spoiler visualizarJéss 07/01/2019
ESSE LIVRO MEXEU COMIGO.
Impactada. Essa a palavra que melhor define como eu saio da leituta desse livro. #PrettyGirl13 não é uma leitura leve, não é o tipo de livro que aquece o coração, aqui você sai com o coração apertado, sai com uma vontade enorme de abraçar e proteger Angel - uma das protagonistas mais fortes que li na vida.
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Angel tinha treze anos e estava em um acampamento quando, do nada, ela está na rua de sua casa, cheia de cicatrizes, com dor, fome e, inexplicáveis dezesseis anos. Ela não faz ideia de onde esteve, não sabe como chegou ali e, definitivamente não se sente como uma adolescente de dezesseis anos. Tão grande quanto as dúvidas da garota é a ração dos pais dela que, depois de três longos anos não esperavam reencontrar a filha desaparecida batendo em sua porta.
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Cheia de lacunas pra preencher, nossa protagonista entra dentro da própria mente pra escavar verdades. E então é só bomba atrás de bomba, inicia-se uma sequência de lembranças que te deixam com raiva, com nojo e você só queria poder entrar no livro e proteger nossa protagonista desse pesadelo.
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Diagnosticada com #TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade), Angel tem que conviver com a forma que sua mente encontrou para sobreviver aos infernos que ela passou desde a infância. Vê-la visitar cada parte sombria de sua vida é tão doloroso que foi impossível não me imaginar no lugar dela, acompanhar a "morte" de cada parte de suas múltiplas partes e ver as consequências que ficavam pra trás só aumenta o sentimento de raiva e angústia que eu senti por cada pessoa que a machucou.
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Com descrições fortes, foi impossível não ficar vidrada. Cada capítulo uma baque, cada nova descoberta uma dor misturada com alívio de ver que Angel estava finalmente se libertando das malditas correntes que por tantos anos a mantivera presa dentro do próprio corpo. E quando a pior verdade vem a tona, você simplesmente a acolhe e sente a dor junto com ela, você sabe que o final não vai ser um conto de fadas mas entende que vai ser melhor assim.
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Eu simplesmente poderia falar horas a fio sobre esse livro, sobre como ele me mudou, como me deixou mais forte. Não importa em quantas partes você tenha sido quebrado, juntar tudo e se levantar (mesmo cheio de cicatrizes) ainda é o melhor caminho. E se, lhe falta inspiração esse livro pode, com toda certeza, te ajudar.