E o Vento Levou

E o Vento Levou Margaret Mitchell




Resenhas - E o Vento Levou


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Juju 15/09/2023

Gone with them wind....
Que leitura arrebatadora! Ela te leva como o vento!

Comecei a ler sem expectativas e sem conhecer nada sobre o livro ou sobre a autora!
Esse é um daqueles livros que fazem você perder a noção do tempo e tudo o que você fala sobre ele não é suficiente para expressar o que ele é capaz de despertar.
A construção da história, dos personagens, das cenas é primorosa!
Os dez anos de vida mais bem gastos da autora, sem dúvidas!
Já entrou para minha lista e favoritos ??

Me apaixonei por Rhett Butler, é isso!
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Laysa Leitora 12/09/2023

O vento levou para o esquecimento a velha norma
Este livro narra com uma franqueza extrema o que foi a guerra de secessão norte-americana e tudo isso pelos olhos de uma jovem egoísta e extremamente a mercê dos costumes de sua época. Mas, também narra como uma jovem vai aos poucos se tornando dona de si mesma e se libertando dos mesmos costumes de outrora. O livro é impactante justamente por ter uma jovem confederada como protagonista, pois o racismo e a falsa ilusão de estarem lutando por uma boa causa é melhor descrita. É extremamente difícil lê-lo,pois a raiva domina quem o lê! É difícil observar como reduziam os negros a meros animais de estimação e como conseguiram ir a luta para garantir o direito de os manterem subjugados.
A leitura é essencial para qualquer um que deseja se conectar com a história do mundo e aprender com o passado para não cometer os mesmos erros, pois a guerra é algo que não traz espólios gloriosos,mas apenas morte e faz todos retrocederem quando a questão é a evolução humana.
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Alex 10/09/2023

Imperdível
E o vento levou, aquele livro que eu nunca leria, sequer estava em meu radar e, não, não é por ser um calhamaço de 1600 páginas, mas porque eu imaginava que seria um romance meloso e chato.

Senhoras e senhores, E o vento levou, é tudo, menos chato. Uma epopeia sobre uma mulher obstinada, que enfrenta medos, dificuldades, tristezas, amores e desamores, com a resiliência e persistência só vista em pessoas que passaram fome.

Esse livro, também é, o relato de um tempo, um tempo pré e pós escravidão. Um tempo durante e pós Guerra Civil Americana. Um tempo de transições, rompimentos culturais e mudanças impossíveis de acompanhar.

E o Vento Levou, é, ainda, um retrato de convenções sociais, das hipocrisias humanas, da gentileza falsa e, em contraponto, das almas sinceras, daqueles que não se deixam levar pelo brilho falso, pela bajulação vazia e pelos galanteios interesseiros. É uma ode elogiosa ao comportamento reto, sensato e sincero. Mellanie, uma das personagens, é o expoente nesse sentido, Rhett Buttler, ao contrário, luta para o ser, mas anda sobre uma corda, vez ou outra cai de um ou outro lado.

Ao mesmo tempo, o livro é um retrato, deturpado, deformado e parcial, sobre o "sul" americano, sobre os confederados e sua envergadura moral superior, sobre suas "ótimas relações" com os negros escravos.

Esse é o único ponto negativo da obra, o fato de ser parcial, quase um folhetim em defesa do modo de vida sulista. "Os confederados são superiores", "os ianques são oportunistas", "os negros devem ser tratados como crianças" tratados, inclusive, com o mesmo carinho e cuidado, etc. Essa marca é indelével, porém, não diminui a obra, só necessita de uma visão crítica para o leitor não sair com uma impressão completamente equivocada sobre aquela época.

