Eneida

Eneida Virgílio




Resenhas - Eneida


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In. Behemoth 22/02/2021

De Tróia para a fundação de Roma
Como dira Theodore Heacker, Vírgilio é o pai da literatura e, para o Scalígero, o maior poeta dos antigos superior a Homero. Enéais, o grande sobrevivente da Guerra de Troia, sai de sua cidade rumo a Itália para fundar a cidade de Roma. Tem Lavínia como sua pretendente, mas, o seu consorte Turno, tem o mesmo objetivo. Dentre e outras aventuras, onde até mesmo Dante, o autor de Divina Comédia, baseia-se, também, no mesmo inferno de Virgílio, onde o heroi troiano desce ao submundo para ter contato com o seu pai. Voltando ao seu objeitovo descrito pelos deuses, Eneias vai até o Lácio. O embate com turno era evidente. Palante, o filho de Evandro, ainda o ajuda na batalha, levando-o, inclusive, à morte. Contudo, Eneias vence, encravando no peito a espada ao ver que o antagonista usava um utensílio do seu amigo falecido.
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VicBanger 07/02/2021

Leitura obrigatória!
Vocês viram o título de minha "resenha". Eneida é leitura obrigatória! "Mas para quem?", vocês devem me perguntar. E eu respondo: "Para qualquer pessoa que tenha o mínimo de interesse intelectual sobre a história da humanidade." Não é uma leitura fácil, mas o desafio é delicioso e verdadeiramente transformador - a pessoa se sente outra ao concluir este texto clássico de Virgílio.

Dificuldades à parte, creio que boa parte do prazer de ainda ler a Eneida reside no fato de que muita coisa ainda faz bastante sentido nos dias de hoje, mesmo que seja um texto muito antigo. A generosidade do herói, o companheirismo que envolve os personagens, o perfil autoritário dos deuses, os perigos das paixões... Enfim, temos muitos elementos temáticos que ultrapassam a barreira do tempo e dos ideais do finado Império Romano.

Para os dias atuais, um texto como este pede por uma edição caprichada. A edição da Editora 34 possui uma longa apresentação (do autor, da obra, do gênero, da tradução...), é cheia de notas de rodapé, possui uma representação visual da genealogia de Eneias etc. Uma edição bilíngue bem didática; certamente a melhor no mercado brasileiro.
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ricardo marçal 17/01/2021

Todo leitura fala à próxima leitura e reverbera as leituras anteriores. Neste imenso diálogo de sensibilidades, Virgílio ouve Homero, que é fecundado pela escuta; Dante ouve Virgílio, que se transfigura ao guiar. E há Eurípedes, e Ovídio, e Camões, e Milton, e Goethe, e Melville, e Joyce, e Walcott, e Wolf...

Essa maravilhosa confusão entre criaturas e criadores, entre causa e efeito, esse ir e voltar, para além de centralidades artificiais ou linearidades ingênuas, tem na Eneida mais um lugar onde diversas vozes se entrecruzam, tempos-espaços se fundem, filtrados pela sensibilidade-Virgílio, que ouve e é ouvido, que se irmana na dedicação à possibilidade de Dizer. Um livro que fecunda livros; um livro para leitores.
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Felipe.Protti 05/10/2020

Um livro em versos é um livro em versos né, não tem o que dizer, uma leitura muito mais complicada que o normal, mas é um desafio que todos deveriam fazer um dia...
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Cynthia Leite 09/09/2020

Mais um clássico indispensável para quem quer aplicar a leitura de Clássicos Universais. Todos os textos gregos, romanos e latinos, são obrigatórios a um bom leitor, para conhecer como eram passados os ensinamentos e para ampliar o imaginário.
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Moises Celestino 22/08/2020

Revisão do Livro...
Na conclusão do meu curso de ensino médio, um professor de literatura me propôs elaborar uma pequena resenha acerca deste clássico e confesso que achei a tarefa um tanto desafiadora, por se tratar de uma obra atemporal e complexa, na minha modesta opinião. Verdade que há neste épico de Virgílio, algumas alusões sobre a fabulosa "Odisséia de Homero" e como gosto muito de mitologia, decidi levar adiante esta tarefa. Só tenho a dizer que "A Eneida", no contexto geral, é simplesmente uma obra-prima! Um marco na história da literatura universal. Obra que requer máxima e precisa atenção do leitor nos minuciosos detalhes compilados pelo mestre Virgílio. Se merece um lugar de honra na nossa estante? Com certeza!
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Nelson.Lima 18/03/2020

