A menina sem palavra

A menina sem palavra Mia Couto




Resenhas - A menina sem palavra


47 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Renata CCS 20/05/2014

Sem palavras...

O que eu tenho a dizer sobre A MENINA SEM PALAVRA de Mia Couto é que seus livros deveriam ser comercializados com uma licença poética, que garantisse o direito de interromper todas as nossas atividades e viver em torno – e somente – para o livro.

Você não escolhe ler um livro de MC, é o livro dele que escolhe você.

É impossível suportar todo o resto depois de conhecer Mia Couto!
DIRCE 20/05/2014minha estante
Mia Couto sabe como falar aos corações como ninguém.


Catharina 21/05/2014minha estante
"(...)seus livros deveriam ser comercializados com uma licença poética, que garantisse o direito de interromper todas as nossas atividades e viver em torno ? e somente ? para o livro." Gostei demais dessa ideia!


Maria Cris Mota 02/03/2018minha estante
Renata foi profunda e apaixonada! Mia Couto provoca tudo isso mesmo! Assino embaixo! Trabalho sempre com meus alunos, a princípio, eles enlouquecem, depois se apaixonam!




Fernando Lafaiete 11/01/2018

A menina sem palavra: Uma antologia que aborda uma realidade triste de maneira subjetiva e poética.

A Menina sem palavra é uma antologia de contos escrita por Mia Couto, autor que conheci em 2017 e que me surpreendeu com seus ensaios reunidos no livro "E se Obama fosse Africano?". O autor é um dos principais escritores africanos e é comparado à Gabriel Garcia Márques, João Guimarães Rosa e Jorge Amado. Já recebeu diversos prêmios, sendo um deles o prêmio Camões; o principal prêmio literário português.

Os contos aqui apresentados, retratam a visão infantil moçambicana diante de situações como trabalho infantil, guerra, morte, gravidez na adolescência e o significado da vida e da infância. Tenho que admitir que esperava muito mais das histórias que encontrei e por diversos momentos cogitei avaliar esta antologia com apenas 3 estrelas. Mas após ter lido metade deste livro, cheguei a sonhar com alguns dos contos e passei um tempo refletindo sobre o que havia lido. As narrativas me impactaram muito mais do que eu esperava sem que eu percebesse de imediato.

A escrita de Mia Couto é poética, encanta pela sutileza e impacta pela inocência dos personagens. As narrativas são repletas de simbolismos e muitas vezes precisei ler mais de uma vez na intenção de captar todo o conceptismo da obra.

"Será que há bondade num mundo que já não espera nenhuma coisa? Sempre repeti - hás os que querem, há os que esperam."

Não são histórias felizes.. muitas delas são tristes, profundas e reflexivas. Algumas pessoas me disseram que são histórias infantis. Mas discordo e acredito que dificilmente uma criança conseguiria absorver toda a complexidade narrativa de Couto.

Mia Couto certamente é um autor que continuarei lendo. Ele não supriu minhas expectativas com esta antologia; mas me apresentou histórias de uma outra cultura de maneira respeitosa e que me fez reforçar a empatia que carrego dentro de mim. Se em seu livro de ensaios o autor africano crítica a visão deturpada do povo africano sobre si mesmo e a brutalidade em que as mulheres são tratadas em seu país... em "A Menina sem palavra" ele mostra que mesmo diante de uma situação absurda de miséria e violência as crianças ainda tentam ser crianças, mesmo que isso seja uma tarefa quase impossível.

"Que valia ser criança se lhe faltava infância? Este mundo não estava para meninices. Porque nos fazem com esta idade, tão pequenos, se a vida aparece sempre adiada para outras idades, outras vidas?"

A vida é tão bruta, muito mais bruta do que desejamos acreditar. Lutar por um mundo melhor é umas das possíveis saídas, mas quando se é criança, lutar não se torna uma saída. Se torna uma tarefa árdua que endurece sua inocência aos poucos e transforma em adultos precoces aqueles que deveriam aproveitar o início da vida. Uma triste realidade, que só mudará quando os adultos de fato pararem de se fazerem de cegos diante das situações negativas do mundo.
ROBERTO468 11/01/2018minha estante
Tive a imensa oportunidade de ir em uma palestra do Mia Couto. Ele é INCRÍVEL. Amo a sutileza e a forma que ele narra suas histórias.


Esdras 11/01/2018minha estante
Nossa, nunca li nada dela. Parece muuuuito bom.


Fernando Lafaiete 11/01/2018minha estante
Então Junior, nunca fui em uma palestra dele e espero um dia ter essa oportunidade. Ele de fato tem um jeito único de narrar. E Esdras... Eu indico muito "E se Obama fosse africano?". Na minha opinião ele é bem superior se comparado com "A menina sem palavra". Esta antologia é boa, mas precisa ter paciência para as vezes ler os contos mais de uma vez. É tanto simbolismo na história que eu não entendia tudo logo de cara. Mas indico muito o Mia Couto.




Amanda 18/02/2023

Muito confuso
Tive que ler esse livro para a escola, mas mesmo assim não consegui ler todos os contos
A escrita do autor é muito complicada e fica difícil entender a real mensagem passada através das histórias
Leopoldo 20/05/2023minha estante
Eu tbm tive q ler pro colégio, e eu até entendi as interpretações(minimamente) mas ainda assim tbm n gostei da escrita do autor (ou de grande maioria dos contos)




Amanda3913 02/07/2017

Tradição africana, modernidade e problemas sociais.

Por meio da sensibilidade e delicadeza das palavras de Mia Couto, em sua obra A menina sem palavras, podemos entender os problemas enfrentados por Moçambique. Ao longo dos dezessete contos que compõe o livro, o autor descreve a vida de seus personagens, suas crenças, suas tradições, as lendas africanas e as desigualdades sociais, através de uma visão fantástica, onde a tradição africana está associada a modernidade.

A complexidade das adversidades de Moçambique é trabalhada de uma forma impactante, onde o leitor certamente ficará comovido e envolvido com cada personagem apresentado nos contos. Mia Couto consegue discutir os problemas de Moçambique de uma forma mais poética o que torna seu livro uma fonte de reflexão, pois os problemas apresentados em seus contos estão presentes em todas as sociedades.

O primeiro conto do livro “O dia em que explodiu Mabata-bata” exibe um contexto pós-guerra, com a presença de minas, trabalho infantil e desestruturação familiar. O conto trata de um menino, com o nome de Azarias, que vive com seu tio e sua avó. O menino trabalha todos os dias cuidando dos bois de seu tio. A relação familiar descrita neste conto é bem complicada, uma vez que, o menino quer ir para escola, mas a família o proíbe, pois ele tem que trabalhar. Até que um dia, uma mina explode e mata um boi, desse modo, Azarias resolve fugir de casa, com medo da punição de seu tio.

