As cidades invisíveis

As cidades invisíveis Italo Calvino




Resenhas - As Cidades Invisíveis


184 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13


Camila Borges 01/08/2020

Lindo, lembra um sonho
Marco Polo descreve para o imperador Kublai Khan as cidades que visitou. Uma delas é diferente pra quem olha de cima e para quem está dentro, na outra todo dia os objetos são jogados fora e substituídos por novos, em outra as pessoas se olham mas não se reconhecem. Esses são só exemplos das descrições do viajante: possuem elementos fantásticos, lembram sonhos mas ao mesmo tempo é muito palpável, fala sobre a humanidade e suas questões. Em dado momento Marco afirma:
"o império está doente, e o que é pior, procura habituar-se às suas doenças".(pág 57)

Livro lindo e que possibilita várias interpretações. Também é daqueles que precisa de releitura (e será um prazer) !!
comentários(0)comente



Lua 22/07/2020

Cidades Invisíveis narra uma conversa entre um viajante e um imperador, conversa que nos leva a divagar sobre problemas cruciais, e as vezes detalhes que mal percebemos. O viajante conta sobre suas cidades como se fossem mulheres, cada uma com um nome, e o imperador se interessa mesmo duvidando ser verdade. Parte importante do livro são os momentos de diálogo entre os rapazes, onde notamos o quanto o viajante leva Kubain Khan a dar mais valor as coisas simples da vida.

TRECHOS:

"Não faz sentido dividir as cidades nessas duas categoria [felizes ou infelizes], mas em outras duas: aquelas que continuam ao longo dos anos e das mutações a dar forma aos desejos e aquelas em que os desejos conseguem cancelar a cidade ou são por esta cancelados." (p. 36-37)

"A cidade de quem passa sem entrar é uma; é outra para quem é aprisionado e não sai mais dali; uma é a cidade à qual se chega pela primeira vez, outra é a que se abandona para nunca mais retornar [?]" (p. 115)
comentários(0)comente



Ariela 19/07/2020

Um livro que tocou meu coração
Como arquiteta urbanista e viajante, "Cidade Invisíveis" deixou meu coração quentinho e se você, assim como eu, se reconhece como uma dessas duas coisas, você precisa ler esse livro!
O livro é um conjunto de descrições de cidades que Marco Polo faz ao imperador Kublai Khan. Entre as descrições, se passam conversas entre os dois com reflexões marcantes.
A forma com que Marco Polo descreve as cidades que visitou é linda, te faz refletir e sentir.
O livro toca várias questões importantes de uma forma leve, como a comunicação entre as pessoas; como uma cidade está em movimento e se forma a partir da vivência de cada um; a relação entre a cidade e a memória, entre outros.
O livro é gostoso de ler. Apesar de curto, é um tipo de leitura que vale a pena levar devagar e curtir cada uma das frases.
"As Cidades Invisíveis" definitivamente tocou meu coração.
comentários(0)comente



Vincent 18/07/2020

Então
Li por indicação da Tatiane Feltrin. Ela gostou muito. Eu não entendi a graça. O livro pode se ótimo e não percebi na primeira leitura. Isso já aconteceu antes.
comentários(0)comente



Monica 21/06/2020

Maravilhoso!
A sinopse pode ser bastante simples: aqui, o viajante veneziano Marco Polo descreve para Kublai Khan as cidades do império tártaro. Mas não subestime as 140 páginas deste livro, que facilmente podem ser lidas em um dia.

As Cidades Invisíveis não é um livro para se ler rapidamente e se contentar com a história apreendida. É para morar na cabeceira, deixar-se digerir aos poucos, uma passagem aqui outra acolá. Um livro lindo que diz tanto em tão poucas páginas.

