Iracema

Iracema José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Iracema


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Jesnner 14/11/2023

É histórico, mas...
Iracema, escrita por José de Alencar em meados do século XIX, é uma obra datada. Representa um recorte importante da literatura brasileira e corresponde a um momento inicial, indianista do romantismo no Brasil.

Esse movimento literário, marcado pela exaltação do indígena, elevado ao papel de "herói" nacional, só que feita pelo homem branco, das cidades, carregando uma série de estereótipos em relação aos povos indígenas. A obra, considerada uma das grandes de José de Alencar, apresenta tudo isso com em uma escrita cheia de metáforas e outras figuras de linguagem.

Sendo sincero, do ponto de vista do prazer da leitura, de pegar um livro e simplesmente ler para passar um tempo e viajar no texto, curti o romance Iracema muito pouco. Respeito a obra e o seu peso histórico, destacado em parágrafos anteriores, contudo, a experiência de ler o texto não foi das melhores.
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eduardafelicci 13/11/2023

Se o mano José soubesse do ódio q eu tenho desse livro, ele nunca teria lançado odeio tudo nele, todo meu apoio a quem leu e quis se matar depois
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Jackson 13/11/2023

Iracema é nossa Pocahontas tupiniquim, bem mais interessante por se tratar de uma lenda do Ceará. Um romance trágico e cheio de percalços por conta da leitura rebuscada, mas que termina com uma linda história de origem.
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pietrasilveirac 08/11/2023

Li por causa da escola então...
Achei bem difícil de entender (todas as minhas amigas que leram também), a história é legal, mas a linguagem é difícil, por ser um livro clássico né (eu acho) também não é meu estilo de leitura, por isso a nota. As palavras não são difíceis mas o jeito em que a história é contada sim, tive que ver resumo pra entender do que se trata. A única coisa que eu entendi enquanto lia é que a Iracema era a "Virgem dos lábios de mel", fala a cada 3 palavras.
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Leonardo896 06/11/2023

Legal
Livro pequeno e de capítulos pequenos porém com uma leitura um pouco complicado, principalmente pela quantidade de termos indígenas, sempre com notas explicativas. Achei interessante justamente por trazer esse contexto da cultura indígena, assim como das origens do estado do Ceará, mesmo assim foi uma leitura um pouco lenta, a história não prende muito.
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Lucas1429 06/11/2023

Ainda somos filhos da dor
A obra é inteiramente recheada de termos indígenas e destaques à paisagem nacional: esse cenário é o que demonstra ser um dos pontos mais importantes da obra, além de algum conhecimento da cultura indígena.

Mas o livro inteiro soa um artificialismo que não convence. Gonçalves Dias tinha consciência disso, como se depreende na sua Carta ao Dr. Jaguaribe:
Sem dúvida que o poeta brasileiro tem de traduzir em sua língua as ideias, embora rudes e grosseiras, dos índios; mas nessa tradução está a grande dificuldade; é preciso que a língua civilizada se molde quanto possa à singeleza primitiva da língua bárbara; e não represente as imagens e pensamentos indígenas senão por termos e frases que ao leitor pareçam naturais na boca do selvagem. (...) O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura. Ele nos dá não só o verdadeiro estilo, como as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito, e até as menores particularidades de sua vida.
Mas nada soa natural nessa obra, e sim, bastante artificial. O público letrado tem o gosto romântico e não aceitaria a história de outra maneira. Hoje, esse tipo de literatura mais entedia o leitor moderno do que entretém.

Há certos trechos da obra que parecem não fazer sentido, como Martim que faz um rito de guerreiro ao deus Tupã: ele apostatou-se e deixou de ser cristão? Não é o que se indica ao fim da obra, em que seu irmão Poti é batizado: isso, suponho, mais parece querer demonstrar um honroso intercâmbio entre o índio e o português, amizade esta que formaria uma identidade do povo brasileiro.

Talvez essas pequenas contradições sejam os senões que José de Alencar diz na mesma carta citada acima de que percebeu ao reler a obra, mas o fato de ter publicado a obra às pressas não o permitiu uma revisão.

