Cândido

Cândido Voltaire




Resenhas - Cândido


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Pedro 11/02/2013

"De como foi Cândido criado em um lindo castelo, e como dali o escorraçaram"
A primeira frase do livro (anúncio do primeiro capítulo) descreve o tom da obra: irônica, trágica e cômica.
Acredito que todos conheçam um "Cândido" por aí. Defendido pelos tão comprados livros de auto-ajuda, a personagem é a mais ingênua e otimista que já pisou nas páginas que li.
Tudo acontece com o pobre moço: terremoto, naufrágio, roubo, traição... e mais uma infinitude de outras desventuras.
No entanto, "tudo está o melhor", e Cândido continua sua jornada atrás de seu amor, a "bela Cunegunda".
Recomendo.
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Bruno 01/05/2013

INOCÊNCIA E GARGALHADAS
Recebi a indicação para leitura de Cândido aqui mesmo pelo SKOOB em um daqueles tópicos ao estilo: "indique um livro à pessoa acima".

Afirmo com convicção que valeu a pena!

O protagonista, Cândido, tenta extrair o lado bom de todas as desgraças de sua vida (que não foram poucas), sempre agindo de boa-fé e sob a égide de uma inocência que assustaria até os mais puritanos leitores dos dias de hoje (o "otimismo" do título deve-se a esta postura).

À primeira vista a descrição do parágrafo anterior faz parecer estar-se frente a um livro dramalhão, mas a desenvoltura e as descrições do autor arrancam várias gargalhadas no curso da narrativa.

O clero e a nobreza são alvos de chacota ("autos-de-fé", quebra indiscriminada de voto de castidade, libertinagem, títulos hereditários, guerra de interesses, cobiça e por ai vai) e o falso moralismo que reinava na sociedade da época é colocado sob holofotes: com muita coragem diga-se de passagem!

A narrativa histórica também é digna de menção, Voltaire mistura fatos reais e ficção de forma sublime: suas linhas sobre as guerras e suas consequências deixam o leitor boquiaberto, a análise dos "selvagens" da América e dos vários tipos com que se depara pela Europa também merecem menção.

Em síntese: humor, crítica social, filosofia, dramas pessoais e história são jogados neste caldeirão em forma de livro e a mistura muito agrada!
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galdeiasb 26/02/2023

"Quis cem vezes matar-me, mas ainda amava a vida. Essa fraqueza ridícula é talvez uma de nossas inclinações mais funestas; pois existe algo mais tolo do que carregar continuamente um fardo que se quer sempre jogar no chão? Ter horror ao seu próprio ser? Enfim, acariciar a serpente que nos devora, até que ela nos tenha comido o coração?"
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marcelinho 27/03/2022

Como gargalhei nessa leitura. Voltaire usou da sátira para criticar algumas figuras e filosofias do seu tempo.

Esse livro conta a história de Cândido. Ele é um jovem alemão, que foi ensinado aos pés do filósofo Pangloss. Ele acreditava que, apesar dos acontecimentos ruins, estava tudo bem pois ele estava no melhor dos mundos criados pelo Deus benevolente. Porém da tudo errado na vida do Cândido. Ele passa por situações absurdas, fazendo ele pensar se essa filosofia é consistente com a realidade. Porém toda vez que ele vai elogiar e agradecer a Deus por ter colocado ele no melhor dos mundos criados e que tudo ia bem apesar de acontecimentos ruins, algum terrível acontecia com ele mostrando a inconsistência da sua filosofia.

Voltaire escreveu essa sátira para criticar o que estava acontecendo no seu tempo. O que impulsionou ele a escrever essa sátira, foi uma catástrofe que aconteceu: no dia de Todos os Santos, na cidade de Lisboa, aconteceu uma catástrofe natural, onde milhares de pessoas morreram. A grande morreu nas igrejas. A comoção tomou conta de toda a Europa. Muitos escritores passaram a escrever sobre a catástrofe, teológicos, filósofos e cientistas.

Voltaire escreveu o livro Cândido como crítica a Alexander Pope, onde pra ele tudo estava bem, o mundo estava em harmonia, tudo fora organizado por providência divina. Também é uma crítica ao filósofo Leibniz, que para ele tudo está bem no melhor dos mundos possíveis. E também esse livro é uma resposta a Rousseau, onde o filósofo dizia que a escrita de Voltaire sobre o assunto deixava ele triste. É muito engraçado toda a construção desse livro.

Apensar de todo riso que esse livro me proporcionou, de como Voltaire usou esse livro para criticar a sociedade que ele vivia. Apesar disso, senti que faltava algo. Como eu queria que Voltaire conhecesse bem o Deus cristão! Ele aprenderia que o pecado corrompeu toda a estrutura e direção da criação de Deus. Ele saberia que realmente que é falso a afirmação de que tudo está bem pois estamos no melhor do mundo possível, mas ele saberia que estamos caminhando para uma consumação que somente Cristo poderá proporcionar na sua vinda. Essa foi a falta que senti no livro.
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aline.tozier 06/05/2023

5 ESTRELAS
Faz um bom tempo que não dou 5 estrelas para minhas leituras. Gostei muito dessa primeira obra que li de Voltaire e espero que não seja a única. Ele fala na cara mesmo e adorei isso. As histórias de vida dos personagens são muito sensíveis e comoventes, me fez ter carinho por eles.
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Lucas.Wijk 24/02/2023

Livro curtinho e divertido. As desventuras de Cândido são bem cômicas, com humor ácido e cheio de alfinetadas. Esperava um livro complexo, mas acabei me deparando com uma leitura tranquila e com boa tradução (destaque positivo para as notas de rodapé que auxiliam bastante a leitura).