Um livro para se ler a vida toda.
comentários(0)comente



Fernandho7 16/06/2020

Cidades invisíveis
Marco polo um mercador que apresenta experiências das cidades de maneira encantadora...por meio de diálogos com imperador Khan que aprecia suas aventuras, Marco Polo mostra que a alma de cada cidade é muitas vezes respostas para nossas perguntas.
comentários(0)comente



Eric Silva - Blog Conhecer Tudo 13/06/2020

Fabulosas, oníricas e metafísicas
Eric Silva para o blog Conhecer Tudo

Fabulosas, oníricas e metafísicas As Cidades Invisíveis de Ítalo Calvino compõem um livro único e difícil de descrever pela sua singularidade, originalidade e poética.
Confira a resenha de As Cidades Invisíveis o primeiro livro da IV Campanha Anual de Literatura do Conhecer Tudo que neste ano homenageia a literatura italiana.

Sinopse do enredo
Século XIII. Após muitos anos de viagem pelas longínquas terras do oriente, o mercador e explorador veneziano Marco Polo chega ao império de Kublai Khan, o quinto soberano do Império Mongol . Ali Marco Polo viveria por 17 anos como diplomata na corte de Khan e viajaria pelos extensos domínios do imperador dos tártaros, contando depois em seus escritos as aventuras e as belezas que encontrou por aquelas paragens.

Influenciado pelo realismo mágico que ganhava força na literatura sul-americana e inspirado pelas aventuras do aventureiro veneziano, Ítalo Calvino imagina um diálogo fantástico entre Kublai Khan e Marco Polo, no qual este descreve ao imperador mais de cinquenta cidades extraordinárias que mais parecem existir nos sonhos e na imaginação do navegador italiano.

Misturando sonho, fantasia, um pouco de poesia e diálogos filosóficos, Calvino vai narrando nesse pequeno livro cada uma daquelas cidades tão fantásticas quanto impossíveis, mas que são retratos figurativos e alegóricos da própria existência humana.

Resenha
Durante meados do século XII até o início do século XIV viveu na Europa e em tantos outros lugares, o mercador, embaixador e explorador veneziano Marco Polo.

Marco começou suas viagens como explorador pelo Oriente quando ainda tinha 17 anos e embarcou em uma viagem para a Ásia com seu pai e tio, Niccolò e Maffeo Polo, só retornando a Veneza, sua cidade natal, em 1295, 24 anos após partir . Durante a longa viagem pelas terras asiáticas o veneziano conheceria o maior império em área contígua da história , o Império Mogol.

Posteriormente e já de volta a Europa, Marco relataria suas aventuras e os anos durante os quais serviu como embaixador de Kublai Khan, em seu livro, Il Milione (O milhão) mais conhecido como As viagens de Marco Polo . Inspirado nesse livro de relatos de viagem, o escritor italiano Ítalo Calvino imagina em As Cidades Invisíveis (Le città invisibili) como seriam os diálogos entre Marco e o Khan enquanto este relatava as maravilhas de dezenas de cidades que o explorador conhecera ao longo das suas muitas viagens pelo Oriente.

As Cidades Invisíveis é um livro de beleza muito peculiar e rara. Não é uma obra que chama a atenção por sua trama, porque quase não há história. O que domina a peça são as descrições das dezenas de cidades fabulosas que tão só poderiam existir na mente fértil de um excelente escritor como Ítalo Calvino.

As cidades narradas por Marco Polo ao Khan são singulares, extravagantes e oníricas e por isso parecem invisíveis, pertencendo ao campo dos sonhos e da imaginação. Cada uma recebe o nome de uma mulher e são cidades que desafiam as leis da natureza, da lógica e da razão. Nelas Calvino traz uma atmosfera ilógica, trabalhando a questão do inverossímil, e ao mesmo tempo através delas transfigura alegoricamente muitos dos sentimentos, contradições e desejos humanos.

Ao fazer as descrições das cidades, Marco fala sobre seus aspectos físicos, culturais, comportamentais, metafóricas e também metafísicos, como bem observa Carmem Lúcia, do blog O que Vi do Mundo, mas, ao mesmo tempo, tece nas entre linhas reflexões do mundo em forma de metáforas e alegorias. Algumas das cidades são surrealistas e parecem saídas de uma pintura de Salvador Dalí ou de René Magritte. O resultado são textos preciosos de alto valor descritivo que tornam o livro complexo e ao mesmo tempo belo e intraduzível.
Cada cidade contém sua própria singularidade e magia, mas em alguns momentos ela se parecem, porque são divididas em categorias que se repetem como “as cidades e a memória” e “as cidades e o desejo”.