Bem ou mal, esta principal obra do movimento indigenista tem inspirações históricas: Martim Soares Moreno realmente existiu e participou da exploração da capitania do Ceará, onde conheceu Poti, que depois do batismo veio a se chamar Antônio Felipe Camarão. É hoje reconhecido e honrado como capitão-mor do Ceará, e teve um papel fundamental no reconhecimento do Tratado de Tordesilhas, vez que este lutou pela coroa lusitana expulsando os holandeses que ali haviam naquelas terras.

É necessário numa história mítica buscar certas origens históricas. Na história antiga os gregos tiveram como mito fundador a guerra de Tróia contada na Ilíada de Homero. Também outros países buscaram inspirações em histórias reais para se contar histórias míticas de homens excelentes (na espanha, El Cid; na França, Amadis de Gaula). Esse tipo de história parece apresentar um tipo de história honrosa e propor como modelo de humano um certo tipo de "homem excelente" perante o qual serve de modelo para uma unidade nacional.

Não poderia ser diferente em nosso país: recentemente declarado a independência, o chamado movimento indigenista buscou nos elementos da terra e no índio os materiais para identificar esse tipo de modelo de herói. Por isso, apesar do nome de Iracema, penso o personagem principal ser realmente Martim. Iracema é, de fato, muito passiva nessa história, sofrendo e padecendo durante todo o percurso. É como que "raptada" (algo como o Rapto das Sabinas) por Martim e nessa união é que se formará o povo brasileiro: Moacir, isto é, o caboclo, é quem é proposto como a raça brasileira.

O problema da raça não era pequeno para a época: a identidade nacional, como se entendia, supunha uma unidade de um povo; esta unidade compunha-se também por uma certa unidade racial (que depois da genética e sobretudo das consequentes grandes guerras do século XX isso tudo veio a cair por terra, mas era algo que preocupava na época: lembram-se da teoria do embranquiçamento que Pedro II chegou a adotar?).

Mas apesar das paisagens e o conhecimento das línguas indígenas, apenas o agrupamento de elementos materiais não é suficiente para a formação de uma unidade nacional. Esta questão permaneceu em aberto e creio que essa tentativa artificial acabou atraindo mais tarde sátira ao indigenismo: o herói sem caráter, Macunaíma de Mário de Andrade.

***

Eu vejo um paralelismo muito claro de inspiração bíblica nessa obra. Quando Iracema dá a luz a Moacir, que quer dizer "filho da dor" isto lembra muito bem à passagem de Raquel, que morre para dar a luz à Benjamim, nome dado por Jacó que quer dizer, grosso modo, "filho da alegria". Mas antes desse nome, Raquel havia lhe chamado de "filho da dor", isto é, Benoni (Gênesis, 35;16-20):

E partiram de Betel. Quando estavam a pouca distância de Éfrata, Raquel deu à luz, e o seu parto foi penoso. Durante as dores do parto, a parteira disse-lhe: “Não temas, porque ainda terás este filho”. E, estando prestes a render a alma – porque estava já agonizante – ela chamou o filho de Benoni; o seu pai, porém, chamou-o Benjamim. Raquel expirou e foi sepultada no caminho de Éfrata, hoje Belém. Jacó erigiu uma estela sobre seu túmulo; é a estela do túmulo de Raquel, que existe ainda hoje.
Ou seja, Iracema é como Raquel e Martim como o Jacó (Israel), desta nova terra brasileira. Nada como a força alusiva para enaltecer uma narrativa mítica. Mas isso deixa alguns pontos em aberto: Moacir é o filho da dor. Quando será filho da alegria?

O movimento indigenista trouxe a conhecimento os elementos materiais com toda a força de comparações e apresentações da linguagem indígena. Mas isso não foi suficiente para dar de fato uma identidade nacional. A obra também ignora por completo a miscigenação negra (não esquecida na Batalha dos Guararapes, esta ideia sim traz uma ideia de unidade nacional na confluência do europeu, do ameríndio e do africano). O que é ser brasileiro?

