Blade Runner

Blade Runner Philip K. Dick




Resenhas - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?


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lucas.soares.796774 03/10/2023

Andróides sonham com ovelhas elétricas?
Eu acho que o primeiro grande impacto que esse livro causa é trazer o quanto as aparências são mais importantes do que a realidade.

O protagonista da história tem uma ovelha elétrica porque não condições financeiras de comprar um animal de verdade e para não parecer estar numa escala ?inferior? socialmente acaba recorrente uma tentativa de mascarar a realidade.

Além disso, o fato de necessitar de uma máquina para ajustar o próprio estado emocional me remete ao uso de remédios, de forma irresponsável, que temos na atualidade.

É um mundo preconceituoso onde seres humanos estão acima de cabeças de galinha que estão acima de andróides.

Deckard, o protagonista, é uma pessoa insatisfeita por sua condição social, com seu casamento, com seu trabalho (pois só pega casos de ?segunda mão?) e diante disso vê na caça aos andróides a oportunidade de finalmente poder comprar um animal de verdade e sentir realizado (mesmo que momentaneamente).

É muito interessante ver os questionamentos que o livro propõe a respeito de identidade, religião, empatia, aceitação social, preconceitos e o nosso papel diante dessas questões.

O que difere um androide de um ser humano é basicamente a capacidade deles não terem empatia.

E mesmo sendo andróides não empáticos eles ainda tem mais vontade de viver e anseios do que algumas pessoas que vivem suas vidas dependendo de uma máquina para sentir.

Andróides sonham com ovelhas elétricas é uma reflexão baseada no fato dos próprios serem humanos sonharem com animais de verdade.
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Ireuba 01/10/2023

Eu gostei muito dessa leitura, eu fiquei um pouco confusa no começo mas logo me acostumei com esse novo universo e até fiquei ansiosa pra saber o que iria acontecer. O livro trás muitos questionamentos, o que mais me chamou a atenção foi do que diferenciava os humanos dos Androids, nesse caso seria a empatia, porém alguns humanos não se mostram tão empáticos assim e alguns Androids parecem ter um certa sensibilidade.
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Fabiene.Barbosa 01/10/2023

Um caçador de recompensas é contratado para perseguir e aposentar seis androides foragidos que estão se passando por humanos.
Um livro interessante e com discussões muito profundas, como questões relacionadas à sociedade, ao status, ao emprego e, principalmente, às relações humanas e não-humanas, levando em conta sentimentos como depressão, vingança e empatia.
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Zorobabel 01/10/2023

Experiência
Li o livro pelo filme, muito tempo tentando ler, o livro tem várias diferenças do filme, mas se complementam e mostram outras nuances, vale a leitura
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Latamer 30/09/2023

Será que sonham mesmo?
Uma obra completamente marcante para mim, considero meu livro favorito nos últimos tempos, uma obra que mostra o mundo dentro de um futuro distópico, vemos uma humanidade num estado completamente diferente, essa obra me fez refletir sobre muita coisa. Ela tem um clima pesado em certos momentos e deixa você se questionando sobre o que realmente seria o certo e errado em determinadas situações.

Amei do fundo da minha alma (sou meio tendencioso, afinal amo universo cyberpunk)

5/5
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alice 24/09/2023

" ? Como posso salvá-lo ? disse o homem ?, se não posso salvar a mim mesmo? ? Sorriu. ? Você não vê? Não há salvação."

No cenário de "Androides sonham com ovelhas elétricas?" a Terra se transformou em um lugar inóspito e hostil após uma terrível guerra nuclear. Uma das consequências é uma poeira radioativa que cobre o céu, deixando tudo cinzento e destrutivo, animais e plantas estão em extinção, os poucos animais que sobreviveram são raros e custam uma fortuna.

Devido a poeira, os humanos começaram a emigrar para Marte e para isso são submetidos a um teste, os atingidos pela radioatividade e os considerados especiais não conseguem o passe e permanecem na Terra.

Os humanos em Marte possuem androides como "empregados", alguns androides se revoltam com a servidão e fogem para a Terra, esses fugitivos são chamados de andys e é aí que Rick Deckard entra.

Deckard é um caçador de recompensas, seu principal trabalho é identificar um androide fugitivo e aposentá-lo (matar). Rick é um saudosista, um personagem difícil de simpatizar por conta de suas falas e atitudes, seu sonho é ter um animal vivo e isso fica em evidência quando contempla sua ovelha elétrica pastando solitária em seu quintal.


A vida monótona de Rick muda quando conhece Rachael Rosen, ele passa a questionar não só a própria existência mas o real objetivo por trás do que torna alguém humano.

