E o Vento Levou

E o Vento Levou Margaret Mitchell




Resenhas - E o Vento Levou


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Ludmila 09/07/2023

Que vontade de dar umas "palmadas" na Scarlett! Ela é mimada, arrogante, grossa, insensível, fútil... enfim, uma personagem incrível! E o Butler é uma criatura simplesmente apaixonante. Faz muitos anos que assisti ao filme e, mesmo assim, algumas cenas vinham na minha cabeça enquanto eu lia. Recomendadíssimo!
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Sena 03/07/2023

Lado dos perdedores
Nesse primeiro livro a história é iniciada um pouco antes da Batalha de Forte Sumter que foi o estopim para o início da guerra civil americana. Seguimos a história da Scarlett O'Hara, uma jovem sulista mimada, corajosa e egoísta que está acostumada a ter tudo e todos (quase todos!) a seus pés. Ela nutre uma paixão doentia pelo único jovem que não está disposto a pedi-la em casamento, Ashley Hamilton. Criada para ser uma grande dama em um mundo extremamente patriarcal, escravista e tradicional, Scarlett acaba quebrando estas expectativas ao se declarar ao homem que é apaixonada mesmo depois dele ter assumido formalmente um compromisso com a Melanie Hamilton. Nesse meio tempo, ela conhece um homem que aparecerá em alguns momentos da sua vida, o oposto de um cavalheiro, Rhett Butler, seu igual.
Seguindo os passos da Scarlett acompanhamos o desenrolar de uma guerra que acabará com uma civilização, com um modo de viver dos sulistas. Vemos o quanto os civis ajudaram e foram essenciais para a manutenção dessa guerra e que nunca abandonavam a fé no exército confederado. No decorrer a fome, morte de pessoas conhecidas e queridas, privações extremas transformam aquela menina numa mulher sem medo que é capaz de tudo para salvar Tara e os seus.
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-Koraline 14/05/2023

E o Vento Levou é o melhor clássico que li até agora, por vários motivos. Primeiramente, é tanto uma história de amor quanto um relato da Guerra Civil Americana, e nesse sentido se asemelha bastante ao livro Os Quatro Ventos. A história narra a vida de Scarlett, uma garota mimada, egoísta e detestável, e ainda assim é impossível não se afeiçoar a ela e aos personagens que a rodeiam. Como relato de guerra, o livro aborda muito bem as cueldades da sociedade, as dificuldades, especialmente no que se diz à busca por alimentos, e as injustiças. Apesar de discordar de muitas coisas, é sim uma história emocionante e muito bem escrita, e por ter mais de 1300 páginas, é muito detalhada, mas o que mais gostei foi do final, por ser cru, realista e nada idealizado. É um ótimo clássico, com uma linguagem bem tranquila, com fatos bastante bem explicados, e recomendo para quem gosta de relatos de guerra.
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Alessandra.Adams 23/04/2023

Um livro formidável, com um inestimável valor histórico, super bem escrito, envolvente, maravilhoso!!!!
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nymeria 16/04/2023

Que leitura?
?No final, o que vai acontecer é o que sempre acontece quando uma civilização entra em colapso. Quem tem miolos e coragem supera, e os que não tem são levados pelo o vento.?

Queria poder dizer que esse foi um dos livros favoritos da vida, mas não foi ao caso. Apesar de ter gostado muito da leitura, as vezes me via em relação de amor e ódio com esse livro, até mesmo abandonei por um tempo por conta da protagonista, o que é um grande infortúnio porque na primeira página afirmei que gostaria desse livro.

Bem, ai está a minha relação de amor e ódio. Talvez a relação de ódio seja apenas uma idealização da minha mente, idealizar um romance, idealizar uma heroína de romances tal como Jane Eyre ou qualquer uma heroína dos livros da Jane Austen, qualquer mocinho de livros. Sendo que o que a Scarlett O?hara entrega é uma personagem egoísta, egocêntrica, mimada e narcisista. Aliás, por que a Scarlett me fez ter tantos sentimentos de repulsa? Bem, pra ser sincera, até o primeiro livro, senti uma repulsa enorme por ela, apenas porque ela é uma extensão de mim, das pessoas em geral. Para melhor contextualizar, quem nunca quis que seus desejos estivessem acima dos outros? quem nunca sentiu inveja de alguma outra pessoa? quem nunca teve pensamentos de maldades em seu coração? Bem, acho que ai está a humanidade e essa representação vai contra TUDO de heroína que eu já li, todas as boas representações das mocinhas de livros, delas serem boas e de você realmente amá-las, vai por terra nesse livro. Por isso, cheguei a abandonar o livro porque eu não suportava mais a Scarlett, até eu perceber que eu estava idealizando uma personagem que eu queria e que a Scarlett era uma representação do que todo mundo queria esconder.

