spoiler visualizarRonaldo 01/11/2014
Resenha do Livro O Livro dos Espíritos
Em 1854, o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail já era um famoso intelectual no meio acadêmico da Europa, junto com o suíço Pestalozzi, modificou, modernizou e melhorou o sistema educacional das principais potências europeias da época e escreveu diversos livros pedagógicos. Acredito que inicialmente por hobby, o fenômeno das mesas que giravam chamou a sua atenção! A partir deste momento o codificador da doutrina espírita alterou o seu nome para Allan Kardec e em 1857 lançou o primeiro de cinco livros. Terminei hoje a leitura de O Livro Dos Espíritos, versão traduzida em 1903 por Guillon Ribeiro então presidente da FEB (Federação Espírita Brasileira), livro de quase 500 páginas, levei 40 dias para lê-lo, numa média de 12 páginas por dia (nem é tanto assim), leitura complexa e desafiadora como há muito eu não experimentava, li em formato de e-book no meu tablet, tive que comprar o dicionário eletrônico Aurélio 2.0, investimento de 70 reais que valeu a pena, pois ele cumpriu o seu dever, tive que pesquisar cerca de 70 palavras que não conhecia durante a leitura, palavras como monturo = lixeira e mansarda = casebre, vale ressaltar um defeito do software, devido ao fato de não possuir zoom, 7 polegadas é o tamanho mínimo para uma consulta confortável. O Livro Dos Espíritos é no formato pergunta-resposta, Kardec fez mais de 1000 perguntas a um espírito evoluído que as respondeu detalhadamente, os mais diversos assuntos são abordados de maneira didática, Kardec demonstra toda a sua genialidade ao extrair o máximo de informações possíveis do espírito. O livro explica a doutrina sob os pontos de vista científico, filosófico e religioso, esclarecendo os princípios básicos do Espiritismo, ou seja, os fundamentos: A existência de Deus; A imortalidade do espírito; A reencarnação; A capacidade que temos de nos comunicarmos com os espíritos; E a existência de diversos mundos (planos astrais).
Dentro dos princípios há fatores importantíssimos, como o estabelecimento de Jesus Cristo como modelo de vida, a caridade, a indulgência e a tolerância para com o próximo, o livre-arbítrio, e a causa-efeito, ou seja, colhemos exatamente aquilo que plantamos, nem mais, nem menos!