O único problema é que a crítica ao otimismo leibniziano acaba sendo desnecessariamente repetitiva. Apesar de ter minhas discordâncias com a conclusão, principalmente sobre a questão de que "o homem não foi feito para o repouso" e que o trabalho é a única forma de tornar a vida suportável, é inegável que é preciso cultivar nosso jardim. Afinal, acho que essa é a melhor visão do otimismo. Vamos cuidar do que é nosso e fazer nosso melhor nessa caótica existência misteriosa.
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Sah 11/01/2021

Divertido e reflexivo
Eu esperava uma linguagem rebuscada e um texto difícil, entretanto ao invés disso recebi um texto simples, carregado de sarcasmo e crítica a uma filosofia que vê a vida com um otimismo desmedido. Perfeito. Adorei e recomendo a leitura.
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SamuellVilarr 05/03/2022

Cândido ou o otimismo, Voltaire.
Excelente historieta ou narrativa curta do escritor francês François-Marie Arouet, pseudônimo Voltaire, além de refletir sobre a questão do otimismo, do bom lugar, ainda redige uma narrativa consistente, humorada e cujos personagens representam o cunho filosófico que ela pretende representar com as suas analogias, referências e também, descrições e passagens, como, por exemplo, as pretensões de Cândido, as alusões aos "paraísos" utópicos que utiliza Voltaire como representação do bom lugar como o é o Eldorado que lá aparece (que é na verdade, uma alusão ao idealismo alemão de Leinbnz ao adotar um otimismo ferrenho que Voltaire, por sua vez, detesta, exatamente por isso escreveu esta narrativa), diálogos acerca da moral, da metafísica e outros assuntos de filosofia com o seu grande amigo e mestre Pangloss (justamente o personagem que personificará esta personalidade aversa ao otimismo de Leibnz), e toda a jornada que servirá, ao final, de aprendizado se resultando em uma conclusão dado a questão do que seria, afinal de contas, o que é o homem e o que importa na sua vida para se alcançar a plenitude e a alegria em um mundo que, contrariamente a noção idealista alemã e otimista de Leibnz, não é o melhor dos lugares, não se trata de um Eldorado, a definição prática que se terá como resposta apesar de ser algo que, para alguns, talvez não seja tão comovente, também pode ser interpretada como uma verdade singela que na maioria das vezes não percebemos quando estamos embrenhados com pensamentos, confusões ou então, quem sabe, otimismos, e no caso de Cândido, com uma experiência dotada de desavenças e trivialidades. Um ótimo livro e uma boa narrativa, vale a pena conhecer.
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Sidneia.Ruthes 29/03/2022

Aventuras
Passa por muitas aventuras atrás de sua amada encontra um amigo que tinha dado por morto riquezas que acaba perdendo. De tão trágico chega a ser engraçado.
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Heloiza 19/04/2020

Imperdível!
Cândido nos conduz em uma jornada de descobertas e reflexões. Ao longo de sua trajetória, e tendo presenciado as situações mais desastrosas, Cândido se questiona se tudo que aprendeu com o filósofo Pangloss seria mesmo verdade. Seria este realmente o melhor dos mundos possíveis?
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@litera.tu 25/03/2023

Ao mesmo tempo em que parece tudo meio ?surreal?, o livro é uma aula de história, e os textos de apoio no final desta edição da Antofagica ajudam demais a compreender o que acabamos de ler. Não foi uma leitura que amei, mas estou feliz de ter feito.
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Samylle 27/05/2020

Um livro que me fez ri e também me comover com as desgraças da vida.
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BetoOliveira_autor 22/06/2020

Elogio à razão
Voltaire se utiliza de uma belíssima e criativa narrativa e nos leva a conhecer uma parte relevante do mundo e seus costumes daquela época, bem como as ideias supersticiosas com que os pensadores iluministas travaram guerra. Razão X Superstição. Ciência X crendices.
A obra vai além disso e sua genialidade é tão relevante que até o implacável Nietzsche se ajoelhou diante do brilhante Voltaire. Este, usava suas obras literárias para alfinetar seus adversários, e Rousseau era um dos seus mais eminentes contendores. Em Cândido, a vítima mor é a filosofia incauta de Leibniz.
É um texto relativamente curto, pela dimensão, podemos dizer se tratar de uma noveleta, e assim penso, pois há vários personagens, e muito bem trabalhados: o próprio Cândido, o seu mestre Pangloss, a amada Cunegunda, Martinho, a velha de uma nádega... E outros tantos.
Pensa numa vida tumultuada? Foi a vida de Cândido, não menos do que todos os outros. A velha declara:

"... quis cem vezes matar-me, mas ainda amava a vida. Essa fraqueza ridícula é talvez a uma de nossas inclinações mais funestas; pois existe algo mais tolo do que carregar continuamente um fardo que se quer sempre jogar no chão? Ter horror ao seu próprio ser? Enfim, acariciar a serpente que nos devora, até que ela nos tenha comido o coração?"

A velha disse essas palavras no final do seu relato sobre como veio a perder um dos lados da bunda. Se ficou curioso, leia rssss

Cândido superou todo tipo de sorte, as piores possíveis, entretanto," fez o que tinha que ser feito", apesar de tudo. Quais forças, quais móveis o fizeram persistir? Só quem ler até o fim a saga do herói Cândido terá acumulado bastante gravetos do conhecimento colhidos página a página, com o objetivo de empreender fogueira e jogar luz sobre a última frase de Cândido na obra, confrontando sabiamente a teodiceia do mestre Pangloss. Cândido, inferiu:

"(...) mas é preciso cultivar o nosso jardim."

Boa leitura!
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