Minha metade silenciosa

Minha metade silenciosa Andrew Smith




Resenhas - Minha Metade Silenciosa


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PorEssasPáginas 03/04/2014

Resenha Minha Metade Silenciosa - Por Essas Páginas
Eu vi várias críticas positivas sobre a história e por isso solicitei esse livro para leitura. Confesso que ele me passou sentimentos conflitantes porque mostra uma realidade nua e crua, angustiante, que é impossível você não se emocionar pelo menos uma vez. Ao mesmo tempo, Stark narra sua história de tal forma que você se vê sorrindo em suas descobertas.

Então, antes de mais nada, para mim a sinopse é um baita spoiler. Mas vou explicar isso mais tarde, calma aí.

Primeiramente, temos Stark, o Palito, narrando a história e explicando sobre sua “deformidade”. Por conta da ausência de sua orelha direita, ele tem uma baixa auto-estima muito grande – e não por causa do bullying que sofre na escola. Ele tem certeza de que não é querido em casa, que seus pais o odeiam, assim como não gostam de Bosten.

A relação entre Palito e Bosten com seus pais não era fácil. Os dois viviam em um lar totalmente sem amor, apenas com regras e punições para quem as infringia. Simplesmente são cenas que me deixavam arrepiada, não apenas por serem violentas (na verdade, somos poupados das cenas mais fortes, uma vez que elas aconteciam com Bosten e o livro era do ponto de vista apenas de Stark), mas pelo que representavam. Os irmãos não sentiam amor pelos pais, porém é compreensível e mais triste ainda constatar que eles ficaram assim por nunca receberem amor.

Por causa disso, eu sofria com o Stark e o Bosten. Ao mesmo tempo que Stark era uma criança, algumas vezes ele parecia um adulto amargurado e deprimido. Por isso a minha leitura acabou se arrastando um pouco, acho que foi como se eu estivesse em estado de negação quanto ao que acontecia no livro, porque eu sei que isso acontece em muitas famílias na vida real. E Stark e Bosten sofrem muito, são reprimidos ao extremo, apenas contando um com o outro.

O que eu gostei muito do livro foi a relação entre Stark e Bosten. Era a representação de amor incondicional entre irmãos. No decorrer da trama, Stark começa a amadurecer e ele demonstra ser muito mais sensato do que Bosten, que é aproximadamente dois anos mais velho. Bosten defendia o irmão dos colegas da escola custasse o que for, e Stark apoiava o irmão no que fosse, além de tentar fazer de tudo para ajudar.

Uma peculiaridade no livro que achei muito interessante é que Stark às vezes narra com o texto alinhado à direita, além de alguns trechos que ele narra como ele ouve, ou seja, com um espaçamento bem maior entre uma palavra e outra. Eu lia e imaginava exatamente como o Stark se sentia com esses intervalos entre uma palavra e outra.

Agora deixa eu explicar para vocês sobre o spoiler da sinopse: O livro é muito mais do que simplesmente a busca de Stark pelo irmão. Quando eu o peguei para ler, achei que Bosten fugiria logo nos primeiros capítulos, o que não aconteceu. O rito de passagem descrito na sinopse existe mesmo, mas eu tive a impressão que esse “rito” foi acontecendo gradualmente durante a história, não simplesmente durante a busca pelo Bosten – se bem que concordo que foi a parte mais tensa do livro. Imaginem um menino de 13, quase 14 anos dirigindo em busca do irmão, sem sequer saber para onde ele foi?

Enfim, é uma história de amadurecimento, em que Stark vai se descobrindo, aprendendo que a vida pode ser dura e que ele não tem que depender sempre do irmão para se safar. Afinal, ele também tem que ser o apoio do irmão algumas vezes.

Quando eu comecei a ler, eu não consegui me apegar às personagens. Mas no decorrer da leitura, isso mudou completamente e lá estava eu, pensando nas decisões desses dois e como eu queria estar lá para ajudá-los também. O livro é muito bem escrito, a narrativa é simples e, por se tratar de um drama, o ritmo pode ser mais lento do que o normal, mas com certeza não é desperdício de tempo, muito pelo contrário. Por isso a leitura é mais que recomendada.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-minha-metade-silenciosa
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José Augusto 28/05/2014