Como já mencionado anteriormente, tradicionalismo e a modernidade são recorrentes na obra. Particularmente nesse conto, a visão tradicionalista pode ser associada com a ave do relâmpago, o ndlati. E a modernidade, também vista como uma visão da realidade, é apresentada quando o policial vai até a casa dos tios de Azarias e conta que houve uma explosão de uma mina, demonstrando a realidade dos fatos em contraste com a visão imaginativa do menino.

Muitos contos retratam também problemas deixados à margem das sociedades, como por exemplo, a gravidez na adolescência. No conto, “O não desaparecimento de Maria Sombrinha” o autor utiliza de um exagero praticamente fantástico para mostrar que esse problema, por mais recorrente que seja, não pode ser deixado de lado. De uma forma impactante o autor choca seus leitores, pois a menina que engravida é apenas uma criança e posteriormente o filho dessa criança também engravida ainda bebê. Através desse choque, podemos pensar que muitas adolescentes são apenas mais uma criança cuidando de outra. Também pode-se refletir que esse problema é passado de geração para geração.
Outro conto, que podemos ilustrar aqui é o “O apocalipse privado de tio Geguê”, neste o autor apresenta como uma sociedade pode corromper seus habitantes, muitas vezes sem outro caminho, sem escolhas, sem a presença de uma família de verdade muitos garotos e garotas seguem o caminho errado, pois precisam sobreviver
.
Outro aspecto interessante nos contos de Mia Couto é a presença da visão infantil para com a realidade, através dessa visão o autor consegue fazer com que o leitor embarque nessa ingenuidade de como ver a vida. No conto, “Sapatos de tacão auto” temos um olhar de menino, que ao escutar os passos vindo da casa de seu vizinho, Zé Paulão, fica imaginando como seria a nova namorada do vizinho. Até que um dia, quando o menino estava brincando, descobre que a namorada que ele tanto imaginava era o próprio Paulão.

Desse modo, conclui-se que o leitor da obra irá embarcar em uma realidade cruel e realista, porém permeada do fantástico, eis que Couto utiliza-se de um estilo narrativo que preenche e ilustra, de forma lúdica, os problemas tão recorrentes no meio em que vive, proporcionando assim, ao leitor, conhecer um pouco sobre a tradição africana, uma vez que esta não é tão conhecida.
daniel.queirozt 02/07/2017minha estante
Resenha excelente, amor! Quero muito ler o restante desse livro. Mia Couto é um autor inteligentíssimo!

Enfim, que essa resenha seja a primeira de muitas. Ficarei no aguardo das próximas. *-*




Iris 11/06/2022

Li por livre e espontanea pressão
Não quero ser babac@ em falar que o livro é horrivel, mas eu odiei.
Eu sei, o livro é nacional e deviamos valorizar, mas eu tenho que ser sincera (eu ACHO q é nacional).
A escrita não te prende, nd faz muito sentido, nn tem uma "moral", os contos n tem nexo nem conexão entre si.
Demorei semanas pra ler 160 paginas, de tão ruim que eu achei.
Só terminei pq a escola obrigou, e olha q eu sou o tipo de leitora q odeia abandonar livro
cozanick 05/05/2023minha estante
Mia Couto é de Moçambique




Karina 10/12/2014

A Menina Sem Palavra - Mia Couto
O DIA EM QUE EXPLODIU MABATA-BATA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Iniciando mais uma obra aqui no Blog Casa de Livro, A Menina Sem Palavra é uma obra composta por contos magníficos do autor Mia Couto.
“O Dia em Que Explodiu Mabata-Bata”, o primeiro conto do livro, nos transporta pra uma vida simples, supersticiosa e cheia de lendas.
Azarias era um garoto ingênuo, vivia na roça como pastor dos bois e ajudando seu tio no que fosse preciso. Porém o pobre garoto foi surpreendido com um boi morto.
Mabata-Bata, o melhor boi que seu tio possuía faleceu, ou melhor, explodiu.
Em um lugar onde as lendas macabras tinha poder sobre as pessoas, Azarias procurava entender o que aconteceu de fato com o Boi. Ele tem a plena certeza de que seu tio iria matá-lo.
A única forma de manter-se vivo, era fugir dali, nunca mais voltar.
Ele sentiria tanta falta da avó Carolina, mas ela iria ficar bem.
Seus planos de fuga foram atormentados pelos raios, chuva se aproximava. Azarias tinha certeza de que foram aqueles raios que matou Mabata-bata.
Antes que pudesse tomar uma distância segura, seu tio Raul apareceu pronto para vingar-se daquele garoto insolente.
Azarias tinha uma escolha a fazer.
Uma escolha que salvaria uma vida, dentre as que estavam no local.
O garoto simples do campo, que tinha o sonho de estudar, de viver uma vida digna, sem humilhações, precisava confiar em seu coração e mostrar o amor ao mundo.
Qual será a escolha de Azarias?
O que aconteceu realmente com Mabata-bata?
Seu tio, Raul, irá se vingar?
Um conto incrível do livro “A Menina sem Palavra”.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Dia em Que Explodiu Mabata-Bata - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Uma vez foi preciso chamar as ciências do velho feiticeiro para escavar aquele ninho e retirar os ácidos depósitos. Talvez o Mabata-bata pisara uma réstia maligna do ndlati. Mas quem podia acreditar? O tio, não. Havia de querer ver o boi falecido, ao menos ser apresentada uma prova do desastre. Já conhecia bois relampejados: ficavam corpos queimados, não engole de uma só vez, conforme se sucedeu.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A ROSA CARAMELADA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

