A Garota que Tinha Medo

A Garota que Tinha Medo Breno Melo




Resenhas - A garota que tinha medo


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Bru | @umoceanodehistorias 05/02/2015

Em A Garota que Tinha Medo, conhecemos Marina, uma jovem de cinco anos que contará a trajetória de sua vida. Marina estava em um período de estudos intensos para o vestibular e, além de sua mãe não parar de pressioná-la, ela convivia com uma constante pressão dentro de si.

Na época em que tentava dividir seu tempo entre estudos e o namorado, Marina sofre seu primeiro ataque. Ela não sabe dizer o que aconteceu, apenas sabe que um pavor tão grande a atormentava que ela gritou e gritou até que tudo isso parou e era como se nada tivesse acontecido. Desde que ela começou a ter as crises, notou que seu namorado se afastou.

"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo."

Agora, Marina estava sem um namorado, tendo crises constantes e em lugares que a constrangia e sentindo muito medo. O diagnóstico da Síndrome do Pânico não foi fácil e foi preciso muito trabalho por parte de Marina e seus médicos para que houvesse uma verdadeira melhora.

A trama, dividida em seis partes, nos faz ver como é difícil aceitar que você sofre de Síndrome do Pânico e a reação que as pessoas, ao seu redor, têm. Marina me fez notar que um panicoso não é uma pessoa com frescura, como muitos pensam e que as crises são realmente graves. Os detalhes fornecidos pela Marina, durante suas crises, são incríveis e assustadores, pois, sempre que ouvia falar que uma pessoa era panicosa, pensava: Isso não deve ser tão grave assim, a pessoa deve apenas ter medo. Mas, não!, é mais que isso, durante a crise não há medo, há pavor, um sentimento que te faz pensar que você irá morrer e você pode até torcer para que isso acontece, assim você se ‘livra’ de toda essa dor.

Em diversos momentos, principalmente durante as crises, pensei que estava lendo uma biografia e não um livro de ficção. A história é incrível e me fez refletir demais sobre o que pensar de uma pessoa portadora da Síndrome e como eu poderia ajuda-la. Também me fez ver o quanto pequenas atitudes, sejam elas de pessoas distantes ou próximas a nós, podem nos mudar e nos fazer mal.

“Mas por que sofremos? A felicidade que a maioria de nós espera é idealizada; e uma felicidade idealizada só existe no mundo das ideias, onde não vivemos. Eu, por exemplo, posso ser feliz apesar da síndrome do pânico (porque este é o mundo palpável em que vivo), mas negar a síndrome para ser feliz me levaria a um mundo ideal, onde não vivo.”

Esse livrou tornou-se uma lição pra mim. Passei a ter diversas atitudes que não tinha: Pensar o que eu falava para alguém e como isso poderia magoá-la; Dizer às pessoas o que eu não havia gostado de ouvir; e, principalmente; Não julgar. Indico esse livro para todas as pessoas, tenho certeza que ele irá mudar algo em sua vida e te tornar uma pessoa melhor, afinal, sempre podemos melhorar.


site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2015/02/a-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Tenda dos Livros 05/02/2015

Um livro delicado e emocionante
Com o livro em mãos, me deparei com uma sinopse bem atraente, Marina e seus ataques de pânico e dilemas psicológicos me deixaram com uma porção de expectativas.
Marina, como a maioria dos jovens, estava preocupadíssima com os vestibulares a fazer, principalmente por conta da pressão que sua mãe fazia. Até aí tudo bem, ela não tinha nada de "anormal". Um pouco tímida, boa aluna, boa filha, escrevia em um blog (olha só que coincidência) sobre literatura e gostava de fazer amizades e até alguns paqueras pela internet. Até que um acontecimento desestrutura a vida de Marina, no começo ela nem imaginava do que se tratava, achava que o que acontecia era apenas um mal estar, só que aconteceu de novo, de novo e de novo.
E com esse dilema incontrolável, a jovem vê sua vida passando diante dos seus olhos, sem diagnóstico, sem nenhum apoio das pessoas ao seu redor, não há outra analogia senão o fundo do poço. A garota que tinha medo, tinha sobretudo razão em ter medo da síndrome do pânico, se torna impossível não se sensibilizar com a história de Marina.
O autor deixa mais que claro o quanto qualquer distúrbio ou transtorno psicológico ainda é visto como frescura, algo que não mereça atenção. Como estudante de psicologia, vejo isso de perto, aos poucos (quase parando) a sociedade está começando a perceber que sua condição psicológica pode interferir em todas as áreas de suas vidas, inclusive em seu estado físico. A vida de Marina não é nada fictícia olhando por esse ângulo, sua condição e a força com que luta bravamente torna a história ainda mais interessante.
Uma outra coisa bem legal foi a forma como Marina fez da internet sua válvula de escape da melhor maneira possível, encontrando pessoas que sofriam tanto quanto ela e que encontraram uns nos outros o apoio que precisavam.
Breno Melo nos apresenta esse enredo de uma maneira bem dinâmica, o que torna a leitura fácil, rápida e prazerosa. A narrativa acontece em primeira pessoa, tudo aos olhos de Marina. Não é sempre que gosto desse tipo de narrativa, porque as vezes o protagonista omite alguns fatos do leitor, mas nesse caso foi necessário, foi importante sentir junto com Marina, entender seus pensamentos e dores.

