O visconde Partido ao Meio

O visconde Partido ao Meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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e-zamprogno 12/01/2013

Uma fábula infantil

Em todos os aspectos me pareceu uma fábula, dos acontecimentos fantásticos à presença de uma moral.
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Samuel 16/06/2018

Um livro para trabalho escolar...
Até aparecer o nome na lista de livros para ler da minha escola, eu nunca tinha ouvido falar de O Visconde Partido ao Meio nem de Ítalo Calvino. Um escritor e uma obra clássica. E assim, de forma ingênua e inesperada do livro que entrei em outro tipo de literatura que não estava acostumado a ler.
Eu lia em PDF para não precisar comprar o livro e toda noite por 3 dias antes de dormir, abria o texto e a aba do Google, principalmente. Durante grande parte da leitura, via palavras que nunca tinha ouvido falar como " azamafado" e "choupana".
A história me prendeu aos poucos no começo e somente do meio ao fim que pude perceber o enredo simples narrado pelo sobrinho do visconde, direto às situações decorrentes da história e profundo ao tema. Tratando-se, literal e figurativamente, da dualidade do ser humano.
E de como somos um todo de partes opostas apoiadas por nossa natureza experiente de sentidos e emoções.

Minha opinião é de um livro bem escrito, redigido a uma fabula e criterioso aos personagens. Mas que como não faz o tipo de leitura que eu me aconchegue ou tenha maior afinidade, não tive tanto vinculo ou afinco pela história.

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Paulo Sousa 12/12/2019

O visconde partido ao meio, de Calvino
Título lido: O visconde partido ao meio
Título original: Il visconte dimezzato
Autor: Ítalo Calvino
Tradução: Nilson Moulin
Lançamento: 1952
Esta edição: 1996
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 100
Classificação: 4/5

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"(...) isso é o bom de ser partido ao meio: entender de cada pessoa e coisa no mundo a tristeza que cada um e cada uma sente pela própria incompletude? (Pág no iBooks 80).
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este é já o terceiro livro de Ítalo Calvino que leio. os dois anteriores foram ?se um viajante numa noite de inverno? e ?a trilha dos ninhos de aranha?. mas o escritor italiano é dono de uma respeitável miríade de livros, um convite para embrenharmos num mundo que mistura o fantástico, o fabulário e a militância.
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em ?o visconde partido ao meio?, somos supreendidos com um fato extraordinário: de como o visconde medardo, senhor de um domínio chamado terralba, quando em guerra contra os turcos, ao ser atingido por um disparo de canhão, o mesmo não morre, mas tem uma parte de seu corpo, exatamente a metade, aniquilada. o que restou do lorde é levado de volta a terralba, onde, uma vez restabelecido, começa a se comportar estranhamente, vindo a adotar práticas nada sadias, que tem gerado temor e ódio aos seus moradores. acostumado a cortar animais e plantas exatamente ao meio, vai deixando um rastro de horror e apreensão, o que é aumentado quando em certo dia a outra parte de medardo, tida como estraçalhada pelo disparo mortal, aparece em terralba, causando confusão aos aldeões. acontece que, o que a parte má de medardo fazia, uma versão boa era praticada pelo medardo recém chegado, causando um estranho antagonismo na pequena aldeia e nos lugares próximos. calvino explora, nessa fábula, um interessante ponto de vista sobre o lado bom e o ruim que todos temos e de como se atinge a harmonia quando juntados.
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o livro, marrado pelo sobrinho de medardo é bonito, divertido, bela espécime de literatura fantástica que igual, só posso me recordar da prosa do colombiano Garcia Márquez. igualmente relevantes as metáforas contidas nessa alegoria, que levam a pensar que extremismo e intolerância seriam facilmente contornados se seus praticantes lessem esse curto livro. não deixa de ser uma excelente aula de como é possível uma convivência dualística e pacífica entre opiniões, matéria que, aliás, Calvino é excelente professor. vale!
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/09/2019

A impagável alegoria de um visconde que, em guerra, é dividido ao meio por uma bala de canhão. As duas metades - uma, malvada ao extremo; a outra, boa até o fastio - voltam a seus domínios para atormentar os súditos. O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978857164617
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Kele 03/02/2021

Opostos necessários...
Uma leitura leve, porém mostra fatos e metáforas, que nos levam a refletir profundamente sobre visões distorcidas que temos sobre nós mesmos!
Uma visão do equilíbrio como a medida de todas as coisas.
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José Marques 11/02/2021

Você já pensou se fosse 100% bom ou 100% mau?!
Livro - O visconde partido ao meio, Italo Calvino

Você já pensou se fosse 100% bom ou 100% mau?!