Tudo tinha mudado...
Um livro para jovens? jovens adultos? adultos? idosos?
Simplesmente um livro fantástico e para todas as idades.
Um equilíbrio perfeito entre drama e comédia.
Embora o romance seja passado em época anterior ao celular e à internet, explora temas universais e atemporais, como amizade e solidariedade, adolescência, além de tratar de temas bastante espinhosos e atuais, como homofobia, violência doméstica, drogas ilícitas e pesadas e suas trágicas consequências.
Enfim... perfeito.
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Marcos 10/06/2014

Stark é um garoto de 14 ano que nasceu e vive numa cidade do interior dos Estados Unidos. Mora com seu irmão mais velho, Bosten de 16 anos e com seus pais. Ele nasceu com uma deformidade: não tem a orelha direita e não consegue escutar muito bem por esse lado. Em virtude disso, costuma dizer que as palavras ficam presas em sua cabeça, se rebatendo, não conseguindo sair dela. Ele tem uma melhor amiga, Emily, uma das poucas pessoas que não praticam bullying contra ele no colégio. Stark é muito alto e magro e por isso recebeu o apelido de Palito, ou Stick, e não se incomoda de ser chamado assim, pelo contrário, ele gosta disso.

Além do bullying, Palito também sofre com o abuso de seus pais. Em sua casa há muitas regras. Ele e seu irmão tem de dar boa noite aos pais antes de dormir, usar sempre a camisa por dentro da calça e usar uma camiseta por baixo, dentre outras. Stark sente uma forte rejeição por parte de sua mãe, que não aceita que o filho tenha nascido com uma "deformidade" facial. Bosten e ele apanham muito de seus pais, de maneira bastante violenta que chega a deixar hematomas em seus corpos. Isso acontece quase todos os dias. O pai bebe bastante e acaba descontando toda a sua frustração de vida nos filhos. A mãe é conivente com tudo o que acontece e incentiva toda essa situação. Eles foram criados de maneira ortodoxa e rígida, em um lar sem afeto e sem identidade, de forma desumana.

Crescido em um lar sem amor, Stark nunca foi tocado na vida. Ele nunca abraçou ninguém, a não ser seu irmão. Em virtude disso ele pensa bastante em como seria ter uma família como a de Emily, cuja casa ele costuma visitar de vez em quando. Um lar afetuoso, uma família que se ama e que convive bem. Nesse aspecto, Emily assume um contraponto em sua vida. Diante de toda a hostilidade e a frieza com a qual ele convive em casa, nela ele vê uma pessoa que o respeita, que o ama e que dispõe de sentimentos para ele.

Stark e seu irmão Bosten são muito unidos. Ambos são unha e carne e Bosten muitas vezes acaba tomando as dores do irmão mais novo e se metendo em confusões para lhe proteger, o que acaba prejudicando ainda mais a sua situação em casa. Ele é sua referência de família, de amizade, de amor. Até que em uma determinada situação, Stark descobre algo sobre Bosten que provoca a ira de seu pai e faz com que seu irmão mais velho tenha de sair de casa. Palito então começará uma jornada em busca de seu irmão, que lhe trará amadurecimento e auto-conhecimento, para que juntos possam vir a ter um futuro e uma vida decente e feliz.

Minha Metade Silenciosa é, sem dúvidas, uma das melhores leituras da minha vida, entrou para o meu top 3 de livros favoritos. Posso afirmar com plena certeza que nunca um livro mexeu tanto com meus sentimentos como esse. Eu simplesmente não conseguia largá-lo em nenhum momento, até saber que rumos teriam as vidas do Palito e de seu irmão Bosten. Fiquei muito identificado com ambos os personagens. Em vários momentos gostaria de entrar na história, de ser amigos deles, de ajudá-los. Terminar o livro e saber que não mais entraria na mente do Palito e nem teria sua visão de mundo e sua história, foi algo muito difícil.

A narrativa desse livro é em primeira pessoa, pela visão do Stark. Andrew consegue deixar a leitura fluída e trabalha excepcionalmente bem os níveis de tensão e suspense existentes ao longo da história. Ele prende demais o leitor, a ponto de você não conseguir largar o livro sem saber o seu final. O autor traz assuntos muito delicados, como abuso sexual, violência doméstica, bullying, entre outros, e os trata com maestria, de forma clara, concisa e que desperta no leitor o nojo, a repulsa e a revolta diante de tais situações. Há muitos momentos reflexivos, por várias vezes parei o livro e me pus a pensar sobre o que tinha acabado de ler e, claro, me emocionei muito com tudo. É quase impossível se manter frio diante dos fatos.

