A Garota que Tinha Medo

A Garota que Tinha Medo Breno Melo




Resenhas - A garota que tinha medo


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Graça 28/07/2015

Um livro que me surpreendeu, a princípio achei que não fosse gostar, por ser narrado na maior parte na primeira pessoa, porém, no decorrer da história, fui me identificando com a personagem. Apesar de se tratar de um assunto delicado, é um livro rico em detalhes e informações sobre o distúrbio do pânico.

O autor fez uma vasta pesquisa no assunto, por isso, não temos nenhum ponto falho no livro. Durante a leitura, pesquisei na internet sobre o que lia, e consegui encontrar tudo, então, nada do que você ler aqui, será somente ficção. A escrita do autor também ajudou para que o livro ficasse mais completo, a narrativa, mesmo em primeira pessoa, é gostosa e ágil. Sem momentos de enrolação.

“Eu amava ou tentava amá-lo. E ele tinha medo de mim. Mas do que nunca, eu receava perde-lo e o chamava de “meu tenro amor”

A personagem principal Marina, vai desenvolvendo o distúrbio do pânico a partir dos 19 anos, através de vários fatores. O livro aborda os problemas de relacionamentos com a mãe, a pressão nos estudos, drogas e decepções amorosas.
Apresenta de uma forma diferente a religiosidade, que algumas podem considerar inadequada, pois a personagem desenvolveu um medo de Deus, passando a ter medo de tudo.

“Fiquei sozinha, perdi a fome e não almocei. Ele teria realmente um compromisso? Pensei o pior, pensei em chifres e os chifres eram meus.”

Possui algumas partes picantes, mas não é o foco do livro; esclarece algumas situações em relação a sexualidade da personagem.
O autor consegue te colocar na sala do psicólogo onde todos os seus medos são confrontados, e isso foi o que mais me cativou no livro. A sensibilidade que ele escreve sobre o distúrbio e suas conseqüências, a forma que afeta a vida da personagem e das pessoas a sua volta.

“Controlar o furacão que são minhas crises? Impossível. Imagine uma pequena aldeia aos pés de uma represa. Um dia, essa represa se rompe e suas águas arrasam essa aldeiazinha. A represa que se rompe é um ataque de pânico. A aldeia sou eu.”

A capa é simples e com orelha. Páginas amarelas, divisores de capítulos e boa diagramação. Encontrei poucos erros de revisão, o que não prejudicou minha leitura. As letras são de tamanho confortável para a leitura.
Recomendo para todos que gostam de um bom romance, baseado em uma doença pouco conhecida.

Quer sair da rotina? Este livro é para você!



site: http://www.livrosdeelite.blogspot.com.br/2015/07/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html#.Vbgxc7NViko
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Daniela Farias 14/07/2015

A Garota Que Tinha Medo
Então sem mais delongas vamos às minhas impressões sobre o livro. Primeiramente quero dizer que nunca me senti tão próxima de um personagem quanto me senti em relação a Marina, não sofro de síndrome de pânico mas tenho depressão, e foi quase impossível não sentir a dor e aflição que ela passou durante sua luta com a síndrome. Sem contar também que temos gostos semelhantes como fotografia, temos blogs literários e somos tímidas, fazendo com que a nossa única diferença fosse a escolha da faculdade, ela fez Jornalismo e eu Letras. Por se tratar de uma história fictícia, aos meus olhos durante a leitura Marina se tornou uma personagem tão real para mim que quase senti que tive uma amiga ali perto de mim, que pode entender minhas angústias e mágoas sobre essas doenças psicológicas que nos atormentam tanto.

Outro aspecto interessante também foi a história ser ambientada em Assunção no Paraguai, coisa que para mim foi uma surpresa já que Breno é brasileiro achei que a história se passaria aqui mas não, o que foi um ponto bastante alto para leitura já que me fez sair de ambientes que estou acostumada ler (histórias que se passam nos Estados Unidos ou Inglaterra), e também conhecer um pouco mais sobre o nosso país vizinho e suas impressões sobre nós foram muito legais também.

Com o livro narrado pelo ponto de vista de Marina, aqui temos uma escrita bastante jovem onde ela aborda temas que estão presentes à realidade de jovens e adultos, a questão do vestibular até a conquista do primeiro emprego, casamento e as outras coisas mais que estão na minha realidade atual foram como um incentivo para eu continuar lutando e conquistando as minhas coisas, independente das minhas dificuldades. Marina mostra que não somos “doentes mentais“, mas sim somos pessoas sensíveis em um mundo rude e para isso temos que aprender a dançar conforme sua música.

O livro é excelente leitura, e acharia bastante interessante ter esse livro nas escolas porque é nessa fase de vestibular que as coisas na vida parecem se complicar e algumas pessoas (como eu), não souberam reagir muito bem a isso e também é bem importante ressaltar que todos passam por algum tipo de dificuldade, seja lá em qual área for.

A única ressalva que faço aqui, é que gostaria de um aprofundamento um pouquinho maior nas questões familiares de Marina, sua relação com a mãe pareceu tão superficial que achei que ficou faltando algo mais para compreendemos melhor as razões da protagonista. Mas tirando isso, é um livro que recomendo a todos que desejam saber mais sobre síndrome do pânico e sobre outras doenças.

site: http://daninhafarias.com/2015/06/30/a-garota-que-tinha-medo/
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Na Literatura Selvagem 30/06/2015

A garota que tinha medo
Bem, acabei de concluir a leitura de A garota que tinha medo e resolvi escrever minhas impressões sobre a leitura a fim de compartilhar com vocês o que o livro me trouxe... Publicado pela Chiado Editora, A menina que tinha medo me foi oferecido em cortesia por parte do autor Breno Melo...