A Menina Sem Palavra, uma obra composta por contos, escrita por Mia Couto. Uma obra com histórias distintas que nos encantam profundamente por sua leveza, simplicidade e realismo.
Rosa Caramelada, o conto que iremos comentar agora, nos mostra a triste realidade de Rosa.
Uma garota bonita de rosto, com traços suaves e angelicais. Mas com uma deformação no corpo, que fazia as pessoas da cidade rirem dela.
Apenas um homem foi capaz de amá-la, de povoar seu coração e sua mente com sentimentos do bem. Porém esse mesmo homem a levou a loucura extrema.
Juca era um homem simples, que ganhava a vida alugando seus sapatos mais bonitos.
Todos ali da cidade o conheciam, só não sabiam de seus sentimentos para com a monstrenga da cidade.
Ele não poderia se sujeitar a um romance com Rosa, por mais que seus sentimentos fossem fortes e verdadeiros, ele não conseguiria viver com a pressão da sociedade, com os sussurros cruéis e os olhares de chacota.
Rosa não deixaria quieto tudo o que Juca a fez passar.
Todas as ilusões que usou para alimentar seu coração.
Por todos os momentos em que o esperou, e ele nunca apareceu.
Ele conseguirá viver com a consciência de ter machucada a mulher que mais amou?
Rosa conseguirá manter sua sanidade mental após ser tão ridicularizada?
Um fato que irá levá-la ao extremo, que irá mudar as suas perspectivas, que fará outros sentimentos aflorarem.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: A Rosa Caramelada - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A MENINA SEM PALAVRA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto escolheu com perfeição o titulo de sua obra. “A Menina Sem Palavra” que também intitula o conto ao qual iremos comentar.
Ate agora foi o que mais me encantou como leitora. A magia e o sentimentalismo é profundo, puro e leve.
O autor conseguiu explorar um mundo de sonhos, nos moldando a uma personagem que vivia em outro mundo, que tinha uma percepção diferente de sua história e que amava incondicionalmente.
A Menina Sem Palavra, é uma garota jovem que em toda a sua vida nunca proferiu uma só palavra, que fosse inteligível aos seus familiares e amigos.
Seu pai sempre lhe implorava para que a mesma falasse com ele, para que a menina pudesse se curar do que a atormentava.
O seu dialeto era tão incomum que tocava as pessoas. Era como se ela estivesse cantando e encantando em uma língua em que só ela entendia.
Mas quando seu pai chorou em sua frente, já desesperado. Sem saber o que realmente estava acontecendo, sem saber mais que ajuda procurar. A Menina falou sua primeira palavra. A única que seu pai entendeu. Ela falou enquanto beijava e secava as lágrimas que escorriam pela face de seu amado pai.
Mar.
A única palavra que ela proferiu, foi Mar.
O homem ficou em uma felicidade sem fim. Gritava e sacudia a garota. Todos os seus familiares foram ver o que estava acontecendo. Ela falou, ela realmente falou. Mar, ela falou.
Toda a empolgação se desfez, assim como surgiu. Nada mais saiu da boca da Menina, nada mais ela disse.
Mas ele tinha uma ideia, levou-a para uma viagem até o Mar. Uma praia seria sua salvação.
A menina alcançaria a cura?
Conseguiria falar apreciando o Mar?
Esse pai teria a felicidade de poder conversar com sua filha?
Uma história emocionante que nos envolve totalmente.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: A Menina Sem Palavra - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Falava em língua que nem há nesta actual humanidade. Havia quem pensasse cantasse. Que se diga, sua voz era bela de encantar. Mesmo sem entender nada as pessoas ficavam presas na entonação. E era tão tocante que havia sempre quem chorasse.
Seu pai muito lhe dedicava afeição e aflição. Uma noite lhe apertou as mãozinhas e implorou certo que falava sozinho:
- Fala comigo, Filha!
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O APOCALIPSE PRIVADO DO TIO GUEGUÊ - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mais um conto que compõe o livro “A menina Sem Palavra”, onde o talentosíssimo Mia Couto, nos apresenta seus contos mais especiais.
A obra é incrivelmente representada por histórias cheia de vida, mistérios e assuntos diversos.
Cada parte lida nos leva a uma viagem diferente nos faz imaginar momentos distintos.
“O Apocalipse Privado do Tio Gueguê” nos mostra um vida precária, cheia de malandragem.
Um garoto que foi abandonado pelos seus pais. Nada sabe sobre eles, apenas que seu tio Gueguê o pegou para criar, pois o garoto iria morrer na rua.
Os momentos em que passaram juntos foram infernais. O garoto tinha uma vontade absurda de matar o tio.
Ele nada sabia de onde aquele velho conseguia dinheiro, mas o respeitava, pelo fato de ser sustentado pelo mesmo.
Cada dia ali era mais difícil.
Algumas torturas eram constantes. Para o garoto virar um homem “digno”, Tio Gueguê impunha tarefas que o garoto abominava.
Mas tudo piorou quando uma sobrinha do velho, fugida de sua família, bateu na casa dos homens.
O menino ficou loucamente apaixonado por ela.
Tito Gueguê sabia que a garota iria virar a cabeça daquele garoto desmiolado.
Ele deveria levá-la para longe. Ela não poderia mais voltar aquela casa, ela não poderia mais votar a vê-los.
Mas agora Tio Gueguê mexeu com a mulher amada.
O garoto que tudo respeitava, não irá deixar que o velho leve uma parte de si embora.
Ele irá lutar pelo seu amor.
Ele irá lutar pela sua vida.
O que acontecerá com esses jovens apaixonados?
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Apocalipse Privado do Tio Gueguê - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

“Nasci de ninguém, fui eu que me engravidei. Meus pais negaram a herança das suas vidas.
Ainda sujo dos sangues me deixaram no mundo. Não me quiseram ver transitando de bicho para menino, ranhando babas, magro. Até na tosse.
O único que tive foi Gueguê, meu tio, foi ele que olhou meu crescimento. Só a ele devo.”
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O BOMBEIRO QUE SONHAVA PÁSSAROS - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mais um conto que compõe o livro “A Menina Sem Palavra”, escrita pelo talentosíssimo Mia Couto.
Novamente ele foi capaz de nos envolver, e superar a história anterior.
Mia Couto escreveu uma história leve e fantástica.
Usou elementos, que infelizmente, ainda fazem parte da nossa realidade. Como o racismo, que foi abordado de uma forma incrível, no conto ao qual iremos relatar.
“O Bombeiro que Sonhava Pássaros” nos apresenta um homem humilde, encantador e negro.
Nome? Ele não tinha nome. Era conhecido apenas como Passarinheiro.
Ele era um vendedor, mas não um vendedor qualquer, o negro era um encantador de pássaros.
As crianças da vizinhança esperavam ansiosas a chegada do negro.
Amavam escutar a melodia calma que ele produzia através de sua gaita. Adoravam apreciar os pássaros coloridos dançarem ao som da música.
Os colonos que ali viviam não estavam nada contentes.
Quem era aquele negro abusado?
Como ele ousa sujar nosso bairro com esses pés imundos?
Como ele pode trazer tais criaturas para vender ali?
Muitos dos colonos tinham seus comércios ali, e viam a figura do Passarinheiro como algo ruim.
Surgiu então um pacto para tirá-lo da vizinhança, para acabar com ele.
As únicas pessoas que poderiam ajudá-lo eram as crianças.
Um plano cruel será traçado.
Mas a verdade será revelada.
Quem é aquele negro?
Qual a verdadeira identidade do Passarinheiro?
De onde vem tanta magia?
Mais uma obra escrita por Mia Couto, que nos emociona do começo ao fim.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Bombeiro que Sonhava Pássaros - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