Bom, mas uma tradução desatualizada pode dificultar sua vida
Livros antigos épicos são sempre bons de se ler. A história em si é cativante. É bem interessante saber o que aconteceu com o Herói Enéas após a fuga de Tróia, no entanto, a tradução de Manuel Odorico Mendes de 1854 vai transformar algo que poderia ser prazeroso em um verdadeiro martírio. A gente tem que ter em mente que o texto foi escrito em Latin, logo, ele pode ser traduzido para um português que pode ser compreendido por todos. A edição que eu li estava repleta de palavras que nos obrigavam a consultar, em todas as paginas, as notas de roda pé. Isso dificultou um pouco a compreensão do livro, além de tornar a leitura maçante e por isso, pretendo ler outra edição com uma tradução mais atual e mais prazerosa.
Brilhante Baeta 17/02/2021minha estante
Parece que a Martin Claret não aprende, né? São muitos livros deles com péssima tradução...




Filipe Candido, o otimista 29/02/2020

A
Aaaaaaaa
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DIÓGENES ARAÚJO 11/04/2019

Ótima história, por vezes cansativa
A história é digna da grandiocidade das epopéias greco romanas, mas aconselho a buscarem uma tradução mais contemporânea.
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Negres 11/09/2018

Descrevendo o Campo através da Mitologia Grega / Eneida- Um dos Maiores Poemas Épicos
Saudade, visão admirada e poética do campo e um profundo conhecimento de como funciona a natureza, assim foi escrita esta obra curiosa e única de Virgílio.
Virgílio demorou 70 anos para escrever Geórgicas, percebe-se que ele tomou um cuidado muito grande ao passar cada detalhe do campo e dos animais, se utilizando de uma grande criatividade para juntar a sua visão da Mitologia Grega com a realidade da Natureza.
Geórgicas é para ser saboreada aos poucos e se possível com consultas aos nomes da Mitologia Grega presentes nas páginas do livro. Uma obra diferente, que pode até parecer complicada no primeiro momento, mas que puxa suavemente sua compreensão conforme se vai lendo as páginas.
Boa Leitura!
Sinopse por Ricardo Maia - 11/09/2018 

ENEIDA
Virgílio
Um dos Maiores Poemas Épicos
Escrita no século I a.C. Eneida é um poema de difícil dimensão de sua importância para a História da Literatura em Geral, inspirou por exemplo Os Lusíadas de Camões. É um poema que narra a saga de Eneias pelo mediterrâneo após ser salvo em Tróia dos Gregos. Esta obra foi encomendada pelo Imperador Augusto para ressaltar o Império Romano, e trazer a pompa de Roma por meio da escrita, ou seja uma obra que tem um caráter de propaganda política também.
É recomendável ter algumas informações da obra antes de iniciar a leitura, pela possível dificuldade de compreensão, porém é uma Literatura Fundamental para quem tem interesse de compreender a Literatura Romana, muitos consideram esta a obra épica Romana, como a mais importante.

Boa Leitura!
Sinopse por Ricardo Maia - 26/11/2018

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z..... 30/07/2018

Edição publicada pela Nova Cultural, em 2003
Essa é uma leitura que gostaria de estender em adaptações em quadrinho, animação, documentário e filme, algo que ajuda a entender melhor, mas na ausência, fiquei só com o pouco entendimento na leitura do livro e em comentários que consultei em alguns vídeos e textos. Em livros como esse, em paralelo, vou usando desses artifícios para não ficar muito perdido, o que não é difícil se não tivermos um mínimo de conhecimento do contexto da obra. É o que penso e como foi minha leitura.