Ainda assim, com esse parêntese, o Vento Levou é uma obra prima de Margareth Mitchel. Leitura que escorre de tão fácil e envolvente. Os dramas são críveis e bem entrelaçados, os personagens são deveras complexos, a psicologia por trás de cada ato, cada decisão, são fiéis ao enredo como um todo. Não há pontas soltas, não há deus ex machina, não há falhas. E em alguns trechos, o fluxo de pensamentos de Scarlertt encantam ou te enojam, a depender do humor da personagem

Sai dessa leitura completamente envolvido, ganhou meu voto de melhor leitura do ano, entrou para o top 5 melhores livros da vida. E recomendo a leitura.

Obs. Não se baseie pelo filme, assisti depois da leitura e é infinitamente inferior, apesar de todo o frissom sobre ele, há um abismo de distância entre as duas obras, mas não comentarei sobre ele hoje, amanhã eu penso nisso.
Vanessa.Castilhos 10/09/2023minha estante
Resenha excepcional!!! Parabéns, Alexsander!! Só fiquei com mais vontade ainda de ler este clássico! ???


Alex 10/09/2023minha estante
Obrigado, Vanessa. Leia, é imperdível.


Aryana 10/09/2023minha estante
Excelente! ??


Déia 17/09/2023minha estante
Eu já sou apaixonada pelo filme, já sei que na maioria das vzs o livro é sempre melhor, e depois dessa resenha???


Alex 17/09/2023minha estante
Deia, se você gostou do filme (eu não gostei) irá amar o livro.


Núbia Cortinhas 03/10/2023minha estante
Adorei a resenha e confesso que fiquei com vontade de ler.


Alex 03/10/2023minha estante
Nubia, é uma obra imperdível. Esta no meu top 5, melhores livros da vida. E eu sequer pensava nele, antes de iniciar.


Carolina.Gomes 03/10/2023minha estante
Um dos preferidos da vida.


Fernanda.Telles 17/01/2024minha estante
Oiee,tudo bem?vi ali que vc colocou 1600 páginas...poderia me falar qual é esta edição?pq todas que eu procurei mostra m3nos páginas e cada edição um número diferente,vi com 700 outra 950,outra com 1100 mais ou menos. Tenho interesse em ler mas estou na dúvida qto que edição adquirir.




Carolina2972 03/09/2023

Um história cheia de emoções
Uma história muito bem contada sobre um momento importantíssimo dos EUA. Uma mulher forte que teve q se virar sozinha numa época perigosa. Ela rompeu barreiras e pagou um preço alto por isso. Mas em nenhum momento abaixou a cabeça e se rendeu.
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Lilian 31/08/2023

Uma obra prima!
Um épico da literatura norte-americana que apresenta a jornada de Scarlett O'Hara, uma jovem destemida da elite sulista, durante o período da Guerra Civil Americana.
Ambientado no estado da Geórgia, o romance inicia-se com Scarlett apaixonada por Ashley Wilkes, um homem de família aristocrática sulista, mas que está comprometido com a prima de Scarlett, Melanie Hamilton. Por outro lado, Rhett Butler, um forasteiro com uma reputação duvidosa, está fascinado por Scarlett desde o início.
Com o início da guerra, a vida de luxo e privilégio de Scarlett desmorona. Com uma vontade de ferro e determinação, ela passa a enfrentar a pobreza e a destruição ao seu redor. Scarlett se torna uma mulher que faz o que for necessário para sobreviver e proteger sua família e sua casa, Tara.
Rhett e Scarlett têm um relacionamento conturbado e apaixonado que é o fio condutor da trama, recheada de amor, ódio, guerra e perda. Margaret Mitchell cria personagens profundos e complexos, e uma visão rica e detalhada da vida no Sul durante um dos períodos mais tumultuados da história dos Estados Unidos.
"...E o vento levou" é uma obra-prima da literatura, premiada com o Pulitzer em 1937, e um clássico que continua a fascinar os leitores com sua história emocionante e personagens inesquecíveis.

site: https://lilianfreitas.com/
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Lucas1429 27/08/2023

O vento leva
Sem nenhuma vontade, iniciei este livro em um projeto paralelo com alguns amigos e conhecidos.