A diagramação deixou a desejar com a capa, confesso que achei muito mais bonita com a edição da Schoba, minha idealização de Marina foi completamente diferente da garota da capa. A revisão está ótima, não encontrei erros. Boa divisão de capítulos e a letra está no tamanho e espaçamento perfeito.
Gostaria de agradecer ao autor pela oportunidade de conhecer sua obra (que belíssima obra) e o seu talento maravilhoso. Se você tiver a oportunidade de ler esse livro, leia e se delicie.

- Daiana Ayalla

site: http://www.tendadoslivros.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Danielle 29/01/2015

Ótimo
Resenha - Breno Melo – A garota que tinha medo

Quando o autor entrou me contato comigo para pedir que resenhasse o livro, e fui verificar sobre qual o tema do livro me deparei com um tema que sempre quis saber um pouco mais a respeito que é a Síndrome do Pânico, e realmente após terminar a leitura eu verifiquei que não sabia realmente nada sobre a doença, para as pessoas que nunca sofreram com doenças psicológicas é muito difícil entender e muitas vezes são até preconceituosas achando ser frescura ou desculpa para não trabalhar por parte dessas pessoas, quem nunca passou realmente nunca vai conseguir entender mas quando lemos sobre o assunto passamos a compreender melhor o que acontece com essas pessoas que são afetadas com essas doenças.

A trama é ambientada no Paraguai, onde aprenderemos um pouquinho sobre o país, sua história e cultura, mas nada cansativo, o autor solta em alguns momentos da trama as informações.

Com um narrativa em primeira pessoa como se fosse uma autobiografia da protagonista que passa uma sensação de maior profundidade, pois o leitor irá compartilhar a experiência desde o primeiro ataque de pânico junto com Marina, muito antes de ela descobrir que era uma ataque de pânico, a princípio a sensação é que a pessoa vai morrer, aperto no peito, falta de ar entre outras sensações que realmente a pessoa pensa que pode estar enfartando.

Marina é uma menina que é muito perfeccionista, uma menina normal que está passando pela pressão de passar no vestibular e começar uma nova etapa em sua vida, entrar para tão sonhada universidade, sem contar que sua mãe faz uma pressão muito grande para que ela estude quase que o tempo todo.

Através da internet Marina conhece uma rapaz do seu condomínio e acaba começando um relacionamento com ele, as coisas começam a dar certo ela é aprovada no vestibular e consegue se matricular na Universidade que queria no curso de Jornalismo, as aulas começam e Marina conhece novos amigos, mas eis que Marina um dia quando seu namorado vai buscá-la para sair ela tem o primeiro ataque de pânico, até que esses ataques aos poucos vão acontecendo em locais públicos e Marina começa a ser vista como louca até pelo próprio namorado e finalmente resolve procurar ajuda médica de um psicólogo que a diagnostica com Síndrome do Pânico e começa então a luta para que consiga se curar e entender o que ocasionou a doença em Marina.

"Os animais, porque ainda vivem em estado natural, não sofrem por amor como os seres humanos. Porque os animais não necessitam do matrimônio para fazer do amor algo completo, nem esperam do amor tudo o que esta ou aquela cultura nos ensinou a esperar, simplesmente porque eles não têm cultura."

“Meus colegas de turma tinham medo de mim. Mas eles não sabiam o que era ter medo. Ninguém ali havia passado o que eu passei. Me senti uma leprosa, mas minha doença não era contagiosa. A verdade é que eu não podia fazer mal a ninguém, senão a mim mesma, além de sofrer com o preconceito de terceiros.”

"Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou."


Minhas impressões


Este livro para mim foi muito esclarecedor, sempre quis saber como se sentia uma pessoa afetada por esta doença e a forma como foi abordado e narrado o livro foi simplesmente de forma muito rica e intensa, fazendo o leitor passear pela mente de uma pessoa que sofre com uma doença não compreendida pela maioria das pessoas, é o que diz aquele antigo ditado, mente sã, corpo são, quando nossa mente não está bem ela manda reflexos para o nosso corpo, como se fosse um vulcão,é o que acontece com essa síndrome, os medos e angústias reprimidos podem acabar uma hora explodindo para fora do corpo e devem ser tratados.

Recomendo a leitura a todos que queriam saber um pouco melhor sobre essa doença que ainda é um tema tabu em nossa sociedade.