A história é narrada em primeira pessoa e parece que Marina, a protagonista da história, conta para o leitor uma etapa importante e ao mesmo tempo difícil de sua vida. Marina vivia sobre pressão da mãe, que queria que ela fizesse vários vestibulares, e ingressasse numa universidade. Marina é do tipo de garota que se cobra demais, que não mede esforços para batalhar por sua vida e consegue ingressar na faculdade. Apesar da relação difícil com a mãe, seu pai a trata com mais afeto.

Eis que um dia Marina se sente mal, e começa a gritar desesperada, mas ninguém - nem ela mesma - saberia explicar o porquê. Marina logo descobre seu problema, depois de idas e vindas ao médico e de uma bateria de exames: ela sofre de Síndrome do Pânico. Com isso, seu namorado a abandona, ela perde a vontade de frequentar a faculdade, seus amigos se afastam, pois a julgam como louca. Não deve ser fácil conviver com esse problema, ainda mais com o preconceito que ele gera por causa da ignorância das pessoas, que acham que Marina tem 'frescura' ou que é insana. Marina é uma garota como qualquer outra, com seus anseios de uma recém-saída da adolescência, a descoberta do amor e outras características de alguém com seus 18/20 e poucos anos. Mas ela sofre de síndrome do pânico, ela precisa se adaptar a outra realidade e a uma nova condição de vida...

Leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2015/06/a-garota-que-tinha-medo.html
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Babi 26/06/2015

Um livro que todos deveriam ler
Esse é o tipo de livro que acho que todo mundo deveria ler. Seria até bom se as escolas abordassem sua temática (e outras relacionadas) em sala de aula. Breno Melo em A Garota que tinha medo vai nos contar a história de Marina, uma adolescente que desenvolve a Síndrome do Pânico. O livro em si é quase como se fosse um diário da personagem que, após sofrer com os sintomas e ter que conviver com eles, resolve fazer um relato da sua vida. Talvez até para que pessoas como ela não se sintam sozinhas e mal compreendidas e para pessoas que nada sabem da doença possam ter mais compaixão com aqueles que a desenvolvem.


Marina começa nos contando o drama por qual todos nós passamos: a preparação para o vestibular. E como muitos jovens, além da pressão de sentir que está decidindo o resto do seu futuro, Marina ainda tinha que encarar a sufocante pressão da mãe autoritária, Dona Carmem. Durante esses dias de estudos intensivos, a vida da menina se resumia em livros, cigarros - um mecanismo de escape para o estresse - e a internet.

Foi durante seus poucos momentos na internet, no meio da madrugada, que Marina conhece Julio. De mensagens virtuais para telefonemas e posteriormente encontros no shopping, os dois começam um relacionamento sério. Mas quando finalmente a jovem passa a ser uma estudante de jornalismo da Universidade Católica e relaxa, sua mente e seu corpo acabam cobrando o preço por terem sido tão sobrecarregados. O preço acaba sendo os primeiros sintomas do Pânico.

"E esse esforço, hoje eu sei, me degastava. Fui dando o que não tinha, porque eu me preocupava demais, até que um dia arrebentei por dentro e precisei de conserto." (p. 9)

Em um dia, quando Marina estava trancada em seu quarto se preparando para encontrar Julio, de repente sentiu o coração acelerar, o pulmão clamando por ar e uma certeza de que iria morrer exatamente naquele momento. Não demorou para os gritos começarem e para sua família e Julio entrarem em desespero tentando abrir a porta trancada e entender o que estava acontecendo. Após o ataque e diante das expressões cheias de espanto e ansiedade, a garota se vê envergonhada por não ter uma explicação racional para o que passou e acaba inventando que ficou apovorada por ter visto um rato.

Depois de ter presenciado alguns ataques de pânico, Julio acaba se tornando um namorado esquivo e cheios de desculpas para não ter que falar com Marina e presenciar outros momentos vergonhosos. E nessas horas me deu muita vontade de puxar os cabelos dourados da garota e falar "Caralho, para de ser otária! Larga esse moleque!". Não que o relacionamento dos dois fosse perfeito. Antes da Síndrome aparecer, na verdade, Marina parecia buscar em Julio o carinho e atenção que não estava recebendo de sua família. Tanto, que em muitos momentos ela comenta que apenas tentava amar Julio. Mas o que me irritava era que, mesmo apenas tentando amar o garoto, ela ainda corria atrás de quem obviamente não estava dando a ela o seu devido valor.

"O que estava havendo? Meu coração batia cada vez mais rapidamente e minha respiração acelerava. Minhas mãos e pés passaram a formigar e então experimentei a pior sensação de minha vida! Meu peito agora inflava, senti dificuldade em respirar e minha visão escureceu. Acreditei que morreria e tive medo. Um medo inexplicável da morte enquanto esperava desmaiar a qualquer momento. Tinha certeza de que eu morreria assim que fechasse os olhos. Minha reação foi gritar." (p. 42)

Durante os relatos da garota que tinha medo, muitas vezes me peguei pensando que alguns poderiam ser cortados do livro que não fariam muita diferença para a história. O incrível é que sempre que pensava isso, nas próximas linhas, encontrava alguns comentários da Marina mais ou menos assim "Pode ser que eu esteja me estendendo em fatos não muito importantes, mas essas memórias são minhas e eu escrevo aqui o que eu quiser". Na milésima vez que isso aconteceu, cheguei a falar raivosa para o livro "PARA DE LER A MINHA MENTE!".