A construção do psicológico dos personagens desse livro é, sem dúvidas, outro ponto importantíssimo. Andrew Smith trabalha no núcleo da família de Stark como o comportamento das pessoas pode ser moldado em virtude de sua criação e o quanto as ordens, limitações e o subjugar pode levar a casos extremos e adultos/adolescentes com sérios problemas afetivos. É claro o efeito "panela de pressão" que existe na mente dos dois personagens principais e os resultados que isso pode ter.

O livro físico tem dois elementos muito bons para o entendimento da história. No texto, o autor fez uso de recursos gráficos nas frases, para demonstrar como o Palito ouvia as palavras, alinhando-as todas para a direita ou aumentando o espaço entre elas, fazendo com que o leitor sentisse como o próprio personagem ouve e como as palavras ficam presas dentro de sua mente. A orelha da quarta capa foi cortada de modo a fazer com que lembrássemos o tempo todo na leitura, ao manusearmos o livro, que o personagem principal também não tinha a orelha desse lado.

Mesmo que eu escreva mais 20 parágrafos de resenha, não conseguirei expressar tudo o que senti com essa leitura. Recomendo a todos que leiam, garanto que vocês não vão se arrepender.

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/06/resenha-minha-metade-silenciosa-de.html
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 06/07/2014

A melhor metade
Este livro trata de um garoto de treze anos, chamado "Palito". Ele Sofre bullying na escola porque nasceu somente com a orelha esquerda. Por causa disso, dele ter somente uma orelha, ele escuta o mundo de uma forma diferente, fragmentada. Para ele, é como se as palavras entrassem e nunca mais saíssem.

Palito tem um irmão mais velho, de dezesseis anos, chamado Bosten. Ele é para Palito o que se pode chamar de seu porto-seguro, porque sempre foi ele que o protegeu, que brigou por ele e os dois se amam e se entendem demais. Essa forte união entre os dois, resulta principalmente, da relação que eles tem com os pais; que são duas pessoas totalmente autoritárias, que acreditam que a melhor forma de educar os filhos é na base na porrada. E batem, batem sem dó nem piedade e fazem coisas horríveis com os filhos. Bosten é o que mais sofre com isso.

Um dia, as coisas ficam totalmente fora de controle e após uma séria briga com o pai, Bosten foge de casa. Palito se vê sem chão, não imagina viver naquela casa sem o irmão e vai atrás dele.
No recesso de aulas da Páscoa, os dois irmãos que moram em Washington, vão passar alguns dias na casa de uma tia, chamada Dahlia, na Califórnia. Lá eles têm contato com uma realidade totalmente diferente da que eles vivem. A tia os trata com amor, eles fazem novos amigos e se sentem tão bem lá. E é para lá que Palito vai quando sai a procura de seu irmão. Claro que não foi fácil fazer essa viagem e no meio do caminho ele teve muitos problemas e sentiu muito medo, mas foi persistente.

Desde o início, percebemos que o livro vai tratar também, de como é a vida de uma criança que está entrando na puberdade, das mudanças que ocorrem em seu corpo e em seus sentimentos. Acompanhamos isso com Palito e é muito bom chegar no final e ver o quanto ele amadureceu e se fortaleceu.

Tudo o que foi dito acima, é uma parte desse livro, Minha Metade Silenciosa, porque a outra parte é a sensibilidade com que o autor desenvolve o enredo do livro. A outra parte é a reflexão sobre porque existem pessoas que são extremamente cruéis enquanto existem outras que são extremamente bondosas.

É um livro de extremos. Que pode te fazer chorar, sentir raiva, dor, revolta, mas que também vai te fazer dar risadas.

Só tem uma coisa que não me agradou nesse livro, que foi a forma como o autor não aprofundou algumas coisas que acontecem,senti falta de uma explicação do porquê delas acontecerem e também outras coisas que ficaram subentendidas, que o autor não desenvolveu muito. Mas fora isso, é um livro que merece ser lido e aproveitado ao máximo.
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Maiah 07/12/2014

Maravilhoso!
Não posso deixar de começar essa resenha declarando para vocês o quanto esse livro mexeu com meus sentimentos. A forma como eu me conectei com o personagem e com seus problemas e situações do dia a dia, foi incrível. Eu me apaixonei completamente por tudo nele, a história, os personagens, a narrativa, a edição.

