Resenhas - Estação Carandiru

isa gusmão 26/01/2022

impossível não se emocionar
livro seminal para entender e sentir o brasil como ele é. 30 anos depois do massacre de carandiru, e esse livro segue sendo importantíssimo. obrigada, drauzio varella

Aécio de Paula 18/10/2020

Estação Carandiru - Drauzio Varella
Um ótimo livro. Muitas histórias de presos, como eram os pavilhões, e toda a ginga e malandragem que Dráuzio Varella conviveu na enfermaria do presidio. Desses presos lembro de alguns que aparece no filme.

Isabela 03/08/2021

É muito interessante como o Drauzio Varella apresenta para o leitor a dinâmica do presídio, e ainda, introduz por meio de contos, vários personagens que conviviam com ele neste local. Os últimos capítulos são muito tristes e retratam um episódio brasileiro horrível e que continua impune. Leitura super recomendada!

Cristiano.Goes 25/04/2020

CARANDIRU
Mais um livro na quarentena. Desta vez foi "Carandiru" de Dráuzio Varella. Já tinha assistido ao filme, mas como quase sempre, o livro é bem melhor. Leitura envolvente e fácil, me peguei a rir e se emocionar nas suas páginas.

Mayara945 27/07/2020

Isso aqui, é um barril de pólvora!
Relato de um dos médicos mais conhecidos do país, Carandiru nos trás uma narrativa crua, de como era o dia-a-dia do maior presídio da história do Brasil.
Interessado em tratar de uma pandemia de HIV que se alastrava na prisão, o doutor Drauzio começa ministrando palestras e tratando de casos específicos relacionado a doença. Mas logo começa a fazer amizade com funcionários e detentos, tratando de diversas doenças e males comuns nos pavilhões: epidemias de sarna, tuberculose, mordidas de ratos, facadas e acertos de contas entre desafetos que acabam mal, dentre outras situações.
Nesse ínterim, conhecemos histórias de personagens que passam por esse lugar desolado, suas histórias de vida, como foram levados ao mundo do crime e seu cotidiano na prisão.
Nos últimos capítulos, também temos os relatos dos detentos quanto ao maior massacre ocorrido em um presídio brasileiro, no ano de 1992, que em números oficiais, terminou com 111 presos mortos.
É um livro com histórias tristes, mas também com pitadas de esperança. A escrita de Varella é bem humorada e quando menos percebemos, estamos lendo os últimos capítulos do livro.

Livro escolhido para meu desafio de 2020 na categoria um Vencedor do prêmio Jabuti.

Luiza144 19/08/2023

Acho que é um livro muito necessário pra refletirmos sobre a sociedade e a forma que, mesmo sem um estado atuante, a própria sociedade se organiza com líderes, hierarquia e tal. É o que aconteceu no Carandiru, em outros presídios e favelas do país. É um bom livro pra quem vê a situação pelos dois extremos: a romantização da criminalidade e a desumanização do indivíduo criminoso.

Infelizmente, choca e entristece saber que as coisas passadas nesse livro são fatos reais. Porém, não deixa de ser a realidade dos dias atuais. No mais, recomendo o livro pra quem tem estômago e mesmo pra quem não tem, pois é necessário. O Dr fez um ótimo trabalho e me impressiona suas habilidades como escritor, além de médico. Nota 5 pra essa obra.

Lara.Guimaraes 12/04/2021

"Com mais de vinte anos de clínica, foi no meio daqueles que a sociedade considera como escória que percebi com mais clareza o impacto da presença do médico no imaginário humano, um dos mistérios da minha profissão..."

Albieri 29/03/2024

Estação Carandiru
Drauzio Varella
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Baseado em histórias ouvidas na antiga maior penitenciária da América Latina. Drauzio ficou 12 anos atuando no presídio para dar palestras sobre a AIDs e atendeu muitos presos nesse período e nesse ínterim ouviu muitas histórias de são todos relatos verdadeiros não dá pra saber, mas vemos como funcionava o sistema de carceragem do Carandiru.

Um livro bem escrito e fácil de entender e imaginar os horrores cometidos tanto por presos, quanto pelo sistema prisional no Brasil da época.