Mas continuo achando que algumas partes poderiam mesmo ter sido cortadas e ter dado lugar, por exemplo, a mais cenas com a melhor amiga de Marina - que apesar de ser melhor amiga só ganha um maior destaque no final do livro. Em contrapartida, adorei o fato da história se passar na cidade de Assumpção, no Paraguai, e dar um cenário diferente do norte-americano e do nosso sertão. Cenários estes muito retratados na literatura.

"Você não sabe nada sobre a síndrome do pânico? À parte todo o seu desconhecimento, tenha ao menos um bom coração. Esse já é metade do conhecimento de que você precisa. A bem dizer, sem amor, todo o seu conhecimento sobre a síndrome se torna inútil" (p. 224)

Também deu para perceber que o autor teve que pesquisar e adquirir muito conhecimento sobre a Síndrome do Pânico - sem falar que apresentou um grande conhecimento de línguas estrangeiras - o que só ajudou para retratar a doença de forma tão realística e tornar Marina uma personagem memóravel. Tenho esperaças que com livros assim os preconceitos em torno de doenças, síndromes, transtornos psicológicos diminuam na nossa sociedade.

Porém, também tenho que dizer que apesar de ter me apaixonado pela personagem eu não curti muito o final. A sensação que eu fiquei é que o final tenta passar uma mensagem boa e acaba passando uma errada, como se para que todo mundo possa se sentir realizado fosse preciso encontrar um namorado, um marido, um amante. Uma visão que para mim é um pouco machista, já que as mulheres sofreram lavagem cerebral durante os séculos para achar que só seriam alguém se encontrassem um par. Na minha visão de mundo, o "se sentir" realizado vem em um conjunto de fatores podendo ou não conter algum tipo de relacionamento amoroso. Mas não acredito que tenha sido a inteção do autor passar esse tipo de mensagem.


site: http://www.ummetroemeiodelivros.com
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Daphne 23/06/2015

A Garota que Tinha Medo
É muito bom quando nos deparamos com material nacional de qualidade. Seja em quesitos culturais, gastronômicos, literários ou em qualquer outro.

Sendo assim, nossa recomendação de hoje é pra um livro muito interessante e esclarecedor chamado “A Garota que Tinha Medo”. O autor é carioca, se chama Breno Melo e ele foi muito preciso no retrato detalhado que criou de Marina, uma jovem passando pelo período de transição para se tornar adulta e que se descobre presa num inferno particular chamado síndrome do pânico.

A HISTÓRIA:
A garota passa a narrar sua vida e sua convivência nada pacífica com a doença como se fosse um livro dentro de outro livro, contando desde o início, quando teve sua primeira crise, até sete anos mais tarde, já adulta e experiente.
Marina se abre e se liberta de todos os tabus, para detalhar diversos acontecimentos corriqueiros, mostrando como a síndrome do pânico afetou sua rotina e aos poucos foi capaz de drenar toda a energia existente em seu corpo, alma e mente. Criada em meio a frequentes hábitos religiosos, Marina sente-se constantemente testada por Deus, desesperada e deprimida. Após inúmeras crises, muitas perdas e alguns episódios preconceituosos e/ou ignorantes, a garota procura ajuda e lentamente começa a trabalhar na reconstrução de si mesma e de sua vida.


NOSSA OPINIÃO:
A Garota que Tinha Medo, é um livro capaz de ajudar não só os portadores da síndrome, mas é também uma lição até maior para quem convive com alguém que desenvolve qualquer tipo de distúrbio mental, pois é muito mais fácil compadecer-se ou compreender quem apresenta sintomas físicos visíveis e palpáveis, como dores ou ferimentos, do que um prisioneiro de si mesmo ou de seu psicológico. O livro é aprendizado puro, tanto no aspecto do quadro clínico quanto no aspecto humanitário, ético, moral, de amor próprio e empatia. Somos levados à mente de Marina e entendemos as aflições e fases da doença do melhor (ou pior) ponto de vista possível, o da vítima!

Existem algumas partes do livro que apresentam cargas emocionais bem pesadas e que aguçam a curiosidade, mas poderiam ter sido melhor trabalhadas ou explicadas. Independente disso o livro está muito bem escrito e entretém bastante, não só pela síndrome, mas também pela personagem cativante que nos confidencia tantos segredos e dramas de sua vida pessoal. Quando concluímos a leitura, parece até que estamos nos despedindo de uma amiga próxima e querida.

