Resenhas - Pulp

LP 25/10/2023

Cru e intenso
O estilo intenso e direto de Bukowski aparece a cada linha de Pulp. Somos levados ao mundo de Nick Belane de forma crua e seca, logo já estamos à volta dos casos estranhos e personagens intrigantes que o detetive se depara, como a bela Senhora Morte. A escrita fluida e visceral prende o leitor página a página.

Frederico N 16/12/2020

Livro com uma linguagem simples, e com uma história que consegue prender facilmente o leitor.
Um belo entretenimento para quem quer ler apenas um bom livro descontraído. Mas existem certas problemáticas no livro, como de por exemplo dificilmente alguém do sexo feminino vai se sentir confortável lendo a obra de bukowski, as personagens femininas dele são completamente rasas e se limitando a serem apenas portadoras de corpos esculturais, sem o mínimo de identidade psicológica.

AnaMB 07/10/2020

Não sou a maior fã de Bukowski, acho tudo muito repetitivo, inclusive esse livro.

GuruNeko 13/02/2022

meh
achei o protagonista um bosta e a parte nonsense da historia bastante previsivel, porem, as descricoes de apatia e depressao sao cirurgicas

FernandoMiranda 11/09/2010

Pulp no talo!
"Pulp" de Charles Bukowski é o extrato do gênero. O termo do nome do livro vem das publicações policiais/sci-fi medíocres de papel-jornal, mas que foram frequentadas por autores do quilate de Dashiel Hammett e Raymond Chandler, e serviriam de inspiração para os super-heróis como Phanton (O Fantasma), Spirit (Will Eisner) e tantos outros. O livro, apesar de ser o último do autor, serve como introdução, por ser mais clichê e mais fluênte, apesar de conter os insights filosóficos de humor-negro que só o Bukoswki pode formular. Altamente recomendado para que se liga em estórias policiais (e fãs de Quentin Tarantino e Guy Ritchie, of course). Bravo Bukowski, Rest in Piece.

Leitor Oculto 29/11/2020

Cômico!
Meu primeiro contato com as obras do autor e comecei justo pela última e o que posso dizer é que achei a leitura tão fluida quanto hilária.

A leitura voa e a narrativa transcorre fácil - quase como a leitura de um diário.

Nesse livro experiência surreais são narradas com uma naturalidade incrível que te leva a acreditar que é possível e te leva a torcer para que o detetive "trapalhão encontre uma saída sensata, mesmo sabendo no fundo que não há.

Enfim, não espere uma leitura complexa e lógica, mas delicie-se com o humor ácido do autor em temas delicados como, por exemplo: a morte!

Renan 29/08/2016

Pulp é uma faceta única, estranha e (ainda mais) louca de Bukowski. Para quem já está acostumado com o estilo do autor, a experiência oferecida nessa obra é algo que vai muito além das desventuras marginais de Henry Chinaski. Pulp tem um enredo rápido, abarrotado de incoerências e referências à subliteratura, mas com uma fortíssima carga filosófica e autobiográfica, coisas que sempre foram marcas do velho bêbado e safado.

Neste livro acompanhamos a saga de Nick Belane, um detetive particular de meia-idade, fracassado, com problemas financeiros, beberrão e que se envolve em uma teia de acontecimentos bizarros e obscuros. Logo de cara somos apresentados a “Dona Morte”, um mulherão de pernas sobrenaturalmente perfeitas, que oferece um trabalho para Belane: ele deve encontrar o escritor francês Celine que, supostamente, está morto desde o início dos anos 60. Celine foi um dos principais nomes da literatura suja e marginal e, obviamente, uma das principais influências do próprio Bukowski.

Após esse pontapé inicial, a trama de Pulp vaga por caminhos cada vez mais estranhos. De alienígenas que planejam povoar a terra, até momentos de pura reflexão solitária em uma mesa de bar. Isso tudo poderia até soar surreal demais, porém para conseguir compreender o sentido de toda a harmoniosa confusão da obra é preciso entender que este foi o último livro escrito por Bukowski, finalizado pouco tempo antes de sua morte. No fim, é exatamente sobre isso que a insanidade de Pulp filosofa: o fim iminente.

E como não poderia ser diferente, a morte usava um vestido tão apertado que quase estourava as costuras, moldando um corpo divinamente perfeito. E aquelas pernas! Que pernas, meus amigos! E com essa companhia ilustre, Bukowski se despediu de uma vida que sempre fez mais sentido acompanhada de um bom trago, deixando para trás um último trabalho sensível e genial, como também não poderia ser diferente.

Bu 31/08/2022

Rápida leitura...
Um loser total, fracassado em todas áreas da vida, e andando lado a lado com a morte.