Bom, partindo dessa possibilidade o autor italiano, nascido em Cuba, Italo Calvino nos apresenta o visconde Medardo di Terralba, jovem que vai para linha de frente duma batalha bélica. Lá acaba sendo partido ao meio, quando atingido no peito por um tiro de canhão.

Uma matade, milagrosamente, retorna para seu vilarejo Terralba com vida, para continuar com suas funções de visconde. O que os moradores não esperavam é que esse meio homem voltasse da guerra com uma única característica, sem meio termo.

Numa construção trágica e cômica, acompanhamos um busca por identidade própria e pela percepção que somos um conjunto de fatores, sentimentos e consequências.

Recomendo!
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Na Nossa Estante 30/09/2014

O Visconde Partido ao Meio
Depois de ler As Cidades Invisíveis que achei absurdamente fabuloso, chegou a vez de O Visconde partido ao Meio obra que me atraiu justamente pelo seu título sugestivo.

O italiano consagrou-se com seus contos e histórias em estilo de fábulas, onde sua criatividade extrapola e muito a realidade, despertando em nosso imaginário as mais fantásticas interpretações de seus contos.

Neste livro, Calvino narra a história do visconde Menardo di Terralba, que durante uma guerra contra os turcos, acaba sendo bombardeado por uma bala de canhão. Ferido, os médicos conseguem lhe restaurar apenas metade exata de seu corpo: meio rosto, meio tórax, um braço, uma perna, ficando o restante esmigalhado amputado. Partido ao meio, o visconde volta a sua terra e em seu castelo passa a demonstrar um temperamento diferente do que os seus servos estavam acostumados a ver, mostrando-se maligno. No decorrer da história, surgem personagens interessantes, como o escudeiro Curzio, a ama Sebastiana, ou ainda o Dr. Trelawney, médico que não gosta de ser médico. A história é narrada por seu jovem sobrinho bastardo, que não divulga o seu nome, e ainda a moça do campo Pamela, que tem papel de destaque do meio para o final da história.

A surpresa vem quando o visconde Menardo encontra com o restante de seu corpo, o lado esquerdo, que incrivelmente foi encontrado e curado. Diferentemente da sua face má, o outro lado do visconde vive a fazer bondades e caridades. Descobre-se então dois viscondes controversos: um rico, arrogante e maligno, dono das terras, e outro maltrapilho, que vive a vagar pelas ruas, mas a fazer o bem. Que interessante!: Um único indivíduo, mas dividido ao meio, onde um lado, o direito, é maléfico; e o outro, o esquerdo, é bom. As visitas dos dois Menardos às aldeias onde vivem leprosos em festa e orgias (!!), e também ao sitio dos Huguenotes, trazem a narrativa a multiplicidade dos sentimentos existentes entre os habitantes de Terralba para com o visconde. Tanto a maldade excessiva do Menardo direto, quanto a bondade demasiada do esquerdo faz com que nem um nem outro sejam bem vindos na localidade.

Por meio dessa improvável história, Italo Calvino apresenta as ambiguidades do ser humano, e sua incompletude natural. Calvino visualiza em uma metade de humano a integridade desejada dos sentimentos, seja o bom ou o mal, mas ao mesmo tempo, propõe seus máximos efeitos, que incluem a sua não aceitação completa por partes da sociedade. O autor propõe paradoxalmente em uma metade, a visualização da integridade, e em um inteiro, a incompletude do ser humano. A extrapolação do real faz parte da narrativa das obras de Italo Calvino. O livro é curtinho e vale a pena ser lido. No Brasil, é editado pela Cia das Letras, que tem duas versões nas livrarias: a mais simples,(amarela) que segue o mesmo padrão dos outros livros do Calvino pela editora, e a de bolso, que tem uma capa, ao meu ver, mais bonita.

site: http://oquetemnanossaestante.blogspot.com.br/2014/09/livros-resenha-105-o-visconde-partido.html
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Milly 18/02/2021