Agradecemos ao Breno Melo por ter nos enviado o livro e pela oportunidade de conhecer sua obra. Parabenizamos pela iniciativa de ter tratado de forma tão inteligente e envolvente de um assunto, que na maioria das vezes não recebe o cuidado que deveria.

site: http://www.aciddiary.com/
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Maands2 18/06/2015

Eu sou Marina
A protagonista de "A Garota que Tinha Medo" é Marina, uma jovem que por vários fatores chega à faculdade e descobre que tem síndrome do pânico. Me identifiquei já de imediato por sofrer do mesmo mal e passar por isso na mesma idade que ela. Depois que comecei a ler me identifiquei mais ainda. Marina fez faculdade de comunicação social {ela fez jornalismo e eu relações públicas}, tinha um blog literário, gostava do Nicholas Sparks, tinha paixão por fotografia. São tantas coincidências que eu sou praticamente a Marina rsrsrsrs
Quando descobri que tinha síndrome do pânico, quis ler vários livros para entender, me ambientar a situação e ver o que poderia fazer para melhorar, mas nada foi mais claro do que este livro.
A história de Marina começa um pouco antes dela ter seu primeiro ataque, por volta dos 18 anos, passando pelas piores crises, o afastamento dos amigos, a parte em que você não sai de casa nem para ir a padaria, a parte em que você entende que é mais do que necessário ir ao psiquiatra, o processo de tratamento e de "cura", depois de vários anos. Eu ainda to no processo de tratamento, então a minha história tá chegando ao fim.
Também fala sobre recaídas, os vários segmentos que essa doença tem, como agorafobia {pessoas que tem medo de dirigir, de multidão...}, sobre o dia-a-dia {coisas da vida, como fim de relacionamento, morte, briga em família} e sobre religião, o que a torna ainda mais real.
A forma como a história é contada pelo Breno Melo, é tão simples e tão rica que ela precisa ser lida por mais pessoas. Eu quero poder contribuir com isso.
A parte que eu mais goste [eu gostei de tudo, mas achei essa incrível], foram sobre as consultas com o psiquiatra e psicologa. A gente precisa acabar com essa ideia de que quem vai ao psiquiatra é louco. Louco é quem tem esse preconceito. Além de ser super esclarecedor sobre remédios e a doença em si.
A estrutura é impecável, os capítulos são separados em partes, o que tornou o "cronograma" da vida da personagem bem clara. E sim, termina com um final feliz, por que durante o tratamento, nós sempre duvidamos disso.
É um livro muito gostoso de ler, com certeza é uma das minhas melhores leituras do mês e quando termina a gente fica com gostinho de quero mais.
A única ressalva a fazer é sobre a capa, pois achei ela bem fraca, mas é perdoável por conta do conteúdo.

É um tema muito atual e indico muito. 5 estrelas (y)
Eu vou emprestar meu exemplar para uma amiga que já ficou muito interessada na história.

Quero agradecer ao Breno Melo que me enviou um exemplar. Obrigada mesmo. O livro ganhou um cantinho especial no meu coração.

site: http://curtindoapagina.blogspot.com.br/
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Carol Porto 31/05/2015

Uma garota, seus relacionamentos e uma doença: Resenha sobre o livro "A garota que tinha medo" por Breno Melo
Hoje eu trago para vocês a resenha de uma história que fez com que eu me identificasse algumas vezes mais do que deveria com a personagem. Trata-se do livro A garota que tinha medo do autor Breno Melo. A obra conta a história de Marina, uma jovem que sofre com a Síndrome do Pânico e toda sua trajetória de luta contra a doença. A narrativa é em primeira pessoa, fato que fez com que eu me sentisse cada vez mais íntima de Marina conforme a história se desenrolava. Além disso, minha mãe teve no passado Síndrome do Pânico durante 7 anos, sendo que presenciei suas crises durante a infância, o que fez com que eu me interessasse ainda mais pela obra.

Tudo começa quando Marina resolve escrever sobre a sua vida pacata e de como as coisas mudaram quando ela descobriu que tinha Síndrome do Pânico. Antes de ter a sua primeira crise aos 18 anos, Marina estava sofrendo muito com as pressões da mãe para que entrasse em uma boa universidade, seu pai parecia pouco se importar com a família, seu irmão só a irritava e a única coisa que a distraía era Júlio, um moço adorável que ela tinha acabado de conhecer pela internet.

Marina era muito perfeccionista, insegura e estudiosa, porém mesmo assim sua mãe a cobrava o tempo todo com os estudos. Eu particularmente fiquei com um ódio profundo da mãe dela desde o começo da história, porque ohh mulherzinha chata kk. Aliás, eu meio que entendia a personagem, porque o meu pai também é bastante rígido – mais do que o normal – e sei bem como ela se sentia, ainda mais quando se tratava de seus passeios noturnos ou com Júlio.

A menina também tinha um blog, era bem religiosa e cursava Jornalismo na Universidade Católica de Assunção no Paraguai. Diferente dos seus novos colegas da universidade, Marina parecia ser uma jovem responsável, o que não a impedia de se envolver em algumas confusões rs. Também notei uma extrema carência da personagem em muitos momentos, fazendo com que a mesma tivesse uma baixa autoestima de dar pena e fizesse coisas das quais se arrependia depois.

Além dessa identificação com a Marina, eu adorava cada vez que a personagem citava alguma coisa referente à cultura e história do Paraguai, fazendo comparações com o lugar em que vivia no interior e principalmente as expressões que eles usavam em Assunção. Outra coisa que me prendia a atenção era quando Marina comparava a sua vida com personagens bíblicos e da literatura, me fazendo definitivamente imaginar a situação.

