Dani 20/06/2014Muito especial!Como o próprio título já diz, é um livro de contos... e algumas cositas mas! É altamente recomendável que seja lido somente após os dois primeiros volumes da trilogia, pois contem passagens cruciais que, se lidas previamente, afetam o elemento surpresa no curso da história.
Em “O Príncipe” temos uma narração sobre o ponto de vista do Príncipe Maxon. Acontecimentos anteriores ao início da Seleção e como ele lidou com os primeiros eventos da competição. Percebemos melhor a personalidade gentil e, inicialmente, ingênua de Max e também sabemos quais são suas perturbações com os acontecimentos futuros. Além disso, fiquei com remorso pelo que Maxon, provavelmente, descobriria mais adiante.
Uma nova personagem é apresentada aqui. Daphne, a princesa da França. A única pessoa que Maxon pode considerar como amiga durante toda a sua vida, mesmo que tenha visto poucas vezes. Mesmo com os choques culturais os dois parecem se entender, mas parece que a Seleção é uma barreira grande demais para lidar.
Foto de Thais Teixeira
Podemos ter uma noção melhor da relação de Maxon com seus pais e com os criados do palácio, bem como ele se relaciona com algumas das selecionadas, incluindo America. Já havia lido anteriormente a versão digital do conto e fiquei muito mais feliz com a versão estendida do livro físico, aliás, acho até que, se não me falha a memória, esta é uma versão estendida não apenas no final. Tive a impressão que algumas passagens foram inclusas pelo meio do conto.
Em “O Guarda” são narrados acontecimentos que se desenvolvem em meados de “A Elite”, dessa vez sob o ponto de vista de Aspen Leger. Assim como no conto anterior é possível perceber o traços da personalidade de Aspen na narração: força de vontade, autoconfiança, precisão e uma mistura de revolta e esperança. Curiosamente, o oposto do que Maxon era no início, como é retratado em “O Príncipe”.
Aspen é um rapaz determinado e amoroso. Suas atitudes e reações nos episódios que acontecem neste conto provocaram em mim, certamente, duas impressões: a) ele é uma boa pessoa, ótimo filho, amante e amigo e b) Aspen pode ser irritantemente arrogante, e seu ego infla com facilidade. Entretanto ele nunca abandona o pensamento de que continua a ser um Seis, mesmo que seja um Dois desde o recrutamento.
O mais interessante desse conto é a visão. Temos a chance de conhecer vários ambientes do palácio e como são as relações nele: o gabinete do rei, os aposentos dos soldados, a cozinha... Temos mostras mais claras de como é o tratamento entre o Rei Clarkson, seus empregados e Maxon. Vemos a impressão que a Seleção causa naqueles que trabalham no palácio. Temos uma noção do jogo político de Illéa. Presenciamos os ataques rebeldes, na pele de quem precisa estar envolvido na ação. Enfim, esse conto é um prato cheio! Para ser honesta, é a história da "trilogia" que mais se encaixou como distopia, na minha opinião.
Em termo de predileção, eu gostei mais de “O Guarda” pelo...
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