Fui mais um caido aos encantos de Scarlett O'Hara. Não atraído por seus trejeitos sulistas em um mundo tão perfeito em um momento de ebulição com a possível guerra da secessão sendo aos fundos tramada... mas por sua cabeça (oca e tão cheia, me perdoem do paradoxo).

Que grandes e épicos personagens. Scarlett, Melly, Mammy, Ellen, Gerald, Ashley, Rhet... acredito que por muito tempo trarei cada um deles comigo, devido às suas complexidades, às suas falhas, ao seu fator humano.

Não posso me estender muito, com a possibilidade de cair em spoilers e ser soterrado pelos amigos de grupo que ainda persistem na leitura. Basta dizer que vale cada página, cada página deste absurdo calhamaço escrito no século XX e que narra coisas tão problemáticas que a mesma visão, escrita hoje, renderia um baita cancelamento.

Tem de tudo. É um mundo que se despedaça, se usarmos o termo de Chinua Achebe, um mundo de sonhos, o Gottedamerung trazido por Ashley e vivido por Rhett, um mundo que se vai e dá espaço para um novo Estados Unidos, sob a ótica de um povo orgulhoso e, ao mesmo tempo, dizimado pela guerra civil. É a história da vida de Scarlett, mas não só dela, também de todos aqueles que rodeiam sua vida.

Mil e trezentas páginas foram pouco. A maior (literalmente) surpresa do ano, com sobras. Favoritado para a vida.

PS: Scarlett é a anti-ansiedade, consegue deixar tudo para amanhã, senti inveja dessa capacidade. No meu caso, só de pensar no amanhã já se foram as unhas... talvez por isso tenha lido com tanta voracidade, o amanhã poderia nunca chegar.
Aryana 27/08/2023minha estante
??????????




Sena 14/08/2023

Feitos um para o outro, feitos do mesmo barro, mulas em arreios de cavalo.
Scarlett e Rhett - Dois patifes que poderiam ter sido muito felizes? Quem sabe! Apenas poderemos especular depois do final do livro. Quem sabe eles se reencontraram depois com as feridas mais cicatrizadas e finalmente tenham se entendido. Ou não, tem coisas que quando são quebradas não tem conserto. Margaret Mitchell, em uma entrevista na revista Yank, de 18/10/1945 fala sobre os dois: "Pelo que eu sei, Rhett pode ter achado alguém que é menos difícil. Por que, querida, pense nisso, dessa nova união hipotética poderia surgir um robusto jovem que cresceria para se tornar um charmoso segundo-tenente." Pode ser encontrado aqui: https://archive.org/details/1945-10-19YankMagazine/page/n7/mode/2up?view=theater . O relacionamento dos dois desde o começo foi algo caótico. E a falta de comunicação e os erros dos dois ajudou pra ruína que vemos no fim do livro.

Rhett e Scarlett são pessoas extremamente complicadas na convivência. Sempre magoando um ao outro e nunca conversando sobre o que acontecia entre os dois.
"E eu estava bêbado, enlouquecido e queria magoá-la... porque ela tinha me magoado." -Rhett falando para Melanie quando a Scarlett esta doente depois da queda da escada.
"Agora que a raiva se esvaía, ela queria lhe dizer que não o considerava culpado pela morte de Bonnie. Queria chorar em seus braços e dizer que também tinha se orgulhado da habilidosa montaria da criança, que fora indulgente com suas persuasões. Agora, de boa vontade se humilharia, admitindo que só fizera aquela acusação devido à dor que sentira, esperando aliviar a própria mágoa, magoando-o."
Sem desculpas, sem compreensão entre os dois. Cada um esperando uma atitude do outro e cada um fazendo conjecturas sobre o outro:
"Às vezes, Scarlett achava que, se Rhett tivesse lhe dado metade da atenção que dava a Bonnie, a vida teria sido diferente."
"-Então, naquela noite em que eu a carreguei lá para cima... eu achei... esperei... esperei tanto que fiquei com medo de encará-la no dia seguinte, com medo de estar errado e você não me amar. Fiquei com tanto medo de que você risse de mim que saí e me embriaguei. E, quando voltei, eu tremia dentro das botas e, se você tivesse vindo pelo menos meio caminho a meu encontro, tivesse me dado um sinal, acho que eu teria beijado seus pés. Mas você não veio."
E quando finalmente existe uma conversa franca um deles já não sente muita coisa "pena e um estranho sentimento de benevolência".