O homem então se decidia a sair, juntar as suas raivas com os demais colonos. No clube, eles todos se aclamavam, era preciso acabar com as visitas do Passarinheiro. Que a medida não podia ser morte matada, nem coisa que ofendesse a vista das senhoras e seus filhos. O remédio, enfim, se haveria de pensar.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
AS BALEIAS DE QUISSICO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mais uma história contada por Mia Couto, que compõe o livro “A Menina Sem Palavra”. O conto de hoje, nos mostra um sentimento que pode mover barreiras, a fé.
Um mundo, uma humanidade sem fé, em qualquer coisa ou assunto, seria sem vida. Sem crença, sem luta.
“As Baleias de Quissico” nos explica exatamente isso.
Bento era um homem simples, do interior de Portugal, que viu sua família, seus amigos, e todas as pessoas que moravam ali nos arredores, morrerem de fome.
Nada podia ser feito. A crise estava afetando a cada ser humano ali existente.
Comida era luxo.
Comida era vida, que precisava de luta para mantê-la.
Mas Bento escutou boatos, de que todas as noites, na calada da madrugada, uma baleia aparecia.
Era como um supermercado ambulante. Ela trazia tudo dentro de si.
Abria a boca e ali estava tudo o que precisavam.
Seria verdade que um animal poderia ajudá-los?
Bento foi chamado de louco, todos acharam que ele estava doido. Como uma Baleia poderia ser um armazém?
Mas Bento não desistiu do seu objetivo, viajou para o litoral a fim de encontrar a tal baleia.
De mostrar que estava dizendo a verdade.
De provar que acreditava que poderia salvar as pessoas que estavam sofrendo com a fome.
E claro, para conseguir um dinheiro, vendendo algumas coisas que poderia encontrar dentro da baleia.
Durante sua peregrinação muito aprendeu. Curiosidades que ele não poderia imaginar que existia.
Mas o tempo foi passando, as noites silenciosas e frias se acabando.
Bento estava desacreditado. Porém sua fé mantinha-se intacta.
Qual será o desfecho dessa história?
Bento conseguirá encontrar a Baleia?
Ela aparecerá para esse homem que tanto a venera?
Mia Couto mais uma vez consegue expor sentimentos únicos, através de palavras magníficas.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: As Baleias de Quissico - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

As pessoas não conhecem o nome. Foi um jornalista que disse essa coisa de baleia, não-baleia. Só sabemos que é um peixe grande, cujo esse peixe vem pousar na praia. Vem da parte da noite. Abre a boca e, chiii, se você visse lá dentro... Está cheio das coisas. Olha, parece armazém, mas não desses de agora, armazém de antigamente. Juro é sério.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O NÃO DESAPARECIMENTO DE MARIA SOMBRINHA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

A Menina Sem Palavras, uma obra escrita pelo talentosíssimo Mia Couto, que nos mostra contos diversos.
Com temas, fatos e emoções distintas. Mas inesquecíveis de uma maneira singular.
O autor usa e abusa de elementos realísticos, que nos transporta para vivencias tão concretas e ao mesmo tempo tão distantes. Ele consegue nos passar a verdade, por muitos “desconhecida” de uma forma leve que nos faz refletir.
“O Não Desaparecimento de Maria Sombrinha”, nos mostra exatamente isso. Algo que acontece em tantos lares, com tantas famílias e que muitos fingem não enxergar.
A fome, a sede, e desaparecimento cultural!
Maria Sombrinha é a típica personagem que não teve uma educação, um apoio, e uma saúde de qualidade. Assim como muitos que hoje habitam o nosso país.

Por não ter essas condições que deveriam ser básicas para todo ser humano, ela engravidou ainda criança.
Sem informações e sem uma ajuda apropriada, como ela poderia cuidar de uma criança?
Como Maria Sombrinha poderia ser mãe, se precisava se cuidados tanto quanto sua filha, Maria Brisa.
A cada dia que se passava mãe e filha se tornavam mais fraca.
Sem comida.
Sem água.
Sem um lar apropriado.
Maria Sombrinha foi sumindo.
Sumindo até não sobrar nada.
Ela precisa de ajuda para sair do fundo do poço.
Ela precisa de alguém que reflita e que junto com um governo descente, olhe por ela.
Qual será o fim de Maria Sombrinha?
Ela terá condições de se manter viva para cuidar de sua filha?
De sua família?
Mia Couto mais uma vez nos surpreende, e nos faz pensar em atitudes que deveríamos ter.
Casa de Livro Recomenda.

Afinal, quantos lados tem o mundo no parecer dos olhos do camaleão?

Titulo: O Não Desaparecimento de Maria Sombrinha - A Menina Sem Palavra
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Valia a pena sombrear a miúda, minhocar-lhe o juízo? Mas Sombrinha não deixou de rimar com a alegria. Afina, era ainda menos que adolescente, dada somente a brincariações. Sendo assim tão menina, contudo, certo dia ela se barrigou, carregada de outrem. Noutros termos: ela se apresentou grávida. Nove meses depois se estreava a mão. Sem ter idade para ser filha como podia desempenhar maternidades?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A MENINA, AS AVES E O SANGUE - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto foi capaz de escrever um livro recheado de contos. Contos esses que nos trazem gêneros, momentos, e histórias distintas. Mas que cada uma nos emociona e encanta de uma maneira diferente.
A história que iremos comentar agora, que também faz parte da obra “A Menina Sem Palavras”, é um relato simples de amor.
Um conto leve, escrito de uma forma tão delicada, que toca fundo a alma e o nosso coração.
“A Menina, As Aves, e o Sangue”. A menina, uma garota simples que vivia com sua mãe. As duas apenas, sempre com suas dificuldades, mas com a alegria de viver, mesmo a garota em questão enfrentando um grave problema.
As Aves, penas brancas que se espalhavam na cama da menina, todas as noites. Que velava seu sono, que assustava sua mãe.
Seriam realmente pássaros?
O sangue, que pulsa em nossas veias, mas não pulsa no coração da menina. O Sangue que deveria lhe dar vida, mas que nada lhe oferece.
A mãe enfrenta a dor da enfermidade da filha. Tão pequena, ela só queria ter mais forças, brincar, correr, pular, poder ajudar sua queria mãe.
Mas seu coração fica horas, dias sem bater.
A única pessoa que acredita em sua recuperação é a mãe.
Os pássaros visitam sua cama todas as noites. Seus sonhos são sempre povoados de criaturas com plumas brancas esvoaçantes.
Os médicos acham o caso raríssimo, querem usar para pesquisas.
Mas seria vantajoso fazer a menina sofrer ainda mais?
Estaria ela ainda vida, ou seria apenas imaginação de sua mãe?
Seriam pássaros ou anjos que de sonhos conforta a alma da menina, e deixa sua mãe mais conformada?
Qual seria o mistério por trás desse coração?
Mais um conto incrivelmente belo, que Mia Couto nos apresentou.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: A Menina, As Aves, e o Sangue - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

