Quarenta dias

Quarenta dias Maria Valéria Rezende




Resenhas - Quarenta dias


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Eduardo 15/06/2024

Coitadinha da Barbie
Imagina uma nordestina, professora, que vai parar nas ruas de Porto Alegre, por vontade própria, por não saber lidar com sua filha grávida e seu genro e a partir daí sofre muita coisa em busca de algo que ela quase que inventa, sem fazer o menor sentido. E para além de tudo conversa com um caderno que é da boneca Barbie, pra poder contar os relatos dessas desventuras. Aí você me pergunta: mas por quê? E eu digo: tô querendo saber até agora. A escrita da autora quer de todas as formas que eu sinta pena da protagonista, tentando fazer analogia à história de Alice nos país das maravilhas, e, com isso, tem toda uma questão social, de xenofobia inclusive, dentro da narrativa. Claro! Mas falta o principal: profundidade psicológica pra que o leitor compre aquilo que tudo que a personagem narradora passa e sente. Na boa, perdi meu tempo e ainda tento entender como isso ganhou o prêmio Jabuti.
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Elisama.Lyon 26/05/2024

"Quarenta Dias" segue Alice, uma mulher recém-aposentada que se muda para João Pessoa e enfrenta a solidão enquanto busca um novo propósito. Com uma escrita poética, Maria Valéria Rezende explora temas de identidade e resiliência, convidando o leitor a refletir sobre suas próprias jornadas e escolhas. É uma leitura profunda e tocante, recomendada para quem aprecia narrativas ricas em significado e emoção.
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Gi Gutierrez 22/05/2024

Quarenta dias
"... andava só pra não voltar, eu, rebelde peão de xadrez a correr atrás de um peão de obra imaginário, a ouvir histórias de gente quase reduzida a corpo e dor, quase"
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lele 29/03/2024

Adorei a escrita e adorei acompanhar a alice em busca dela mesma. ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?
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Ranni. 25/03/2024

Incrível
Maria Valéria é uma escritora incrível. O roteiro da historia é emocionante.

Muito bom se imaginar uma velhinha que largou "quase" tudo e passou a viver errante pelas ruas ao fugir de um ofício de vó cuidadora ao qual a estavam empurrando sem nem perguntar sobre suas vontades e estilo de vida que queria viver.
O livro pra mim narra esse período de crise em que ela própria, a Alice, não sabia onde se metia e apenas seguia o curso dos acontecimentos.

Precisou então se perder e desapegar de tudo, do teto, de seu conforto, tudo por conexões reais com pessoas de seu lugar de origem para poder se sentir viva, e só depois voltar. Só depois de ter contato com histórias, de vagar usando uma desculpa inventada por ela mesma ela consegue voltar a sua vida real.
Em meio a tudo isso ela usou a escrita pra se entender, desembaraçar pensamentos e traçar um novo caminho para si.

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Ana Barbalho 21/03/2024

Gostei muito de como a história foi construída e como foi escrita. Demonstra de forma visceral a degradação da mente da protagonista, que vai se deixando levar por pensamentos e atitudes sem sequer cogitar as possíveis consequências de seus atos.

Não marquei com 5 estrelas apenas porque gostaria de ter lido um pouco mais sobre o que ocorre depois dos 40 dias... A filha realmente engravida? Alice fica em Porto Alegre ou volta pra sua terra natal?
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Marcianeysa 15/03/2024

A autora escreve bem, a primeira parte do livro é até boa, mas depois ficou sem sentido, inverossímil.
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kau 23/01/2024

Obra linda, pura arte
"And there's nothin' like a mad woman
What a shame she went mad
No one likes a mad woman
You made her like that"

Maria Valéria Rezende criou uma obra linda, escrita de forma única e pura arte.
A personagem Alice acaba sendo obrigada a ceder aos desejos da filha, abandonando a vida que ama ao se mudar para Porto Alegre. Então, como forma de escape e de se sentir novamente dona de si mesma, a professora anda e mora pelas ruas durante quarenta dias.