A segunda idealização da minha mente foi o que muitos colocaram na minha cabeça, fui ler o livro achando que era um romance arrebatador, já que a mídia coloca assim, e me decepcionei. A culpa não é do livro, a culpa é de quem acha que o romance nesse livro é o mais importante, de quem (eu) fui ler o livro achando que era um ROMANCEZAO, sendo que esse livro é muito mais do que um romance. Aqui, a autora retrata muito bem a Guerra Civil que ocorreu nos Estados Unidos entre o norte e o sul para a absolvição dos escravos. Acho que por ela ser jornalista, é muito fluida a forma como ela descreve os acontecimentos. Além de que isso tem um adendo, os protagonistas aqui são do lado perdedor, então é muito interessante uma narrativa assim, já que muitas das vezes é melhor retratar só o lado vencedor, o que vemos na maiorias das histórias sobre a guerra.

Nem tudo são flores, a autora desse livro era sulista e extremamente e, se não me engano, ela estudou para fazer esse livro. Por isso, tem partes em que e escancarado o racismo dessa autora, ela romantiza muito a escravidão, sendo que já havia relatos de como a escravidão tratava os negros. Por que ela não colocou? bem? aqui a gente vê o posicionamento da autora, não somente dos personagens. Eu sei que por ser um livro do ponto de vista dos sulistas, teria racismo! mas algumas partes é escancarado o racismo da autora. O que me incomodou bastante.

Mas no entanto, extrai muitos pensamentos críticos desse livro. Nunca me arrependeria de fazer essa leitura.
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Kiara25 11/04/2023

Clássico Marcante Em Vários Sentidos
"E o Vento Levou" trata-se da história de Scarlet O'Hara, uma jovem infantil e mimada, mas extremamente ardilosa e determinada, que está vivendo o começo da Guerra Civil, nos EUA.
Sendo sulista, em um período escravocrata, esse livro narra os fatos históricos de uma perspectiva verdadeiramente chocante, que causa horror e arrepios. Não só a personagem cresce em meio uma crença da supremacia branca, mas a própria escrita do livro logo de cara apresenta diversos estereótipos racistas.
Para além do período histórico, o livro apresenta detalhes da vida, lutas e aprendizados de Scarlet, de forma tão detalhada e profunda que parecem ser vários livros, ao invés de um só.
Foi uma experiência única para mim. E, apesar de ter demorado dois anos para terminar de ler, não sinto que minha experiência foi menor, por conta disso. Pelo contrário, pude digerir cada pedacinho.
É uma obra para se ler com calma, de forma crítica, reflexiva e estando preparada(o) para isso, pela tristeza que representa - assim como o próprio título já sugere.
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Paula 08/04/2023

E o vento levou ...
Fiquei o tempo todo com o filme na minha cabeça durante a leitura, pois sempre foi o meu filme favorito e o assisti diversas vezes. Mas, consegui extrair melhor o contexto histórico lendo o livro, acho que é uma experiência que vale a pena. Chorei muito no final e tem tantas reflexões que fui anotando durante a leitura para não esquecer. Eu adorei ler o livro e recomendo a experiência!
Maíra 08/04/2023minha estante
E eu assino embaixo. Leitura obrigatória. O filme é bastante parecido com o livro, mas não tive coragem de seguir em frente quando está preso de acontecer aquele fato com a criança. Mas ambos são excelentes.


Paula 08/04/2023minha estante
Verdade, o filme é lindo, mas o livro é indescritível!




