O Rei Amarelo

O Rei Amarelo Robert W. Chambers
Tiago P. Zanetic
Airton Marinho
Raphael Salimena




Resenhas - O Rei de Amarelo


285 encontrados | exibindo 256 a 271
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 18 | 19


EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: O REI DE AMARELO
(...) O Rei de Amarelo é uma peça perdida e proibida, embebida no mais profundo mistério fantástico. Não só enlouquece quem o lê, como também parece promover distúrbios que rompem com a realidade à sua volta. A obra de Chambers é um perfeito manicômio em que, em cada conto, uma das vítimas, extremamente excêntricas, narra a sua experiência após ter lido o maldito livro: e o pior de tudo é que os relatos são narrados em primeira pessoa, ou seja, nunca se sabe se o que está escrito condiz com a realidade ou se são os delírios daqueles que já foram afetados. (...)

site: www.eurac.com.br
comentários(0)comente



Gilstéfany 28/05/2015

Do bom para o ruim
Este livro de contos é dividido em duas partes. A primeira parte é fantástica, instigante, o leitor fica absorto ao pensar em Carcosa, é realmente muito bom. A segunda parte é mais realista, não tem horror, chega a parecer um romance barato, com finais que eu fiquei me perguntando "mas é só isso mesmo?".

Enfim... a primeira parte é cem por cento, mas a segunda é uma decepção.

site: medium.com/@gilstefany
comentários(0)comente



Leila 25/05/2015

Achei confuso...teria que lê-lo novamente...
comentários(0)comente



Marcus 24/05/2015

O sombrio rei de amarelo
Uma das piores coisas que podem ocorrer a uma obra de arte é o esquecimento. As editoras podem deixar de investir em novas edições de um título, os lançamentos se sucedem e o livro perde espaço nas estantes mais visíveis das livrarias. Ao longo de décadas, ele desaparece, ou fica limitado a círculos restritos de leitores. Até que um "acaso" o resgata. Foi o que aconteceu com O rei de amarelo, do norte-americano Robert W. Chambers, lançado em 1895 e citado na festejada série de TV True detective.

O livro foi lançado no Brasil há um ano pela Intrínseca, com tradução de Edmundo Barreiros e ótima introdução de Carlos Orsi. O rei de amarelo na verdade é uma peça teatral cuja leitura leva as pessoas à loucura. Qualquer semelhança com o Necromicon, de H. P. Lovecraft não é merca coincidência: o escritor de Providence leu Chambers. Sua influência é reconhecida também por Raymond Chandler a Neil Gaiman, passando pelo onipresente Stephen King. Chambers, por sua vez, toma emprestado vários nomes e termos criados pelo escritor Ambrose Bierce.

O rei de amarelo é um "personagem" dos primeiros contos do livro, tramas distintas mas interligadas ao menos pela citação da obra maldita. As narrativas transitam entre o gótico, o fantástico, o romance e a ficção científica, numa intrigante atmosfera de mistério e viagens oníricas. O primeiro conto envolve um sr. Wilde, que remete diretamente a Oscar Wilde, como um "reparador de reputações".

Já na que pode ser considerada a segunda parte do livro, Chambers inspira-se livremente em seu passado como pintor de quadros, e ambienta suas narrativas em Paris, particularmente no Quartier Latin povoado de estrangeiros estudantes de arte. A vida libertina e amores impossíveis são tema recorrente, com um leve toque de fantasia e a influência da pintura: há momentos em que o autor "pinta" cenas em seus textos.

Esses contos também são interligados, com várias e repetidas referências internas. Em "A rua da primeira bomba", Chambers envolve o leitor na angústia de uma Paris sob cerco do exército da Prússia e no desespero de um personagem que se lança ao front de batalha.