Stark McClellan, mais conhecido por todos como Palito, é um garoto de 14 anos que nasceu sem uma das orelhas, o que o faz ser alvo constante de Bullying. Apesar de sofrer vários maus tratos por parte dos colegas de escola, Palito nunca revida e age sempre de forma muito passiva, o que acaba fazendo com que seu irmão Bosten o defenda.
A relação entre Palito e Bosten é muito linda e muito bem trabalhada pelo autor. Palito tem Bosten como seu herói, pois o irmão sempre o defende de tudo, inclusive dos próprios pais.

Os Pais de Palito e Bosten, tratam os dois muito mal, não dão a mínima atenção para nenhum dos filhos e os batem e castigam por qualquer motivo, eles mantém em casa inclusive, um quarto que é nomeado pelos garotos como quarto de São Fillan, esse quarto é usado como forma de castigo para os irmãos, onde eles ficam presos, sem luz, sem roupa ou comida, pelo tempo que os pais acharem necessário.
Palito, que é inocente com relação a várias coisas acha que tudo que eles passam é normal, que todas as famílias são assim e que todos os pais batem em seus filhos. Afinal, essa é a realidade com que ele tem que conviver desde sempre.

Além do irmão, Stark tem ainda, uma grande amiga chamada Emily. Emily nunca se importou com o fato de Palito ser diferente e é a única garota que ele conhece que nunca gozou dele. Palito é encantando pela amiga, e ao longo de toda a história, nós acompanhamos o crescimento dessa linda amizade entre os dois.

O livro é todo narrado em 1° pessoa pelo Palito, o que nos faz compreender bem o personagem. É muito interessante entender como o jovem se sente e como ele escuta o mundo ao seu redor. Logo de início nós percebemos que o fato de não ter a orelha, faz com que ele se sinta feio e até mesmo que se sinta um fardo para a família.
Eu adoro livros narrados em 1° pessoa, porque nós conseguimos sentir um pouco das alegrias, angustias, medos e de todos os outros sentimentos que o personagem sente durante toda a história.

Após uma briga com o pai, Bosten foge de casa, e Palito foge também para procurá-lo, pois ele não consegue se imaginar no mundo sem o seu amado irmão. Na busca pelo irmão, Palito vai passar por várias situações difíceis, e vai aos poucos amadurecendo e aprendendo algumas coisas sobre o mundo que ele nao conhecia.

Esse livro tem uma história muito tocante do início ao fim, e que despertou em mim diversos sentimentos durante toda a leitura. Eu senti tudo que o personagem sentiu, desde a alegria compartilhada com o irmão ou a melhor amiga, até o desespero e o medo que ele sente quando Bosten foge.
O autor soube trabalhar de maneira única e realista assuntos pesados como violência, uso de drogas, abuso sexual e a falta de um lar, equilibrando sempre com momentos e personagens muito positivos que fazem da vida do Palito uma vida mais feliz.
O ponto alto desse livro sem sombra de dúvidas é a relação de Bosten e Palito. É maravilhoso acompanhar uma leitura onde a principal história de amor é entre dois irmãos. E o autor trabalhou tudo de uma maneira maravilhosa e muito emocional.

Recomendo demais para vocês esse livro, que se tornou um dos meus favoritos da vida. É um livro perfeito para quem gosta de livros que trazem assuntos pesados, de uma maneira simples e que tem como foco principal o amor fraternal.

site: http://www.livrosesonhos.com/2014/11/resenha-livro-minha-metade-silenciosa.html
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Clóvis Marcelo 14/07/2014

Sexualidade, bullying, drogas, problemas financeiros, sociais e humor são alguns pontos-chaves que estão presentes em “Minha Metade Silenciosa”. Não podemos nos esquecer do laço de amizade que liga os irmãos Bosten e Stark, vulgo Palito, e que ainda estão em volta de muitos personagens presente nessa história.

O livro é narrado em primeira pessoa sob a perspectiva desse jovem prestes a completar seus 14 anos e é escrito em forma de diário mostrando o decorrer dos acontecimentos em sua vida. Mesmo com a deficiência ele é um garoto forte e decidido que vai amadurecendo ainda mais no decorrer da narrativa; sendo essa evolução visível aos olhos do leitor.