A sua primeira crise acontece em um momento que era para ser feliz. Os sintomas fazem a garota pensar que está infartando e que pode morrer a qualquer momento. Ela faz exames, vai ao médico e nunca parece ser nada, apenas uma pressão alta no máximo. Após diversas crises em público e com Júlio, todos começam a se afastar dela, sendo que nem a menina sabe o que de fato está acontecendo com seu corpo. Em certo momento, tive raiva de Júlio também, mas depois fiquei pensando se fosse eu ali, como eu agiria se estivesse no lugar dele? Não sei.

A cada crise, os sintomas ficavam mais fortes e intensos. Eu sinceramente ficava desesperada ao ler o que Marina pensava nesses momentos. Apesar de ficar consciente, ela não tinha controle sobre o próprio corpo e as pessoas ao presenciarem suas crises, achavam que ela estava louca. Até que finalmente, Marina é diagnosticada com a Síndrome do Pânico. Ela começa seu tratamento e passa a escrever sua história em seu blog, buscando uma maneira de explicar seus sentimentos aos seus amigos e leitores.

A garota que tinha medo me deixou um pouco triste e melancólica em alguns capítulos em específico. Mesmo depois de fechar o livro, ficava com Marina na cabeça, pensando em como uma menina tão jovem e cheia de sonhos poderia conseguir conviver com uma doença assim. A leitura também é cheia de detalhes, mas que nem por isso se tornava cansativa ou previsível, muito pelo contrário. Nota-se que o autor tem total conhecimento sobre a Síndrome do Pânico, fazendo com que o leitor sinta uma avalanche de emoções junto com a personagem enquanto lê a obra.

Quando recebi o livro, confesso que não gostei muito da capa, mas depois de conhecer a história, vi que combinava muito bem. Graças às folhas amareladas, minhas vistas não se cansavam, além do final que foi surpreendente. Se você é daquele tipo de leitor que gosta de histórias intensas, aprecia os romances ou quer saber mais sobre essa doença que para alguns ainda é um mistério, eu recomendo A garota que tinha medo com certeza.

site: http://www.mutacoesfaiscantesdaporto.com.br/2015/05/uma-garota-seus-relacionamentos-e-um.html
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Catharina.Mattavel 28/05/2015

A Garota que Tinha Medo - Breno Melo
Marina é a protagonista e narradora do livro A Garota que Tinha Medo, uma jovem que sempre foi esforçada, a mãe sempre a fez estudar e quando digo estudar, é estudar muito, o dia inteiro, parando somente para comer e outras necessidades. Fora isso, ela levava uma vida normal, conheceu alguns garotos, se relacionava e namorava. Passou em várias faculdades e optou por uma católica, no curso de Jornalismo.
Marina acaba tendo um surto de repente, um surto muito forte, mas mal sabia ela que viria outros pelo caminho e depois de mais ou menos três ou quatro surtos, ela acaba descobrindo que tem Síndrome do Pânico, foi diagnosticada e passou a tratar com remédios e tudo mais.

Bom, enquanto lia esse livro tive que me lembrar por muitas vezes que era ficção, pois para mim passou uma gigante impressão de que essa personagem na verdade era real e que ela era quem escrevia a história, então, o autor soube realmente pesquisar muito bem, incorporar e interpretar em texto a aflição de quem sofre da Síndrome.

Para quem ainda não sabe, eu quero cursar Psicologia e tenho uma gigante atração por histórias que retratam doenças, sejam psicológicas ou não, e esse livro me fez perder algumas noites de sono por ficar pensando que essa Síndrome poderia vir a acontecer comigo ou com qualquer pessoas ao meu redor, diga-se de passagem que sou extremamente ansiosa em todos os sentidos, e Mariana se mostrava assim no livro.

O livro se passa em vários anos da vida de Marina, parece que eu estava dentro da história, ás vezes como observadora e as vezes como ela mesma, pois não só a Síndrome tornava sua vida difícil, mas sim sua família que na minha opinião, é horrível, sua mãe, seu pai e seu irmão nunca levaram realmente as crises de Marina a sério e isso me fez chorar em certos momentos por me colocar no lugar dela. Outros fatos também acontecem na vida Marina, pessoas que a abandonam por conta de a considerarem "louca sem dó nem piedade.

O autor nos apresenta uma narrativa bem simples por ser em primeira pessoa e rápida, então, o livro é fácil, mas para mim foi muito difícil de engolir, pois como disse, eu esquecia de verdade que era apenas ficção. Com certeza a leitura me ganhou e me marcou muito, afinal, só ouvia falar nunca tinha procurado mais afundo sobre essa doença.

Sobre a capa desse livro, ela é realmente feia, e talvez isso não chame atenção de muitas pessoas, o que é uma pena pois todos deveriam ler, já o título foi o que me chamou atenção e depois de ler a sinopse, fiquei feliz de ter fechado a parceria com o autor e fiquei ainda mais quando finalizei a leitura e vi que foi muito marcante para mim.

Recomendadíssimo a todos, principalmente para quem tem ou conhece alguém que possui a Síndrome.

site: http://realityofbooks.blogspot.com.br/2015/04/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Vânia 08/05/2015

Esclarecedor dando ênfase à esperança
O que leva uma jovem de 18 anos a começar a sofrer um processo de ter medo de ter medo?

Sem querer apontar dedos para este ou aquele culpado, ao longo das 277 páginas, o autor vai descortinando o que leva Marina a sofrer de síndrome de pânico.
Também nunca leu um livro cujo tema central é este? Acredito, então, que como eu, você irá se surpreender com o muito que é passado aqui.

