A vegetariana

A vegetariana Han Kang




Resenhas - A Vegetariana


1286 encontrados | exibindo 286 a 301
20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



K.Castanheda 03/06/2023

Uma imagem crual, quase palpável, do sofrimentos e dos silenciamentos presentes nas relações familiares.
comentários(0)comente



Mafe 01/06/2023

Muito conceito pra poucas explicações
Essa capa e o título me ganharam muito, então comecei esse livro achando q ia ser o q ia me salvar da ressaca literária, mas acabou me desanimando mais ainda nas leituras. a parte um é a mais interessante pq da vontade de saber pq a protagonista parou de comer carne e o significado dos sonhos, mas da segunda parte pra frente é só ladeira abaixokk. a história escalonou de um jeito q nada teve explicação, os personagens iniciais simplesmente sumiram e acabei dando essa nota baixa.
comentários(0)comente



Ana Sá 29/05/2023

Onde está o pedaço de carne?
Um livro angustiante e violento. Mas é bom! Dolorosamente bem executada, esta é uma narrativa de muitas camadas. E o vegetarianismo é o que menos importa aqui.

"A vegetariana" (2007), da escritora sul-coreana Han Kang, é uma obra dividida em três partes, sendo que cada uma delas é narrada por um membro da família da protagonista. É através deles que temos acesso a relatos sobre a decisão repentina de Yeonghye de parar de comer carne. Não por ideologia, não por saúde, não pelo meio ambiente. Sua justificativa para jogar fora toda a proteína animal que havia na geladeira são seus sonhos. "Eu tive um sonho", repetirá a protagonista.

Logo no início da narrativa perceberemos que a atitude de Yeonghye está/estará associada, em alguma medida, com um distúrbio mental. E então ficamos por um tempo, ou talvez todo o tempo, tentando perceber se estamos diante de um terror psicológico ou de um terror fantástico, pois esse flerte com o universo onírico de Yeonghye torna a história bastante obscura. Soma-se a isso a ausência da voz da protagonista... Seriam a visão do marido, do cunhado, da irmã, versões confiáveis da tragédia que se inicia com a decisão de não comer mais carne? Aliás, o silêncio/silenciamento da protagonista pode nos levar a coloca em xeque o próprio título do livro. Afinal, ela pretende mesmo se afirmar como vegetariana ou este é apenas o rótulo que atribuem a ela? Por curiosidade, eu fiz uma busca no meu e-book antes de escrever a resenha e só me deparei com afirmações em terceira pessoa ("ela é vegetariana"). Da parte de Yeonghye, encontrei apenas falas de negação/recusa de comer carne, e nada do tipo "sou vegetariana". Coincidência? Eu acho que não...

Como eu disse, o livro é angustiante e violento. Yeonghye segue numa crescente de sentimentos e de atitudes perturbadores que se desenrolam concomitantemente às violências simbólicas e concretas que ela passa a sofrer desde que os sonhos (ou pesadelos) se iniciam. Sabe aquele tio do churrasco que não perde a chance de encher o saco ou de fazer piada com o parente que decidiu se tornar vegetariano? Então, aqui essa figura é levada ao extremo, servindo de metáfora para diversas opressões sofridas pelas mulheres. E é por isso que eu afirmei que o vegetarianismo neste livro é o que menos importa. O brilhantismo da autora está no retrato do patriarcado e da opressão feminina tecidos a partir do gesto de Yeonghye. Óbvio que pode ter no livro aspectos culturais que me escapam, mas "A vegetariana", a meu ver, revela-se uma narrativa universal ao ilustrar o terremoto que um "não" inesperado vindo da boca de uma mulher pode causar.

Optei por escrever uma resenha sem spoilers, então não vou detalhar por que gostei tanto dos três narradores. Posso dizer que achei genial o retrato dos dois narradores masculinos: o primeiro tira qualquer leitora do sério; o segundo também, mas este é acrescido de uma ambiguidade bastante interessante. De novo, não vejo coincidência no fato de de a única voz feminina, a da irmã, ser ouvida apenas no capítulo final. Foi daqueles livros que fechei e pensei: "esta autora sabe honrar a caneta e o papel, há um claro projeto de texto aqui!".

