Lucy 09/03/2023
"Dizem que o seu coração voa mais que avião..."
Diante de tantos comentários altamente negativos, alguns até ousando afirmar que este seria o pior livro da SK, assumi uma postura desafiadora e cética ao ler A Lua de Mel. E gostei. E isso se deve ao fato de que comprei ser uma comédia, mais do que um romance. Não é um grande livro com uma grande história (só em questão de tamanho, que poderia ser menor), mas não é o pior livro que li dela (esse posto está com Lembra de Mim?). Ri mesmo, de ter que parar para gargalhar, durante a leitura. Isso não o exime de ter muitos problemas, porém, é a justificativa para ter gostado do resultado geral.
As irmãs são duas adultas com comportamentos que não condizem com a idade. Lottie é exagerada (o que é comum nas personagens da Sophie) e impulsiva. Fliss deveria ser a voz da razão, mas seu autoritarismo não deixa. Lottie pode ser uma louca, mas Fliss acaba sendo meio que a "vilã" da história. Ela não aceita que sua irmã tem 33 anos e que deve assumir as besteiras que faz. Ela decide arruinar a lua de mel de Lottie por crer que sabe o que é melhor para a irmã e por não desejar que ela passe pelo mesmo término doloroso que ela. Contudo, uma das leis da vida é que temos que arcar com as consequências de nossos atos. É com os erros que mais aprendemos. Não cabia a ela fazer a irmã ver que cometeu um erro (ou não). Lottie não corria nenhum risco mortal até a irmã interferir. E esse, com certeza, foi o meu momento de basta com essa história boba.
Mas o negócio não estava melhor antes. Foi engraçadinho todo o perrengue do casal que só queria um momento a sós. Nos primeiros capítulos. Depois se torna tão absurdo e tolo e cansativo, que eu só sentia pena deles. Sim, eles são dois idiotas imaturos e impulsivos tentando reviver algo que eles tiveram na adolescência, mas os deixem! Deixem se divertirem um pouco! Sem contar no quão irrealista é um hotel 5 estrelas arruinar - de propósito - a vida dos hóspedes...
O moleque era um pé no saco. Eu queria afogar aquele pivete burro e mentiroso, e as pessoas que o chamavam de tadinho enquanto ele mentia e era presenteado por isso. O romance é praticamente inexistente, o que é irônico devido ao título. E os personagens masculinos foram desinteressantes. Não consegui gostar nem detestar ninguém. Ri? Sim. Me diverti? Sim. Recomendo? Se tiver de bom humor e gostar da autora, sim. Mas vá sem expectativas e lembre-se que isso é uma comédia de exageros bastante previsível. Se você ligar a suspensão de descrença, tudo vai dar certo.