Resenhas - Árvore e Folha

Nat 28/07/2016

Sobre contos de fadas é um ensaio que, como o próprio título diz, fala sobre contos de fadas, suas origens, seus conceitos, sobre o objetivo de serem escritos, além de apresentar várias considerações acerca do mundo fantástico de forma geral. Folha, de Migalha é um conto sobre a história de um homem comum chamado Migalha, cuja preocupação maior era terminar um de seus trabalhos de pintura, ao mesmo tempo em que tem que se preparar para uma viagem (para a qual ele sempre deixa de lado os preparativos, já que a viagem não tem data). Ele é o tipo de pessoa que ajuda as pessoas sem ver nisso algum tipo de ato benevolente, ajuda por ajudar. O dia da viagem chega e ele parte, sem saber o que será de seu quadro inacabado.

Livro muito interessante e muito fácil de ler. Muito pequeno, tem apenas 114 páginas (o que, para alguém que ama Tolkien como eu e devido a escassez de livros dele e sobre ele em português, é lamentável), se divide em duas partes. Na primeira está um dos ensaios mais famosos que ele já escreveu, que fala sobre os contos de fadas. Na segunda, está uma pequena história sobre um homem que precisa fazer uma longa viagem. Vale muito a pena, pois o ensaio nos mostra a opinião de Tolkien sobre um dos gêneros nos quais ele se tornou um mestre. Só lamento não ter tido esse livro em mãos na época em que escrevia meu TCC. Completamente indicado.

site: http://meucantinholiterario.blogspot.com.br/2016/07/arvore-e-folha-jrr-tolkien.html

Luiza.Thereza 29/10/2015

Árvore e Folha
livro é composto por um ensaio e um conto, que foram escritas na mesma época em que O Senhor dos Anéis.

Uma das coisas comentadas no ensaio “Sobre contos de fadas” é que a nossa definição sobre contos de fadas talvez seja errônea, ou no mínimo incoerente: se as fadas são seres naturais, mas que normalmente estão além de nosso alcance, porque agrupamos as histórias em que elas interferem em nosso mundo com aquelas em que elas nem sequer são abordadas (como as iniciadas e/ou vividas em um sonho)? Tolkien também discorre outros aspectos dessas histórias: De onde surgiram? Para quem são feitas? Como foram (ou como são feitas)? E, talvez a mais importante, por que esses contos fantásticos são tão importantes para nós a ponto de sobreviverem por tanto tempo, por tantas maneiras diferentes e mesmo com tantas adaptações e modificações.

A segunda parte do livro pertence ao conto Folha, de Migalha. O que me surpreendeu foi que esse conto é simples, sem as grandes magias dos contos de fadas, mas tão fantástico quanto. E você o lê e nem percebe o tempo passando. O conto narra a história de um homem que tenta pintar um quadro, mas sempre é impedido de concluí-lo, até que um dia ele tem que sofrer algumas mudanças na vida (uma mudança prevista, mas que sempre era ignorada). É considerada a única narrativa escrita por Tolkien que contém uma alegoria ao seu processo criativo e as dificuldades encontradas nesse processo. O Tolkien seria o Migalha enquanto a obra não terminada seria o Senhor dos Anéis e os outros livros de seu Legendarium.

site: http://www.oslivrosdebela.com/2014/05/arvore-e-folha-j-r-r-tolkien.html

Cruz Santos 25/09/2015

Mais uma obra digna de leitura !
#ArvoreEFolha publicado no Brasil pela @editorawmfmartinsfontes, foi originalmente publicado em 1964 com título #TreeAndLeaf", na verdade este livro contem um ensaio intitulado "Sobre contos de fadas" ( #OnFairyStories ) e um pequeno conto "Folha, de Migalha ( #LeafbyNigle ). No primeiro, #Tolkien expõe sua opinião de forma crítica e em alguns pontos filosófica sobre a origem e estrutura dos contos de fadas, discorrendo desde natureza e formação da estrutura fantástica, composição básica e até mesmo algumas considerações sobre a errônea associação entre contos de fadas e leitura infantil. Nesse sentido os leitores de Tolkien sabem muito bem que contos de fadas definitivamente não são para crianças. Talvez a primeira parte do livro não agrade a leitores mais jovens por se tratar de um ensaio aos modos acadêmicos (?) , mas ainda sim é muito interessante entender como o Professor Tolkien enxerga a criação do mundo mágico e quais são seus componentes básicos. Para apreciadores de literatura fantástica como eu, considero uma leitura indispensável e nem é tão longa assim, apenas 80 paginas =). A outra parte do livro ou o conto Folha de Migalha, escrito entre 1938-39 é uma história muito, muito linda, alguns dizem que é uma alegoria do processo criativo de Tolkien, embora o mesmo diga não escreve e nem gosta de alegorias. No entanto, lendo, realmente dá pra imaginar o Professor naquela estória principalmente considerando sua vida como escritor antes de se tornar o mito que é hoje em dia. O conto fala sobre um pintor muito dedicado, cujo tema principal de sua obra é uma grande árvore. Ele quer que essa pintura em especial seja perfeita, embora seja um pintor mediano, consegue dar identidade, forma e cor a cada detalhe mínimo do grande painel, em especial as folhas da grande árvore. Contudo ele não tem muito tempo restante e nunca consegue terminar a obra, pois sempre é atrapalhado por vizinhos (bastante mal agradecidos) que sempre estão precisando de ajuda, além disso ele está apreensivo pois tem que fazer uma longa jornada, "a viagem de sua vida", e quando o tempo é chegado, algumas coisas inesperadas acontecem e sua obra não está completa mas nem tudo está perdido onde a magia pode acontecer... A estória embora pequena é cheia de significados, um conto de fadas de fato, vale a pena ser lido, indico o/ .