Cabe dizer que eu tenho ficado com um pé atrás com narrativas que retratam a mulher como "triste, louca ou má", sobretudo quando isso vem carregado de cenas de violência. E foi justamente aí que este livro me surpreendeu. Yeonghye está, em alguma medida, "louca", mas ela também foi "enlouquecida". Nada é gratuito; a obra é uma paulada, mas entendemos que cada ato tem o seu papel no todo.

Para quem, por causa do título, possa criar a expectativa de encontrar uma história sobre vegetarianismo, sugiro se questionar: "Onde está o pedaço de carne?". Ele está no lixo da casa de Yeonghye ou está/é a própria personagem, que parece nunca ser vista em sua essência? Qual corpo, afinal, é o corpo violado? O do animal ou o da mulher? - eu avisei que era um livro de muitas camadas, não avisei?

Em suma, este foi o inusitado caso da leitura que me obriga a dizer: "pesadíssimo, fiquei angustiada o tempo todo, terminei o livro mal... recomendo!".

Obs.: a meu ver, o final (apesar de igualmente pesado) é coerente e poético? Eu estava morrendo de vontade de falar sobre ele, mas, como gosto de vocês, optei por engolir os spoilers todos! rs
Chrys 29/05/2023minha estante
Nossa! MDS! Fiquei com vontade de ler agora.. kkk


Barbara M Giolo 29/05/2023minha estante
Nossa com concordo com tudo. Esse livro é uma obra de arte que precisa ser mais exaltado, já li tem mais de anos e ainda lembro em detalhes ?
Achei o final belíssimo ??


JurúMontalvao 30/05/2023minha estante
Wow! ?
Ana é feiticeira!?


Ana Sá 31/05/2023minha estante
Chrys, se ler, volta aqui pra me contar, please! ?


Ana Sá 31/05/2023minha estante
Juliana, qdo vc diz isso eu fico lisonjeada e, confesso, me vem aquela famosa música na cabeça: "uma deusa, uma louca, uma feiticeiraaaa" hahahaha Tento me controlar, mas essa música me invade nessas horas! rs


Ana Sá 31/05/2023minha estante
Barbara, o final não deixa de ser pesado, mas é cheio de sutilezas, né ?? Achei belo tb!


JurúMontalvao 01/06/2023minha estante
?????
Ana, e as palavras não são um tipo milenar de feitiçaria?
Acho q nao vou realmente ler "A vegetariana" pq fico mt mal com leituras assim.
E mesmo assimadd o livro na minha estante ? pq é o que acontece comigo quando leio alguns feitiços, digo, resenhas?
A culpa n é minha se algumas pessoas escrevem como a Nina Simone cantava "I put a spell on you..."??


Ana Sá 01/06/2023minha estante
Juliana, vc é mto generosa e engraçada nos seus comentários! haha Obrigada ?


Cassia_kk 02/09/2023minha estante
Ana obrigada por essa resenha. Tbm terminei esse livro angustiada. Mas não sei ainda se gostei tanto dele não, entendo que teveram muitas críticas a opressão feminina travestida poesia e traços culturais que provavelmente passam despercebidas por nós ocidentais. Bjos


Ana Sá 15/04/2024minha estante
Cassia, só vi seu comentário agora (o Skoob não me notifica!!) e concordo com vc... Com ctz algo cultural nos escapa né! Bem colocado!




Jordana 27/05/2023

A coletivização do corpo, a individualização da dor
A vegetariana discorre sobre uma mulher que, a partir de um pesadelo, decide parar de comer carne. O mau estar do livro tem início quando a família desaprova a decisão pessoal de Yeonghye, partindo para situações extremistas desencadeadas pela não aceitação da mudança alimentar da protagonista.
Agindo de forma autônoma, dona das próprias decisões e condutas, a mulher é vista como alguém que enloqueceu e que, portanto, precisa de uma intervenção externa. Quantas vezes e em quantas sociedades distintas, nós, mulheres, enfrentamos essa mesma consequência por decidirmos agir de acordo com a nossa própria vontade?
comentários(0)comente



Bel 27/05/2023

Interessante e surpreendente
é um livro que me deixou em partes sem entender mas gostei muito da temática e acho que todo mundo deveria dar uma chance, aborda temas complexos de uma maneira dinâmica e crua
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



ellita0 22/05/2023

A Vegetariana (Literatura Coreana)
A Vegetariana é um livro bem complexo e por mais que tenha poucas páginas, eu demorei uma quantidade extensa de dias para terminar de ler.