Ao falar em pais abusivos, podemos pensar tratar-se de um exagero, porém é exatamente isso que é retratado. Tanto a mãe, como o pai, esse o pior de ambos, castigam os filhos das maneiras mais desumanas que possam existir.

O afeto do garoto mais novo vem de seu único irmão, Bosten, que o ajuda a enfrentar a hostilidade presente em um lar carente de atenção. Atrele isso ao fato de Stark se achar uma aberração e terá um prato cheio de complicações. Bosten compõe a única referência para que a vida prossiga.

O clímax da história se dar no momento que a relação entre o pai e o filho mais velho desanda (por um motivo delicado) e este se vê obrigado a fugir de casa deixando tudo para trás. Só que Palito não pode deixar que isso aconteça e decide seguir numa aventura em busca do irmão que tanto ama para que ele não encontre o pior caminho.

O ponto mais tenso está justamente nessa aventura em busca de Bosten, onde o rapaz se depara com problemas jamais imagináveis em toda vida.

DIAGRAMAÇÃO

A capa diz muito sobre a história, o que me fez lembrar um ‘jogo de 7 erros’. Há ainda alguns detalhes que fazem com que a versão física tenha um quê especial, como o fato do livro não ter a orelha direita igual a seu protagonista e o intercurso do texto contar eventualmente com alguns espaços vazios entre as palavras, de modo a representar algo que falta na vida de Stark.

As folhas amarelas em papel pólen, padrão da editora, e os capítulos curtos contribuem para o avanço das páginas.

FAZ LEMBRAR

- Extraordinário de R.J Palácio
- Os Irmãos Wolfe de Markus Zusak
- Todo Dia de David Levithan