site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Dai 29/01/2015

A garota que tinha medo, Breno Melo
Com o livro em mãos, me deparei com uma sinopse bem atraente, Marina e seus ataques de pânico e dilemas psicológicos me deixaram com uma porção de expectativas.
Marina, como a maioria dos jovens, estava preocupadíssima com os vestibulares a fazer, principalmente por conta da pressão que sua mãe fazia. Até aí tudo bem, ela não tinha nada de "anormal". Um pouco tímida, boa aluna, boa filha, escrevia em um blog (olha só que coincidência) sobre literatura e gostava de fazer amizades e até alguns paqueras pela internet. Até que um acontecimento desestrutura a vida de Marina, no começo ela nem imaginava do que se tratava, achava que o que acontecia era apenas um mal estar, só que aconteceu de novo, de novo e de novo.
"Tive a sensação de que aquele corpo que se desesperava não era meu, e ainda assim eu sofria por ele. Entre minha mente e meu corpo havia uma barreira. Eu assistia a mim mesma como se fosse outra, e não podia fazer nada por mim."
E com esse dilema incontrolável, a jovem vê sua vida passando diante dos seus olhos, sem diagnóstico, sem nenhum apoio das pessoas ao seu redor, não há outra analogia senão o fundo do poço. A garota que tinha medo, tinha sobretudo razão em ter medo da síndrome do pânico, se torna impossível não se sensibilizar com a história de Marina.
O autor deixa mais que claro o quanto qualquer distúrbio ou transtorno psicológico ainda é visto como frescura, algo que não mereça atenção. Como estudante de psicologia, vejo isso de perto, aos poucos (quase parando) a sociedade está começando a perceber que sua condição psicológica pode interferir em todas as áreas de suas vidas, inclusive em seu estado físico. A vida de Marina não é nada fictícia olhando por esse ângulo, sua condição e a força com que luta bravamente torna a história ainda mais interessante.
"Embora eu possa ser feliz, minha felicidade certamente não será a propagada pelos filmes de Hollywood, nem aquela vivida pelas protagonistas de romances americanos. Eu realmente gostaria de ser a mocinha de algum romance de Nicholas Sparks, triste agora e feliz no parágrafo seguinte como só os americanos sabem ser, mas acontece que não sou. A vida real, reproduzida em tramas populares, não é mais que uma exageração dos fatos e uma simplificação das causas que levam a eles."
Uma outra coisa bem legal foi a forma como Marina fez da internet sua válvula de escape da melhor maneira possível, encontrando pessoas que sofriam tanto quanto ela e que encontraram uns nos outros o apoio que precisavam.
Breno Melo nos apresenta esse enredo de uma maneira bem dinâmica, o que torna a leitura fácil, rápida e prazerosa. A narrativa acontece em primeira pessoa, tudo aos olhos de Marina. Não é sempre que gosto desse tipo de narrativa, porque as vezes o protagonista omite alguns fatos do leitor, mas nesse caso foi necessário, foi importante sentir junto com Marina, entender seus pensamentos e dores.

A diagramação deixou a desejar com a capa, confesso que achei muito mais bonita com a edição da Schoba, minha idealização de Marina foi completamente diferente da garota da capa. A revisão está ótima, não encontrei erros. Boa divisão de capítulos e a letra está no tamanho e espaçamento perfeito.
Gostaria de agradecer ao autor pela oportunidade de conhecer sua obra (que belíssima obra) e o seu talento maravilhoso. Se você tiver a oportunidade de ler esse livro, leia e se delicie.


site: http://www.tendadoslivros.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
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Rayme 28/01/2015

"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo. (Pág 23)"

Com uma narrativa em primeira pessoa, em A garota que tinha medo, conhecemos Marina, uma jovem de vinte e cinco anos que contará sobre a sua vida. A jovem descobriu ter Síndrome do Pânico quando tinha apenas dezoito anos. Na época que seus ataques começaram, Marina estava em um período de estudos intensos para o vestibular, e por conta de tanta pressão, principalmente por sua mãe querer que ela passasse em seis faculdades diferentes, a garota acaba desenvolvendo este problema. Ela sempre teve uma vida normal e até mesmo um namorado, que abandonou-a logo que suas crises começaram.

A trama é dividida em seis partes, e além de contar sobre como a Marina descobriu a doença, como ela passou a se aceitar desta forma e como conseguiu se curar, mostra também o outro lado da moeda. Mostra as atitudes das pessoas que convivem com quem é panicoso e nos faz perceber o quanto algumas pessoas podem ser leigas no assunto ao ponto de pensar que esta doença é apenas uma "frescura". O autor narra as crises da Marina de forma tão descritiva que até parece que ele mesmo viveu tudo aquilo. Não é difícil entrar na mente da personagem e perceber como exatamente é uma crise assim.

Conheci este livro através de um blog que sigo. Li a resenha dele e fiquei bem curiosa para lê-lo, pois acho interessante livros que falam sobre doença, mas, ao mesmo tempo em que fiquei curiosa, fiquei com receio, pois pensei que fosse encontrar uma trama bem mais técnica do que realmente é. O autor conseguiu escrever uma história ótima. A leitura se torna fluida, e quando você percebe já está torcendo para que a garota encontre o tratamento e que melhore logo.

Apesar de todos os fatos relatados serem fictícios, Breno conseguiu me encantar e me fez aprender com a personagem. Acabei me encantando pela leitura, adorei acompanhar Marina desde o começo da sua doença até o final de seu tratamento e sua tentativa em voltar a ter uma vida normal. Aprendi muito com esta leitura, já que eu conhecia pouco sobre a Síndrome do Pânico. Recomendo A Garota que tinha Medo, principalmente para quem pensa que Síndrome do Pânico não passa de uma frescura.

