Bia Santana | Viciados em Leitura 08/08/2016
O melhor da série até agora!
Oi, oi, pessoal! Antes de começar a resenha desse livro intenso e maravilhoso da Redmerski, eu vou contar pra vocês uma curiosidade da nossa relação U_U rsrs. Eu conheci a autora através da duologia Entre o Agora e o Nunca / Entre o Agora e o Sempre, que a Grazi me indicou super entusiasmada, falando que eu iria amar e sim, eu amei! Aí conheci a série Na Companhia de Assassinos através da Talita que é louca pela série. Então, eu fui lá e li A Morte de Sarai e O Retorno de Izabel e também virei fã desses assassinos. Pois é, a série é tão incrível que você se pega realmente na companhia de assassinos como se fizesse parte do grupo (sem a parte das maldades, ok rs), como se fosse “amiga” e não tem como, você até se comove e sente por essas pessoas tão destruídas. Fica aqui, então, o meu muito obrigada pelas indicações das minhas duas amigas e companheiras de blog.
Eu li as 245 páginas desse livro bem rápido e sentindo tudo o que Fredrik sentia e passava, pois não tem como você não se envolver. Quem leu os dois livros anteriores e conhece a difícil vida de Sarai/Izabel, sabe o horror do que ela passou. Sabe as condições de vida em que ela cresceu e sabe que tudo isso que ela viveu, foi responsável pelo caminho que ela quis seguir da vida, ao lado de Victor. Então nós já conhecemos a carga emocional que tanto ela quanto Victor tem, mas gente, pra mim, O Cisne e o Chacal foi o livro mais perturbador e carregado dos três. Foi o que mais me tocou.
Se você não sabe absolutamente nada sobre a série Na Companhia de Assassinos, eu recomendo que você leia as resenhas dos livros anteriores. Os links se encontram nos nomes dos títulos ali em cima quando citei que os li, mas, eu vou fazer um breve resumo pra vocês.
Bom, a gente começa conhecendo a Sarai. Sarai foi vendida pela mãe para um poderoso chefe de um cartel mexicano. Ela cresceu vendo a barbaridade de traficantes, vendo meninas como ela serem abusadas, vendidas e assassinadas. Javier, querendo executar um inimigo dele, negocia os serviços de um assassino profissional, e quem é esse assassino? Victor. E é através dele que Sarai vê a grande oportunidade de fugir da Fortaleza de Javier e é isso que ela faz, e consegue. Depois disso, toda história desses dois se desenrola. Sarai, agora, Izabel, faz parte da nova Ordem liderada por Victor. Não vou me estender muito falando o porquê dele ter essa nova Ordem, para saber mais é bom que você acompanhe a série, mas, entre os “empregados” de Victor está Fredrik. E é nesse livro que vamos conhecer a fundo sobre esse temido torturador.
Responsável por arrancar todas as informações das vítimas de um jeito muito violento e muito sangrento, Fredrik é conhecido como Chacal. E você sabe qual o sinônimo de chacal? Carniceiro. Perfeito, não? Rsrs
Já no livro anterior nós vamos conhecendo um pouco dele, quando Victor comenta com Izabel sobre Seraphina, a tal mulher de Fredrik. Fredrik ama Seraphina por ela ser igual a ele. Ambos são frios, sanguinários e tem um passado cheio de traumas, pois os dois tiveram a inocência roubada desde muito cedo. Então, ele que é um cara que não é de se envolver por toda carga de vida e por ser o torturador que ele é, se vê incapaz de se relacionar e de amar, até que Seraphina entra na sua vida. Porém ela o trai e desaparece e por 6 anos Fredrik tenta reencontra-la. E é aí que entra em cena, Cassia.
"Eu me viro e olho para o corredor, com uma porta na extremidade que leva ao porão. Visualizo o rosto de Cassia, macio como o de uma boneca, os grandes olhos castanhos de corça e os lábios perfeitos e suculentos. Como toda vez que penso nela, o coraçãozinho negro e traiçoeiro na minha caixa torácica começa a bater em um ritmo lento e ameaçador, me traindo com tanta crueldade que eu gostaria de arrancá-lo do peito e me livrar dele para sempre.