O livro me lembrou um pouco de cada uma das obras listadas, no entanto soube se destacar ainda mais, por parecer tão subjetivo e real, sendo diferente de tudo que já li até então.

~~~

A escrita de Andrew Smith é poética e nos faz querer seguir com a leitura para saber o que vem a seguir. Em minha visão o texto conteve tudo aquilo necessário para compor uma excelente história com os tópicos distribuídos na medida certa. Minha única observação é quanto ao final, que achei abrupto e um tanto vago. Isso pode ser explicado tanto pelo meu envolvimento com o texto como pela escrita poeta do autor que me fez desejar por mais.

QUOTES / CITAÇÃO

“Ela não gostava que eu falasse no telefone. Dizia que era um mau hábito para garotos da minha idade. Acho que ela talvez pensasse que telefones eram portas de entrada para a masturbação.” Pág. 73

“Acho que, às vezes, coisas que parecem muito importantes tomam outro aspecto quando a gente se vira e olha de novo alguns quilômetros adiante.” Pág. 230


site: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2014/07/resenha-minha-metade-silenciosa-andrew-smith.html
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Nanda 17/07/2014

O motivo principal que me levou a comprar Minha Metade Silenciosa foi a resenha da Ceile (e o outro foi porque o livro estava 14 reais no submarino). Eu demorei a ler o livro porque eu sabia que ia me abalar, de uma forma ou de outra, e não me enganei. De início fiquei um pouco incomodada com a forma como as palavras foram diagramadas (cheguei a achar que era erro), porque o personagem principal (Stark) sofre de anotia (não “tem” uma das orelhas) e isso fazia com que ele só ouvisse do lado esquerdo. Quando havia algum diálogo as palavras eram escritas “meio assim”, sabe? Mas me acostumei com isso e percebi que fazia parte do lirismo do livro, então parou de incomodar.

Falando de lirismo, esse é, sem dúvidas, um dos mais poéticos que já li. Uma poesia não precisa, necessariamente, conter versos e rimas, e nisso o autor acertou em cheio. Em certas partes as palavras assumem esse tom poético, musicado, no livro. Eu gostei disso, muito. Minha Metade Silenciosa é um daqueles livros que fez com que se eu estivesse em um incêndio correria para salvar.

Narrado em primeira pessoa por Stark, a história nos mostra realmente como ele se sente e, principalmente, como ele se vê. A personalidade de Stark reflete o que o “mundo” fez com ele. Ele não é um garoto rebelde, pelo contrário, mas a forma como ele se enxerga é arrasadora. Crescido em um lar sem amor, a única referência de carinho, amizade, companheirismo, enfim, tudo em sua casa, vem do seu irmão, Bosten.

E essa falta de amor é cruel, claro que em algumas partes existe “felicidade” para Stark e seu irmão, como a amiga de Stark, Emily. Mas existem mais partes tristes, e é isso que torna o livro tão singular e, ao mesmo tempo, tão real. Foi uma sensação angustiante, meio sufocante, ler sobre o drama familiar, é uma daquelas coisas que te deixam com vontade de entrar no livro e colocar ordem em tudo.

Infelizmente, agressão dentro de casa é algo muito comum nos dias de hoje, às vezes podem acontecer com pessoas que conhecemos e a gente não ficar sabendo. E, na maioria dos casos, quando vem à tona, não existe uma punição suficiente para isso. O diferencial do livro, mesmo não sendo uma história feliz, foi essa bagunça de sentimentos que ele me causou. É revoltante ler sobre isso, saber que isso existe, e que nós somos “impotentes”.

Durante a leitura não cheguei exatamente a chorar, a sofrer, mas quando finalizei fiquei com um vazio no peito, uma sensação de estranheza. Sabe quando você perde algo importante, mas não se lembra do que é e mesmo assim sente falta? Foi mais ou menos essa sensação que tive. Minha Metade Silenciosa entrou na lista de um dos melhores livros que já li. Foi perturbadora, com certeza, mas exatamente por isso que ele é um livro único e que, com toda certeza, merece ser lido por muitos.

site: http://www.entrelinhascasuais.com/2014/07/resenha-minha-metade-silenciosa-andrew.html
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Marcos Ogre 24/07/2014

O melhor livro que li no ano (pelo menos, até agora)
Adoro quando um livro consegue alcançar minhas expectativas e fazer morada nesse mesmo ponto. Confesso que ainda não superei o fim de Minha metade silenciosa, ainda estou devaneando mais e mais, com a danada da minha razão me lembrando que isso não passa de um sonho. Que triste. Mas a vida segue, e, agora que Minha metade silenciosa (lágrimas) me tirou do limbo da não-leitura, muuuuitos livros estão por aí à espera. Ok, vamos então ao que achei.

Se você ouviu por aí que trata-se de um livro poético, isso é totalmente verdade. Poeticamente perturbador, mas as melhores poesias são assim, não é? Minha metade silenciosa não é um simples drama adolescente, longe disso: é uma perturbadora história, repleta de personagens realistas e surpreendentes em suas tão abrangentes complexidades. É aquele tipo de livro onde você nunca encontrará alguém, digamos, 100% formado em seu próprio ser, o que é bem real. Todos estão propensos a mudanças drásticas e suas vidas nunca estão plenamente seguras. Na verdade, ninguém está seguro em si mesmo neste maravilhoso livro.