"é egoísmo querer ter minha própria vida?"

O livro permite pensar sobre como idosos são tratados como se não tivessem desejos próprios, sobre o racismo no sul do país e sobre como os moradores de rua possuem vivências além do que se vê e como é duro não ter uma casa para voltar durante a noite.
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eurenato 05/01/2024

Se perder em si mesma
Descobri esta leitura pela iniciativa Lugar de Leituras, da rede de bibliotecas municipais da cidade de São Bernardo do Campo.
Uma protagonista aposentada se vê desenraizada e se lança numa busca inesperada. Se perde e se encontra. Uma Alice no país das maravilhas ao avesso, descobrindo as realidades de uma cidade invisível dentro da cidade de Porto Alegre. Tudo escrito num diário, caderno com capa da Barbie.
Tem questões de ser mulher idosa, de ser nordestina, da vida em situação de rua, de não-pertencimento, de finitude, de humanidade e desumanização.
E tantas outras.
A literatura e a leitura compartilhada proporcionam caminhos de se relacionar com existências que num primeiro instante parecem muito opostas às nossas. Permite achar o outro.
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gabrisingr 21/12/2023

Inesperado
a escrita é viciante depois que você acostuma, é um fluxo muito doido e a história vai descendo por um espiral
gostei muito
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alex 13/11/2023

Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende (2014)
É o segundo livro que leio da autora (o 1° foi "Carta à Rainha Louca") e, de novo, trata-se de obra competente.

A partir de certas mudanças e decepções, a protagonista vai ao extremo; vive por 40 dias na rua (sem que financeiramente isso fosse necessário). Aproxima-se de uma cidade desconhecida, real. Pensa sobre a vida. O livro termina abruptamente, mas de forma razoável dentro do contexto.

O roteiro de 2° plano (a busca por Cícero) segura a nossa atenção (uma excelente escolha da autora para apoiar a história principal).
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mariacristinamrs 01/08/2023

Sumir
Alice ta mais q certa, as vezes eu só queria fugir também, mas o pior é q é de mim mesma.
lindo livro, da p perceber em cada capítulo o qnt ela vai se permitindo sentir coisas que pra ela seriam inviáveis, impensáveis e not mother like.
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Neilson.Medeiros 13/07/2023

Alice no país do Sul. Ou a fuga da Barbie
Alice no país do Sul. Personagem muito cativante, rebelde, ácida e teimosa. Assim é Alice, que após ser catapultada para outro lado do país a contragosto, decide se livrar da vocação de vovó obediente e se envolve em uma jornada labiríntica, tão cheia de idas e vindas que até cansa um pouco também hehehe. Uma narrativa muito bem construída, por meio da qual podemos perceber o choque cultural sofrido pela protagonista. Mesmo longe da Paraíba, é justamente seu estado de origem que se transforma em fio condutor, seja pelo coelho branco nomeado de Cícero aqui ou pelas várias personagens que ressoam como Alice, no sotaque e na resistência de viver em um mundo muito diferente. No fim das contas, Alice nos lembra que se perder é necessário às vezes para a gente se encontrar. Gostei muito do desfecho, da forma abrupta como esse sonho maluco é empurrado buraco a fora pela rainha branca, talvez? Também achei interessante a coincidência de Alice ter como confidente um caderno da Barbie. Estamos aí vendo o frisson em cima do filme sobre essa personagem que, ao que tudo indica, também opta por se libertar e se perder um pouco em outro mundo.
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Gabriella.Gardin 08/07/2023

Me apeguei a Alice
Entendi todas as críticas e até que fiquei meio curiosa pelo desenvolvimento da relação mãe e filha no texto. MAS funcionou muito pra mim os caminhos que foram escolhidos pra narrativa e o bizarro e impensável me deram vazão a pensar a relação mãe e filha de forma muito mais profunda do que se tivesse sido explorado de um jeito literal. Eu adorei!!! Acho a Maria Valéria tão especial que nem consigo conceber a ideia de não gostar de algo que ela escreveu, leria até a lista de supermercado dela.
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