Maria - Blog Pétalas de Liberdade 12/02/2016Leo e sua pequena guerreira de óculos No primeiro livro, vimos como Leo, o único homem dos irmãos Hathaways estava em uma condição degradante, fazendo com que sua irmã Amélia tivesse que cuidar da família depois que perderam os pais. No segundo, vimos que a temporada que passou com Win enquanto ela estava se tratando também serviu como uma época de cura para ele. No terceiro livro, já temos Leo sendo alguém a quem Poppy recorre quando precisa, ou seja, ele saiu do fundo do poço em que esteva por perder um amor, mas será que o mais engraçado e irônico dos Hathaways estaria pronto para amar novamente?
"- Isso é gentil da sua parte, milorde. Mas nunca irei dançar com o senhor.
O que, é claro, tornou aquilo o objetivo da vida de Leo." (página 42)
Tempos após Leo Hathaway herdar o título de lorde Ramsay, três de suas quatro irmãs já haviam se casado e a família Hathaway vivia feliz . Até que receberam uma carta dos advogados informando que se Leo não se casasse e tivesse um herdeiro dentro de um ano, eles perderiam a casa onde moravam. Isso tinha a ver com uma suposta maldição que rondava os herdeiros de Ramsay. A casa havia sido totalmente reformada pelos Hathaways (quem leu o primeiro sabe o estado deplorável em que ela se encontrava quando foi herdada e quanto trabalho a família teve para torná-la habitável), e eles não consideravam justo ter que abrir mão de seu lar, mas casar-se não era um grande desejo de Leo.
"- Tenho família mais que suficiente com a qual lidar. E há coisas que preferiria fazer a me casar.
- Como o quê?
- Ah, cortar minha língua e me juntar aos monges trapistas... rolar nu sobre melaço e cochilar em um formigueiro... Devo continuar?" (página 84)
Havia uma única mulher que inquietava Leo: Catherine Marks, governanta e dama de companhia de Beatriz, a caçula dos irmãos Hathaways. Catherine e Leo não se davam muito bem, as conversas entre eles sempre se tornavam discussões e Leo achava que Catherine era uma megera que falava demais, e para Catherine, Leo era só um libertino.
"Qualquer um que já tenha lido um romance sabe que as governantas devem ser dóceis e submissas. Também devem ser caladas, servis e obedientes, isso sem mencionar respeitosas com o dono da casa. Leo – lorde Ramsay – ficou se perguntando, irritado, por que eles não tinham conseguido arranjar uma dessas. Em vez disso, a família Hathaway contratara Catherine Marks, que, em sua opinião, projetava uma imagem pouco lisonjeira à classe." (página 5)
Porém, Catherine tinha um segredo (que envolvia Harry Rutledge, marido da Poppy, como contei na resenha anterior) e Leo não sossegaria enquanto não descobrisse do que se tratava, fato que acabou aproximando os dois, e dessa aproximação, mesmo que ambos não procurassem conscientemente uma paixão, ela surgiu, e com ela, um amor.
Como foi o primeiro livro da autora que li, no meu rascunho da resenha, eu havia feito uma breve comparação com os livros da série "Os Bridgertons" da Julia Quinn, os romances dessa série da Lisa Kleypas são bem mais "quentes" (e talvez mais adultos e um pouco menos doces) que os da Júlia Quinn, e a Lisa foca muito mais nos personagens do que em todas as formalidades que a sociedade da época (1852) exigia, é como se estivéssemos realmente na casa dos personagens e não apenas vendo-os num baile.
Também no rascunho, estavam minhas considerações sobre a edição da Arqueiro: eu achei a capa bonita, o livro é dividido em capítulos e tem espaçamento, fonte e margens de bom tamanho.
Um fato interessante é que a Catherine era míope e usava óculos (assim como eu), vocês já leram algum romance de época com uma protagonista assim?
"Ah, Deus, como ela o fazia perder o controle. E ele adorava isso. Adorava Cat. Sua pequena guerreira de óculos." (página 215)
Enfim, está aí a resenha do livro do Leo, que no grupo de romances de época da Editora Arqueiro é o mocinho preferido dessa série entre as leitoras. Eu gosto muito dele também, sempre me fazendo dar boas risadas, assim como da Catherine, embora o Cam continue sendo meu favorito por tudo o que ele tem mostrado durante toda a série, se bem que todos os mocinhos conseguiram me fazer sentir empatia por eles. Como vocês já devem imaginar, super recomendo!
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