PKD trabalha o conceito da humanidade através da empatia, os androides não conseguem ser empáticos e isso os difere dos humanos, mas essa teoria é realmente válida? Não existem humanos que não conseguem ser empáticos com o próximo? No próprio livro Rick se depara com outro caçador assim, a frieza com que trabalha faz o próprio questionar se é realmente humano.

Outro ponto que o livro trabalha é a solidão, a solidão de ter permanecido em um Planeta destruído e praticamente sem vida. As pessoas buscam desesperadamente uma prova de que estão vivas, de que são capazes de sentir e para isso se agarram à uma religião chamada de Mercerismo, onde seu líder, um homem subindo uma encosta e sendo apedrejado caminha para o seu fim, a morte dele conecta quem o segue através de uma caixa de empatia (um aparelho com um tipo de realidade virtual) os fazendo sentir a recompensa prazerosa depois da dor infligida.

A narrativa é dividida entre Rick e Isidore.
Isidore é um homem solitário que segue fielmente o Mercerismo, ele acredita que o próprio Mercer o salvou. Por ser considerado um cabeça de galinha, sofre com a discriminação dos outros e até mesmo androides o consideram inferior por sua condição. Isidore foi meu personagem favorito, sua inocência e bondade em enxergar e se importar com todas as vidas o torna o verdadeiro e, talvez, o único empático da história.

A vida pode mesmo ser definida com base em um sentimento? E nessa história, os androides são as verdadeiras vítimas?

Sempre que Rick se questionava eu me questionava também, os androides são sim vítimas do sistema e o medo dos humanos de que a criação deles roube seus lugares, os faz agir com uma frieza cruel. Mas, não consegui condenar Deckard, essas questões também me fizeram cair em uma espiral de reflexão.

Muitas perguntas ficaram sem respostas e outras não foram tão aprofundadas, a religião abordada no livro é uma delas e o final só deixou ainda mais questões. Mas, é inegável o quão profundo é esse livro. Vai além da luta de andys vs caçador, é o isolamento de uma perseguição que não leva a lugar nenhum. Só resta o vazio, impreenchível e aterrador.

E no final, o pobre Rick só queria uma ovelha de verdade, o animal é sua verdadeira recompensa e o fim de sua busca por algo tão crucial e às vezes tão distante: a humanidade.
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@biblioteca.da.alma 22/09/2023

?
No começo eu não entendi nada, no meio eu tava confusa mas entendendo, no fim parecia que eu tava no começo.
Eu gostei bastante da leitura, mas acho que por muitas coisas ficarem em aberto, sem explicação, acabou sendo um tanto confuso.
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Adriane 21/09/2023

Bom
História curta mas bem escrita, senti muita melancolia durante a leitura, e alguns detalhes não foram explicados pelo autor, talvez para deixarmos a mente decidir. Recomendo.
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VK 99 20/09/2023

Eternizado
Eu acendi um cigarro e fui fumar na janela do meu quarto antes de fazer essa resenha, pensando em todas as palavras das quais eu poderia usar pra falar sobre esse livro kkkk Acho que já deu pra notar que o mesmo teve um grande impacto pessoal pra mim.

Quando Philip terminou esse trabalho, ele deve ter tido a mesma sensação de alívio e satisfação que Freddie Mercury teve ao notar a grandeza da música Bohemian Rhapsody, quando a finalizou.

Guerra Nuclear, poeira radioativa, extinção quase que total da fauna, da vegetação e dos humanos, colonização em outros planetas, veículos e armas próprias criados pra esse universo, escravos androides, conflito Androide x Humano em outro planeta, Blade Runner's criados para caçar e ''aposentar'' os androides fugitivos.

E no meio de todo esse caos, as pessoas ainda tentam de alguma forma manter seus princípios ou serem mais humanas possíveis em um mundo onde não se resta quase mais nada. Talvez nem mesmo a moral existente antes da guerra tenha o mesmo valor nesse cenário atual.

Rick tenta cumprir a lei como Blade Runner pra ter mais dinheiro, pra preencher seus vazios e se encontrar dentro dele mesmo e dos poucos ao seu redor, sempre questionando sua existência ou se o seu trabalho está correto.

É incrível a criatividade depositada nesse livro. Não sou muito bom com resenhas, mas essa obra merece muito toda essa atenção.

Crie algo, negue sua existência, e ela se revoltará.

Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?
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Erika 20/09/2023

Assim como Philip K Dick disse na carta para Jeff, no final do livro, Blade Runner é mais que ficção-científica, é um livro Futurista. Que livro bom, meus amigos. Um possível futuro, onde mais da metade da população migrou para Marte e toda vida na terra passa a ser cobiçada e escassa, onde a humanidade é diferenciada dos robôs através da medição da empatia (palavra bastante usada hoje em dia). Recomendo muito!!
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Mr. Matos 19/09/2023

“Você tem que estar com outras pessoas,[...] Para que possa se considerar vivo.”
Esta é mais uma resenha sobre essa grande clássico da literatura, obra que contribuiu muito para definir o que entendemos como o gênero do “Cyberpunk”, discutir essa obra não é mera questão de discutir uma fantasia ou ficção, mas como o próprio PKD disse em carta a Jeff Walker se trata na verdade de “futurismo.”
Mas que de que futuro trata uma obra escrita em 1968 ? trata na verdade do futuro-presente ou seja trata-se do Hoje. Esqueça, os Estados totalitários de Orwell, A nossa distopia esta em Androides/Blade Runner, O mundo dominado por megacorporações bilionárias, que especulam a vida, colonizaram marte depois de destruir o planeta, enquanto estamos tristes tomando antidepressivos enquanto comemos sushis de má qualidade sob letreiros neon em cidades tomados pelo Lixo e Violência.
O livro levanta muitas discussões de ordem filosófica, os limites do humanismo, a questão do trans humanismo, direitos dos animais, a causa ambiental, o necrocapitalismo de nossos tempos, o individualismo patológico, a exclusão de PCD’s, a dissolução das fronteiras entre o Artificial e Natural, O real e o virtual, uma discussão sobre a Entropia do nosso mundo que aparece na discussão sobre a “bagulhificação do mundo”
“Ninguém pode vencer o bagulho, a não ser temporariamente e talvez em um único lugar [...] É um principio universal que opera por todo o cosmo; o universo inteiro está se movendo na direção de um estado final de total e absoluta bagulhificação” (pág.104)
Essa é a entropia que destrói a natureza, corrói as cidades, contamina a vida, e põe fim a já curta vida dos androides criados para trabalhar até a morte, ou a “aposentadoria” de morte matada (parecido com os anseios burgueses para a classe trabalhadora.), Essa bagulhificação também se faz presente na vida dos personagens na perda da empatia, dos afetos, todos estão encerrados em mediadores mecânicos(caixas de empatia) que possibilitam o compartilhamento de sentimentos, A bagulhificação nessa modalidade é a substituição das pessoas pelas coisas. Que nos remete a discussão sobre o fetiche da mercadoria “Uma mercadoria aparenta ser, a primeira vista, uma coisa obvia e trivial. Mas sua analise a revela como uma coisa muito intricada, plena de sutilezas metafisicas e caprichos teológicos.[...] O caráter misterioso da forma-mercadoria consiste, portanto, simplesmente no fato de que ela reflete aos homens o caracteres sociais de seu próprio trabalho como caracteres objetivos dos próprios produtos de trabalho, com propriedades sociais que são naturais a essas coisas e, por isso, reflete também a relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação entre objetos, existente a margem dos produtores.”
Mas apesar de tudo nem tudo é tragedia há espaço para dar lições que podemos aprender para enfrentar a bagulhificação das nossas relações humanas. Nas palavras de J. R Isidore o “cabeça de galinha” que vive isolado.
Você tem que estar com outras pessoas, ele pensou, para que possa se considerar vivo. Quer dizer, antes da chegada deles eu conseguia suportar, ficar sozinho neste prédio. Mas agora isso mudou. Você não pode voltar atrás, pensou. Você não pode passar de pessoas para não pessoas.” (p. 229)
A lição do livro além de discutir o que é real, ou o que é o ser humano, também tem uma lição ética que talvez possa ser sintetizada dessa forma tire o bagulho da sua vida e o substitua por pessoas, o ser humano antes de ter uma definição é uma relação com os outros.