Chambers morreu em 1933, rico e famoso por romances água-com-açúcar dos quais ninguém se lembra mais. Nem fazem falta. Mas a volta de O rei de amarelo para as prateleiras das livrarias é um verdadeiro prêmio para quem aprecia literatura fantástica.

site: www.blogbeatnik.blogspot.com
comentários(0)comente



Doug 18/05/2015

"Um dos livros mais malditos de toda a história"... Só por esse status já dá pra perceber que a leitura d'O Rei de Amarelo é extremamente envolvente e misteriosa. Constituído por uma reunião e contos que estranhamente se associam entre si, a história tem como cerne um místico e amaldiçoado livro conhecido como O Rei de Amarelo. Comenta-se que poucos que iniciaram sua leitura a terminaram com vida. Robert W. Chambers praticamente dá início a um tema que inspirou mentes brilhantes da literatura do horror como H. P. Lovecraft e Stephen King. Todos os contos do livro causam uma catarse do pior tipo: aquela em que ao mínimo barulho que você ouve depois que fecha o livro, você reage procurando de onde vem... e acaba voltando a atenção justamente para o maldito livro que ainda está em suas mãos...
comentários(0)comente



Filipe 05/05/2015

Um livro interessante, para mim quase didático. Possui um primeiro ato muito angustiante, com a inclusão das aterrorizantes histórias cósmicas do Rei de Amarelo, ótimas narrativas e perturbantes. O segundo ato é o grande problema do livro, os contos das ruas são histórias boas, e até didáticas no sentido de nos apresentar a este mundo boêmio e de caos da Paris daquela época, são contos de amor, um contraponto ao primeiro ato, são enfadonhos e tediantes, apesar de possuírem certa beleza. Acho impressionante como os autores futuros tentaram criar uma importância para esta mitologia do Rei de Amarelo, que tinha tanto potencial, mas que o próprio autor a ignorou.
comentários(0)comente



Mara 17/04/2015

Logo no prefácio o editor já deixa claro para quem vai ler que o livro não é uma coletânea completa de contos de horror. Há terror, há o fantástico, mas também existe contos realistas e até mesmo românticos. Entretanto, mesmo com essa informação, não pude deixar de ficar um pouco decepcionada com o rumo que a leitura foi caminhando.
Os quatro primeiros contos são baseados no misterioso livro "O Rei de Amarelo" que leva a loucura quem o lê. São contos passados em um universo paralelo, nos EUA do anos 20 com um ar de sci-fi, onde a loucura e o universo dos sonhos deixam o leitor maravilhado. A escrita é rebuscada, bem ao estilo do final do século XIX.
Achei interessante o fato de Chambers ter sido nitidamente influenciado pelos decadentistas e todos seus contos possuem artistas degradantes ou que convivem com personagens sórdidos e com uma vida obscura e depravada.
A mitologia de "O Rei de Amarelo" é incompleta (assim como ocorre com Lovecraft) e muitos autores tentaram preencher lacunas e entender onde Chambers queria chegar; e confesso que gostei muito de toda a ideia que ronda a criação desta mitologia.
A segunda parte do livro é composta por contos fantásticos e logo depois mais quatro contos realistas e até mesmo românticos. Esses não possuem nada de terror e foi aí que a decepção chegou. Confesso que são lindamente escritos e até amei dois desses contos, mas não pude deixar de ficar desapontada com o rumo que o livro caminhou.
O que mais gostei também foi o cuidado que a editora "Intrínseca" deu ao livro. O prefácio e notas de rodapé são excelentes e ajudavam a criar a atmosfera para entender todo o universo criado por Chambers.
Recomendo para amantes de horror fantástico, para aqueles que, como eu, já leram Lovecraft e precisavam conhecer mais sobre esse seu antecessor na arte de criar mundos fantásticos. Ainda assim, Lovecraft reina soberano no meu coração.
comentários(0)comente



Café & Espadas 08/04/2015

Resenha O Rei de Amarelo
Poucos são os autores que conseguem estabelecer um conjunto de obra sólido, com vários títulos consagrados. Robert W. Chambers não era um desses autores.