site: @evertoncruzsantos

Luciano Luíz 01/08/2015

ÁRVORE E FOLHA de TOLKIEN reúne dois textos.
O primeiro, SOBRE CONTOS DE FADAS, é um ensaio que ele proferiu em uma faculdade em 1938. Naturalmente a composição do texto era menor, e foi recebendo acréscimos com o passar do tempo. Aqui, o professor dá a sua visão acerca da origem dos chamados Contos de Fadas. De como as mesmas eram antes dele, em seu tempo e até o que estaria por vir. Tolkien faz críticas duras a alguns autores e suas obras (depois dizem que é feio um escritor foder a obra do outro...). Onde ele afirma que estes não escreviam fantasia. E quando o faziam, deixavam muito a desejar...
O texto tem altos e baixos. Felizmente mais pontos positivos. Mas também há muita batata ali que não vale a pena e serve tão somente para estender a leitura. Não é uma aula de produção de texto, mas sim, tão somente comentários do que agradava (e não agradava) ao pai da Terra Média...
Além de buscar as origens desse gênero de literatura...
Não é um texto que vá fazer falta (pra mim nada mudou), mas é também interessante para ver como era a mentalidade do autor para com o assunto das Fadas e seus Contos...
Sejam direcionados as crianças e até os adultos...
Esse texto foi publicado alguns anos atrás pela editora Conrad com uma capa muito bonita de uma árvore e com o título de SOBRE HISTÓRIAS DE FADAS.

O segundo texto, FOLHA, DE MIGALHA, é um conto sobre um cara chamado, Migalha. Ele passa a maior parte de sua vida em casa, fazendo o que gosta: pintar quadros. Mais especificamente um onde fez uma folha, e dela galhos, tronco, grama, montanhas, rios e assim por diante. Um dia seu vizinho aparece e pede um favor. Mas Migalha nunca foi lá muito de se envolver com a turma próxima (já que só tinha um vizinho e morava longe da cidade). Nosso herói tem uma viagem a fazer, mas está sempre adiando. Não vou falar mais sobre o conto porque é pequenino e vale a pena ler com interesse profundo. Um dos melhores trabalhos de Tolkien. Pois passa uma emoção sem limites para quem realmente mergulhar nas palavras.
Enfim, recomendado. Melhor que aquele ensaio que vem antes.

O livro é pequeno. Pouco mais de 100 páginas. O ensaio crítico do professor tem umas 70 e tantas e o conto umas 20. A capa é muito bonita. E se colocada contra a luz, mostra-se prateada (a primeira vista parece ser um marrom comum), e assim o nome do autor fica luminoso. O título também se destaca de maneira visual impecável quando o prata simplesmente brota ao redor.
Uma beleza.

Nota 7 pelo ensaio e 10 pelo conto.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804?fref=ts

Dani 07/07/2015

Dividido em duas partes, Árvore e Folha contém um ensaio (Sobre contos de fadas), que traz a opinião do autor a respeito do público alvo desse tipo de literatura, suas origens, e outros detalhes importantes; e também um conto (Folha, de Migalha), tão sutil e simples, mas ao mesmo tempo recheado de informações importantes que não podem deixar de serem ligadas ao próprio Tolkien. Livro que merece (e muito!) ser lido.

Ronan.Azarias 26/06/2015

Interessante, mas complexo.
Árvore e folha é um ensaio de Tolkien sobre a ideia de contos de fadas onde ele discute o que é realmente o conto de fadas e o quais as suas reais características, bem como deve ser apresentado as público. No final existe um conto alegórico chamado "Folha, por migalha". Ler este livro exige uma certa maturidade literária ou pré-conhecimento da obra do autor (senão a sua biografia) para compreender a complexidade e abrangência do que etá neste livro. Ler o ensaio sem pelo menos saber que Tolkien defendia que contos de fadas também serviria para adultos pode confundir e nublar o entendimento do leitor, bem como ler "folha, por Migalha" sem vê-lo como uma alegoria à vida, pode fazer com que o leitor não aproveite 100% da leitura. Contudo, o segundo pode ser lido casualmente, ao contrário do segundo. É um livro complexo e rico, porém lê-lo por ler pode não se ruma boa ideia.

none 12/06/2015

O conto é maravilhoso, o ensaio sobre contos de fada é fundamental, mesmo com seus percalços (é um texto anacrônico, difícil, erudito, mas não é impossível de ler) e argumentos polêmicos (quem concorda com as comparações que ele vai buscar fora da literatura está em casa), mas tem também momentos hilários e sagazes que só esse autor soube criar.

Luiza 01/05/2015

Folha, de Migalha
Me esforcei muito pra ler "Sobre contos de fadas" mas realmente não gostei e não terminei de ler. Porém minha nota vai pelo "Folha, de Migalha" que é sensacional!

Elessar 08/12/2014

Uma aula com J.R.R Tolkien
"Árvore e Folha" inclui o ensaio "Sobre contos de fadas" e o conto "Folha, de Migalha".
Em Sobre contos de fadas, temos um diálogo fascinante do professor Tolkien sobre o significado dos contos envolvendo seres encantados, destruindo os tolos rótulos criados pela sociedade contemporânea que persistem em amarrar os mundos fantásticos unicamente à literatura infantil.
O ensaio é por fim ilustrado com o belíssimo conto Folha, de Migalha, que de forma alegórica, expressa a importância da Fantasia como o auge da arte da criação.
Recomendado não só para os fãs do autor, mas como para todo aquele que tem tem apreço pela arte da escrita/literatura e acima de tudo, para os que buscam recuperação, escape e consolo em mundos secundários.

C.F. 10/02/2014

Árvore e Folha
Veja minha opinião sobre este livro no blog: entreresenhaseamigos.blogspot.com

site: entreresenhaseamigos.blogspot.com

Pati 27/01/2014

Obrigatório para fãs de Tolkien
Recomendo MUITO para todos os fãs de Tolkien. Começa com um artigo onde podemos ver o lado acadêmico do autor. Não podemos esquecer que ele foi professor de Oxford e escrevia os livros no tempo livre. Neste artigo ele fala sobre contos de fada e porque eles NÃO são coisas de criança. Tolkien defende a literatura fantástica e fala do preconceito contra o gênero (que persiste até hoje). O pessoal de comunicação especialmente vai adorar.

A segunda parte do livro é um conto que é imperdível e que acredito que qualquer fã da mitologia do Anel tem obrigação de ler. Nele nós podemos saber como Tolkien se sentiu diante da enormidade da Obra que tinha que escrever e como era visto como um trabalho sem importância. Eu já tinha lido uma biografia sobre o Tolkien, mas achei fantástico ver do ponto de vista do próprio autor, através de um conto, como ele se sentia sobre isto. Amei e super recomendo!

Rafa 22/12/2013

Tolkien é incrível. De um intelecto enorme, de uma grande sensibilidade. O livro discute o 'conto de fadas' da forma que ele merece ser dicutido, considerado, fechando com uma reflexão excelente sobre a Criação e o conto Folha, por Migalha que suscita muitas hipóteses ao leitor e surpreende com a abrangêcia do tema.

Matheus 04/12/2013

Desde que li a biografia de Tolkien me interessei pelo conto "Folha, de Migalha", dito por ser uma alegoria na vida do escritor. O conto é encantador. Realmente encontrei vários pontos similares a vida de Tolkien tratados em sua vida. Entre eles, chamaram minha atenção a criação de sua obra prima: O Silmarilion, cujo Tolkien envolveu-se até o fim de sua vida; a desvalorização de seu trabalho e, arrisco dizer, da arte em geral pelo público que acaba sendo adestrado a engolir apenas um tipo de "entretenimento", além de um desejo de se adentrar a sua própria obra, mostrando como Tolkien era apaixonado por sua criação. Folha, de Migalha é, portanto, não apenas uma alegoria a vida de Tolkien, mas uma alegoria a vida de todos os artistas que amam seu trabalho e se transpõe inteiramente à ele. Belíssimo conto.