legal, e que talvez ele tenha desaparecido simplesmente para evitar a vergonha de ter que se apresentar de novo. Porque sim, ele passou muita vergonha naquela época. E seria uma vergonha maior ainda fazer tudo isso de novo.

Mas Wayne não parece ser o tipo de cara que sumiria sem dizer nada a ninguém, deixando sua família preocupada, e seus companheiros de banca desesperados, porque todos eles precisavam muito do dinheiro. Por tudo o que Helen descobriu sobre ele, ele não faria isso. Mas é a única coisa que faz sentido, porque ele não parece ter sido sequestrado. E o tempo está passando, e Helen não consegue descobrir onde ele está.

Isso já está a desesperando, afinal, ela já procurou em todos os lugares possíveis, e nada de Wayne. E seus companheiros de banda, por mais dispostos que pareçam para ajudá-la, não parecem estar sendo inteiramente honestos com ela. Mas como ela faz para fazer com que eles contem a verdade? E será que essa verdade é tão importante assim?

E, o mais importante: será que ela deve mesmo encontrar Wayne? Será que ela não deve simplesmente deixa-lo escondido onde ele está? Se não fosse por estar sendo paga por isso, Helen já teria abandonado o caso fazia tempo. Mas ela não pode abandonar o caso, principalmente porque, se fizer isso, sua vida voltará a não ter perspectiva. E a depressão, que já está a sufocando, voltará de uma vez por todas. E aí ela perderá tudo.

Chá de Sumiço foi um livro bem diferente do que eu esperava, mas eu acabei gostando. Achei que ia ser um livro mais divertido, e que ia focar mais no mistério do sumiço do Wayne. Mas acabou que a autora focou mais na depressão da Helen. Não que isso tenha sido ruim, porque a autora conseguiu fazer com que a personagem ficasse legal mesmo depressiva, o que não é fácil. Não cheguei a viciar no livro, ao ponto de não querer parar de ler de jeito nenhum, mas ao mesmo tempo não sentia preguiça de continuar a leitura, o que significa que a escrita da autora é boa, porque ultimamente livros maiores andam me cansando facilmente. Gostei do livro, e recomendo, mas não vão ler pensando que encontrarão um grande mistério e tal, porque o livro não é sobre isso.

site: http://stolenights.blogspot.com.br/2014/04/resenha-cha-de-sumico-marian-keyes.html

Lili 06/07/2014

Decepcionante
Este livro quase foi parar na Lista da Pá.

Já fui a maior fã de Marian Keyes, comprava os livros dela ainda na pré-venda e parava a vida enquanto não terminasse de ler. Mas de um tempo pra cá tenho pensado que os livros dela são somente "mais do mesmo".

Este livro tinha tudo para ser especial. É o último livro das irmãs Walsh e a protagonista é a mais peculiar entre as irmãs. Acredite, isso na família Walsh significa MUITO. Mas a trama fica morna por um bom tempo, com um destaque muito grande para a depressão (de novo!), descrição de detalhes sem importância, um suspense feito sobre nada... Espera-se por grandes revelações e reviravoltas, mas no fim é tudo bem menor do que o esperado.

Posso estar sendo mais dura do que o livro merece, talvez por esperar tanto dos livros de Marian Keyes, mas realmente não recomendo a quem já leu outros dela. Para quem não leu, ou leu só um ou dois, talvez ainda goste, porque a narrativa dela é gostosa de se ler e ela sempre consegue descrever algumas cenas hilárias. Mas para quem já leu a maioria ou todos os outros dela, talvez sinta a mesma decepção que eu.

Thaís 19/06/2014

Não são muitos os autores que me fazem esperar com muita expectativa pelo próximo lançamento e dentro os poucos nessa lista Marian Keyes sem dúvida fica lá nos primeiros lugares. Sempre que leio que saiu um livro novo dela eu já sei que posso esperar temas sérios e pesados, mas que são tratados de sua maneira leve, descontraída e com a certeza que gargalharei em muitas passagens do livro.

Se um livro da Marian, qualquer que seja, já me deixa enlouquecida para tê-lo quando o anuncio de que “Chá de Sumiço” seria, enfim, o livro de Helen Walsh, a caçula de uma das famílias mais loucas que já tive o prazer de ler, fez com que eu esperasse ansiosamente pelo lançamento.

Nesse livro podemos o lado de Helen que não víamos nos outros livros, vemos a visão dela mesma sobre o mundo. Ela ainda é sarcástica, ácida em seus comentários, tem uma relação completamente doida com a família, mas não é a mesma que lemos em “Melancia”. Mas é claro que não seria, agora Helen tem 33 anos e passou por momentos sombrios de depressão e se vê enfrentando uma recaída após perder seu apartamento e ter que voltar a morar com os pais – que nunca deixam de ser aquele casal que nos faz rir a cada aparição, mamãe Walsh é sem dúvidas a melhor personagem dessa família!