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Mr. Matos 19/09/2023

“Você tem que estar com outras pessoas,[...] Para que possa se considerar vivo.”
Esta é mais uma resenha sobre essa grande clássico da literatura, obra que contribuiu muito para definir o que entendemos como o gênero do “Cyberpunk”, discutir essa obra não é mera questão de discutir uma fantasia ou ficção, mas como o próprio PKD disse em carta a Jeff Walker se trata na verdade de “futurismo.”
Mas que de que futuro trata uma obra escrita em 1968 ? trata na verdade do futuro-presente ou seja trata-se do Hoje. Esqueça, os Estados totalitários de Orwell, A nossa distopia esta em Androides/Blade Runner, O mundo dominado por megacorporações bilionárias, que especulam a vida, colonizaram marte depois de destruir o planeta, enquanto estamos tristes tomando antidepressivos enquanto comemos sushis de má qualidade sob letreiros neon em cidades tomados pelo Lixo e Violência.
O livro levanta muitas discussões de ordem filosófica, os limites do humanismo, a questão do trans humanismo, direitos dos animais, a causa ambiental, o necrocapitalismo de nossos tempos, o individualismo patológico, a exclusão de PCD’s, a dissolução das fronteiras entre o Artificial e Natural, O real e o virtual, uma discussão sobre a Entropia do nosso mundo que aparece na discussão sobre a “bagulhificação do mundo”
“Ninguém pode vencer o bagulho, a não ser temporariamente e talvez em um único lugar [...] É um principio universal que opera por todo o cosmo; o universo inteiro está se movendo na direção de um estado final de total e absoluta bagulhificação” (pág.104)
Essa é a entropia que destrói a natureza, corrói as cidades, contamina a vida, e põe fim a já curta vida dos androides criados para trabalhar até a morte, ou a “aposentadoria” de morte matada (parecido com os anseios burgueses para a classe trabalhadora.), Essa bagulhificação também se faz presente na vida dos personagens na perda da empatia, dos afetos, todos estão encerrados em mediadores mecânicos(caixas de empatia) que possibilitam o compartilhamento de sentimentos, A bagulhificação nessa modalidade é a substituição das pessoas pelas coisas. Que nos remete a discussão sobre o fetiche da mercadoria “Uma mercadoria aparenta ser, a primeira vista, uma coisa obvia e trivial. Mas sua analise a revela como uma coisa muito intricada, plena de sutilezas metafisicas e caprichos teológicos.[...] O caráter misterioso da forma-mercadoria consiste, portanto, simplesmente no fato de que ela reflete aos homens o caracteres sociais de seu próprio trabalho como caracteres objetivos dos próprios produtos de trabalho, com propriedades sociais que são naturais a essas coisas e, por isso, reflete também a relação social dos produtores com o trabalho total como uma relação entre objetos, existente a margem dos produtores.”
Mas apesar de tudo nem tudo é tragedia há espaço para dar lições que podemos aprender para enfrentar a bagulhificação das nossas relações humanas. Nas palavras de J. R Isidore o “cabeça de galinha” que vive isolado.
Você tem que estar com outras pessoas, ele pensou, para que possa se considerar vivo. Quer dizer, antes da chegada deles eu conseguia suportar, ficar sozinho neste prédio. Mas agora isso mudou. Você não pode voltar atrás, pensou. Você não pode passar de pessoas para não pessoas.” (p. 229)
A lição do livro além de discutir o que é real, ou o que é o ser humano, também tem uma lição ética que talvez possa ser sintetizada dessa forma tire o bagulho da sua vida e o substitua por pessoas, o ser humano antes de ter uma definição é uma relação com os outros.

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Marcos 19/09/2023

Confesso que estava com uma expectativa grande em relação a história, e em certos momentos o livro se mostrou bem intrigante, o que mais chamou a atenção foi a crise existencial que envolvia os andróides, nos fazendo questionar se o nosso protagonista era humano ou máquina, no todo o livro é bom, mas tem alguns altos e baixos, deixando a desejar na profundidade de alguns personagens. Foi uma das primeiras leituras do gênero, então diria que em outra época cabe uma releitura.
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Allison 17/09/2023

A mais fácil obra de PKD que li, até o momento
O mais tranquilo livro do PKD que li ate o momento, com uma trama bem linear (porém com suas complexidades, já volto a isso), o livro soa até apressado visto o tempo que se passa toda a ação do livro, cerca de 1 dia.
Mesmo assim, Dick consegue criar alguns questionamentos e linhas de diálogos memoráveis, dentro de um universo não tão desenvolvido porém extremamente crível (dom este que percorre toda a obra do autor).
A trama funciona como um sci-fi noir, com direito a femme fatales (aqui muito melhor desenvolvidas e com complexidades que em filmes do gênero), um ambiente meio escuro e opressivo (muito interessante o fato de a vida ser tão artificial nesse local, onde as pessoas adoram seus animais robóticos, que até a emissão solar é falsa), e claro um detetive meio calado e impactado pelo mundo a sua volta (o herói de Dick é por onde nós enxergamos o reflexo da opressão que este mundo quase que não humano reflete).
Uma grande obra que facilmente consegue enlaçar o seu leitor e o levar para dentro desse universo.
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