Algumas coisas são óbvias, como a inspiração nos clássicos de Homero, em que Virgílio enaltece a cultura e história romana nos moldes do que Homero fez com os gregos em Ilíada e Odisseia.
Na Ilíada, em termos gerais, junto com o drama romântico, podemos também concluir a consolidação da hegemonia dos gregos na região, derrotando o que era seu maior adversário no contexto: Tróia. Isso se reflete em Eneida, pois também vemos uma batalha final, em que o troiano Enéas derrota também um adversário, Turno, após várias conquistas desde a fuga de Tróia até chegar na Itália, no Lácio, consolidando a gênese dos romanos. E tal qual Ilíada, em que o estopim teria sido a disputa por uma mulher (será que preciso registrar o nome de Helena?), Lavínia é a disputa da vez entre o troiano e o latino, com consequências de representatividade histórica. O combate entre eles me fez lembrar o de Heitor com Aquiles, em que o segundo ganhou com uma vantagem mitológica quase covarde, pois além de semideus, tinha armadura e armas especiais forjadas por Hefesto. Na batalha na Itália, a semelhança está nas armas de Eneas, que foram entregues pela deusa Vênus (armas especiais também, seu escudo).

Na Odisseia percebemos os gregos também reafirmando sua hegemonia na terra, pois Ulisses é um herói vencedor e conquistador por onde passa, reafirmando seu poderio local. Eita! As duas obras somam quem é que tem o poder "aqui e ali" (o bonzão do pedaço em casa e fora dela, nos limites da terra e além deles nas adjacências), com o perdão do paralelo besta, mas que não poderia deixar de registrar em minha tênue percepção. Tem desse lance de conquista na terra, por onde passa, em relação a Enéas e, por extensão, aos romanos. O troiano se depara com alguns mitos e povos descritos por Homero, descendo o cacete também em todo mundo. Entre os descritos, posso citar o gigante Polifemo (aquele que teve o olho furado, mas não por mexerem com sua gata, né!) e rainhas como Dido.

Taí a inspiração e é lógico que o livro tem sua identidade própria. Entre as aventuras, fiquei com a sensação em um dos cantos (que são doze ao todo) da narrativa da perseguição de uma baleia ao navio de Eneás e isso ilustra porque preciso de apoio durante a leitura, pois posso entender de um jeito, mas a história estaria se referindo a outra coisa? Era uma baleia, um monstro, ou o que mais?

Diferente dos clássicos de Homero, o texto é fluido e mais fácil de entender, pois originalmente não tem rigor na questão de rimas, parecendo uma prosa. Ih, pega uma Ilíada, por exemplo, numa versão clássica enaltecida que tu não vai entender patativas sem várias leituras.... Foi o que tinha feito com uma versão que dizem fodástica (publicada na Martin Claret) e fiquei tonto, precisando depois de uma adaptação em prosa, que é, em termos práticos, uma característica de Eneida.

Em linhas gerais, quando Tróia está em seu apocalipse grego, Enéas foge com seu filho e alguns soldados, aventurando-se no Mediterrâneo até se estabelecer na Itália.

Dos 12 cantos, gostei mais do segundo e do sexto. Talvez os mais famosos pois, respectivamente, é onde se descreve a história do Cavalo de Troia e sobre a descida de Enéas ao inferno para reencontrar Dido.
Quando li a Ilíada fiquei decepcionado, em minha ignorância, por não ter encontrado a história do cavalo, citada brevemente em Odisseia. Ah, mas nesse segundo canto tem os detalhes que mitificaram o cavalo e queria saber. Me pareceu também que Virgílio (romano) dá uma cutucada nos gregos, pois vilaniza Ulisses (o cabra escroto que idealizou a armadilha) e o Aquiles (o cabra da peste que barbarizou vários troianos, incluindo parentes de Enéas). Registre-se que esse troiano era casado com uma das filhas de Príamo e seu pai era parente também do rei.

