Resenhas - Contos Novos

Ana 01/04/2021

Finalmente li Mário de Andrade e confesso ter me surpreendido bastante!
O livro exige certa atenção e compreensão a fim de que se possa absorver o que está acontecendo e o porquê de isso ser relevante (não se pode ler um conto x sem que se tenha em mente que a atitude de determinada personagem representa uma crítica ou simbologia brasileira muito forte, sabe?), por isso me custou um pouquinho mais.
No entanto, as histórias, tanto as em primeira pessoa quanto as em terceira, por possuírem linguagem livre, me permitiram ter maior conexão com o que se passava, de certo modo, principalmente por envolverem questões sentimentais profundas, como é o caso dos relatos de Juca.
Com certeza, irei em busca de outros livros do Modernismo e até do Expressionismo.

Gi 29/03/2021

Cada conto possui histórias interessantes, e cada uma com a sua particularidade e moral. Histórias rápidas e boas, livro gostosinho de se ler.

_maricobucci_ 23/03/2021

Confesso que de início não botei muita fé, até planejava me desfazer do livro depois da leitura. Pra minha surpresa, é em ?Contos Novos? que Mario de Andrade mostra maturidade artística, competência que não senti em ?Amar, Verbo Intransitivo?.

Em qualidade, os contos são comparáveis a Clarisse Lispector e a Guimarães Rosa - mas, é claro, com o estilo próprio do autor. E até tem algumas narrativas que se entrelaçam de um jeito sutil e muito inteligente.

Gah Hy 20/02/2021

Até que legal
Alguns dos contos acabam sendo um pouco cansativos, porém os narrados pela mesma pessoa são bem interessantes, pois mostra várias épocas de sua vida. Ou seja, analisando o aspecto geral é um livro interessante, apesar de estar longe de ser uma escolha de leitura.

Lala 14/02/2021

Diferente e interessante
Bem, foi muito legal a experiência de ler esses contos. Eles são bem diferentes um do outro e cada um traz um aspecto diferente da escrita de Mário de Andrade.
Teve alguns que eu amei e outros que eu não curti nem um pouco pra falar a verdade kkkk (como Atrás da Catedral de Ruão que eu achei INSUPORTÁVEL)
Meu favorito foi o emocionate "O Peru de Natal", também amei muito "Nelson" e toda a narrativa desse conto que o torna super divertido e intrigante, "O Poço" também é excelente.
Bem, pra resumir foi uma leitura diferente. Teve contos que eu achei um saco e contos que eu favoritei. Achei a experiência bem variada por causa disso, saí da minha zona de conforto, sabe?Valeu a pena

larissa.wayne 23/11/2020

Li por obrigação mas amei
Fora o quarto conto, achei as narrativas muito interessantes e com descrições psicológicas incríveis

pam.ggs 18/10/2020

Lindo
O cotidiano tratado de um maneira sensacional. A forma como fatos banais são transformados em mensagens e críticas faz com que percebemos que até as coisas do nosso cotidiano devem receber nossa atenção por guardarem mais do que uma entediante rotina.

Arcos 01/10/2020

Contos com qualidades bem díspares
A gente observa que os contos possuem uma estrutura moderna que acolhem as principais correntes ficcionistas que marcaram a Literatura Brasileira das décadas de 30 e 40.

O que percebi, nos que mais me agradaram, foi a inspiração freudiana, uma vez que, mais do que os fatos exteriores, os relatos presentes nas histórias procuram registrar o fluxo de pensamento das personagens.

No geral, os contos destacam São Paulo, capital e interior, nas décadas de 20 a 40; o processo de urbanização e industrialização (cidade); e o duelo patriarcalismo X progressismo (ambiente rural).

A leitura é boa. Achei ideal pra ler paralelamente a outros livros, pois as histórias são curtas e dava pra ler fácil no intervalo das atividades. Na verdade, estou me habituando e gostando de ler mais de um livro ao mesmo tempo rsrsrs...

Esther Zambotti 11/04/2020

O livro inteiro já é um destaque da literatura brasileira com traços extremamente paulistanos. Mas, se for necessário favorecer um só, indico o Tempo da Camisolinha, que traz uma personagem na corda bamba entre a pureza da infância e a malícia do mundo.

Andre.Victor 18/03/2020

Bom
Comecei a ler porquê foi pedido no colégio... comecei sem expectativa nenhuma e acabei me surpreendendo, Mário de Andrade traz um clima muito bom de cada conto, e sempre que acabava eu queria mais daquele haha. Fiquei surpreso comigo mesmo, não sou muito fã desse estilo de livro.

Jhe| @pompososliterarios 11/06/2019

Encantada com a experiência!!
Bom... eu não conhecia sobre o autor, estava em um processo de conhecer a literatura Brasileira, comecei por este [Contos novos - Mario de Andrade] eu confesso que supriu todas as minhas expectativas, quebrou uma barreira do preconceito por Literatura clássica. eu me senti na história completamente, foi uma viajem muito incrível, pude conhecer costumes que até então eu não conhecia, pude imergir dentro da história ao ponto de querer fisicamente ter vivido naquele ano descrito. VIAGEM MARAVILHOSA!! RECOMENDO MUITO ESSE EXEMPLAR, se tiver a oportunidade de ler, leia!

site: https://www.instagram.com/p/ByQYHcVDTvv/

Cassiano 18/05/2019

Contos Novos (1947) I Mário de Andrade
Publicada dois anos após a morte de Mário de Andrade, "Contos Novos" tem aquele quê de livro terminado às pressas e sem um último olhar ante do prelo. De verdade, trata-se de um livro chato. Chato, chato. Mas à parte toda parcialidade (e gosto!) é um livro muito interessante. Interessante porque a novidade anunciada pelo título é verdadeira: Mário subverte a tradição contística ao trazer a mesma personagem - Juca - em várias das historietas encerradas nessa coletânea. Se o conto prima pela independência narrativa em relação às histórias compiladas, "Contos Novos", originalmente batizado de "Contos piores" por seu autor, inova na medida em que aproxima os contos da novela dado o caráter episódico de algumas das narrativas. Os contos em 1ª pessoa são movidos por uma perspectiva individualista de ressonância freudiana como a castração psíquica e a negação em "Vestida de preto" e "Tempos de camisolinha". A superação da figura paterna aparece em "Peru de natal" ao passo que o desejo homossexual irrompe com mais força em "Frederico Paciência". Se de um lado, o autor, recria um universo personalíssimo, da infância à juventude, a partir do alter ego de Mário, Juca, contos como "Primeiro de Maio" e "O poço", através da impessoalidade da 3ª pessoa, refletem as figurações da revolução social de Marx: bairros operários, alienação e luta de classes. Um livro chato que é mais bacana pelas coisas que evoca do que pela leitura em si.

Wagner 12/01/2019

ATRÁS A CATEDRAL DE RUÃO

(...) Não pode mais. Cairia nos braços deles, e eles a violariam sem piedade, exatamente como sucedera atrás da catedral de Ruão (...)

in; ANDRADE, Mário de. Contos novos. Rio de Janeiro: Itatiaia, 1999. pg. 55

Khadija.Slemen 20/04/2018

Nove contos
Muito bom, Mário de Andrade, através desses contos que parecem pessoais relata uma época com sua ideologia, traços sócio culturais e um posição política no que concerne a um segmento social. Gostei muito.