Aconselho também que este não é um livro para se devorar em poucas horas. É uma obra para ser lida com calma e de mente aberta, apesar de a escrita do autor ser tão boa que você irá iniciar a leitura e querer saber logo como será o final dele.
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L. Müller 27/01/2015

“A GAROTA QUE TINHA MEDO”, UMA HISTÓRIA QUE PODERIA SER A SUA
Marina começa sua narrativa da forma mais simples: se apresentando. E então, começa a contar sua história… Mora com os pais e o irmão, e, sempre pressionada pela mãe, estuda até não poder mais. Conhece Júlio pela internet e depois de um tempo, engatam num namoro. Passa na universidade e relata sua vida acadêmica – e às vezes, nem tão acadêmica assim: trote, festas, “cantadas” de veteranos, drogas,…

Ela conta também que mantém um blog literário, gosta de tirar fotos, e diz às vezes enxergar aquilo que ninguém vê.

O caso é que ela nunca se enxergou como uma pessoa normal. “Queria ser como os outros seres humanos, mas o fato é que eu não era. Sempre fui estranha, e um dia isso ficou claro como a água. Primeiro minha personalidade e depois a síndrome do pânico cavaram um abismo entre mim e as pessoas que eu conhecia. Deixei de me identificar com elas e suspeito que elas também tenham deixado de me ver como uma semelhante.”

O transtorno de ansiedade de Marina se manifestou nas piores situações, todas elas narradas com detalhes e muita sensibilidade. Sua história nos convida a adentrar o universo de uma pessoa que sofre com o Transtorno de Pânico, que, apesar de aparentemente distante do nosso, o grau de identificação com a personagem atenta para a realidade. E essa realidade é que, num mundo cheio de informações em que temos que correr contra o tempo, qualquer pessoa pode estar sujeita a desenvolver qualquer tipo de transtorno. E Marina é como eu, como você: uma garota “comum”, que frequenta as aulas na universidade, que acha seu irmão meio “besta”, que encontra refúgio em seu blog e nas redes sociais, que vai à igreja e procura se apoiar em Deus nos momentos de dificuldade. E que, subitamente, sem qualquer motivo explícito, pode ser tomada por uma sensação de medo arrebatadora, chegando ao ponto de ver como ameaça pessoas e lugares conhecidos.
(...)
Conitnue lendo no blog (:

site: https://pseudoaleatoriedade.wordpress.com/2015/01/26/a-garota-que-tinha-medo-uma-historia-que-poderia-ser-a-sua/
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Andressa 25/01/2015

A Garota que Tinha Medo - Breno Melo
Após a leitura de Marta, romance de estréia do autor nacional Breno Melo, minhas expectativas estavam elevadas para ler mais uma obra sua. Apesar de o primeiro livro ter sido lido no ano de 2011, ainda me lembro de tê-lo apreciado principalmente pelo surpreendente final e por abordar um tema diferente do que estou acostumada a ler e do qual não conheço muito, a bipolaridade. Fico feliz em poder dizer que, ainda que as expectativas estivessem altas para a leitura de A Garota que Tinha Medo, o livro não me decepcionou e ainda me cativou e envolveu mais do que o anterior.

Com uma escrita fácil, rápida e envolvente, somos introduzidos neste livro à vida de Marina, uma jovem que sofre de síndrome do pânico. Talvez o que mais tenha me cativado no livro, além de abordar mais um assunto do qual pouco conhecia, foi a forma como o autor introduziu a síndrome na vida da personagem. O livro é iniciado quando Marina já sabe da sua condição, porém os fatos são narrados em primeira pessoa desde antes dos sintomas aparecerem. É notável como a maioria das passagens descritas foi imprescindível para o desenvolvimento da síndrome e amadurecimento da personagem, e o ponto mais interessante disto foi poder visualizar sentimentos como confusão e medo e como a condição afetou a vida não só da protagonista, como também de todos aqueles que a rodeavam.

Ao longo do livro, vamos aprendendo um pouco mais sobre a condição de Marina juntamente com a personagem, o que torna cada momento envolvente, como se de algum modo fossemos parte da história ou alguém íntimo dela. Além disso, a narrativa aborda também romance e situações pelas quais a personagem passa que por muitas vezes independem da síndrome, mas nos mostram a vida na passagem do colégio ao início da universidade.

Porém, algumas partes acabaram me incomodando um pouco apesar de não ter atrapalhado a leitura de forma alguma: por vezes, Marina me passava a idéia de imatura e um tanto infantil para a idade principalmente em algumas situações envolvendo Júlio, até meados do livro. Felizmente, estes momentos foram poucos se olharmos o livro como um todo e rapidamente eram esquecidos quando os ataques eram descritos e estes me despertavam certa angústia.

Por fim, posso dizer que a leitura foi uma ótima experiência e que me trouxe uma nova visão sobre a síndrome, que, como já comentado, eu pouco conhecia. É incrível como o autor transmite os sentimentos de Marina pelas páginas, nos tornando parte dela e nos instigando a ler o livro rapidamente. Com certeza, um livro muitíssimo recomendado!
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Raquel Comunale 25/01/2015

O livro se passa no Paraguai é narrado por Marina uma jovem prestes a vestibular para jornalismo super dedicada e pressionada por sua mãe. Ela acaba de conhecer pela internet um menino chamado Júlio e está um pouco tensa com todas as decisões do futuro mas ainda assim feliz quando é atingida pela seu primeiro ataque de pânico. Sem entender exatamente o que estava acontecendo Marina simplesmente tenta seguir em frente e esquecer o que aconteceu.