Ambientado basicamente em Washington e na Califórnia, o livro é um misto de atmosferas, e é bem interessante como isso se faz presente nessa troca de lugares. É como se não fossem apenas dois estados, e sim dois mundos, e isso se percebe muito bem aos olhos de Palito (Stick, no original), o improvável herói desta história (e, caso você leu o livro e me contradiga dizendo que é o Bosten, não, não é).

Por falar no protagonista, ele é - para mim - o tipo de personagem ideal. Não é um adolescente extrovertido e irônico, que tira sarro da própria situação que poderia te fazer se apegar com o tal carisma, mas também não é depressivo e reclamão ao ponto de você sentir aqueeela ânsia de vomito com os seus pensamentos (já que o livro é narrado em primeira pessoa). Ele é simplesmente um menino de 13 anos (embora na sinopse do livro diga que é 14, não, ele começa com 13, aliás, não leia aquela sinopse, está horrível), com seus conflitos e descobertas, numa época não especificada onde claramente existe uma certa falta de informação e de compreensão para os da sua idade.
E, pra piorar tudo, lembra que ele só tem uma orelha?

Isso poderia facilmente desenvolver um ótimo livro sobre bullying, mas o mais impressionante é que não é disso que se trata, basicamente. Claro, o abuso por parte de colegas e outras pessoas aleatórias é, sim, uma coisa presente no dia a dia de Palito, mas... Ah, é complicado expressar. É aquela antiga história: nunca existe só um mal na vida das pessoas. Isso não torna o tema algo negligenciado, não. Palito é uma pessoa mais fechada, que está sempre em procura de se esconder pela vergonha e pelo medo daqueles comuns olhares que está tristemente acostumado a receber. Entretanto, ele não está totalmente desprotegido.

"Eu sou feio."

Apesar de não ser o herói da história, o melhor personagem com certeza é Bosten, o irmão mais velho. 16 anos e uma coragem impressionante, sem falar do belíssimo senso de proteção que ele cultiva pelo irmão. Sem discussões, não tenho a menor dúvida de que o ponto alto deste livro é a relação entre os irmãos. Adoro isso. Família. A demonstração de que o verdadeiro amor é muito mais do que simplesmente uma paixão, ou calor humano. Palito vê em Bosten sua sentinela, sua válvula de escape de todo aquele sofrimento com que ele está forçado a se deparar. Mas Bosten também tem os seus graves dilemas.

Outra personagem bem interessante na trama é Emily, a melhor amiga de Palito. Assim como ele (mesmo que não fisicamente) ela é diferente e meio desconjuntada em relação ao ambiente escolar, o que faz com que ambos se sintam ainda mais próximos. Suas cenas juntos são quase que adultas, de tanta profundidade que passam, e o que se desenvolve é uma linda história de amizade e força, com muita reciprocidade de sentimentos.

Por último, gostaria de destacar Tia Dahlia. Não vou falar muito sobre ela, porque adorei a maneira como rapidamente foi desenvolvida e introduzida na história, mas vale avisar que as cenas com ela são de chorar. Embora eu não tenha chorado com o livro.

Adorei o estilo de escrita de Andrew. Não há nada que você possa chamar de refinado, mas também não é totalmente informal. Afinal, é um livro em primeira pessoa. Me agradou demasiadamente ver que ele, sim, um homem já mais velho conseguiu me atingir num trabalho convincente, em que eu realmente pude ser levado a acreditar que estava de fato na cabeça de um jovem de 13/14 anos. Diferentemente do que Harlan Coben mostrou com refúgio (não estou comparando os dois livros em si, apenas a narração em primeira pessoa de um adolescente), não há nada de exagerado e nem muito forçado. Você simplesmente crê que está lendo a respeito de um adolescente, e não é preciso que ele te lembre disso toda hora.

O autor também usa e abusa de temas fortes, sem ter medo de crueza. Andrew Smith não poupa o leitor de cenas fortes e, muitas vezes grotescas, então se você é do tipo que está esperando apenas mais um livrinho YA com um menino triste por ter uma deficiência, sinto dizer, mas você está enganado. Minha metade silenciosa é realista e belo, é poético. É o tipo de livro que te emociona e te choca, mais do que um mero sentimentalismo, onde o pouco é o suficiente. Sou um fã de carteirinha declarado, rs.

Um artifício interessante da parte da edição (imagino que também seja assim no original) é que, em certos diálogos, há diferentes espaçamentos no meio das frases. Isso acontece pra nos ajudar a tentar perceber o mundo da mesma maneira que Palito o percebe, como algumas palavras que deviam entrar pela orelha que falta acaba entrando pela outra. Isso funciona muito bem, e, para mim, não incomodou de maneira alguma. Além disso, o livro também não tem a orelha direita, o que é uma característica proposital e fantástica, levando em conta a deficiência do protagonista e aproximando mais ainda o material da história.

O final é satisfatório e me agradou bastante, entretanto acho que pode dividir algumas opiniões. Não que o autor não resolva tudo... Digamos apenas que ele deixa certas pontas soltas. Mas, na minha opinião humilde, gosto muito de quando certos aspectos são deixados em aberto e penso que isso combina com o conceito do livro: a vida real não é fácil e nem vai te dar moleza e, sim, vão haver perdas em todos os sentidos, afastamentos e outros empecilhos inevitáveis. Ninguém pode mudar tudo, ou trazer tudo ao seu favor.