A mãe sortiu-se de medo, aconchegou o lençol como se protegesse a filha de uma maldição. Ao tocar no lençol uma pena se desprendeu e subiu levinha, volteando pelo ar. A menina suspirou e a pluma, algodão em asa, de novo se ergueu, rodopiando por alturas do teto. A mãe tentou apanhar a errante plumagem. Em vão, a pena saiu voando pela janela. A senhora ficou espreitando a noite, na ilusão de escutar a voz de um pássaro. Depois, retirou-se, adentrando-se na solidão do seu quarto.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A FILHA DA SOLIDÃO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto, sem dúvidas vem marcando seu nome como um dos melhores da literatura.
Seus contos são irresistíveis, uma leitura que nos dá total prazer.
“A Filha da Solidão”, mais um conto que faz parte do livro “A Menina sem Palavra”, onde o autor nos mostra suas mais variadas facetas.
O conto nos mostra a história de Meninita, uma garota branca que morava com seus pais no interior.
A garota cresceu ali naquelas terras. Sem amigos. Sem brincadeiras. Apenas trabalho e a vida ao lado de sua família.
Seu pai era racista até a alma.
A garota não podia falar nem “Oi” para os negros que ali se encontravam. Clientes do pai de Meninita, que eram tratados como “pretaiada” aos seus olhos ignorantes.
Mas ao passar dos anos, a solidão em que se encontrava Meninita, foi machucando-lhe o coração.
A garota carecia de afeto.
Precisava de carinho.
Almejava atenção.
Um namorico qualquer que pudesse lhe aquecer a alma, e fazer com que se sentisse viva.
Meninita foi ficando doente. Sua solidão era algo que a estava matando.
Seus pais estavam preocupados com a menina.
Febre, delírios.
Ninguém entendia o porquê daqueles sintomas. Nenhuma doença física foi detectada.
Mas a alma de Meninita estava em frangalhos.
Apenas uma coisa poderia salvá-la.
Preencher essa solidão, com pessoas que ela tanto amava, e esperava.
O que Meninita irá fazer para mostrar a verdade aos seus pais?
Um homem ignorante irá aceitar a revelação da filha?
Mia Couto novamente nos surpreende com uma história magnífica.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: A Filha da Solidão - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Era como nascesse em si uma alma já morta. Tristeza igual só essas mães que dão à luz um menino inanimado. É justo poder-se assim visitar os paraísos e nos expulsarem? Lhe custaram tanto essas despedidas de si que passou a evitar seu próprio corpo. Vale a pena é trocar carinhos, receber as salivas do ventre de um outro. Mas outros ali não havia para a donzela Meninita.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O CORAÇÃO DO MENINO E O MENINO DO CORAÇÃO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto nos apresenta novamente uma história emocionante.
Através da leitura da obra “A Menina Sem Palavra” consegui constatar que o autor escreve com a alma, com o coração.
Os contos por ele escritos são envolventes de uma forma única. É impossível não se identificar, não refletir, e não amar de formas distintas, cada personagem por ele descrito.
“O Coração do Menino e o Menino do Coração” nos mostra uma história singular.
Um garoto que não conseguia se expressar por palavras. Na época, sua família não sabia a existência de atrasos mentais, ou problemas congênitos. Poderia ser essa a causa de tanto sofrimento para o garoto.
Os médicos queriam estudá-lo, encontrar uma cura ou pelo menos um caminho sobre o que realmente existia com o garoto, para poder ajudar ao mesmo, ou outras pessoas.
Porém a família não concordou com tais projetos.
O coração do menino pulsava, como se existissem milhões de minúsculos corações dentro dele, batendo em um ritmo frenético.
Tudo se intensificava quando sua prima Marlisa estava por perto.
O menino era completamente apaixonado por ela. Várias cartas ele escreveu.
Ela nunca abriu nenhuma.
Um garoto que não sabe se expressar por palavras, que sempre fala enrolado, como poderia ele escrever?
Nunca ninguém acreditou na capacidade do garoto, não acreditavam que ele poderia ser um menino comum, como tantos outros.
Mas quando o pior aconteceu, foi que tudo veio à tona.
Ele sabia sim escrever. E nas cartas continham revelações únicas.
Mia Couto nos transportou para uma vida magnífica, nos fazendo entender e viver através de um garoto totalmente amargurado.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Coração do Menino, E o Menino do Coração - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Aquilo não eram cartas, mas versos de lindeza que nem cabiam no presente mundo. Marlisa inundou a tristeza, tingiram-se as letras. Quanto mais à prima primava em seguir leitura mais rimava com nenhuma outra mulher, toda ela fora do contexto de existir. A moça se apaixonava postumamente?
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A MENINA DE FUTURO TORCIDO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto consegue mostrar seu talento de forma inconfundível, em suas obras escritas.
“A Menina Sem Palavra” um livro que nos mostra as mais variadas facetas do autor, em formatos de contos, com temas distintos.
O conto de hoje nos mostra o quanto a ambição pode ser prejudicial a uma pessoa, a uma família.
“A Menina de Futuro Torcido”, nos mostra uma família humilde. Que poderia ter batalhado juntas para conseguir uma vida melhor, mais confortável. Mas o homem, o pai daquela casa, achava que tudo deveria ser ouro, tudo deveria ser do bom e do melhor.
Escutava pelas redondezas que um empresário estava atrás de uma contorcionista, para fazer parte de um espetáculo que o mesmo estava promovendo.
O homem então não mediu esforços, correu para casa e anunciou à sua filha Filomeninha, que ela iria ser contorcionista.
Passou a treinar a garota dia e noite, com afinco. Despertava a mesma com água quente, e dizia que era para os ossos ficarem amolecidos.
A garota dormia amarrada, para que sua coluna ficasse totalmente dobrada.
Os dias foram se passando, e nada do empresário aparecer para ver sua filha, para contratá-la e fazer deles ricos financeiramente.
Mas a garota já não aguentava aquela vida.
Filomeninha estava doente. Vômitos, tonturas, muitas dores pelo corpo.
Seu pai não ligava, a missão dela era levar dinheiro para dentro daquela casa. Ela não poderia ficar doente, ela tinha que sustentá-los.
Foi então anunciado que o empresário estaria na cidade para fazer as entrevistas.
Era chegada a hora, agora eles conseguiriam apresentar a menina contorcionista. O pai iria realizar os seus sonhos.
Filomeninha aguentará por mais um dia essa vida?
A garota muito doente seria capaz de ajudar a família?
Porque tanto desejo de riqueza?
Um conto encantador, que nos faz refletir sobre diversas escolhas.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: A Menina de Futuro Torcido - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Os tempos passaram Joseldo sempre esperando que o empresário passasse pela vila. Na garagem os seus ouvidos eram antenas à procura de notícias do contratador. Nos jornais os olhos farejavam pistas de seu salvador. Em vão. O empresário recolhia riquezas em lugar desconhecido.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