Zora, por exemplo, me parece um palácio mental, uma técnica de memória no qual você associa tarefas e outras coisas que deseja lembrar a objeto dispostos nos cômodos imaginários de uma casa ou de outro espaço. Já Sofrônia me surpreendeu porque é formada de duas metades, uma delas é uma grande cidade (de concreto, fixa), enquanto a outra é descrita como se toda ela fosse um grande parque de diversões (provisória, removível). No entanto, todos os anos uma dessas meias cidades é desmontada e remontada, mas a meia Sofrônia que é desmontada e levada embora não é a meia cidade que parece um parque, mas aquela feita de concreto com sua falsa fixes.

Ainda quero citar as cidades delgadas, que são, por sua vez, as mais improváveis e impossíveis como as pinturas surrealistas de que falei. É o caso de Otávia, cidade construída acima de um desfiladeiro entre duas montanhas sustentadas por fios que as que servem de sustentáculo e passagem.

“Se quiserem acreditar, ótimo. Agora contarei como é feita Otávia, cidade-teia-de-aranha. Existe um precipício no meio de duas montanhas escarpadas: a cidade fica no vazio, ligada aos dois cumes por fios e correntes e passarelas. Caminha-se em trilhos de madeira, atentando para não enfiar o pé nos intervalos, ou agarra-se aos fios de cânhamo. Abaixo não há nada por centenas e centenas de metros: passam algumas nuvens; mais abaixo, entrevê-se o fundo do desfiladeiro.
“Essa é a base da cidade: uma rede que serve de passagem e sustentáculo. Todo o resto, em vez de se elevar, está pendurado para baixo: escadas de corda, redes, casas em forma de saco, varais, terraços com a forma de navetas, odres de água, bicos de gás, assadeiras, cestos pendurados com barbantes, monta-cargas, chuveiros, trapézios e anéis para jogos, teleféricos, lampadários, vasos com plantas de folhagem pendente.
“Suspensa sobre o abismo, a vida dos habitantes de Otávia é menos incerta que a de outras cidades. Sabem que a rede não resistirá mais que isso”.

Essa foi uma das cidades que mais me chamou a atenção. Como se vê o texto é puramente descritivo, como, porque assim como os escritos originais de Marco Polo As Cidades Invisíveis funciona como um relato de viagem cheia de descrições e com pouco enredo. Só nas últimas cidades Ítalo insere o diálogo, elemento que inexistia na dinâmica inicial dominada pela descrição, e o narrador também passa a se colocar mais no texto. Até então o diálogo só existia nas passagens onde o veneziano e o Khan conversavam.

Por ter um estilo de diário de viagem, As Cidades Invisíveis não segue a lógica e a estrutura da narração que normalmente é composto de problemática, clímax e desfecho, o que compõe o enredo. Ainda assim, é uma obra cuja divisão dos seus capítulos se torna uma característica única do próprio livro.

O livro é dividido em 9 capítulos que funcionam como blocos onde temos – intercalado a história de Marco Polo e Kublai Khan – a descrição das chamadas cidades invisíveis em subcapítulos pequenos e independentes. Esses subcapítulos falam cada um de uma nova cidade e cada título carrega algum aspecto que de alguma forma se relaciona as principais características dessa cidade mais um número de 1 a 5 que representa quantas vezes aquele aspecto já foi referido.

Os diálogos de Marco Polo e Kublai Khan também são sempre cheios de filosofia e aforismos. Impossibilitado de conhecer a vastidão de seus domínios, o imperador ouve Marco Polo com curiosidade e a través de seus relatos Kublai consegue conhecer as várias partes que compõem o caleidoscópio do seu império e “discernir, através das muralhas e das torres destinadas a desmoronar, a filigrana de um desenho tão fino a ponto de evitar as mordidas dos cupins”.