Eu acabei colocando expectativas bem altas no livro que não foram alcançadas. Não é um livro ruim, está longe de ser, porém eu esperava algo a mais.

O final em si me parece aberto e duvidoso, então não sei bem o que pensar, mas em geral, é um livro bom.

Ps: não vi romance no livro, então não entendi o porquê de ter isso na parte de índice
Ringdingdong 14/06/2023minha estante
Pq o gênero conhecido como romance significa "forma literária narrativa escrita em prosa que se popularizou na literatura ocidental durante o século XIX". E não uma história sobre pessoas que começam a cultivar uma relação romântica.


ellita0 15/06/2023minha estante
hm, entendi.




Andre.Pithon 21/05/2023

A vegetariana é um livro fascinante do qual me sinto mal equipado para falar sobre.

Uma jovem mulher coreana resolve deixar de comer carne, subitamente, levando tal decisão aos seus níveis extremos, movida por uma necessidade elevada ao absurdo, movida por sonhos e traumas. O livro é divido em três partes, sempre narrado por um protagonista distinto que a acompanha a transformação sofrida por ela, o marido, o cunhado, a irmã. Há um tom desconcertante, quase místico, que permeia grande parte do livro, mas tudo é completamente psicológico. Você acompanha enquanto ela enlouquece, e de alguma forma é a pessoa mais sã ali presente.

A vegetariana é uma crítica à sociedade sul-coreana, ao papel da mulher nela, ao desespero de se libertar de seus grilhões sociais a qualquer custo, mesmo que isso signifique auto-destruição. Em um casamento péssimo, praticamente descartada por sua família, a protagonista abraça essa nova motivação como uma forma de existir, de ser o que busca, de verdadeiramente abandonar a carne, real e metaforicamente. É um livro forte, com uma tradução que mantém um estilo simples, de um narrador intimista e desconfortável, já que constantemente estamos na cabeça das pessoas ao redor dela, que normalmente são desgostantes, e é uma escolha ousada narrar da perspectiva daqueles que a empurraram até aquela situação, e agora a observam horrorizados, sem entender, incapazes de encontrar a culpa em si mesmos.

É uma leitura rápida e intrigante, que trata de temas pesados com seriedade e uma poderosa forma estética. Diferentemente de Querida Kombini, que também busca denunciar a opressora sociedade asiática, A Vegetariana o faz com muito mais charme, caminhando a fronteira entre a realidade e a loucura, nos questionando qual lado é qual.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Miranda 17/05/2023

Profundo
É um livro muito intenso, senti coisas muito intensas enquanto lia. 2/3 do livro pra mim perfeito, porque ele é dividido em 3 partes, mas a ultima não gostei e a conclusão do livro foi péssima.
Só dou 4 porque as duas primeiras partes foram instigantes demais e eu não podia parar. Mas o final não recomendo a ninguém kkk
comentários(0)comente



Aniram 14/05/2023

Nossas escolhas pelo olhar dos outros
O que mais chama atenção em A Vegetariana é a escolha de Han Kang de não dar voz à protagonista: a partir das perspectivas do marido, do cunhado e da irmã mais velha, o processo de Yeonghye - uma sul-coreana aparentemente comum - é narrado do momento em que ela decide parar de comer carne até o ponto mais crítico da história, sem que nunca tenhamos a oportunidade de ler direramente dela como se sente. Um livro que permeia debates sobre opressão, abuso, violência, autonomia feminina e libertação.
comentários(0)comente



Luiza 13/05/2023

Confuso?
Um livro interessante, mas não entendi muito bem o propósito.
A escrita te prende mas acredito que seja só isso.
comentários(0)comente



1286 encontrados | exibindo 286 a 301
20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR