Marcos Aurélio
08/05/2022LondresEste livro me seduziu pela beleza, pela capa. Eu não sabia que Robert Galbraith é na verdade Joanne Katherine Rowling, conhecida como J. K. Rowling.
A capa é a imagem que tenho da Inglaterra, especialmente Londres: a certa de aço forjado, o poste de ferro, a arandela londrina, as construções antigas, o nevoeiro e pessoas usando sobretudo.
O detetive Stryke e sua secretária/assistente/anjo da guarda Robin, têm uma relação profissional tão incerta quanto repentina e improvável. Robin ama o que faz e suas escolhas serão baseadas na paixão e intuição. Robin impõem seu desejo ao noivo, uma mulher determinada. Gosto deste tipo de personagem.
Stryke recebe a proposta de investigar um possível assassinato, cujo caso foi encerrado como suicídio. Um tanto clichê no que diz respeito as condições financeiras do detetive, a necessidade de aceitar o caso.
Os personagens são bem construídos e descritos, a trama é envolvente. John Bristow afirma que a irmã, a famosa modelo Lula Landry foi assassinada. Mas o quanto John está disposto a expor suas fraquezas, a reputação da família, e seus interesses para ajudar a resolver o caso.
Quase impossível de prever o fim. Stryke segue pistas falsas, constrói o caso sozinho, porque a polícia já deu o caso como resolvido. É desconfortável e trabalhoso rever os pontos que não fecham na investigação. Sobretudo porque Carver e Wardle acreditam no suicídio.
A inteligência, o raciocínio lógico, a formação militar, e sua assistente poderão não ser suficientes para ajudar Cormoram Stryke a fechar o caso. Mas a determinação, e o olhar atento aos detalhes mostram fatos que poucos veem. Será que Cormoram, aturdido pela sua própria realidade, conseguirá ver o que propõem o irmão de Lula?
A descoberta é prazerosa, são 450 páginas nas quais vale a pena se perder.