Anne__ 08/03/2023

Sobre abraçar a sua humanidade da melhor forma possível.
Comecei a ler o livro devido ao filme, de mesmo nome, que me encantou em 2022. No entanto, não há como não se identificar, se apaixonar, sorrir, chorar, sofrer e sentir a crueza dessa história na pele. Não falo apenas da personagem principal (que apesar das muitas críticas, sem dúvidas, é muito bem construída, mas da sociedade da época como um todo.
Neste livro, acompanhamos o início do fim de um modo de viver, onde o racismo era não apenas escancarado, mas naturalizado e aceito, por vezes, até mesmo pelos escravizados. E, embora seja um choque ler determinadas passagens e acompanhar uma guerra pelo direito de ser dono de outro ser humano como objeto, é importante que o leitor leia tudo, com esforço máximo, pelas lentes da neutralidade. Observar como escravidão, papel feminino (escravizados e livres) e política se desenrolavam não deixa de ser fascinante, e tudo isso, com uma pontinha de história da sociedade dos EUA. Não tinha como dar errado.
Neste livro, acompanhamos Scarlett com sua obsessiva paixão por Ashley e suas dificuldades - aumentadas pelo egocentrismo - de se tornar uma mulher adulta e empática com os demais. Acompanhamos Melanie, uma mulher doce, da qual é exigida igual ou maior força, enfrentar momentos difíceis no meio de uma guerra e conviver com a dúvida a respeito da sobrevivência de seu amado Ashley durante e no pós-guerra. Temos ainda Rhett, que é um homem vividamente humano e um dos personagens mais bem construídos dessa história.
E o Vento Levou trata sobre o fim de um modo de viver, os medos do que está por vir, do desconhecido. Trata sobre fechamento de ciclos, solidão, amizade e respeito com as pessoas menos prováveis, mas que estendem uma mão amiga. Trata sobre o amor puro, ainda em sua fase primitiva, mas que amadurece nos momentos difíceis e com a dureza da vida. Não é apenas um livro sobre uma moça mimada com muitos admiradores. Mas é um livro sobre uma moça mimada que foi forçada a esquecer que um dia foi muito cortejada e que precisa começar a arar a própria terra e não perder sua sanidade no processo. Inicialmente, achei que o foco estaria no romance e que este ocorreria de forma escancarada e bobinha. Estava enganada. Além do romance apresentar-se apenas como complemento, a forma com que Rhett lê a alma de Scarlett é tão sincera e direta que não há como não desejar que fiquem juntos. Que abandonem o orgulho e a tradição e sejam felizes. Gostei muito de Melanie no livro, embora muitas vezes seu pensamento fosse doce demais. E, embora tenha lido muitas críticas de Scarlett como mãe, acho que ele foi adequada à época, embora não muito afetuosa.
Senti muito a perda de diversos personagens e não conseguia deixar de me imaginar com nada na vida além de terra nos meus pés e horizonte na minha frente. Passei a amar Tara tanto quanto Katie Scarlett. Morri de saudades de Rhett. Senti seu orgulho ferido. Enfim, viajei todas essas páginas e terminei desejando mais.
Ansiosa para ler o volume 2.
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Queilinha 04/03/2023

E o Vento Levou...
Sou apaixonada pela história de Scarlet O'Hara. Já assisti o filme tantas vezes, que perdi as contas.

A leitura do livro foi maravilhosa. Mas confesso que tinha receio de não conseguir, por já conhecer a história tão bem.

Para minha surpresa, a leitura foi maravilhosa. Passei boa parte do livro querendo dar um "sacode" em Scarlett, pra ver se ela acordava.

Não preciso nem dizer que terminei o livro em meio às lágrimas e cada vez mais apaixonada pela história e pelo Capitão Butler.
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Van 25/02/2023

E o Vento Levou era o filme preferido da minha avó e portanto um motivo mais que especial para conhecer essa história!

E que história!! Três personagens me conquistaram para a vida: Scarlett Ohara, Rhett Butler e Melanie Hamilton.

Scarlett, uma garota orgulhosa e arrogante, mas que se torna uma mulher forte e determinada. E como todo personagem forte, precisa esconder sua fragilidade. Uma mulher a frente de seu tempo.

Rhett Butler, um homem atrevido, determinado, sarcástico e apaixonante.

Melanie Hamilton, uma mulher doce e acolhedora, mas que esconde uma força gigante na sua fragilidade. Que sorte ter uma amizade como a dela.

Apesar do livro ter sido escrito em 1936, ainda identifiquei algumas passagens muito atuais, principalmente no que se trata das mulheres.

Que pena que esse livro acaba ?
Amei!!!
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A Leitora Compulsiva 10/02/2023

Conhece-te a ti mesmo, homem.
Quando ouvia pessoas dizerem que a vaidade e ego eram capazes de destruir uma pessoa, eu nunca acreditei.

Sempre fui, por natureza, vaidosa e egocêntrica. E isso, em palavras mais claras querem dizer que: se fosse necessário passar por cima de alguém para satisfazer minha vontade, eu faria.

É, eu seria capaz desse escrúpulo.

Mas esse livro foi um verdadeiro confronto. Pela primeira vez, vi uma personagem que me desnudou a alma, que é tudo que sempre fui e ironicamente... Eu a odiei.