Me lembrou bastante da HQ Diomedes, por se tratar do personagem ser um detetive também e só levar tromba, hahaha, extremamente divertido e as ligações entre personagens uma mais ilusitada que a outra.

Primeira leitura que fiz dele e comecei por sua última novela, vou correr pra ler mais.

SG1 11/05/2014

Uma história sem história...
Este é o primeiro livro que leio de Bukowski. Não desistirei, mas se o próximo que eu ler tiver o mesmo estilo que este, será difícil (pra não dizer impossível) de eu ler o terceiro.

Não há dúvidas de que a irreverência de Bukowski não tem limites e que as risadas são imperiosas com a leitura deste livro. Contudo, o que mais me incomodou foi a falta de história. Ok, ok, muitos podem me dizer que há história, afinal de contas Nick Belane é, na sua própria concepção, o melhor detetive de L.A., mas seus casos são sem pé nem cabeça e isso me irritou um pouco.

Não tive nada contra Nick Belane, pelo contrário, fiquei curiosa pelo fato dele achar as mulheres tão gostosas e, ao mesmo tempo, recusar-se a transar com elas. Acho que três casamentos arruinados acabaram com o tesão dele.

Bom, não achei o livro propriamente ruim, até mesmo porque dei três estrelas para ele, porém não o leria de novo, nem pelas boas rizadas.

É um livro que não possui uma história que te prende. Na verdade, ao meu ver, o que prende é a curiosidade da próxima besteira que será dita. Nick Belane filosofava umas coisas bens verdadeiras de vez em quando, tipo essa, que eu gostei:

"Esperamos e esperamos. Todos nós. Não saberia o analista que a espera é uma das coisas que faziam as pessoas ficarem loucas? Esperavam para viver, esperavam para morrer. Esperavam para comprar papel higiênico. Esperavam na fila para pegar dinheiro. E se não tinham dinheiro, precisavam esperar em filas mais longas. A gente tinha de esperar para dormir, e esperar para acordar. Tinha de esperar para se casar, e para se divorciar. Esperar pela chuva e esperar pelo sol. Esperar para comer e esperar para comer de novo. A gente tinha de esperar na sala de espera do analista com um monte de doidos, e começava a pensar se não estava ficando doido também" (p. 90).

Mas, mesmo com esses pensamentos diferenciados, não consegui entender qual era a do Nick Belane. Talvez, e muito provavelmente, essa era a intenção: ele não tem nada de mais e é o melhor detetive de L.A., na sua concepção, é claro. Na verdade, o que posso dizer, é que senti pena dele muitas vezes, por causa de sua solidão.

Bom, vamos ver o que Bukowski me diz da próxima vez.

Brenda.Balk 21/10/2021

Obra surreal, repetitiva e "mais do mesmo"
Particularmente, não curti esse livro. Narrativa bastante sem sentido, muito cansativa e um tanto quanto trivial. Buk poderia ter inovado um pouco mais e sido menos "viajão", como, aliás, costumam ser seus escritos: simples, diretos e claros. Tudo o que esse livro NÃO é. Se você não quer se decepcionar e/ou perder um dia valioso da sua vida, escolha outra obra desse gênio que é Bukowski.

VinAcius 08/01/2023

O que dizer da escrita do velho buk.
Livro mais aleatório que já li KKKKK, um dos mais engraçados tbm, o velho buk abusou de sua inteligência e sarcasmo para escrever esse livro, o livro tem ação, e não fica parado, livro pequeno e de rápida leitura, super indico.( Do nada uns alienígenas KKKKKKK)

Leonardo Felix 21/10/2022

Muito bom
"[...]Mas estamos falando da minha vida, sabe como é. É como se não tivesse importância, sabe.
- Não tem - disse Johnny. - Nós administramos uma empresa. O comércio não se interessa por nada além dos lucros."

MarcosQz 12/03/2014

Pulp
O livro é cruel, sem rodeios, sem lenga lenga, é direto, cru, sarcástico, e Belane é o tipo incomum de homem, o tipo vulgar que chega a ser sexy, sim, na minha opinião é.
O livro é bem fantasioso e chega a ser mesmo bem pulp, o título é uma verdadeira dica sobre todo o livro, mas estamos falando de Bukowski, mestre da profundidade vulgar e barata.
E o final? Bem, confesso que ri muito porque não era bem o que esperava, não da forma como foi.

Rita 05/08/2023

O autor tenta levar-nos para reflexões existencialistas com várias metáforas, mas não chega nem perto de o conseguir. Ele cria situações confusas para mostrar o aspeto da vida moderna e efémera que levamos, no entanto não teve o efeito que pretendia, pelo menos para mim. É tudo muito caricato, é simplesmente uma comédia mal feita.