Marina estava terminando o Ensino Médio e se preparando para o vestibular para Jornalismo.
Preparar-se talvez fosse uma palavra branda demais para toda a pressão que ela vivia sob o domínio da mãe. Dona Carmem não deixava que Marina respirasse se isso significasse que ela não iria passar nas provas.
O alvo de Marina era a Universidade Católica, mas D. Carmem não satisfeita, a fez se inscrever para outras também. Ao todo foram 6 inscrições. Destas, ela passou em quatro.

Para conseguir descansar um pouco a mente, Marina fingia que ia dormir um pouco mais cedo à noite, quando ficava navegando pela internet. E foi assim que ela conheceu Júlio.
Durante um bom tempo eles se comunicaram por esse meio, depois passando para os telefonemas. Apenas depois de muito custo, eles marcaram um encontro no shopping, e para surpresa de Marina, no final do encontro, ela descobriu que eles eram vizinhos no condomínio.

Passando no vestibular, começando as aulas na universidade de sua escolha, conhecendo umas amigas um tanto barra pesada, namorando, de repente Marina teve o seu primeiro ataque de pânico.
Tudo parecia absolutamente normal. Ela estava se preparando para sair com o namorado, que a esperava na sala. Veio a tremedeira, a respiração sufocada, a impressão de um infarto iminente, os gritos. Assim, foi dada a largada para uma agonia que se seguiria por uns bons - maus - anos...

(Continue lendo no link abaixo)


site: http://aborboletaquele.blogspot.com.br/2015/05/breno-melo-garota-que-tinha-medo.html
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Ju 01/05/2015

Recebi esse livro de parceria com o autor, Breno Melo, após contato no Skoob. Li a sinopse do livro e vi algumas resenhas e o tema me interessou muito, principalmente por questões pessoais, que explicarei após a resenha. Esse é um daqueles livros em que é impossível não se identificar com a protagonista, seus dilemas e dúvidas, quer você tenha síndrome do pânico (ou algum outro tipo de distúrbio mental) ou não. Foi uma leitura muito rápida, gostosa e também informativa.

Acompanhamos a vida de Marina dos 18 aos 25 anos, narrando suas crises do pânico, desde um pouco antes de elas começarem, passando pelo diagnóstico, pelos tratamentos e principalmente contando como sua vida foi afetada por elas. Marina levava uma vida comum e banal de classe média, como descrito por ela. Era perfeccionista, ansiosa ao extremo, um pouco antissocial e preferia em muitas ocasiões a companhia de livros a de pessoas (ou seja, eu).

"Alguém programou minhas esperanças no "modo negativo" em vez de programá-las no "modo positivo". Eu receio o que acontecerá no minuto seguinte. Me preocupo facilmente, tento colocar cada coisa em seu lugar para evitar imprevistos, odeio novidades ou situações que fujam a meu controle. Tenho medo de tudo, especialmente do desconhecido. Sou ansiosa e sofro antecipadamente. Me contrate como operária para construir um prédio, e eu estarei erguendo o segundo andar antes de ter concluído o primeiro."

Um pouco antes de suas crises começarem, ela havia passado por um período de estresse intenso, estudando para o vestibular e sendo pressionada e cobrada constantemente por sua mãe, que praticamente não a deixava ter uma vida além dos estudos. Marina conseguiu passar na Universidade que desejava, fez novos amigos e estava namorando um garoto que ela acreditava amar, Júlio...tudo parecia estar em seu devido lugar.

Em um dia normal enquanto estava se arrumando para sair com Júlio, Marina começa a ter o pior mal estar que já sentira na vida: seu coração e sua respiração aceleraram, suas mãos e seus pés começaram a formigar, ela sentia dificuldade de respirar e sua visão escureceu. Não entendendo o que estava acontecendo, e com medo de morrer, começou a gritar e assim permaneceu por aproximadamente 30 minutos, quando os gritos e esses sintomas cessaram e outros começaram, como cansaço, dor de cabeça e diarreia. Sua família e seu namorado, que presenciaram parte do ataque também não entenderam o que estava acontecendo e novas crises se seguiram até que Marina fosse diagnosticada com síndrome do pânico.

Até esse diagnóstico acontecer sua vida foi totalmente afetada pelas crises. Ela foi considerada louca por muitas pessoas que a viram ter um ataque de pânico, inclusive pessoas próximas, o que contribuiu para que ela deixasse de frequentar muitos lugares e abandonar suas atividades rotineiras. Outras pessoas, como seu próprio irmão, a chamavam de fresca e não procuravam entender o que realmente estava acontecendo com Marina. Só após passar pela segunda vez por um médico após ter um ataque é que recebeu o possível diagnóstico de síndrome do pânico e passou a ter os devidos acompanhamento e tratamento, com psiquiatra, remédios e psicólogo, que a ajudava a entender a origem da síndrome. A partir daí vamos acompanhando Marina lutando contra seus próprios medos e fazendo de tudo para retomar o controle de sua vida... e o resto não irei contar porque senão perde a graça.

Como eu havia dito, li esse livro muito rápido, gostei bastante da escrita do Breno e marquei várias passagens incríveis durante a leitura. Também aprendi muitas coisas sobre a síndrome do pânico e o relato feito por Marina parece tão real, que ela mesma parece real. Temos a impressão do livro contar a história de vida de uma pessoa que realmente existe/existiu e não ser uma obra de ficção.

Leia a resenha completa no blog:

site: http://book-selfie.blogspot.com.br/2015/05/resenha-garota-que-tinha-medo.html#more
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davilavasc 21/04/2015

Marina é uma pré-universitária, muito pressionada pela mãe que não a deixa sair para que fique estudando, mas ela ama fotografias e fica de madrugada na Internet atualizando a sua conta do Flickr e em salas de bate-papo, onde conhece Júlio.
Uma nova fase de sua vida está começando. Ela consegue entrar na Universidade que queria, está no começo de um namoro e está fazendo novas amizades até que o primeiro ataque vem... [...]

site: http://leituranomeumundo.blogspot.com.br/2015/04/titulo-original-garota-que-tinha-medo.html
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Faces EM Livros 07/04/2015

A garota que tinha medo
Marina tem dezoito anos e sofre com as pressões de passar na universidade, luta contra problemas familiares e contra um medo infernal... A síndrome do Pânico. Conhecemos toda a sua rotina de emoção, insegurança e tentativa de manter o controle diante de todo esse stress.

“Quase ninguém está preparado para se olhar no espelho. A maioria arrancaria os olhos ou quebraria o espelho. Eu quis fugir após a segunda ou terceira sessão, mas não podia. Eu tinha que estar ali para meu próprio bem.”

O seu pai adota uma postura distante e a sua mãe é autoritária e controladora. O resultado disso se reflete na personalidade da Marina, uma garota perfeccionista e controladora. Extremamente ligada aos preceitos religiosos e dogmáticos. Sob influência da mãe, Marina é carente e com um baixa estima.

O quadro se agrava dia a após dia. Marina tem surtos de pânico deliberadamente. Os seus pais ainda não sabem de fato o que está acontecendo. A menina vai ao médico e é diagnosticada com a Síndrome do Pânico. Ela começa o tratamento e é na blogosfera que encontra um refúgio para compartilhar com amigos e internautas a sua história. Como conviver com uma doença que não tem cura? Marina consegue superar e se estabilizar?



“Você não sabe nada sobre a síndrome do pânico? À parte todo o seu desconhecimento, tenha ao menos um bom coração. Esse já é metade do conhecimento de que você precisa. A bem dizer, sem amor, todo o seu conhecimento sobre a síndrome se torna inútil.”

A narrativa se passa na cidade de Assunção, no Paraguai. A menina mora com os pais e sofre uma pressão imensa por parte da mãe para passar em uma das seis universidades. Ficamos a par de todo o contexto histórico e cultural da cidade. Em alguns momentos, Marina compara o seu drama com personagens da bíblia e a literatura de modo particular.

O confronto é a fé e a razão... Lembra muito as aulas de história sobre a igreja. O enredo é em primeira pessoa, com fortes evidências psicológicas da personagem principal. Marina não se isola do mundo de uma hora para outra, mas gradativamente ela tem surtos em locais públicos, e isso não a deixa bem. Ela se aprisiona em uma masmorra de sentimentos confusos e impossíveis.


“Eu tentava ser perfeita e não me adaptava a uma realidade imperfeita, cheia de buracos e lacunas. Meus pensamentos eram fixos, limitados, e eu não me adequava a esse mundo, mas, ao contrário, tentava adequá-lo a mim.”

O Breno tem uma escrita brilhante e detalhada, garantindo que a história não seja previsível, mas surpreenda o leitor capitulo após capitulo. A inteligência somada ao conhecimento do autor sobre esse tema, nos possibilitou embarcar fundo na trama para conhecer a síndrome do Pânico e o que a garota sentia. A intensidade da leitura é incrível, uma verdadeira montanha russa de emoções e valores.

A capa e a diagramação são intrigantes. A fonte é adequada e as folhas amareladas nos deixam ainda mais apaixonados. A garota que tinha medo é um livro envolvente, inquietante, esclarecedor e impactante. Transforma quem lê e nos faz refletir sobre os valores sociais e pessoais. Recomendo a leitura para aqueles que desejam conhecer o assunto e leitores que se apegam à leituras intensas como essa.

“Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou.”

site: http://www.vicioemlivros.com/2015/04/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html#more
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Mari 04/04/2015

Já conhecia o autor Breno Melo, mas minha experiência com a outra leitura não foi tão boa quanto eu tinha imaginado. Talvez tenha sido um erro meu, pois depois de ler muitas resenhas de seu outro livro, acabei criando expectativas demais, o que na maioria das vezes é algo ruim pra mim.

Aqui encontramos a história de Marina, uma jovem que está estudando para o vestibular, como na maioria das famílias, com aquela pressão por parte dos pais. Aqui a mãe pega no pé da jovem, obrigando ela a estudar horas e fazendo-a se inscrever em pelo menos seis vestibulares.

Ela sonhava em cursar jornalismo na Universidade Católica, e assim foi. Logo no primeiro dia de aula fez alguns amigos e teve novas experiências. Nessa época, repleta de novidades que é o inicio de uma nova jornada aos jovens, ela acaba conhecendo melhor um rapaz que trocava mensagens pela internet e o romance dos dois acaba ficando um pouco mais sério agora.

Foi em uma dessas normalidades do dia a dia que a primeira crise aconteceu. Marina ficou um tanto confusa, sem conseguir ter uma explicação do que aconteceu. Essas crises, que antes não existiam, começam a fazer parte de sua vida, assustando a todos em sua volta, inclusive seu recém namorado, que não entende e decidi simplesmente largá-la. Muitos de seus amigos se afastam, deixando Marina ainda mais depressiva.

E tudo que ela sempre sonhou acaba se tornando um pesadelo. Aquilo a enche de medo e pavor. Agora ela não vai mais às aulas, não frequenta a missa que sempre ia com sua mãe, simplesmente fica presa dentro de casa, mas nem em seu quarto ela consegue ficar.

"Minha existência sempre havia sido banal e discreta, sem grandes dramas, até que um vendaval, vindo de não sei onde, virou-a de ponta-cabeça. Me tornei a protagonista de uma história que eu não queria interpretar, passei a ser o centro das atenções e a me sentir humilhada. Nunca mais fui a mesma depois do primeiro ataque, temendo as pessoas ou os lugares. Tinha medo de passar por outros ataques, que poderiam acontecer a qualquer momento.”

Em um belo dia, ela decide procurar a cura para o tal diagnóstico da Síndrome do Pânico, decide por fim enfrentá-la. Ouvindo as explicações do médico, já sabe que não será fácil, mas acredita que poderá conseguir e assim é que Marina lutará contra esse mal.

Ela, que possui um blog literário, decide incluir nele essa experiência, mais para ajudar outras pessoas que estão enfrentando a mesma situação ou algo parecido.
A narrativa é feita em primeira pessoa. Por algumas vezes, Marina fala que está escrevendo esse livro para ajudar outras pessoas que estão passando por isso, uma grande sacada do autor, no meu ponto de vista.

Eu não tenho conhecidos que já passaram pela Síndrome do Pânico, mas sempre pensei que doenças psíquicas são algo que deve ter uma atenção redobrada, pois é, de certa forma, bem mais complexa, sem contar a dificuldade por um diagnóstico preciso. Muitas vezes as pessoas falam que se trata de frescuras.

Enfim, essa experiência foi surpreendente. Comecei a leitura sem esperar muito, acabei me surpreendendo. Os detalhes importantes da história foram muitas vezes marcantes. Posso dizer que aprendi muito com esse livro.


Trabalho gráfico simples, letras com bom tamanho para a leitura. A capa nos remete a personagem que está com suas dúvidas e incertezas.
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anaventurelli_ 31/03/2015

O autor Breno Melo, em sua mais recente publicação, A Garota que Tinha Medo, nos apresenta Marina, uma garota paraguaia que teria tudo pra levar uma vida normal. Tinha...
Em meio à pressão da mãe com os estudos e um namoro complicado, Marina começa a ter sintomas estranhos que logo desencadearam a Síndrome do Pânico. Cada crise é narrada de uma forma detalhada e sensível, todos os sentimentos descritos pela protagonista nos transporta ao universo dos panicosos e que, apesar de aparentemente distante do nosso, o grau de identificação com a personagem é imenso.


Não preciso nem dizer que adorei a leitura né? Gosto não só de ler, mas também de aprender com os livros e com esse, apesar de alguns termos técnicos tudo é muito bem explicado. Consegui entender o que é a síndrome e como ela afeta a vida das pessoas.
A religião é um assunto bem discutido durante a história, Marina é uma garota de muita fé e não a abandona durante o tratamento médico. Ainda hoje, muitas pessoas pensam que por acreditar em Deus, tem que abandonar ou desconfiar das práticas médicas, e o autor conseguiu mostrar de uma forma bem clara que, os dois lados (religioso e médico) podem andar de mãos dadas.
O preconceito também é abortado no livro, a protagonista conta com poucos amigos durante a jornada do diagnóstico e tratamento, pois infelizmente muitas das doenças psicológicas, como a Síndrome do Pânico, por exemplo, são tratadas como "frescura" pelos leigos e por quem nunca teve ou conviveu com isso, e por isso acabam se afastando.
Essa é uma leitura mais do que recomendada. É uma leitura não só para entretenimento, mas também para informação.

“Queria ser como os outros seres humanos, mas o fato é que eu não era. Sempre fui estranha, e um dia isso ficou claro como a água."

site: http://bibliotecacolorida.blogspot.com.br/2015/03/resenha-a-garota-que-tinha-medo.html
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Melina 30/03/2015

Recomendo
A garota que tinha medo de ter medo. Quando o seu maior inimigo não tem nome, não tem características físicas e você não sabe nada sobre ele, sabe apenas que ele está dentro de você...o que fazer? Fugir? Impossível, a única saída que resta é enfrentá-lo, é nesse contexto que conhecemos Marina, uma jovem, com uma vida aparentemente normal, uma jovem como outra qualquer, que no inicio do livro parece ser uma personagem extremamente frágil e manipulada pela mãe, mas quando ela é confrontada por seu maior inimigo e mesmo sozinha, pois os amigos se afastaram, o namorado a deixou e a família não a compreende, Marina mergulha dentro de si e se vê obrigada a recomeçar.
Uma linda história, extremamente comovente, para aqueles que nada sabem sobre o tema,síndrome do pânico, o livro é super didático e para aqueles que a conhecem, vão se identificar.
O que também me chamou a atenção no livro, é que ele se passa no Paraguai, e o autor nos trás algumas características interessantes desse país que fica tão perto, mas tão pouco conhecido (pelo menos para mim).
Enfim, indico a leitura, que flui de maneira rápida, eu comecei e não consegui mais largar.
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