SAPATOS DE TACÃO ALTO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto ganhou considerável espaço no mundo literário. Suas histórias fascinantes encantam a todos os leitores.
O livro “A Menina Sem Palavra” é recheada de contos escritos por ele, que nos faz viajar nas mais diversas tramas.
“Sapatos de Tacão Alto”, o conto que iremos comentar hoje, nos remonta uma vida simples, pacata, porém cheia de curiosidade.
Zé Paulão, nosso personagem central de hoje, é um homem bom. Lindo, alto, todas as mulheres o admiram e tentam entender o porquê sua esposa o abandonou.
Homem tão especial e carinhoso, não teria porque ser abandonado como ela o fez.
Tentavam imaginar o que Zé Paulão havia feito, e também entender o porquê ele estava sempre tão sozinho.
Namorada não seria difícil encontrar.
Porém os seus vizinhos, que já guardavam certo segredo do homem, passaram a ouvir passos na casa do homem.
Passos femininos, pois consistiam em sapatos de salto alto.
Os comentários passaram a ser diversos.
Quem seria a mulher misteriosa?
Porque ninguém a conhecia?
Seria ela um anjo?
Ou o próprio demônio?
Porque tanto segredo?
Começou-se então uma investigação da vizinhança para descobrir a secreta namorada de Zé Paulão.
Uma surpresa irá finalizar tal conto.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: Sapatos de Tacão Alto - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

E outro segredo nós guardávamos: de noite escutávamos os femininos passos do outro lado da parede. Em casa de Zé Paulão, não havia dúvida, tiquetaqueavam sapatos de tacão alto. Rodavam no quarto, corredor e salas noturnas do vizinho.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
NAS ÁGUAS DO TEMPO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mia Couto, que vem nos encantando a cada conto descrito na obra “A Menina Sem Palavra”, nos mostra novamente seu talento em uma história mágica.
“Nas águas do Tempo” nos mostra um garoto que sempre fazia um passeio pelo rio, acompanhado de seu velho avô.
O menino era jovem, não entendia o porquê de todo aquele ritual. Não entendia porque seu avô, todo o fim de tarde, pegava seu barquinho e passeava por aquelas águas.
O menino ficava impressionado com o silêncio daquele lugar.
Ele nada identificava de novo ou estranho naquele local.
Mas no meio das árvores, que rodeavam o rio, seu avô vislumbrava uma figura.
Quando o senhor pegava um pano vermelho e agitava ao vento, o garoto entendia que tinha alguém ali. Os observando.
O menino tentou pular de seu barquinho.
Nadar até aquele local, tentar visualizar algo em meio a toda aquela neblina.
Foi quando o mar começou a sugá-lo para o fundo.
A força era tanta que ele não conseguia se agarrar ao barco, não conseguia ficar com a cabeça para fora da água.
Ele estava se afogando.
Ele iria morrer.
Seu avô gritou, a única forma de conseguir salvar-se era saldando a aparição.
Ele tirou então o pano do bolso e começou a acenar, para quem quer que esteja ali.
Tudo então se acalmou.
Ele estava de volta, e agora entendia o seu avô.
O que existe atrás daquelas árvores?
O que será essa misteriosa figura?
Mas um conto que compõe a obra maravilhosa, assinada por Mia Couto.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: Nas águas do Tempo - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

A maneira como me apertava era a de um cego desbengalado. No entanto, era ele quem me conduzia um passo à frente de mim. Eu me admirava da sua magreza direita, todo ele masculíneo. O avô era um homem em flagrante infância, sempre arrebatado pela novidade de viver.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O RIO DAS QUATRO LUZES - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Mais um conto que compõe o livro “A Menina Sem Palavra”, Mia Couto expressa com pureza seus sentimentos, cada história que nos é contada.
O Rio das Quatro Luzes nos mostra a vida de um garoto sofrido, que já não era mais um garoto, mesmo com pouca idade.
Foi obrigado a crescer rápido para ajudar a família, a tornar-se homem sem curtir sua infância, sem ter seus momentos infantis.
Certa vez, no velório de um amigo da família, o menino disse que queria estar ali. Naquele lugar, sendo enterrado como seu amigo.
Ele queria ser velho.
Queria ultrapassar o tempo para ter descanso.
Desejava acabar com a vida de tormento, de miséria.
Ele sonhava com a escuridão que lhe daria paz.
Sua mãe ficou temerosa, triste e sombria.
O que fez para que seu pequeno pensasse de tal maneira?
Foi então que o garoto decidiu se abrir com seu velho avô. Expos seus sentimentos, disse que gostaria de morrer.
O que ele poderia fazer para conseguir realizar tal coisa?
Seu avô entrou na onda do rapaz, como criança ele foi brincando com seu neto. Fazendo histórias sobre a morte, o encantando de uma forma pura.
E lhe disse que gostaria de viver muito ainda, e que então iria propor a Deus uma troca. Ele poderia levar o garoto no lugar do velho, assim todos sairiam ganhando.
Tão alegre o menino ficou, sonhava com o dia em que iria ter um sono profundo e eterno.
Seu avô ficou preocupado com o neto, conversou com seus pais, e lhes confessou que nunca pediu para que Deus realizasse troca.
Mas os sonhos do garoto permaneciam despertos em sua mente. Ele precisava de respostas, e seu tempo estava se esgotando.
Ele irá realizar sua vontade?
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Rio das Quatro Luzes - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Então, o avô lhe propôs o negócio. As leis do tempo fariam prever que ele fosse retirado primeiro da vida. Pois ele falaria com Deus e requereria mui respeitosamente que se procedesse uma troca: o miúdo falecesse no lugar do avô.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O NOME GORDO DE ISIDORANGELA - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Logo chegaremos ao fim do livro “A Menina Sem Palavras”. Que obra encantadora, não?
Cada conto que o compõe nos faz viajar por momentos e vidas diferentes.
Faz-nos refletir, se encantar e desejar fatos diversos.
“O Nome Gordo de Isidorangela”, o conto que iremos comentar hoje, nos mostra os absurdos e abusos contra uma garota obesa.
Isidorangela é filha do prefeito da cidade, menina encantadora, tímida e obesa.
Totalmente apaixonada por doces, vivia com um algodão doce nas mãos.
Era sempre motivo de chacota, com os garotos da cidade. As meninas riam dela e sempre a deixavam de lado.
As brincadeiras eram sempre pelas costas da gordinha, pois por ser filha do prefeito, ninguém queria deixá-la triste.
Como se ela já não estivesse, como se não sentisse toda aquela onda de preconceito bobo e injustificável contra si.
Porém um dos homens da cidade era apaixonado pelo pai de Isidorangela. Digo apaixonado, pois era apenas o prefeito que era idolatrado por aquele homem. Em sua casa, sua esposa e seu filho não aguentavam mais ouvir falar daquele homem.
Sua mulher estava cada dia mais irritada, mais enciumada. Ela poderia matar facilmente aquele prefeito.
Mas será que era com o prefeito que a velha senhora deveria se preocupar?
Certo dia o homem chegou à casa alvoroçado.
Fez seu filho tomar banho, pentear o cabelo. Colocar roupa e sapato novos.
Eles iriam até a casa do prefeito.
E o garoto deveria ser galante com Isidorangela.
Foi então que tudo veio à tona.
A verdade que seu pai escondia.
Os verdadeiros motivos de tanto “puxar o saco” do prefeito.
Qual o segredo que o homem esconde?
Porque usar seu único filho de tal forma?
Uma história linda, que todos precisam conhecer.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Nome Gordo de Isidorangela - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