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Claire Scorzi 28/08/2010

Uma reunião de lembranças...
Inesperadamente, interessou-me quando fui folhear. Inesperadamente, fui apreciando cada vez mais enquanto ia lendo.
O livro que reúne lembranças, histórias e fatos coletados pelo médico Drauzio Varella faz pensar, rir (humor negríssimo, em geral), interessar-nos: sera´que é possível fazer algum trabalho relevante com essas pessoas - alguma coisa que não seja apenas para acalmar nossa consciência - alguma coisa que não sirva só pra constar - e que perdure?
Como defeito, eu só posso me lembrar da ausência de um glossário com a gíria da prisão. Para mim, fez falta.

thai 17/04/2023

Universo Carandiru
Mais que qualquer livro de fantasia, a realidade me transporta para locais que nunca imaginei.
Estação carandiru foi uma bela surpresa. Com um súbito desconhecido, ler esse relato escrito por Drauzio Varella foi uma das melhores coisas que poderia ter feito. Diferente dos livros aos quais estou habituada, esse conta um pouco do dia a dia - já acabado - do antigo presídio popularmente conhecido como Carandiru.
Sendo residência para mais de 7 mil presos, esse pedaço de universo teletransporta seus habitantes para outro mundo. Com suas próprias leis, regras e ditos, o Carandiru regia-se quase pelos seus habitantes, o que mostra, até, a falta de apoio policial por conta do baixo investimento.
Drauzio nos encaminha pela sua íntima visão a qual foi apresentado durante os anos em que pôde cooperar com o funcionamento desse ?mini-mundo?. Por pavilhões e pessoas, somos apresentados a universos feitos de carne, osso e luta.

Amanda.Monteiro 30/08/2022

Relatos marcantes de uma realidade dura
Minha experiência lendo esse livro foi completamente diferente do que achei que fosse ser. Primeiro que achei que boa parte do livro seria focada no massacre de 92, mas o que encontrei foram diversos relatos da dura realidade enfrentada em um dos maiores presídios do país, tendo só dois capítulos finais destinados ao massacre.

     Não é que tenha sido ruim por isso, mas esperava algo diferente. Acredito que deve ter sido bem desafiador para o Drauzio, como autor, juntar tantos relatos marcantes em uma ordem que fizesse sentido.

    São verdades muitas vezes difíceis de serem lidas. A cadeia é um mundo a parte com suas regras internas diferente do "mundo real" e entender um pouco como é essa realidade pela visão de um médico que lá trabalhou por muitos anos, foi um tanto transformador.

Alice.Langoni 01/02/2024

Uma perspectiva do presídio
O livro escrito pelo Dr. Drauzio Varella tem uma linguagem direta e objetiva. É um livro bem elaborado, envolvente e que demonstra a visão do autor nos anos trabalhados dentro do sistema penitenciário do Carandiru.
O livro foi dividido em vários capítulos, contando as histórias das pessoas dentro do presídio, de como foram presas e uma parte de suas vidas fora da prisão. O interessante, e que me prendeu, foi a forma da narrativa do autor, preservando as falas "erradas", as gírias, os comportamentos... Isso me fez mergulhar e sentir que aquilo estava acontecendo naquele momento, quase vivenciando a cena descrita.
Além disso, o Dr Drauzio, relata a chacina que houve no Carandiru, isso na visão dos presos, mas que acaba nos impactando pelo número de mortos.
É um livro que te faz refletir e algumas histórias acabam chamando bastante atenção.
Recomendo a leitura para quem, assim como eu, tem curiosidade sobre esses cenários e sobre as pessoas que estão nesse sistema.

Fer Paimel 25/06/2020

Muito bom!!
Uma das leituras mais impactantes dos últimos tempos... Tem partes cômicas, violentas, tristes e assustadoras. Inicialmente, eu pensei que seria um livro sobre o massacre do Carandiru, mas Drauzio se debruçou mais no seu trabalho de prevenção ao uso excessivo de drogas e da sua luta contra o HIV (o que faz mais sentido, por ele ser médico).
As constatações dele são fortes e o livro humaniza situações variadas.
Um livro muito bem escrito, compatível com seu renome. Recomendo a todos!

nati 27/01/2022

Você não sabe como é caminhar com a cabeça na mira de uma hk
o livro mostra a realidade dos presos, que mesmo antes de cometerem crimes já eram vistos como um nada pelo sistema e ignorados pela sociedade. Não possuem voz ativa, suas vidas não tem importância para a classe dominante. Desde que nasceram, não são considerados dignos de ter uma vida digna, fato que gera revolta e os fazem cometer erros inconsequentes. a cadeia é o reflexo do abandono e da indiferença da sociedade.
Esse livro da voz aos que não têm, mostra quem essas pessoas realmente são para além das terríveis coisas que fizeram, quais eram seus sonhos, seus amores. nos faz refletir o que cada um poderia ter sido, se o seu destino não fosse o país das calças beges.