O que vi no Rhett foi cansaço, desgaste, vazio, no fim. Um leve olhar de especulação. O que vi também é ele colocando a culpa na Scarlett no fim.
"- Então...então você quer dizer que eu arruinei tudo... que você não me ama mais?
- Isso mesmo, disse Rhett."
Ele também foi covarde, o medo extremo de não ser correspondido, a demorada espera pela ação do outro. Ele era intempestivo, violento, bipolar. Não soube demonstrar seus sentimentos.

Scarlett também é uma pessoa impossível, não enxerga nada além da meta que quer alcançar. Tanto tempo perdido amando um "traje bonito".
"Ele nunca existiu realmente, só na minha imaginação, ela pensou, cansada. Amei uma coisa inventada, algo tão morto como Melly está. Costurei um belo traje e me apaixonei por ele. E, quando Ashley chegou a cavalo, tão bonito, tão diferente, eu vesti o traje, fazendo-o usá-lo, servindo ou não. E não queria ver o que ele realmente era. Continuei amando o traje bonito... e não ele." E fechando os olhos pra verdadeira pessoa do Ashley! Não enxergando a verdadeira amizade da meiga Melanie. Quando finalmente pode ter o objeto desse obsessivo "amor" é que se dar conta de que nunca o amou e de algumas de suas burradas.

Ashley Wilkes - covarde e inútil. Sempre olhando pro passado e sonhando com o que poderia ter sido. Nunca vai encarar a vida verdadeira e sempre vivendo nas costas dos outros. Só se dá conta do seu amor por Melanie quando ela se vai. Desejava Scarlett mas sabia que nunca teria a coragem de assumir algo com ela mas a prendia a si com suas palavras. Nunca a libertou verdadeiramente. E ainda se meteu no casamento dela com o Rhett:
"- Pois não aguento ver sua nobreza ser maculada por ele, saber que sua beleza e seu encanto estão nas mãos de um homem que... Quando penso nele tocando você, eu..." Procurava por coisas sublimes na Scarlett sendo que era o que tinha na Melanie. Nunca enxergou a Scarlett como ela realmente é:
"Somos dois patifes, Scarlett, e não há nada que nos impeça de ter o que queremos. Podíamos ter sido felizes, pois eu a amo e a conheço, Scarlett, até os ossos, de um modo que Ashley nunca poderia a conhecer. E ele a desprezaria se a conhecesse..."
Acredito que vai morrer na insignificância sempre olhando para trás.

Melanie Wilkes - uma pessoa extremamente boa. Uma grande dama. Alguém que representava o passado do Sul em sua essência e de forma verdadeira. Não é a toa que a antiga Atlanta e a Velha guarda órbita ao seu redor. Frágil fisicamente e com um grande coração. A única amiga verdadeira de Scarlett, que a amava e que nunca deixou de ser leal. Agradecia pelos tempos passados junto de Scarlett quando está a ajudou (pensando em Ashley mas também em poucos momentos também reconhecendo sua força). Tão forte quando Scarlett mas de um tipo diferente. É uma pena que ela não tenha conseguido mais um filho. Que não tenha realizado esse sonho. Não a considero uma tola por amar a Scarlett. Será que de fato ela nunca viu nada entre Ashley e Scarlett? Ela sempre evitou pensar mal das pessoas. Foi criada numa bolha e sempre vendo o mundo da melhorar forma possível e também esperando isso dos outros.
"Ela é honrada demais para conceber a desonra em qualquer um que ame. Não sei que mentira Ashley Wilkes lhe contou... mas qualquer uma desengonçada serviria, pois ela ama Ashley e ama você. Não consigo entender por que ela a ama, mas ama. Que esta seja uma de suas cruzes." - Rhett