A gula venceu-me e, língua em ristem desmanchou aquele castelo de doçura enquanto arrastava a volumosa criatura pelo soalho encerado. Acreditando que a queria a ela, Isidorangela fechou os olhos e se inclinou disposta e disponível. Meu pavor era ela escorregar e desabar, em desamparo, sobre mim. Fui rodando pelo salão, entre a agonia dos pés e o deleite dos açúcares desfazendo-se-me na boca.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O ADIADO AVÔ - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Grande Mia Couto.
“O Adiado Avô” foi sem dúvidas, um dos melhores contos do livro “A Menina Sem Palavra”.
Absurdamente encantador, simples e real.
Contando a história de um homem que só queria um pouco de atenção, o autor conseguiu nos passar um sentimentalismo profundo e sincero.
Zedmundo sempre foi um bom marido, um bom pai.
Mesmo calado, observador, nunca deixou nada a faltar a seus filhos e a sua esposa amada.
Achou que agora com eles crescidos e criados, poderia ser apenas de Amadalena, sua esposa.
Queria seus cuidados, queria ser ele mesmo e não ser rotulado eternamente como pai.
Viu-se então perdido, quando sua filha Glória engravidou.
Mesmo amando o neto, querendo se aproximar Zedmundo não tinha coragem.
Ele deseja tanto ser ele mesmo, e agora seria o avô.
Sua esposa iria novamente dividir as atenções.
Zedmundo nunca iria conseguir ser amado por inteiro.
Os dias se passaram, o homem estava desmoronando.
Foi quando Amadalena entendeu o que se passava.
Ele nunca foi tratado como filho, às responsabilidades vieram rápidas demais na vida daquele homem.
Ele só queria um momento de proteção.
Um momento em que ele fosse ninado como uma criança.
O neto precisa desesperadamente de seus avós.
Uma tragédia abateu sobre aquela família. Zedmundo irá pela primeira reconhecer aquela criança como seu neto.
Seu adiado neto.
Conseguirá conviver com o rotulo de avô?
E amar a criança como ela realmente merece?
Um conto mágico que todos devem ler.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: O Adiado Avô - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Os dias passaram mais lentos que as lembranças. Mais breves que as lágrimas de nossa irmã Glória. O neto cumpriu o primeiro aniversário. Nesse mesmo dia, deu os primeiros passos. Houve palmas, risos, copos erguidos. Todos poliram júbilo menos Zedmundo, encostado em seu próprio corpo.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
INUNDAÇÃO - (A Menina Sem Palavra) - Mia Couto.

Finalizando o livro “A Menina Sem Palavra”, escrito pelo autor Mia Couto.
Uma obra encantadora, a cada conto ali escrito, expressa um sentimentalismo fora do comum.
Mia Couto conseguiu colocar em palavras histórias que nos trazem a realidade e lembranças.
É impossível não se identificar com a obra, não se identificar com cada personagem, de cada conto distinto.
O livro termina com a história “Inundação” que nos mostra uma vida encantada e simples.
Inundada, literalmente, de saudades, sentimentos, lembranças e pensamentos.
Próximo ao rio morava uma família tradicional da região.
A alegria dos filhos daquele casal era contemplar sua mãe cantando junto às pássaros. Feliz por ter aquela vida miserável, mas cheia de amor.
Porém tudo desmorona quando as crianças chegam a casa e encontra sua mãe em prantos.
O Pai havia abandonado-os.
Tudo iria virar pó. Nada mais fazia sentido para aquela mulher.
Ela não teria mais a sua alegria diária.
Não teria mais o homem que ela ama ao seu lado.
Os presentes, os bilhetes nada mais fazia sentido.
Onde foi parar o seu marido?
Porque ele abandonaria as crianças?
Qual a verdadeira história por trás daquela família.
Uma história emocionante, que finaliza um livro incrível.
Casa de Livro Recomenda.

Titulo: Inundação - A Menina Sem Palavra.
Autor: Mia Couto
Páginas: 160
Ano: 2013
Editora: Boa Companhia

Boa Leitura
Casa de Livro

Karina Belo.

Há um rio que atravessa a casa. Esse rio, dizem, é o tempo. E as lembranças são peixes nadando ao invés da corrente. Acredito, sim, por educação. Mas não creio. Minhas lembranças são aves. A haver inundação é de céu, repleção de nuvem. Vos guio por essa nuvem, minha lembrança.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

site: www.casadelivro.com.br
comentários(0)comente



Karina 29/07/2015

Este Mia Couto é muito bom!!!
comentários(0)comente



isa.dantas 07/08/2015

Lindo!
Essa reunião de 17 contos (alguns, já presentes nos outros dois livros de contos que li dele) é maravilhosa. Difícil é não se emocionar com as histórias de Mia Couto, que surpreendem, falam sobre vida e sobre morte, e sobre a sua África. Lindo demais!!!
comentários(0)comente



Mariana - @escreve.mariana 29/09/2015

O encanto da literatura africana.
Logo que terminei o primeiro conto, me perguntei como ainda não havia lido Mia Couto. É um autor de uma delicadeza que transmite a cruel realidade que o povo moçambicano teve que enfrentar e atualmente ainda enfrenta. As histórias mostram a complexidade que move as relações familiares, a orfandade em um país que viveu por anos em guerra, a realidade das crianças submetidas ao trabalho infantil e impedidas de estudar – como pode ser lido e sentido no conto ‘’O Dia em Que Explodiu Mabata-Bata’’ – e os resquícios da luta pela independência, simbolizados pelas minas, que continuam ativas e matando as crianças da região.

Difícil definir qual é o conto mais doloroso do livro, mas também difícil definir aquele que mais aumentou meu já desenvolvido interesse pela cultura e tradições africanas. O escritor é de extrema sensibilidade às adversidades da vida e as evidencia na maioria dos seus contos, os quais mesclam o contexto histórico de Moçambique com o cotidiano de personagens comuns, bem construídos e com uma pesada carga emocional.

O universo infantil é amplamente abordado, porém alguns personagens já maduros nos chocam igualmente com suas histórias. Apesar de ser uma obra ficcional, saber que a guerra civil moçambicana ocorreu em um período tão atual (de 1976 a 1992), e que perdurou por tanto tempo, nos faz pensar que as consequências ainda estão sendo vividas pela população e que muitos foram obrigados a participar de milícias, que refreavam o movimento e aterrorizavam sua própria população, apenas como uma forma de sobrevivência – como nos é mostrado em ‘’O Apocalipse Privado do Tio Geguê’’.

''Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.'' (pág. 19)

A temática da mulher também ganha destaque no livro, infelizmente com a ênfase de que a mulher era vista como a coitada, aquela de que todos têm piedade por ver seu sofrimento diário, porém ninguém toma providência alguma – como pode ser visto no conto ‘’A Rosa Caramela’’.

''Mesmo os olhos lhe eram escassos, dessa magreza de quererem, um dia, ser olhados, com esse redondo cansaço de terem sonhado.'' (pág. 21)

Apesar dessa ênfase, a admiração do autor pela mulher se deixa transparecer no conto já citado, ‘’O Apocalipse Privado do Tio Geguê’’, ainda que a personagem feminina tenha recebido um desfecho miserável.

''A redondura das ilhas, dizia, é o mar que faz. A beleza dessa menina, meu sobrinho, é você que lhe põe. As mulheres que são muito extensas, a gente viaja-lhes, a gente sempre se perde.'' (pág. 48)

A ambiguidade do desfecho de alguns contos também é explorada por Mia Couto, deixando para o leitor interpretar como desejar, levando muitas vezes à reflexão e fazendo-nos ter a súbita vontade de ler o conto novamente, logo após o ter finalizado. Um dos contos – o qual entrou para a minha lista de contos preferidos da vida –, cujo título é ‘’A Filha da Solidão’’, iniciou-se como uma história comum de patriarcalismo e preconceito enraizado profundamente em uma família de brancos portugueses e finalizou-se com uma dúbia interpretação, a qual desperta a vontade no leitor de que aquele conto fosse transformado em um livro e nos fossem dadas todas as explicações e nuances por trás daquele desfecho. O primeiro trecho do conto resume sua essência e nos faz refletir sobre as consequências das amarras que eram impostas sobre as mulheres no século XX e que ainda estão presentes na nossa sociedade atual.

''Na vida tudo chega de súbito. O resto, o que desperta tranquilo, é aquilo que, sem darmos conta, já tinha acontecido. Uns deixam a acontecência emergir, sem medo. Esses são os vivos. Os outros se vão adiando. Sorte a destes últimos se vão a tempo de ressuscitar antes de morrerem.'' (pág. 93)

Sem dúvidas, Mia Couto entrou para os meus autores favoritos da língua portuguesa.

site: http://ourivesdaspalavras.blogspot.com.br/2015/08/a-menina-sem-palavra.html
comentários(0)comente



KAtia255 19/11/2015

Literatura Africana
Literatura africana, em particular de Moçambique. Delicada, tênue...relata mazelas, mas também muitos sonhos e esperanças.
comentários(0)comente



Aline221 14/04/2024

Eu odiei ?
É muito ruim!. eu peguei esse livro na escola peguei porque achei o titulo interessante mas me arrependo de ter pego, achei que eu iria gostar mas só perdi meu tempo lendo esse livro, o motivo de eu não ter gostado é porque achei a história meio sem sal, tauvez só não seja muito do meu gosto para livros, o livro prometeu tudo e não entregou nada!, obrigada por ter perdido tempo vendo minha resenha, tchau beijocas ?
comentários(0)comente



Wagner 14/12/2015

O ADIADO AVÕ

(...) Primeiro não fomos nós porque éramos filhos. Depois adiamos o ser porque fomos pais. Agora querem nos substituir pelo sermos avós. (...)

In: COUTO, Mia. A menina sem palavra. São Paulo: Boa Companhia, 2013.
comentários(0)comente



Paulo Henrique 05/02/2016

Uma Viajem
É uma coletânea de contos, alguns muito bonitos e outros um tanto quanto viajantes. A obra em geral é muito bonita e traz a marca desse brilhante escritor.
comentários(0)comente



Leitora eclética 31/05/2016

Maio- Desafio literário Skoob 2016, IDY 2016 e Desafio literário premiado 2016 do grupo Obverso Books
Para o mês de maio, o livro encaixa na categoria de autor(a) africano(a), desafio literário Skoob 2016, no gênero recomendado, do desafio I Dare You 2016, e no tema de um livro de contos ou crônicas, do desafio literário 2016 do Grupo Obverso Books.
O livro é dividido em dezessete contos. As histórias são de abandono, a vida sofrida de uma pessoa, a pobreza, sua morte, sua excitação sem explicação, o preconceito evidente, a rejeição, a guerra envolvida, os bandidos aproveitando da miséria das pessoas, tráfico de armas, as doenças etc. O escritor conseguiu fantasiar situações complicadas e torná-las mais maleáveis. Isso é evidente na questão das minas terrestres, o transporte de armas no submarino e outras situações relatadas.
Não gostei muito do livro, mas acredito que seja pelo simples fato de não está acostumada a ler contos. Espero um dia dar oportunidade a releitura.
comentários(0)comente



hanny.saraiva 07/12/2016

E então Mia Couto me cativou...
Há tempos não lia contos que me abraçavam e sussurravam "Senta aqui, te contarei palavras encantadas". Brincando com o fantástico, esses contos inspiram sutileza e dor disfarçada em magia, coisa que poucos sabem fazer. É uma ótima leitura para qualquer dia de vento leve.

Frases preferidas:

- Não tenho onde, avó.
- Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.
- Ela queria curar a cicatriz das pedras?
- Ela se condizia sozinha, despovoada. Fez-se irmã das pedras, de tanto nelas se encostar. Paredes, chão, teto: só pedra lhe dava tamanho.
- Quando lembrava as palavras, ela esquecia o pensamento.
- Pai, ensina-me a existência. – Não posso. Eu só conheço um conselho. – E é qual? – É o medo, meu filho.
- Realidade não me dava hospedagem.
-
comentários(0)comente



47 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4