É complicado saber o quanto devo falar deste livro, já que gostei demais. Tudo muito bem, edição ótima, história completa. É o livro que me tirou do fosso.

Espero que tenham tirado proveito e perdão pela demora pra atualizar... Sabe como é, romances da vida real não são fáceis.

Essa é minha deixa, abraços!

CONFIRAM O BLOG! :D

site: http://pensadoremserie.blogspot.com.br/
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André 27/07/2014

Minha resenha
Confiram a resenha de Minha Metade Silenciosa no Café Macaca!
http://cafemacaca.blogspot.com.br/2014/07/minha-resenha-minha-metade-silenciosa.html

site: cafemacaca.blogspot.com
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Leila 02/08/2014

Muito bom...relata a história de crianças criadas em famílias desestruturadas...abuso sexual, homossexualismo, abando familiar, drogas, prostituição...falta de amor dos pais... uma ótima leitura para adolescentes.
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Emanuel 13/08/2014

Minha Metade Silenciosa, por Andrew Smith
Assim que li a sinopse, eu já tinha a certeza de que esse livro ia ser uma leitura incrível, mas não fazia ideia de quão devastador ela poderia se tornar. Minha Metade Silenciosa é mais do que apenas uma história bonitinha sobre dois irmãos, é uma história de superação e do verdadeiro significado da palavra irmandade. Então se prepare para se apaixonar por esses dois que tirarão seu sono, porque depois que você começar a ler, não conseguirá mais parar.

Stark nasceu sem uma das orelhas e isso trouxe muitas complicações para sua vida. Quando digo isso não falo só pelo fato de atrapalhar sua audição, mas também porque as crianças são cruéis e zombam o tempo todo dele. Mas chamem-no de Palito — ou Palitoso —, porque ele também é o menino mais alto entre os outros da sua idade. Mas, se você achou que parava por aí, isso não é nada comparando ao que ele terá que enfrentar ao chegar em casa. Seus pais são totalmente prepotentes e opressores, com regras que devem ser cumpridas e caso não sejam, serão brutalmente castigados. Mas em meio ao caos, Palito tem Bosten, seu irmão mais velho que faz e ainda fará de tudo para que ele tenha uma vida melhor. Ninguém machucará Stark enquanto Bosten estiver por perto.

Se houver uma maneira de amar menos os irmãos, Stark e Bosten, me avisem porque eles são tão cativantes e especiais que você simplesmente não consegue não amá-los. Stark está entrando na adolescência, saindo assim da inocência infantil e começando a descobrir os prazeres e desprazeres que a vida têm a oferecer. Já Bosten é o irmão mais velho, superprotetor, impulsivo e engraçado. E juntos, você vê claramente a cumplicidade entre eles, o afeto, a compaixão, a necessidade. O autor domina essa área de criar personagens, ou seja, você também se apaixonará pelos outros personagens, o também impulsivo Buck, a doce e gentil Emily, a amável tia Dahlia, os irmãos Evan e Kim. Cada um com seu jeitinho e com sua forma de encarar os diversos tipos de situação, farão com que qualquer um se encante com eles.

+ leia mais no link do blog.

site: http://eomundoterminouemlivros.blogspot.com.br/2014/08/minha-metade-silenciosa-de-andrew-smith.html
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Nando 28/09/2014

Descrição do livro 22/09/2014
Descrição do livro 22/09/2014

Stark McClellan tem 14 anos. Por ser muito alto e magro, tem o apelido de Palito, mas sofre bullying mesmo porque é deformado, já que nasceu apenas com uma orelha. Seu irmão mais velho, Bosten, o defende em qualquer situação, porém ambos não conseguem se proteger de seus pais abusivos, que os castigam violentamente quase todos os dias. Ao enfrentar as dificuldades da adolescência estando em um lar hostil e sem afeto com o agravante de se achar uma aberração , o garoto tem na amizade e no apoio do irmão sua referência de amor, e é com ela que ambos sobrevivem. Um dia, porém, um episódio faz azedar terrivelmente a relação entre Bosten e o pai. Para fugir de sua ira, o rapaz se vê obrigado a ir embora de casa, e desaparece no mundo. Palito precisa encontrá-lo, ou nunca se sentirá completo novamente. A busca se transforma em um ritual de passagem rumo ao amadurecimento, no qual ele conhece gente má, mas também pessoas boas. Com um texto emocionante, personagens tocantes e situações realistas, não há como não se identificar e se envolver com este poético livro.

MINHA OPINIÃO: Gostei muito desse livro.
Em Minha Metade Silenciosa você encontrará o mundo em sua pior realidade, e como isso pode nos afetar profundamente. Andrew Smith tem o dom de te prender aos personagens de uma forma intensa e perigosa, assim, em um piscar de olhos você já pertencerá à história e viverá toda a trama.
Assim, com toda certeza darei 5 estrelas para Minha Metade Silenciosa que entrou para minha lista de favoritos, com certeza irei reler esse livro...
Como eu já havia comentado adorei a escrita, o autor consegue prender o leitor de tal forma que não dá vontade de para de ler, adorei os personagens, não queria que o livro terminasse.
É um livro que eu recomendo, leiam.
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