No capítulo seis, em que Enéas vai no inferno (inferno romano, como lugar dos mortos) tem o contexto de ser inspiração para a Divina Comédia, de Dante, em que o poeta passa pelo inferno também (mas já com mistura à visão cristã) em busca de sua amada. O que chamou minha atenção não foi a importância do contexto, rotineiramente citado ao se falar da obra, mas da relação entre Enéas e Dido. Vou usar essa história, em estudos ou ocasiões favoráveis, para falar da miséria do suicídio. É o que vemos na narrativa, pois Dido suicidou-se num drama romântico por ter sido abandonada pelo troiano. Enéas fica comovido e tenta reencontra-la, nem que seja no além (e é o que faz, ajudado pelas artimanhas da mitologia greco-romana), e reencontra a finada. Mas há algo estranho, ela está catatônica, não liga pra ele e até mesmo foge. É como se estivesse envolta em um pensamento, tipo assim: mas que merda eu fiz! Onde eu estava com a cabeça! (pois é, me desculpem minha interpretação maluca, mas é o que senti na leitura, no paralelo do drama romântico com a consequência). Será que deu para sacar onde vou usar essa história como ilustração?
Ah, já li a Divina Comédia, só que tem um tempão e não lembro do reencontro. Quero relembrar o que Dante escreveu ou não na visão do antigo casal.

Algumas partes achei enfadonhas, pelo fato de me perder na leitura, não entendendo algumas coisas, porém, ao final, vi que a leitura foi produtiva, interessante, reveladora e mais instigante que estressante.

No YouTube tem uns filmes e animações de Eneida, mas em espanhol (passo). Será que a EBAL quadrinizou ou tem alguma outra HQ que no momento não conheço? Venha... Venha até mim... Venha....
z..... 30/07/2018minha estante
Descobri que essa edição não é a melhor, não tendo, por exemplo, um pequeno resumo no início de cada canto ou prefácio dissertativo, mas para leitores pouco exigentes com essa obra (meu caso) serviu muito bem,




Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

A Saga de Eneias
?Eneida" é uma epopeia escrita por Virgílio em 19 a.C. Dividida em 12 livros ou cantos, seus versos relatam a saga de Eneias, um bravo troiano que conseguiu escapar ileso da derrota de sua cidade para os gregos e, cumprindo a profecia dos Deuses, viajou sem rumo pelo Mediterrâneo até chegar a região do Lácio, onde atualmente é a Itália, para torna-se o ancestral de uma raça que iria dominar o mundo: os romanos.

Inspirado em Homero, na verdade, Virgílio pretendia superá-lo, fazendo de "Eneida" uma obra-prima sem rivais. Seus primeiros seis livros foram baseados na "Ilíada", enquanto que os restantes, na "Odisseia", portanto, a primeira metade trata-se de um poema bélico, enquanto que a segunda, de aventuras.

Virgílio levou onze anos para escreve-la, mas não a considerava acabada, quando adoeceu. Temendo pela morte, pediu que, se isso acontecesse, o manuscrito fosse queimado, pois ainda não atendia suas exigências. Por sorte, suas páginas foram salvas pela pronta intervenção do Imperador Otaviano Augustus, sobrinho de Júlio César, aliás, foi ele quem encomendou a obra com o intuito de glorificar a Dinastia Juliana, fundadora do Império Romano da qual fazia parte. Em síntese, "Eneida" é uma propaganda política, fato que me surpreendeu, mas que não empana seu brilhantismo.

Aliás, trata-se de um poema imprescindível para o desenvolvimento da literatura ocidental. Sem ele, não haveria "Os Lusíadas", "O Paraíso Perdido" nem "Orlando, o Furioso". Só no século XX, Virgílio influenciou Fernando Pessoa, T. S. Eliot e Ezra Pond. Além disso, por sua relevância, foi escolhido por Dante Alighieri para acompanhá-lo no Purgatório e no Inferno da "Divina Comédia".

Para encerrar, no original, "Eneida" utiliza um esquema rítmico chamada "hexâmetro datílico". Sem rimas (seu aparecimento data do advento do Cristianismo), ela é indicada para ser lida e estudada em voz alta por conta da sonoridade que acaba facilitando até mesmo a transmissão oral. Aceite o desafio e boa sorte!
Jean446 26/10/2019minha estante
Gostei da resenha, mas acho que na segunda frase do segundo parágrafo há uma inversão nas correspondências. O correto seria primeira parte (Odisseia - aventura ) e segunda parte (Ilíada - bélico ).




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