A odiei por tudo que representou e fez. Coisas que eu faria também, sem dúvida.

Deve ser verdade quando dizem que, quando você odeia algo em alguém, é apenas porque você faz aquilo com frequência e se condena.

Scarlett O'Hara me ensinou o que acontece com pessoas assim. Você pode ter toda a determinação no mundo, pode construir impérios com suas próprias mãos e tudo isso será de fato algo bom, uma característica dos vencedores, como Scarlett foi. Mas se o seu ego e vaidade não forem deixados para trás...

Você perde tudo que conquistou. Em um piscar de olhos.

Entendo agora porque esse livro é um clássico adorado por todos. Através de cada personagem eu aprendi uma dura lição de vida que, podem apostar: não vou esquecer.

Existem coisas mais importantes que vaidade e ego. E são elas: um coração nobre como o de Melanie e Ellen, uma mão disciplinar, como a de Mammy e Peter e uma franqueza realista, como a de Ashley e Rhett.

A lição desse livro é que jamais podemos ser uma Scarlett. Isso nos levará à ruína.

Eu nunca mais darei voz à minha vaidade e ego. Obrigada Scarlett, por não me deixar seguir o mesmo caminho que você infelizmente trilhou.
Caio 10/02/2023minha estante
Bela resenha.


A Leitora Compulsiva 10/02/2023minha estante
Obrigada:3




@bibliotecadedramas 01/02/2023

um dos melhores clássicos que já li
Finalmente meu primeiro livro de 2023 concluído com sucesso que comecei a ler no finalzinho do ano passado, demorei bastante porque “…E o Vento Levou” é um romance histórico de quase mil páginas de um dos períodos mais conturbados da Guerra Civil entre o Norte e o Sul dos EUA e eu realmente não estava com pressa pra este livro.

Há muitos anos atrás, quando ainda eu era menina, me lembro de ter assistido o filme com minha mãe, mas da história em si hoje eu já não lembrava de mais nada, é um livro que há muito tempo queria ler e foi um dos melhores clássicos que já li na vida. A protagonista desta história é Scarlett O’Hara. Sua história começa com ela ainda bem mocinha, com apenas 16 anos. Scarlett é uma garota rica, mimada, impulsiva, que adora ser o centro das atenções entre os homens e que sabe usar da beleza e das artimanhas do charme que possui para conseguir isso.

Scarlett é a filha mais velha de duas irmãs. É de família rica e proeminente no sul dos EUA. Seu pai, Gerald, é um imigrante irlandês temperamental mas de bom coração que chegou aos EUA sem um centavo no bolso e construiu Tara, uma fazenda enorme de plantação de algodão. Casou-se com uma mulher que tinha metade da sua cidade – Ellen Robillard também de uma família rica, criada em Savannah – Ellen é uma mulher religiosa, extremamente benevolente com todos e a quem Scarlett teve uma profunda devoção.

Por ser rica e ter tudo o quer, as únicas preocupações da vida de Scarlett eram os bailes, os vestidos e os homens, acontece que as coisas começam a mudar com a chegada de uma Guerra Civil e isso será a ruptura que mudará sua vida e o destino de todos para sempre. Um pouco antes da guerra começar, devo incluir outro personagem muito importante que aparece em um baile: Rhett Buttler. O peculiar Rhett Buttler é o personagem pária da sociedade, metido em todo tipo de negócios escusos e que sempre deixou claro sua aversão aos Confederados e a guerra. De fato, por isso, ele não é muito querido entre todos e obviamente no futuro irá nascer uma grande amizade/amor entre Scarlett e Rhett, mas não vou contar nada além disso porque ainda tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte.

“Quando finalmente se levantou e reviu as ruínas enegrecidas de Twelve Oaks, sua cabeça se ergueu altiva e algo que representava juventude, beleza e um potencial de ternura havia desaparecido para sempre de sua fisionomia. O passado era passado. Os que estavam mortos estavam mortos. O luxo preguiçoso de outrora se acabara, para nunca mais voltar. Ao acomodar e cesta pesada no braço, Scarlett acomodou a mente e sua própria vida.

Não havia volta e ela iria a diante.

Durante cinquenta anos, haveria por todo o sul mulheres amarguradas e olhar para trás, para o passado morto, para homens mortos, a evocar memórias que magoavam e eram inúteis, tolerando a pobreza com orgulho amargo porque tinham essas memórias. Mas Scarlett nunca olharia para trás.”