E encerramos com os últimos pensamentos de Scarlett: "Penso nisso amanhã, em Tara. Vou aguentar então. Amanhã vou pensar em algum modo de tê-lo de volta. Afinal, amanhã é outro dia."
Será que a sina da Scarlett será sempre lutar por algo impossível?
Isabela1850 04/09/2023minha estante
A descrição perfeita de cada personagem!


Sena 04/09/2023minha estante
Obg. Fiquei bastante envolvida com a leitura desse livro.




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Erica.behnke 24/07/2023

Recomendo muito a leitura...
Confesso que durante os primeiros capítulos não consegui me adaptar a história e abandonei por um tempo, depois resolvi voltar a leitura, assim gostei muito do livro
Os contextos da época em que a personagem principal vivia eram incríveis, os problemas, e o enredo
A fluidez acho que não foi tão agradável mas em outros quesitos foi muito
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skuser02844 24/07/2023

Coração partido
Ainda difícil de acreditar que depois de uma leitura de 2 meses e tudo que passei com esse livro não consigo dar mais de 3 estrelas para ele. Acho incrível como a autora conseguiu equilibrar em mesma dose o romance e todas as descrições históricas da época. As descrições da guerra com certeza são fascinantes, mas é impossível ignorar a problematica absurda sobre todas as questões raciais do livro e o claro posicionamento a favor do sul. Ainda assim ignorando essa parte, poucas personagens me cativaram tanto quanto Scarlett. Vi muito de mim mesma nela, tanto em suas qualidades, quanto em seus inúmeros defeitos e talvez por isso o final tenha me doido tanto. Achei de fato criminosa a forma como o romance de Scarlett e Rhett foi construído ao longo das mais de 1000 (cansativas) páginas do livro para simplesmente um amor acabar da forma que acabou. As últimas 200 páginas do livro se tornaram uma tortura para mim de modo que não pareciam nem ter sido escritas pela mesma autora, de tão irreconhecível que se tornou o relacionamento dos protagonistas. Como uma leitora fiel de clássicos posso dizer que estou acostumada com a ausência de finais felizes, especialmente para personagens como Scarlett egoista e egocêntrica, mas todos esses finais são extremamente realistas para o conceito de seus livros. Acho que decepção é a palavra certa, esperava muito mais.
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Agnes.Overa 16/07/2023

Tudo o que não esperava
Tive de pegar esse livro umas três vezes da estante até a leitura realmente engatar e fluir, mas quando fluiu...
Realmente o livro merece todos os elogios que recebe, um clássico que acabou comigo. Me arrancou gargalhadas e lágrimas, várias vezes tive que parar de ler só para absover tudo que acontecia.
Scarlett conquistou minha simpatia e Rhett meu coração. O final surpreendente compensa todas as horas de leitura.
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Lucy 16/07/2023

E ainda bem que levou mesmo
Eu tenho um caso de longa data com essa estória (tipo, desde oa 4 anos, talvez). E vi o filme incontáveis vezes, então amei quando descobri que era baseado em um livro. E essa é a minha primeira releitura, e dessa vez, li com mais cuidado, e mesmo deslumbrada. E lá vai minhas impressões:

Scarlett é tudo pra mim. Amo que ela é total avesso das mocinhas de romance. Ela é odiosa, chata, mimada, insuportável, interesseira e mesquinha. Tudo que ela faz é apenas interessada em seu bem estar, e durante a leitura nos questionamos se ela amou mesmo alguém (embora não podemos dividar do seu amor por Tara, ou pais).
Amo acompanhar toda a saga dela. Amo que mesmo sendo obrigada a ter crescido rápido de mais, enfrentar a fome, a pobreza e o medo, ela ainda se manteve fiel ao seu eu mesquinho. Sem falar como ela lançou a braba sendo inovadora e revolucionária, tomando as rédeas da própria vida, e seguindo o seu curso sem se importar com os comentários dos outros (bom, só no começo).
E fora a Scarlett, amo a Melly também. Essa sim, se encaixando no papel padrão de mocinha de romance. E mesmo assim, Melly tem os seus momentos de egoísmo e coragem. Scarlett e Melly são a melhor dubla desse livro. E ouso dizer que a melhor parte dele, são o período onde elas precisam morar juntas.

Por outro lado, não sei se gosto tanto do Rhett como antes (não que eu goste dele no filme). Acho que dão muito crédito pra ele, no final ele não é um personagem tão descolado assim. E todo o romance dele com a Scarlett é tão problemático (sim, tenho que me atentar a época que foi escrito e tudo).
E Ashley é o retrato decadente de um tempo que não volta mais (m tanto poético), ele é quase esses tiozão de 50 anos que fala que "no meu tempo era melhor, não esses lixos de hoje em dia".
E assim, entre Rhett e Ashley, Scarlett deveria ter ficado com a Melly.

Agora, vamos as partes problemáticas, vulgo romantozação da escravidão, e os brancos donos de terra bonzinhos. Eu sei que não deveria ficar surpresa, porque a autora além de sulista, deveria ter parentes que foram latifundiários (acho que vi isso uma vez, se nao me emgano). Mas mesmo assim, é tão aterrador. A forma como ela escreve, como se não fosse nada de mais. Como se pessoas negras fossem crianças de colo que não conseguem viver sozinhas, e que por causa dos homens brancos malvados do norte, seus bebês negros agora são monstros demoníacos. Se no filme já é complicado, no livro é insuportável.
Sem falar da infame presença da Klan, que foi censurada no filme (não sei o milagre), e aí até mesmo os personagens que você simpatizava de alguma forma, se mostram uns asquerosos. E nem a Scarlett e Melly se salvam disso.
Até hoje tenho um dilema se devo ou não gostar da Mammy por causa disso.

Vejo esse livro muito como uma forma de exaltar a galera sulista durante a guerra, e a gente comprou isso como uma história de amor épica. No filme não se dá tanto foque nos confederados depois da guerra. Então, se eu precisar escolher entre o filme e o livro, com certeza o filme.

E outra, na edição que eu li (bestbolso), não tem nenhum texto introdutório/explicativo contextualizando o período histórico, tanto quando o livro se passa, quanto do momento que o livro foi escrito, o que eu acho uma irresponsabilidade. Não sei se tem novas edições, mas elas precisam encarecidamente disso. Porque na minha humilde opinião, não tem nada de errado revisitar essa obras, tem coisas interessantes lá, e também é bom tentar entender como a sociedade funcionava, mas é péssimo deixar o leitor sem uma boa base de contexto.
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Selma 16/07/2023

Vou pensar nisso somente amanhã, agora eu estou com saudade de Scarlett
Esse foi mais um dos livros que eu li por Bella comentar sobre pra Edward em Sol da Meia Noite. Mais um clássico que eu embarquei sem muita certeza só confiando no bom gosto da menina... E cara, ela estava muito certa nesse aqui!

Eu me vi envolvida em batalhas históricas super bem descritas (mas não maçantes), me vi em campos verdejantes com milhares de bolotas de algodão em meio à terra vermelha, me vi pegando trem em Jonesboro, vendo Atlanta crescer, jovem e enérgica e vi uma personagem que, depois de um passado ignorante e alheia ao próprio mundo, vive o pior que o destino pode reservar e decide arriscar tudo – os ensinamentos, a moral e a própria reputação pública – a fim de dar a volta por cima, manter a terra que conhece desde que nasceu e manter em segurança os que mais importa (mesmo que, lá no fundo, não se importe tanto assim).