Extremos
Isto não é uma resenha ->

Ítalo Calvino transforma conceitos ou ideias em personagens - pelo menos é o que tenho observado em dois livros dele -.
Nesse caso em específico ele nos traz Medardo de Terralba que após defender as invasões e ataques turcos ao lado dos cristãos é dividido ao meio por uma bala de canhão.
A divisão nem de longe é apenas física, com ela o Ítalo divide o bem e o mal, lembrando até o Yin e Yang ou uma referência mais atual como o desenho "Divertida mente" com suas figurinhas para cada emoção.
Volta então para sua cidade apenas a metade que sobreviveu, genuinamente má. Eram assustadoras as coisas que aquele Medardo conseguia fazer e destruir, também ele cortava tudo ao meio buscando talvez enquadrar o entorno ao seu molde.
Quando os moradores da cidade enfim se acostumam com meio Medardo, a outra metade genuinamente boa aparece. Nessa parte da narrativa você percebe junto com a vizinhança dele o quão insuportável alguém tão bom pode ser, sendo danoso para ele próprio e para outros.
Assim, acredito que o livro fala sobre equilíbrio. Da mesma forma que o conceitos já citados, dentro do bem existe o mal e dentro do mal existe o bem ou ainda a alegria só existe por causa da tristeza e vise versa. Por fim, a diferença do autor em comparação a filosofia chinesa é a transformação das ideias em personagens; contextos e histórias, sem faltar uma boa dose de humor.
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Na Nossa Estante 24/04/2015

Muito bom livro!
Depois de ler “As Cidades Invisíveis” que achei absurdamente fabuloso, chegou a vez de “O Visconde partido ao Meio” obra que me atraiu justamente pelo seu título sugestivo.
O italiano consagrou-se com seus contos e histórias em estilo de fábulas, onde sua criatividade extrapola e muito a realidade, despertando em nosso imaginário as mais fantásticas interpretações de seus contos. Neste livro, Calvino narra a história do visconde Menardo di Terralba, que durante uma guerra contra os turcos, acaba sendo bombardeado por uma bala de canhão. Ferido, os médicos conseguem lhe restaurar apenas metade exata de seu corpo: meio rosto, meio tórax, um braço, uma perna, ficando o restante esmigalhado amputado. Partido ao meio, o visconde volta a sua terra e em seu castelo passa a demonstrar um temperamento diferente do que os seus servos estavam acostumados a ver, mostrando-se maligno. No decorrer da história, surgem personagens interessantes, como o escudeiro Curzio, a ama Sebastiana, ou ainda o Dr. Trelawney, médico que não gosta de ser... [para ler mais, passa lá no nosso blog!]

site: http://oquetemnanossaestante.blogspot.com.br/2014/09/livros-resenha-105-o-visconde-partido.html
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Tiago 22/05/2015

Fábula das antíteses humanas
Muito bom se surpreender de novo com Calvino. Primeiro pela leveza e sutileza da obra, além do humor típico do autor. Segundo porque nos deparamos com uma "fábula para adultos" que trata essencialmente dos contrastes da vida humana, e não só do conflito entre o bem e o mal - tão recorrente na literatura -, mas da nossa incompletude mesmo. E mais uma vez há aquelas passagens com reflexões profundas, filosóficas e atemporais. O livro é curto, mas, de tão bom, o finalizei em duas leituras.
Luca s 22/05/2015minha estante
Interessante, sempre quis ler alguma coisa do Calvino acho que vou começar por esse livro, resenha muito boa.


Tiago 23/05/2015minha estante
Boa escolha, Lucas. O "Cidades Invisíveis" é outro incrível dele. A estrutura do livro é bem diferente, como se pequenos contos sobre cidades fictícias, o que, na verdade, é um grande diálogo entre dois personagens. Porém, justamente por isso a leitura se torna muito boa também.


Luca s 23/05/2015minha estante
Valeu pela dica, vou ver se acho o "Cidades invisíveis" no sebo aqui da minha cidade, e também "O visconde, já ouvi falar nesse da "Cidades", mas não sabia do que se tratava. Me interessei pelo Calvino só pelo começo do "Se um viajante numa noite de inverno",nem li inteiro ,só uma amostra, achei incrível.


