spoiler visualizarSascha.Reger 30/06/2016
Veneno Sarah Pinborough
Ficha Técnica:
Autora: Pinborough, Sarah
Título Original: Poison
Tradutor: Edmundo Barreiros
Local: São Paulo
Editora: Editora Gente
Selo: Única Editora, 2013. 2ª Tiragem
Páginas:223
Capa: Brochura
ISBN: 978-85-67028-26-2
Autora(a)
Sarah Pinborough Nasceu em 1972, Milton Keynes, No Reino Unido, é romancista e roteirista de sucesso, assim como autora best-seller na Inglaterra. Ela trabalhou como roteirista na BBC para a série New Tricks, e os direitos de sua trilogia The Dog-faced Gods foi adquirida para série de TV. A autora também está desenvolvendo um filme de terror chamado Cracked. Como autora de livros, Sarah venceu os prêmios British Fantasy Award por melhor livro de contos em 2008 e o British Fantasy Award para melhor romance em 2010 (com o livro The Language of the Dying). Escritora de outros grandes livros de sucesso, atualmente Sarah vive em Londres e se dedica exclusivamente à escrita
Personagens Principais
Branca de Neve – A principal do livro
Lilith – Madrasta de Branca de Neve
Rei – Pai de branca de neve.
Príncipe – Com que ele se casa
Caçador –Que finge matar Branca de Neve, e acaba virando rato;
Bisavó de Lilith – Tem casa de doces na floresta, e ajudou a Lilith com magias.
Carrancudo –
Cotoco –
Sonhador –
Qual você mais gostou e porquê?
Eu gostei em especial da Branca de Neve, pois ela foi muito guerreira e meiga ao mesmo tempo safada, ela enfrentou a madrasta como devia, e se deixou levar por seus sentimentos, Branca de Neve foi incrível e adulta.
Conteúdo do livro - Veneno
Não vá esperando um conto de fadas, afinal, essa história não é para crianças. Logo de início começa com uma cena um tanto adulta. Depois que sua esposa morreu, o rei casou-se novamente. A nova rainha era etérea e assim que o rei partiu para a guerra com o reino vizinho, a bela mulher tomou o poder. No instante em que ele partira, a garoa transformou-se em tempestade e um silencio sombrio envolveu o castelo. Lilith, aprendera com sua bisavó a arte da feitiçaria, além da sedução inata de mulher.
Branca de Neve tinha um coração puro, mas a carne ardente em desejo. Era livre e selvagem e sua beleza só agrava isso. A rainha invejava pela beleza natural e ordenou a um caçador que trouxesse seu coração. Ao encontrar Branca, nua, da forma mais pura a nadar, repensou se o coração da moça valia sua sobrevivência. Sem vergonha ou pudor, Branca deixou-se olhar. Ele aconselhou a fugir, mas ela não fugiu tão fácil, não antes de tê-lo por entre as pernas.
O caçador entrega a faca ensanguentada e o coração, mas não conta que a avó da feiticeira está na espreita e descobre ser o coração de um veado. Por tamanha traição, o caçador é transformado em um camundongo. A velha saiu para floresta a fim de achar Branca, em posse de uma maçã vermelha e brilhante. Os anões voltavam da floresta quando viu a garota levar algo na boca, antes que pudessem gritar, ela caiu sem vida no chão duro.
Os anões perceberam que ela não mudava, mesmo depois de dias. Não podiam enterrá-la, então fizeram um caixão de vidro e a deixaram lá. A vestiram com sedas rosa, por mais que ela odiasse e preferisse as calças de montaria. Um estranho homem ferido foi encontrado na floresta, e os anões trataram dele. Ele viu Branca, e apaixonou-se por sua beleza no mesmo instante. Sonhador costumava contar o quanto ela era mais bonita ainda em vida. Porém, a rainha tinha olhos por toda região, com seus os corvos enfeitiçados.
Ela emaranhou-se com a guarda real na floresta a fim de reaver o corpo de Branca de Neve. Com o mito de que a princesa apenas desaparecera, procurou por todo o reino. Bateu à porta dos anões, Sonhador atordoado atendeu, e com medo, convidou-a para procurar na casa, mas ela prosseguiu a busca nas outras cabanas. O estranho apaixonado pela princesa estava de partida, e o anão implorou para que ele a levasse com ele.
O príncipe partiu com Carrancudo e Sonhador, e os três transportaram a princesa em uma carroça. No percurso a carroça tombou, e ouviram um estranho barulho vindo do caixão. Branca de Neve olhava para eles atônita enquanto cuspia a maçã que ficara presa em sua garganta. No mesmo instante, o viajante a pediu em casamento, e depois de certo tempo ela aceitou. Casaram-se no dia seguinte em uma igreja da aldeia que ficava no caminho para o reino dele. Quando em fim ele descobriu que sua amada não era pura como ele pensava, para se vingar dela, ele mandou preparar um suco com a maça enfeitiçada, assim voltou para seu reino.
Minhas impressões
Eis que a reviravolta acontece, o mocinho revela-se o vilão. O final é extremamente surpreendente, por isso não vou contá-lo. A leitura fluiu bem, li o livro em apenas um dia. A linguagem é de facil compreensão, e os adornos deixaram o livro mais interessantes. Embora eu pense que Sarah tenha forçado um pouco nas comparações e nas repetições de palavras.
O objetivo do livro era contar a história da Branca de Neve de uma forma diferente, e foi isso que eu vi. Não foi uma história distorcida, e sim uma história com outras influências. Já vi várias histórias recontadas, mas nenhuma é igual a essa. No livro, todos têm seus motivos para agir como tal, e isso foi muito interessante. Há certa originalidade no livro, o modo como foi apresentado a história, e como o vilão passa a ser a vítima no decorrer da história.
A autora conseguiu mostrar os desejos dos personagens em cada capítulo, além do que os motivaram a como tal. Há uma grande presença do eu selvagem nessa trilogia, o que eu aprecio muito. A ligação dos personagens com a natureza, e o equilíbrio deles consigo mesmos.
Eu gostei muito da diagramação, em primeiro lugar. As letras são do tamanho perfeito, e os desenhos e detalhes que lembram os contos de fadas são lindos. A presença do espelho não podia faltar.
Adorei a capa, mas acho que foi usada muita maquiagem para representar Branca de Neve, e no livro ela é descrita como uma garota da natureza, selvagem e de beleza natural.