Iracema, nossa Raquel, morreu e confiou seu filho caboclo ao europeu. De fato, mesmo depois da independência brasileira nós fomos regidos por legislação portuguesa (utilizamos as Ordenações Manuelinas até o advento do Código Civil de 1907, que diz muito mais sobre o esquadro legal sobre o qual ditamos os nossos usos e costumes). Isto é, o espírito do europeu, muito mais do que do índio foi o que determinou as decisões de império desta terra, cujos elementos materiais formaram o desenho sobre o qual este espírito animou o povo.

José de Alencar tentou articular esse espírito "europeu" com os elementos que encontrava como sendo as diferenças específicas da nossa terra. Não é tarefa fácil, por isso o esforço é louvável, mas não creio que rendeu grandes frutos: não convence.

Mas ainda hoje quando lembramos de algo que nos alegra sobre a nossa identidade nacional, dizemos sobre a grandeza territorial, a beleza de nossas paisagens, a cultura diversificada... "é lindo, mas tem um povinho..." todos nós ouvimos isso alguma vez na vida, não é mesmo? São sempre os elementos materiais da nossa terra que povoam nossa imaginação com a alegria de ser brasileiro... isso sim eu acredito que é um contributo que começou inicialmente do esforço deste movimento indigenista.

Mas somos ainda filhos da dor. Ainda hoje não nos entendemos como brasileiros: não entendemos ao certo a característica distintiva de nosso espírito.

site: https://comolerlivros.blogspot.com/2023/11/iracema-jose-de-alencar.html
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leswift 05/11/2023

Iracema
Não é o tipo de livro que eu gosto de ler,porém esse livro é muito bom. Comecei a ler para a prova de literatura e eu li esse livro em menos de um dia. Além de ter uma escrita fácil o livro te prende de uma maneira...
Apenas leiam esse clássico vcs não vão se arrepender.
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insta: @carol_books.carol_books 02/11/2023

Cara sendo bem, sincera quem gostou disso aqui tem problema, mais tem real que fazer uma boa de uma terapia, não nem terapia resolve isso, que livro doentio, se eu pudesse matava o martim, pq caramba engravidar alguém é fácil, agora na hora do nascimento largar a mulher, e levar o filho em bora, vai se ferrar, seu babaca, maluco, narcisista, xenofobico.
JP_Felix 18/12/2023minha estante
Longe de mim querer defendee o livro, ate pq achei extremamente maçante, mas ele n deixou a mulher grávida p ir p guerra? N acho q seja xenofóbico, acho q o livro quis justamente ressaltar a cultura indígena e tals, mostrando um romance "simbólico" e esses bagulhos. O problema é só q a história é fraca e a narrativa é vazia de conteúdo




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Sofia.Guterres 29/10/2023

Iracema
Gostei do livro, por ter representado de maneira clara um romance entre uma indígena e um colonizador, porém a escrita dificultou meu entendimento desta obra.
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Isabella1495 28/10/2023

Então...
Esse livro não gostei, ainda mais por conta da leitura que é muito difícil, as palavras são muito complicadas, mas tive que ler por conta da escola...
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Adson 28/10/2023

Poderia ser uma experiência melhor
A obra é ambientada no contexto romântico e tem traços lógicos de referêcia indianista. Os personagens são bem descritos e a relação que existe entre eles são bem desenvolvidas. Quando mencionei no título da resenha que poderia ser uma experiência melhor, se trata de mim, pois José de Alencar é um ótimo escritor, e por mais que eu considere que ele tenha exagerado nos termos indígenas, a história é interessante e toda a dinâmica intra-tribo e inter-tribos é bem estabelecida. Assim como, as nuances românticas entre os protagonistas que estão envoltos no contexto de colonização e choque de culturas.
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pablalves 26/10/2023

Possui uma linguagem muito distante da nossa, mas é uma escrita muito bonita. Existe certa romantização em cima do processo de colonização e acho essa característica desagradável, mas compreensível, porque o hábito de questionar as ações dos colonizadores não parte da época do autor, mas desta.
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Caroline Vital 25/10/2023

Lido em 2018
Achei uma leitura bem difícil, complicada, mas com um dos finais mais tristes que já li. Achei bem mais ou menos, mas enriquecedor para nós.
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