Da história eu não vou entrar em detalhes, primeiro porque são muitas coisas que acontecem e em muitos períodos: o antes da Guerra, o pós Guerra, a Reconstrução, enfim… Tanto que o livro é dividido em cinco partes. Há uma porção de outros personagens, outras cidades, outras fazendas, mas no meio de tanta história há algo muito importante: a escravidão e sua abolição. A libertação dos negros, os direitos empregados, a revolta do sul e o surgimento da KKK. Esse livro há um tempo atrás foi muito comentado e estava rolando até um movimento de boicote alegando ser uma história “racialmente insensível”.

A história que é narrada em terceira pessoa – muitas vezes conta como são os pensamentos dos personagens, como pensavam e agiam em diversas situações e de fato, possui diversos estereótipos racistas, sobretudo de como era o povo sulista americano, mas acho que pra uma história que foi escrita em 1939 que retratou fielmente um período histórico de uma nação em meados de 1860, as coisas precisam ser contadas como realmente foram – não há como dourar a pílula, há estereótipos racistas porque é assim que as pessoas eram e agiam, e tirar isso do livro, seria como colocar o problema pra debaixo do tapete.

Scarlett na verdade agia dessa forma; ela vivia em um eterno duelo mental de certo X errado das coisas e quando optava pelo lado errado – mas que a beneficiaria de alguma forma – ela sempre enfiava a consciência na ultima gaveta da mente e dizia a si mesma “amanhã eu penso nisso”, para ela todos os fins justificaram os seus meios. De fato é uma personagem extremamente forte no sentido de lutadora e isso é inegável, ela passou pelas consequências do pior de uma guerra e que herdou do pai o amor pela terra aonde foi criada e sendo assim prometeu que jamais iria passar fome outra vez. Apesar de ir a luta, trabalhar para alimentar a si e aos seus, Scarlett não mediu esforços para conseguir o que queria, sobretudo quando suas atitudes envolviam o dinheiro, e isso a fez uma mulher fria, dura, egocêntrica, egoísta e muitas vezes um pouco burra também. Scarlett era literal, não conseguia compreender as coisas que não fossem mostradas de uma forma direta pra ela.

Rhett também é esse tipo de pessoa dura e egocêntrica, um canalha assumido, mas era inteligente. Se aproveitou da guerra pra ganhar muito dinheiro e de fato ganhou. E sempre deixou muito claro isso pra todas as pessoas, por isso também era tão odiado, além de tudo era o único que conseguia ver Scarlett como realmente era e jogava todas as verdades na sua cara (eu adorava os diálogos entre os dois). Somando a outro personagem: Melaine Hamilton Wilkes estes foram os meus dois personagens favoritos da história. Melaine era uma amiga devota a Scarlett assim como Scarlett foi devota da mãe. Mas Scarlett nunca gostou de Melaine. Esta foi uma pessoa extremamente bondosa, que conseguia unir a todos a sua volta e enxergar o melhor das pessoas. E assim ela também era com Scarlett. Ela sempre saia em defesa da amiga quando todos os outros a julgavam por algo, mas tenho pra mim que no fundo, Melaine também sabia quem Scarlett realmente era, sabia inclusive do seu amor não diretamente declarado por Ashley – marido de Melaine, mas eram duas personalidades que por serem tão distintas uma da outra, se completavam e se uniam de certa forma nos piores momentos.

A reta final do livro é ainda mais emocionante, a história como um todo não tem nenhum momento de marasmo, SEMPRE há algo acontecendo, sendo assim é um livro que vai te prender do começo ao fim. Há tantas outras coisas a contar, tantos outros personagens, tantas reviravoltas, mas essa resenha ficaria longa demais, é uma história que todos em algum momento deveriam ler.

“…E o Vento Levou” pra mim é um dos melhores clássicos da literatura e hoje eu entendo o porquê. Não é apenas um romance histórico. São diversas histórias construídas e interligadas ao longo dos anos, um livro denso realmente, rico em todos os detalhes: desde lugares, histórias e personagens. Por isso que fiz questão de ler sem pressa alguma, mesmo porque é um livro longo e algo assim só faz sentido ler quando você não tem pressa alguma de terminar.

site: https://shejulis.com/livro-e-o-vento-levou/
Lu @gentequeamalivros 01/02/2023minha estante
Simplesmente perfeito sua colocação sobre os estereótipos racistas eu penso exatamente igual, precisamos falar sobre o tema e é exatamente o que essa história faz, conta como era o pensamento da época, como os negros eram vistos e tratados enfim... Eu amo essa história ?


@bibliotecadedramas 03/02/2023minha estante
obrigada, Lu!!




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