Por diversas vezes o imperador expões seus pensamentos e angústias, e também faz questionamentos sobre a veracidade do que lhe narra o embaixador estrangeiro, mas, ainda assim, se mantém interessado e envolvido pelos relatos fabulosos e oníricos de Marco. Apesar disso, os diálogos se dão por gestos e sem o uso da palavra, uma vez que Marco desconhece a linguagem dos tártaros. Só muito depois Marco Polo passa a verbalizar seus relatos, mas, ainda assim, a linguagem gestual e figurativa continua viva e predominante nos seus diálogos com o Khan.

A escrita de Ítalo é um pouco desafiante para aqueles que leem pouco. Por vezes, metafórica ela é também cheia de palavras singulares e distantes do nosso cotidiano. Poética, é uma escrita cheia de construções imaginativas complexas e até mesmo surrealistas o que me fez alguns momentos ficar um pouco perdido na leitura, mas ainda assim não usa uma linguagem demasiadamente erudita.

O livro não parece ter pontos fracos, porque é extremamente singular e único, mas nem por isso agrada a todos. O que mais gostei foi a escrita poética de Calvino e de sua imaginação surpreendente e liberta, que tornou o livro original, instigante e criativo.

O desfecho do livro, assim como todo ele, é cheio de aforismos e faz uma profunda reflexão sobre a vida. Ele não encerra de fato a narrativa, mas encerra o ciclo de narrações que poderemos acompanhar. Por isso, em vez de um final fechado, Ítalo nos dá uma reflexão encantadora e filosófica como final:

“O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço”.
Enfim, As Cidades Invisíveis é um livro onírico, de sonhos, de construções imaginativas requintadas e delicadas. Uma obra inteligente e singular, única e até certo ponto indefinível e indescritível. Vale a pena ler.

A edição lida é da Editora Companhia das Letras, do ano de 1990 e possui 152 páginas.


site: https://conhecertudoemais.blogspot.com/2019/02/as-cidades-invisiveis-italo-calvino.html
comentários(0)comente



Transporte_se 26/05/2020

As cidades invisíveis
A narração desse livro é feita pelo famoso viajante veneziano Marco Polo, e o ouvinte é Kublai Khan imperador dos tártaros. Marco polo descreve cidades que supostamente visitou, que são incríveis e fabulosas aos ouvidos.

site: https://www.instagram.com/p/CAOQmIYDHfw/
comentários(0)comente



Fernando Campos Kanigoski 02/05/2020

Descrições deliciosas de se ler e que muitas vezes nos faz questionar: se são cidades diferentes ou a mesma ao longo de diversos períodos do tempo. Ou até mesmo, por serem sempre nomes de cidades femininas, se não seriam descrições de mulheres que conheceu com suas características e personalidades materializadas.
Simplesmente fantástico.
comentários(0)comente



Gamarra 28/04/2020

A cidade-mundo
A cidade é vista por Marco Polo em diversas dimensões. A cidade como um tipo ideal, a cidade como uma "franquia", a cidade como peculiar, mas antes disso, a cidade como ideia, na qual levamos como modelo a todas as outras. Kublai Khan nunca poderá entender perfeitamente a ideia que Polo tem das cidades. Não por falta de tentativa, mas porque o toque de Veneza que tem nas outras cidades só pode ser visto por aquele que, como Polo, tem ela como a referência ideal, como a cidade ideia. A nossa cidade, que experienciamos, vivemos, andamos, corremos e nos apaixonamos é nossa cidade-mundo.
comentários(0)comente



Nathália 21/04/2020

Lindo!
Vale a pena a releitura quantas vezes forem necessárias! É de uma sensibilidade tão grande!
comentários(0)comente



Maitê 20/04/2020

Poético e fantástico. Algo que precisa de muito mais atenção do que a que eu tinha para dar no momento.
comentários(0)comente



Dani Ramos 08/04/2020

Uma história interessante...
Foi um livro interessante do começo ao fim. Acompanhamos as viagens de Marco Polo, suas descrições ricas e sábias, os melhores diálogos entre ele e o imperador Klan. Enfim, adorei.
comentários(0)comente



Nara 24/03/2020

Para conseguir "visualizar" a cidade narrada precisa de muita imaginação e para mim é um obstáculo bem grande. O jeito ? e a dica ? foi buscar as imagens, pinturas, interpretações no Google.
comentários(0)comente



184 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR