Lôh 15/05/2021Antonio G. Iturbe me capturou com este livro.
O fator decisivo que me fez querer ler, foi saber que a historia se baseava em fatos reais, e durante toda a leitura duas perguntas não saiam da minha cabeça: "Como conseguiram? Como tiveram espirito e força para montar uma escola dentro de um campo de concentração?".
A cada pagina que passava, mais me conectava a jovem Edita Adlerova, a Dita, bibliotecária do bloco 31 do campo de concentração de Auschwitz. Frente a tantas atrocidades, tantas formas de que o ser humano pode se mostrar cruel, uma adolescente de 13 anos se manteve firme, usando o humor e os livros para lidar com uma realidade perturbadora, cercada de terror e morte.
Como disse no inicio a história é baseada em fatos reais e traz muitos detalhes a respeito de um professor judeu, Fredy Hirsh, que criou uma escola secreta dentro do bloco 31, no campo de concentração de Auschwitz, dedicando-se a levar para cerca 500 crianças conhecimento e fé de um futuro melhor. Onde conseguiu montar uma biblioteca de livro vivos e poucos volumes físicos com a ajuda de Dita, uma menina judia de 13 anos que se arriscava para manter viva a esperança trazida pelo conhecimento e imaginação que só os livros podem oferecer. Que para auxiliar na melhor maneira de transportar os livros sem ser pega, usava um bolso escondido embaixo do vestido.
Ser colocada frente a uma realidade tão cruel me levou a questionamentos como: "Como tenho aproveitado minha vida? Estou sendo grata pelo que tenho hoje? Será possível uma realidade como essa se repetir novamente (pensando no governo que estamos tendo)? De que maneiras se pode evitar que tal realidade se repita?". Das leituras feitas até agora essa foi a que mais me fez olhar para fora.