Carous 09/08/2018História maçante e surpreendentemente parada para um livro classificado como nova ver~so de Drácula. Só consegui finalizar a leitura porque pulei mais páginas do que tive paciência para ler. Por muitas vezes me perguntei se Karen sabia o que estava fazendo e todos aqueles parágrafos que não levavam a lugar nenhum tinha alguma finalidade (no fim das contas, tinham, mas estava muito próximo ao fim do livro para reverter minha opinião sobre o livro - e nem foi um final tão maravilhoso assim)
Posso dizer que Mina é aquela personagem que você deseja jogar sal para ver se tem alguma GRAÇA. Entendi porque os homens machistas do círculo de convívio dela a admiravam tanto - ela se portava como uma dama, isto é, submissa às convenções da época e às ordens masculinas. Fazia de tudo para agradá-los e elevar o ego dos embustes. Mas não entendo como Kate e Lucy, tão mais cheias de vida e opinião, conseguiam ser amigas delas.
Mina também oscilava muito entre reprimir seus desejos sexuais quando estava sob domínio de si e sentir um fogo no rabo impressionante. Apesar da história se passar na era vitoriana, os desejos sexuais femininos sempre existiam, embora a sociedade fingisse que não e tentasse reprimir as mulheres. Mas Mina se portava como uma puritana e mais tarde tinha sonhos eróticos com qualquer homem que tenha se dirigido a ela enquanto estava acordada.
Me deu vontade de falar pra ela tomar um banho frio porque aquilo estava passando no limite do normal.
Mas tirando seu comportamento submisso e de ser bonita (padrão) eu realmente não entendi porque alguém com cérebro iria se interessar por alguém tão sem vida. Principalmente o Drácula. Não parecia nem que corria sangue pelas veias dela.
E o Jonathan... ok, esse eu entendo se apaixonar pela Mina: tão insosso quanto ela.
Apesar das críticas negativas ao livro, eu também tenho elogios a fazer. Acho que Karen Essex conseguiu descrever as partes sensuais muito bem. Minhas únicas experiências tinham sido com livros da Julia Quinn e da Eloisa James. Apesar da segunda não ser tão ruim assim, a da Julia Quinn era cafona, machista e infantil.
Não aqui. Não somos mais crianças então ao invés de "prova da virilidade", "semente" e todas as bizarrices que se encontra nos livros da sra. Quinn damos lugar à "pênis ereto/duro" etc, etc. Vamos dar nomes aos bois, por favor.
E gostei de como Karen soube equilibrar a mentalidade da época com a de hoje sem parecer falso. Mina reproduz bastante o machismo, mas não chegou a me incomodar porque havia sutis críticas a ele também e Kate e Lucy, contrapontos dos pensamentos retrógados de Mina.
O livro tem uma premissa interessante que a Karen não soube executar muito bem. Achei que haveria ação quando o conde Drácula f i n a l m e n t e aparecesse, mas ele se mostrou outro bocó tapete de Mina
Resumindo: este é um livro que não precisava existir.