Desde “Melancia” até “Tem Alguém Aqui?” passamos por inúmeros dos empregos de Helen até que ela acha sua real vocação como detetive particular e é num momento de poucos trabalhos que Jay Parker, um de seus ex namorados. Jay está gerenciando os show de reencontro de uma boy band irlandesa, mas um dos integrantes simplesmente sumiu e para encontrá-lo ele procura Helen.

E é claro temos Archie, o atual namorado de Helen, que é divorciado e pai de 3 filhos – o garoto que rende cenas hilárias com ela, pois ele não a suporta e tem uma língua tão ácida quanto a dela. Eu fiquei apaixonada pela família Devlin, só a ex-mulher sem limites que achei um pouco demais. Mas eles realmente não aparecem muito no livro, mas quando aparecem, principalmente a filha caçula de Archie, são uma fofura.

Durante todo o livro vemos a batalha interna de Helen contra a depressão e em como ela em alguns momentos acha que não terá fim o sofrimento, e em como as pessoas que não estão doentes veem e tratam a pessoa com depressão como se ela fosse culpa ou não tivesse motivos para aquilo.

“Chá de Sumiço” foi bastante influenciado pelo período em que Marian lutou, mais uma vez, contra a depressão. Esse foi, inclusive, o livro que menos ri e não por falta de cenas engraçadas, mas sim porque elas serem menos frequentes do que o usual. Mas mesmo assim o livro não deixou nada a desejar e é somente mais outra abordagem da autora que já tratou de vários temas tabus em seu livros.

Karen 14/06/2014

A Helen Walsh é um mistério
En chá de sumiço vemos a Helen mais celha, mais responsável e quase entrando numa crise horrível de depressão. Mas é essa sua parte peculiar que a torna única.
O livro é longo e a história é contada por 7 dias... em cima do prazo ela desvenda o mistério e se coloca como uma defensora feroz do seu cliente oculto.

Cê 28/05/2014

Livro aborda mistério e depressão
É claro que quando soube que uma de minhas autoras prediletas havia acabado de lançar uma nova obra (após, segundo o que li, uma forte depressão), quis comprar e ler imediatamente o seu novo romance. Mas não foi isso que aconteceu... Precisei ter um pouco de paciência e uma dose muito forte de determinação e foco. Estava estudando para um concurso e não tinha tempo para outras leituras. Cheguei a comprar o livro e colocá-lo em minha lista de espera. Até que o momento finalmente chegou.

Estava muito ansiosa com este romance, porque era – finalmente – o livro da Helen Walsh, a caçula da família Walsh, a irônica, linda e azeda Helen. Confesso que esperava um pouquinho mais da história (acho que foi pela demora para ler o livro, acabei criando muitas expectativas). Claro que me diverti muito, dei boas risadas, como em qualquer outro livro da autora.

Mas... era o livro da Helen... Queria mais, eu acho... Sem contar que às vezes acho um pouco forçado o humor da obra. Situações forçadas, meio exageradas (pode ser a intenção da autora fazer isso mesmo, mas gosto mais quando a coisa parece ser mais natural).

Helen está passando por um momento difícil: há pouco trabalho na sua área (ela é detetive), teve de voltar a morar com os pais, pois não conseguiu pagar a hipoteca de seu apartamento e os seus cartões de crédito estão todos estourados. Sem muita opção ela aceita trabalhar para o ex-namorado, Jay Parker, produtor de uma banda que outrora foi famosa, a Laddz.

Um dos integrantes da banda, Wayne Diffney, desapareceu às vésperas de uma turnê de reencontro dos integrantes e Parker contrata Helen para localizar o membro desaparecido. Há muito dinheiro envolvido e, se Wayne não aparecer para os shows, tudo pode estar perdido.

Muitos temas são abordados no livro, como a depressão, o mundo do show business, um pouco de suspense e mistério por causa do desaparecimento de Wayne, além de outros temas do universo feminino. A mamãe Walsh merece destaque nesta obra, pois ela está muito divertida. Acho que a autora soube desenvolver muito bem a questão do mistério que gira em torno do livro. Ela fez de uma maneira bem redonda, acredito que o leitor não imagina o final, mas este é bastante criativo e tem muito sentido, no final das contas.

Como sempre, Marian Keyes é uma ótima escolha. Com histórias mirabolantes ou não.