Contudo aos poucos o número de ataques vai aumentando e Marina finalmente percebe que sua antiga vida está cada dia mais para trás, seus medos e sua insegurança atingem níveis impossíveis e mesmo com toda sua fé ela se sente cada vez mais sozinha e desprotegida.

Com a ajuda de médicos e de seus familiares Marina vai caminhando lentamente não em busca de uma cura mas em busca de um tratamento que lhe proporcione normalidade e segurança para seguir sua vida. Obviamente nem tudo é simples mas somente em cada uma de suas tentativas Marina aprende como lidar com seu próprio cérebro.

Eu amei o livro! É uma leitura que é ao mesmo tempo doce e angustiante. A personagem é retratada com uma realidade tão grande que não foi difícil comparar cenas do meu próprio cotidiano com relação a inseguranças e medos. A narrativa nos permite acompanhar um ataque de pânico por uma perspectiva diferente listando sintomas e nos fazemos pensar na angústia da situação em si. Além de muitos trechos sobre a síndrome do pânico e distúrbios em geral o livro traz muitas coisas sobre a cultura e política do Paraguai além de diversos fragmentos sobre religião e teologia. Um livro diferente e encantador em diversos sentidos, recomendo!

site: http://desencontre.blogspot.com.br/
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Lelê 23/01/2015

Resenha:
E não é que eu me esqueci que estava lendo uma ficção e passei a acreditar que era uma autobiografia?!


"O que eu não percebia é que minha felicidade
estava limitada pelo momento, pela situação
ou por terceiros. Todas as coisas que me
faziam feliz, nessa época, estavam fora de mim."
Pag. 29



É narrado em primeira pessoa por Marina.

Marina se apresenta e de cara já deixa claro o motivo de escrever sua história, o porque de contar nos mínimos detalhes tudo o que passou. Com essa narrativa que mais parece uma carta que ela escreveu ao seu leitor, fica impossível não se envolver logo no primeiro parágrafo.


"Me chame de Marina. Tenho vinte e cinco anos
e sofro de síndrome do pânico desde os dezoito.
Tenho ataques de pânico que podem acontecer
a qualquer momento. Inclusive agora,
enquanto escrevo."
Pag. 9


Pressionada pela mãe para fazer inscrição para várias universidades, Marina estuda quase que o tempo todo. Até que ela consegue passar para o curso na universidade que ela tanto queria; jornalismo na Universidade Católica. Tudo seria perfeito se pouco antes ela não tivesse passado pela sua primeira crise de pânico.

Ainda sem saber o que era, ela passa por momentos de puro desespero.


"Procurei quebrar o gelo com um machado,
mas era o machado que se partia ao
golpear o gelo. Receei não ter podido
salvar nosso relacionamento."
Pag. 101


Além disso, Marina tinha um namorado, mas este em nenhum momento me agradou. Desde o começo eu achei o relacionamento dos dois muito superficial, porém, talvez pelo estado de saúde mental da protagonista, talvez ela é que sentia e mostrava outros sentimentos que talvez não fossem reais. Impossível saber, possível é só ler o que ela contava e imaginar como seria de verdade. De qualquer maneira, o namoro não era nada de que ela poderia se orgulhar, e não era nada que poderia ajudá-la nessa transformação.

O mundo de Marina desabou. As crises que se tornaram mais frequentes a obrigaram a parar com tudo, se trancar em casa e sofrer o tempo todo. Até que ela finalmente aceitou ajuda. Não deve ser fácil receber um diagnóstico de 'panicoso', não deve ser nada fácil admitir que precisa de tratamento a base de terapia e remédios. Contudo não deve ser fácil ser alvo de piadas e desprezo das pessoas.

A família demora tanto para enxergar o problema que me deu nos nervos. E o pior é que é bem assim. O irmão que acha que é frescura, o pai que não entende, a mãe que não compreende as aflições da filha. Isso é comum nos dias de hoje em todos os lugares. Mesmo com a doença sendo tão frequente.

O importante é que Marina conta tudo, desde o início até o final do tratamento, até sua provável cura, que na verdade não existe, mas o tratamento contínuo para que as crises não voltem com tanta intensidade.


"Eu havia entrado para uma boa universidade e
me graduaria dentro de cinco anos. Eu levava
uma vida abastada, e tudo o que desejava,
material ou imaterial, se encontrava a meu
alcance a curto e médio prazo. Do que eu
poderia me queixar?"
Pag. 53


Fora a vida de Marina, ainda me vi hipnotizada pela aula de história que autor trouxe. Como tudo se passa no Paraguai, divagações sobre a Guerra do Chaco e curiosidades sobre este país abrilhantaram ainda mais a obra.