Scarlett O'Hara é gigante, uma personagem tão cheia de camadas que acho mesquinho demais comentar sobre ela só assinalando os defeitos (assim como as velhas matronas de Atlanta) sem parar pra listas todos os feitos que só ela conseguiu (assim como Melanie faz questão de viver repetindo). Eu não julgo a conduta e as decisões, porque numa sociedade tão teatral, tem que ter um pulso muito firme para se impor e decidir não sucumbir, quando o seria mais bem visto.

Rhett Butler é o melhor personagem masculino que já li em toda minha vida! Cada passagem sem ele eu ansiava pelo momento que voltaria, me questionando onde estava, com quem, fazendo o quê, como se realmente estivesse vivendo ali com aquelas dezenas de famílias tradicionais da Geórgia. Ele é sarcástico, moralmente incorreto nas suas decisões também, mas ele ama e tem até paciência demais com a teimosa Scarlett. Não se encaixa em vilão, não se encaixa como mocinho. É um personagem extraordinário demais para rótulos.

Melanie, o anjo na terra. Uma alma bondosa cuja força se releva em sua calma e a obstinação vem do apreço pelo bem comum. No decorrer do livro a gente percebe o contraponto necessário que ela é pra Scarlett (mesmo que ela jamais admita). E Ashley... Bom, ele sucumbe desde que vê a causa perdida que está se enfiando. Vivendo de passado, divagando e fraco mentalmente se enfiando para se defender entre as saias de quem pode, eu nunca entendi a obsessão de Scarlett por ele que, sem sal, sem pulso firme e sem vontade, nunca sabe o que fazer ou aonde ir sem um empurrão com toda a força. Um eterno menino que esqueceu que é preciso amadurecer num mundo que não tem dó dos fracos.

Numa visão geral, não entendo porque esse livro quase chegou a ser censurado pelo teor altamente racista. Bom, sim ele é (E MUITO!), mas partindo do princípio que a história se desenrola em torno de uma jovem branca, rica e escravocrata, seria ilusão se a autora tivesse escrito algo diferente. E o Vento Levou é uma obra fictícia que retrata bem a realidade: o sul agrário, escravocrata, em grande parte ignorante e cheio de si com seu patriotismo que leva homens à morte em nome de uma causa perdida. É um livro necessário para que entendamos também que a sociedade ao seu redor influencia muito (como Scarlett sequer poderia se questionar que não era certo a escravidão quando viveu isso desde criança e seus pais também, assim como os avós?) e que a educação pode quebrar esses padrões (Ashley diz que libertaria todos os negros de sua fazenda assim que o pai falecesse, o único com mais estudo e mais frequente assíduo da leitura).

Esse livro é um marco. Uma obra de 1936 que explora um período histórico de 1860, mas que me tocou em 2023 como se meu corpo estivesse fisicamente dançando em bailes, ignorando a guerra, sofrendo com os efeitos dela e me reerguendo dos destroços, sempre levando comigo a ideia de "vou pensar nisso somente amanhã" e acabar esquecendo, tendo força pra continuar por mais um dia. Um de cada vez.

Obrigada Margaret Mitchell, seus dez anos de escrita sempre valerão a pena.
Aryana 16/07/2023minha estante
Uau ????????


Isabela1850 04/09/2023minha estante
Perfeito ?




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Cristiane 14/07/2023

E o vento levou
As atitudes descabidas de Scarlett mostram como alguém pode afundar a sua vida. Livro triste, final triste. Nao gosto muito de livros que falam sobre o amor, mas este me deixou decepcionada. Para quem gosta de clássicos vale a pena ler, para quem gosta de final feliz, nao vale.
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