Momentos depois, estou diante daquela porta, enfiando na fechadura a chave que Greta me deu. E, sem pensar mais, desço a escada escura e me dirijo a ela. Cassia. A mulher que, se eu deixar que viva, com certeza será minha morte."
Cassia é totalmente o oposto de Seraphina. Seraphina era aquela mulher fatal, que andava toda de preto, maquiada, uma assassina sanguinária como Fredrik e que gostava e compartilhava com ele um sexo violento. Enquanto Cassia é doce, sensível, delicada, carinhosa e de uma beleza pura sem maquiagem alguma.
Ela é a única pessoa que pode dar informações sobre Seraphina à Fredrik, e é por isso que ele a mantém presa no porão de sua casa. Só que, depois de um ano a mantendo ali, com o agravante dela ter perdido a memória depois de um acidente, ele se vê de mãos atadas e completamente mexido.
Apesar de ser louco pelo jeito de Seraphina, o jeito e a aproximação deles dois mexe muito com ele e eu vou falar pra vocês que eu adooooooro ver esses machos brabos tendo seus corações mexidos e suas cascas quebradas rsrs.
"As respostas são as chaves para a minha liberdade.
Liberdade de poder sentir o sol no rosto sempre que quiser. De poder me sentar sob as estrelas e admirar seu silêncio infinito. E, quando ouço a chuva batendo no telhado, adoraria a liberdade de sair e dançar ao ar livre, chafurdando nas poças, como fazia quando era menina.
Mas a verdade é que gosto de onde estou, confinada em um quarto sem sol, sem estrelas, sem chuva, só com meus pensamentos como companhia em certos dias.
Acho que é o preço que pago pro estar apaixonada pelo Diabo."
Toda essa situação começa a refletir no trabalho de Fredrik, tanto que os outros como Izabel e Victor percebem e Victor o deixa afastado por uns dias das missões em que estão trabalhando. Uma coisa que eu gostei muuuuito nesse livro foi de ver a amizade entre Fredrik e Izabel. Ele pede ajuda a ela num momento do livro que PAH, derruba teu forninho LEGAL! Sabe quando você começa o livro achando uma coisa e do nada ele dá um giro e muda a parada toda? Pois é, esse livro tem isso e nessa hora eu corri no whatsapp e gritei pra Talita: “To em choooooqueeeeee!!!! Isso vai dar merdaaaaa!!!” Olha, foi tenso!
"Quando a história acaba, Izabel não consegue falar pelo que parece uma hora, mas na verdade são poucos minutos. Vejo as emoções brutais que a corroem, causadas sobretudo pelas coisas por que Seraphina passou, as lembranças da própria vida com Javier Ruiz e todas as dificuldades do passado que ela, assim como eu, com um passado semelhante, tenta apagar da mente. Mas, também como em meu caso, por mais que ela se esforce, as cicatrizes mais profundas nunca se apagam."
Como eu falei no início, por mais que os outros livros tenham apresentado pra gente o quão difícil e dura foi a vida de Sarai, eu ainda fiquei mais mexida e tocada com esse livro e a história de Fredrik. As coisas que ele passou quando criança, as coisas que o fizeram se tornar o torturador implacável e cruel que ele se tornou, o nascimento dele que a gente vê na cena bônus no final do livro que te deixa mais arrasada ainda depois de terminar o livro, tudo, tudo foi pra mim muito mais intenso, sofrido e perturbador. E ao mesmo tempo é emocionante e bonito ver que uma pessoa tão destruída, pode ter sentimentos bonitos, pode amar e pode se sacrificar por esse amor.
Esse sem dúvida é o melhor livro da série, até aqui, claro, ainda tem muitos para vir por aí. Já tem o Seeds of Iniquity (4), o The Black Wolf (5) e o Behind The Hands That Kill (6).
Vale lembrar que há algumas cenas de sexo, por isso a pimentinha na classificação, porém são poucas e muito bem escritas, apesar de bem explícitas.
Se você ainda não leu a série, eu recomendo que você leia logo! Se você já leu A Morte de Sarai e O Retorno de Izabel, mas ainda não leu O Cisne e o Chacal, por favor, leia logooooo! Corre pra saber se o Chacal é capaz de amar Cassia! Corre pra saber se ele reencontra Seraphina!! E volta aqui pra me falar o que achou, combinado?
Até a próxima!
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