Mais uma coisa que deve ser citada é a aula sobre a síndrome do pânico e outras síndromes que o autor proporcionou de forma simples e sem rodeios. Não conhecia os sintomas e fiquei realmente abismada. Nada de termos médicos, nada de fórmulas mágicas. Tudo é descrito de uma maneira de fácil entendimento. Explicações sobre o tratamento e sobre os remédios, tudo isso era um universo que eu não conhecia, mas que durante o tempo que li o livro me senti muito bem ambientada. Ou seja, aprendi e visualizei tudo o que o autor quis passar com esta trama.

O gênero fica entre o drama e o sick-lit, portanto fãs destes dois gêneros irão com certeza adorar o livro! Disso não tenho dúvidas.

Apesar de não gostar muito de capas com rostos, confesso que gostei dessa. O fato de ela ser loira de olhos claros e ficar parada olhando para o nada, tem tudo a ver com o enredo. Ficou perfeita!!

A diagramação está ótima, fonte agradável e folhas amareladas. Não conhecia o trabalho da Chiado, e neste primeiro livro que li já vi que eles são muito bons no que fazem!

Gostei mais do que imaginava! Gostei de tudo que li e aprendi aqui!!

Leitura mais do que recomendada!!


site: http://topensandoemler.blogspot.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo.html
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Fernanda 22/01/2015

Resenha: A garota que tinha medo
CONFIRA A RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 21/01/2015

O livro de ficção, narrado em primeira pessoa, mais convincente que eu já li na minha vida!
A história é narrada por Marina, uma jovem que morava com seus pais e o irmão mais novo, na cidade de Assunção, no Paraguai. Aos 18 anos, ela estava estudando de forma exaustiva para o vestibular, sua mãe pressionava-a excessivamente para que Marina entrasse numa faculdade. Depois de um período cansativo e desgastante de estudos, ela finalmente foi aprovada. As coisas pareciam estar indo bem: Marina estava fazendo Jornalismo (o curso com o qual sempre sonhou), tinha novos amigos e até arrumou um namorado.

"Seja como for, eu era feliz nesse pequeno inferno alegre que era minha vida banal de classe média. Eu ainda não tinha ataques ou crises de pânico. Eu ainda não havia visto minha vida virar de cabeça para baixo como vejo agora." (página 9)

Mas aí, veio o primeiro ataque de pânico. E depois vieram outros e mais outros. De uma hora para outra, Marina sentia um medo súbito, que ia aumentando até que ela não tivesse mais controle sobre si mesma, a sensação de que ia morrer era assustadora. Esses ataques foram acontecendo com mais e mais frequência, nos lugares menos "apropriados" possíveis.

"Eu sempre estava pensando no minuto seguinte, temendo algo que talvez nunca viesse a acontecer. E de fato, me lembrando dos últimos anos, quase nunca chegava a acontecer. Talvez eu fosse uma tola. Talvez houvesse algo errado comigo. E havia." (página 13)

Ela fez inúmeros exames, que apontaram que sua saúde física estava boa. A princípio, Marina não aceitava que sua doença pudesse estar relacionada à sua mente, a ideia de estar louca e o medo do que os outros iriam pensar a aterrorizavam. Mas, com o tempo e a intensidade dos ataques, ela decidiu procurar ajuda médica especializada. Foi aí que surgiu o seu diagnóstico: Síndrome do Pânico.

A Síndrome do Pânico atrapalhou a vida de Marina de forma tão devastadora, que ela perdeu o namorado, parou de frequentar as aulas, os amigos se afastaram, ela não conseguia sequer sair de casa, aliás, ela não conseguia dormir no próprio quarto. Só depois de anos de tratamento, Marina pôde ter sua vida de volta e finalmente encontrar sua felicidade.

"Não podendo viver para coisa alguma devido à síndrome, passei a viver apenas para vencê-la. E cada dia sem um piripaque já era uma vitória." (página 199)

A garota que tinha medo foi um livro que me conquistou aos poucos, de forma que, ao terminar a leitura, eu estava completamente ligada à história e aos personagens. Mesmo sendo ficção, a narração de Marina passa tanta veracidade, que é como se ela realmente existisse e estivesse contando sua luta contra a Síndrome do Pânico, na intenção de poder ajudar outras pessoas que também fossem portadoras dessa síndrome. Marina é uma personagem tão bem construída e tão "real", com tantas facetas, que A garota que tinha medo é o livro de ficção, narrado em primeira pessoa, mais convincente que eu já li na minha vida! Eu me identifiquei bastante com a personagem, com alguns de seus medos, com algumas de suas ideias, além do fato de ela também ter um blog literário, um blog que teve certa importância em sua recuperação.

"- Por que "Desde el 1987"? - perguntou Péqui uma vez.
- Por que a única certeza que tenho é a de que nasci e cá estou. De resto, sou toda insegurança, dúvidas e medo." (página 128)

Uma coisa que gosto muito em livros é encontrar outras formas de ver o mundo e a vida, Marina enxerga a religiosidade e a fé de uma forma diferente da que eu enxergava, e sabe falar bem sobre o assunto, abrindo minha cabeça para novas ideias. Ela passou pela fase da revolta, em que achava que Deus tinha se esquecido dela ou que a culpa pela sua doença era Dele, mas foi uma fase. Preciso deixar claro que o livro não tem apelo religioso, mas a religião e a fé fazem parte da vida de Marina.