Tiago 24/05/2015minha estante
Jovem! Nem falei desse porque já me parecia coisa demais. "Se um viajante..." é o meu preferido entre aqueles que eu li dele. O que ele, de novo, fez com a estrutura e a "lógica" da narrativa nesse livro é impressionante. Você passa a ver o gênero romance de outra forma depois desse. Escrevi um artigo sobre esse livro, disponível aqui (Pág. 44): http://issuu.com/revistaruido/docs/ruidocultural


Luca s 25/05/2015minha estante
Excelente artigo, não sabia que o livro que tinha toda essa "brincadeira" (dizendo assim) na estrutura,no qual eu gosto bastante de livros não-lineares ou que transgridem nessas questões de literatura, esse parece que vai bem além,como na relação do leitor como você citou que o Calvino fez, tenho que começar a ler o mais rápido possível.




Lucas Furlan | @valeugutenberg 24/06/2017

Um livro contra os extremos
"O visconde partido ao meio" é o primeiro volume da trilogia "Os nossos antepassados", publicada por Calvino na década de 1950.

Ele é divertido, mas não é tão engraçado quando "O cavaleiro inexistente" (o terceiro da trilogia). A história do visconde que tem o corpo e a personalidade divididos por uma bala de canhão às vezes parece simples e rápida demais.

Ainda assim, eu recomendo a leitura: se mais gente ler esse livrinho, talvez o extremismo e a intolerância diminuam, e o diálogo se torne mais fácil entre aqueles que pensam diferentemente um do outro.

(Leia a resenha completa no blog)

site: www.valeugutenberg.wordpress.com
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Carla 19/11/2017

A dualidade posta em jogo!!
Em 1952, Italo Calvino nos brinda com o lançamento desse magnifico escrito, considerado por muitos, como uma novela devido ao tom de intriga, mesmo que um tanto quanto absurda!
A história gira em torno do Visconde Medardo de Terralba, que em guerra contra os turcos, toma uma bala de canhão no peito, dividindo-o em duas partes exatamente iguais, pelo menos fisicamente. Absurdamente o Visconde continua vivo com cada uma dessas partes funcionando separadamente. Quanto a sua personalidade, esta também dividida, uma torna-se má e a outra boa.
No decorrer da narrativa conhecemos a dualidade, evidenciada de forma extrema em cada uma das partes e o comportamento das pessoas que convivem com essa dualidade. Tanto a parte totalmente má como a totalmente boa incomodam os camponeses, que convivem com os disparates extremos de ambas as partes. Faz pensar o tempo todo na necessidade do equilíbrio para que as relações humanas aconteçam da melhor forma possível.
Maravilhoso, ao mesmo tempo que leve e divertido nos traz reflexões profundas e válidas!
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Cíntia 01/04/2018

Estilo conto de fadas
Como o próprio autor diz, é uma estória para entretenimento, mas ao mesmo tempo para discutir a incompletude das pessoas. Para tal, o autor escolheu dividir seu personagem entre a parte boa e a parte má.
Medardo é dividido em dois numa guerra contra os turcos. Não consegui identificar a época, mas também tem outra referência, a presença dos huguenotes, religiosos fugitivos.
A parte má volta para suas terras, Terralba, e a parte boa fica perdida por mais um tempo.
Seu sobrinho, cujo nome não é mencionado, narra os eventos, a vida perto do castelo, as maldades do visconde.
Acredito que seja um menino saindo da infância e entrando na adolescência, mas também não me lembro se o autor diz isso ou se dá pistas.
Essa visão infanto-juvenil de aventura dá muito tempero à narrativa, tornando a leitura prazerosa.
Trata-se de uma fantasiameio conto de fadas.
Talvez a discussão sobre a completude tenha a ver com as vontades que às vezes nos dividem que uma parte nós censura, uma consciência.
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Bianca 13/04/2021

Não tenho muito oq falar desse livro, ele é um livro rápido de se ler, você consegue acabar ele em um dia, mas não é uma história tão intrigante. Esse livro é de ficção, tem uns pontos bem típicos de livro de contos de fadas também, sabe? Mas o Ítalo Calvino fez isso de propósito.
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É uma história bem simplesinha, diferente, irreal, mas até que dá pra passar o tempo e fazer uma reflexão sobre a vida no final, mas, como eu falei, não é uma história q vc fala "nossa, que legal!" é ok.
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