A história ser ambientada no Paraguai foi outro ponto que me agradou, acho que nunca tinha lido um livro que se passasse lá. É um país sobre o qual quase nada sei, e Marina fala com paixão sobre sua terra. Pude conhecer um pouco mais sobre a cultura, a história, os lugares e a grande diversidade que há no Paraguai, e também conheci um pouco sobre a Argentina e o Uruguai, vi nossos vizinhos com outros olhos. (Vocês sabiam que além do Espanhol, no Paraguai se fala Guarani?)

O escritor Breno Melo entrou em contato comigo após ver minha resenha de Garota, interrompida, me perguntando se eu gostaria de ler e resenhar o livro dele. Pra quem não se lembra, em Garota, interrompida (Única Editora), Susanna Kaysen conta sobre os anos em que ficou internada em um hospital psiquiátrico. Fazendo um breve comparativo entre os dois livros: ambos são narrados em primeira pessoa, contam a vida de garotas jovens que precisam de tratamento para problemas psicológicos. Se eu tivesse que indicar um dos dois para vocês, indicaria A garota que tinha medo, mesmo tendo um excesso de didatismo em algumas partes (onde Marina discorre sobre seu tratamento, o que pode ser pouco interessante para leitores interessados em mais ação), ainda tem uma história mais bem construída e finalizada que Garota, interrompida, nós sabemos de onde Marina e os demais personagens vieram, o que eles viveram e para onde foram.

"Uma vez, Napoleão se encolhia e tremia de medo durante uma batalha. As explosões, medonhas, o assustavam. Até que alguém notou e disse: "Vejam como ele treme!" Napoleão respondeu: "Se você sentisse ao menos metade do pavor que sinto, já teria fugido há muito tempo. Mas eu continuo aqui."
Não é à toa que ele foi um grande homem, apesar de suas fraquezas ou limitações. Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou." (página 204)

Sobre a parte visual: a capa é simples, mas tem sua beleza, as características físicas da garota da capa correspondem à Marina, gostei da fonte escolhida para o título do livro. A diagramação segue o padrão de outro livro da Chiado Editora que já resenhei no blog (Herdeiro da Névoa): margens, espaçamento e fonte de bom tamanho, páginas amareladas e grossas.

Enfim, "A garota que tinha medo" é um livro que recomendo, especialmente para quem gosta de protagonistas inteligentes ou procura saber um pouco mais sobre a Síndrome do Pânico. É aquele tipo de livro onde você sempre adquire algum conhecimento novo ao longo da leitura: seja sobre a Síndrome do Pânico, seja sobre o Jornalismo, seja sobre a América do Sul ou outros países.

Meu trecho favorito, onde vocês podem apreciar um pouco da boa escrita do Breno Melo:
"Ter ido à Alemanha equivaleu, para mim, a ter subido numa alta torre da qual pudesse avistar todos estes últimos anos que vivi. Dessa alta torre, vi pântanos que um dia estiveram lá, vi riachos, vi campos e vi flores. Isso não significa que os pântanos secaram espontaneamente, nem que os campos se tornaram jardins por obra do Acaso. O fato é que limpei os riachos, aterrei os pântanos e semeie os campos, até que estes me deram flores e me trouxeram alegria. Não pude controlar as chuvas e as secas, nem obrigar a Sorte a me favorecer, mas pude fazer a parte que me cabia, dando o melhor de mim. E comecei a notar que minhas pequenas ações influíam grandemente nos acontecimentos, obrigando a Sorte a me sorrir. Comecei fazendo o necessário, depois o possível, e de repente eu estava fazendo o impossível. Não deixei, obviamente, de erguer uma capela nesses campos que me pertencem e são a minha vida." (página 271)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/01/resenha-livro-garota-que-tinha-medo.html
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Garotas de Jales 20/01/2015

Diversão e Conhecimento
Com pitadas de humor e inteligência, o livro conta a história de superação de Marina, uma jovem que descobre ter síndrome do pânico com agorafobia.
Marina, personagem principal da história, está no último ano letivo e precisa entrar para universidade no próximo ano a qualquer preço para agradar sua mãe… Mesmo que o preço exigido para isto seja sua sanidade mental.
Após a entrada na universidade para o curso de jornalismo, Marina pode relaxar um pouco, se divertindo no trote com suas novas amigas de turma, experimentar novas experiências e fazer planos com o seu namorado novo. Tudo estava caminhando como o esperado… Até o momento em que os primeiros sintomas de sua síndrome se afloram.
Sem saber ao certo o que estava acontecendo consigo mesma, Marina enfrenta o preconceito vindo de todos os lados e de pessoas que ela menos esperava… Com apoio das poucas pessoas que restaram ao seu lado, pessoas que lhe amavam verdadeiramente, a personagem começa a fazer visitas regulares a psicólogos e psiquiatras que ajudam-na passar por esta nova fase de sua vida.
No decorrer da obra nos deparamos com informações super interessantes em relação a síndrome do pânico, os idiomas utilizados no Paraguai (país onde a personagem mora), e outras informações bem curiosas que estão entrelaçadas na trama, como o Indulto Agatha Christie!
E apesar de eu graças a Deus nunca ter sofrido síndrome alguma, me identifiquei um pouco com a personagem em relação a fase pré-vestibular, aquela necessidade de passar em alguma faculdade ou universidade como se minha vida dependesse disto. Achei muito bacana a forma como ela conseguiu encarar esse obstáculo em sua vida e a maneira realista com que o autor conseguiu retratar o tema em questão.
A obra além de entreter, ensina e esclarece contribuindo para eliminar uma parcela de ignorância e preconceito que possa estar presente no leitor em relação a síndrome do pânico, a agorafobia e medicamentos tarja preta.
Confira você mesmo o conteúdo distinto deste livro e verás por si só que não há nada a perder, somente a ganhar.
Tenha uma ótima leitura.
Abraços.

site: https://garotasdejales.wordpress.com/2015/01/19/resenha-a-garota-que-tinha-medo/#more-6410
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Denise Crivelli 19/01/2015

Opinião:
Achei a Mariana uma personagem sem sal, mais isso não é a questão não me conseguir sentir apegada a personagem, apesar de ter me estressado com as pessoas que tinham medo de ficar perto dela ou abandonaram por conta da doença, pelo menos os verdadeiros.
O livro trabalha questões interessantes como A síndrome do panico, foi bom pois fiquei conhecendo um pouco mais sobre essa doença e seus sintomas. Quando Marina começa a ir no médico podemos conhecer as formas de tratamentos e os sintomas. Outra coisa que achei interessante foi que a história se passa no Paraguai.
A Personagem Marina tem um blog literário e ela começa a escrever sobre sua doença também onde atrai muitos leitores que se identificam com ela, e isso deu mais um animo para ela seguir nessa luta e não se deixar sucumbir pela depressão que vem juntos com a crise.
Apesar de ter visto uns pontos interessantes como o tema tratado e outros citados acima, eu não curti a leitura, pois foi uma leitura arrastada e que não dava vontade de ler mais de um capitulo por dia, tinha umas partes que até dava mais animo, mais depois voltava para aquela leitura arrastada e que me levou a demorar mais tempo do que o esperado para concluir a leitura. Penso que não li esse livro no momento certo, por isso contribui para não gostar tanto de ler ele.
O livro é como se foce um diário narrado pela personagem sobre tudo o que aconteceu com ela, desde quando ela era normal e sua primeira crise, as dificuldades encontrada na doença até para continuar a faculdade, os tratamentos, a boa vida profissional e o casamento. Um livro que também trás questões religiosas para ajudar a protagonista a seguir em frente.


site: http://momentocrivelli.blogspot.com.br/
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Rafa 19/01/2015

Arrastando as Alpargatas
Eu não conhecia esse livro, nem seu autor, até que o mesmo entrou em contato comigo pelo Skoob. A sinopse me chamou atenção - por algum motivo adoro ler livros com doenças de pano de fundo (e psicopatias, violência, sangue e afins, mas juro que sou normal), então, resolvi lê-lo.

O livro chegou de manhã, pensei em ler um capítulo, para pegar a vibe do livro, ajustar minhas expectativas, essas coisas. Acabei abdicando do almoço e consegui ler as primeiras 100 páginas do livro até ir para o trabalho.

A leitura é leve, ao mesmo tempo em que trata de temas pesados, mas a simplicidade com que é escrito facilita a leitura. Quando vê, chegou ao final.

Marina, uma blogueira literária (iei!), em forma de díário/memórias, começa a nos contar desde seu primeiro episódio com a síndrome do pânico. Começaram quando ela tinha 18 anos, assim que ela entrou na faculdade que queria, Jornalismo. Ela, agora, contando a história tem 25 anos.

Ela fala sobre as mudanças que a síndrome trouxe na sua vida em todos os aspectos. Desde suas aulas, sua família, amigos, vizinhos (afinal, ela grita quando entra em pânico) e seu namorado. Ela conta sua história com objetividade, o que eu gostei muito, por mais que eu aprecie uma linguagem prolixa, sou sucinta nos meus pensamentos e me identifiquei.

A história se passa no Paraguai. Esse é outro ponto interessante, a história do país permeia um pouco a história da personagem em referências. Assim como, Marina, enquanto leitora, faz diversas referências aos seus autores preferidos ou livros que leu, também comenta sobre música e cultura pop. Como se chama quando o narrador conversa com o leitor? Esse foi um outro ponto que eu gostei no livro e que aproximou a personagem de mim.

Existem outros personagens, porém, não são tão explorados quanto a protagonista - o que é super coerente com a proposta do livro, que é como se a Marina escrevesse uma autobiografia. O foco está nela. Eu gostei muito da personagem porque ela é uma "garota normal", embora com medo. Por exemplo, encontramos muito na literatura atual uma preocupação com a sexualidade do personagem, aqui não. Sexo não é tabu, nem destaque, ocupa seu lugar na história como ocupa nas nossas vidas.

Enfim, eu quero continuar lendo Breno Melo. Já cobrei do autor e ele me garantiu que existiram outros livros para podermos apreciar sua escrita.

site: http://www.arrastandoasalpargatas.com
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