Poucas são as obras que, devido a sua relevância, riqueza de elaboração, originalidade e envolvência tomam para si o título de atemporais e se consagram como clássicos. O Rei de Amarelo deve ser considerada uma dessas obras.

Antes de mais nada, devo mencionar alguns detalhes importantes referentes a edição feita pela Editora Intrínseca, que com certeza irão ajudar o leitor durante a leitura.

Se você ainda está em dúvida se foi uma boa ideia ou não adquirir um exemplar da grande obra de Chambers recomendo a leitura da introdução da edição, feita pelo jornalista e escritor Carlos Orsi. Nela ele irá explicar um pouco mais profundamente toda a natureza misteriosa desta coletânea, sua ligação com as grandes escolas literárias francesas, as principais influências e também explana um pouco sobre a vida do autor.

Esse texto inicial merece o seu destaque próprio pois ele abre o apetite para o que vem a seguir, e auxiliado pelas inúmeras notas de rodapé espalhadas em cada conto, ajudam o leitor incauto a compreender que essa obra não é igual a nenhuma das outras obras de terror com as quais ele teve contato.

Há muito o que se falar sobre esse marco do terror cósmico. Esta coletânea de contos – que subdivide-se intuitivamente – se materializa em torno de uma obra fictícia que leva o mesmo nome do livro, O Rei de Amarelo. Esse escrito trata-se de uma peça teatral sobre a qual não vemos muitos detalhes, nada além do nome de alguns personagens e lugares fantasiosos e mórbidos. O texto, aparentemente macabro e de uma beleza ímpar, amaldiçoa quem ousa lê-lo, fazendo com que a insanidade se aposse do corpo e da mente do leitor – ou vítima.

Os quatro primeiros contos (O Reparador de Reputações, A Máscara, No Pátio do Dragão e O Emblema Amarelo) são totalmente ligados a figura da peça amaldiçoada. Nada de mais profundo e detalhado é falado sobre o conteúdo do roteiro, mesmo que alguns personagens e locais fantasiosos sejam usados várias vezes. Todos eles compõem a chamada mitologia amarela, um cânone pequeno e denso que atrai diversas teorias literárias.

Alguns acreditam que esses primeiros contos se passam em um universo de fantasia compartilhado, que é acessado por meios não convencionais – muito similar a Dreamland de Lovecraft - e quando lemos atentamente, podemos perceber algumas ligações sutis, como nome de personagens secundários, lugares comuns, recursos linguísticos e metalinguagens utilizados pelo autor e a linha cronológica dos eventos. Outros críticos dão um status de “obra autobiográfica” para O Rei de Amarelo, pois a maioria dos protagonistas são artistas americanos que viveram em Paris, assim como Chambers.

Esses contos canônicos da mitologia amarela, assim como os demais, possuem finais instigantes e não muito conclusivos, podendo levar o leitor para mais questionamentos do que respostas. Porém suas qualidades de escrita e elaboração são magistrais. Nada nas histórias é jogado ao léu, tudo se encaixa mesmo que de forma muito opaca, e a insanidade iminente, que surge inesperadamente em todas as narrativas, dão o tom do terror psicológico imersivo (como em O Reparador de Reputações e O Emblema Amarelo) que desconstrói toda e qualquer crença humana de proteção divina, de intocabilidade (como em No Pátio do Dragão), essências do cosmicismo.

Os demais contos têm o pé calcado na realidade, mas sem perder as características da escrita rebuscada e a estrutura complexa e elegante de Chambers.

Indo de um amor que cruza o véu do tempo até os terrores do cerco parisiense por tropas prussianas durante a guerra de 1870, esta segunda parte da coletânea rende belas histórias como A Demoiselle d’Ys e algumas mais maçantes como A Rua da Primeira Bomba. Vale salientar que estes contos fazem referências aos quatro iniciais, ou seja, mesmo estes últimos não sendo tão fantasiosos a conexão com a mitologia amarela é mantida, e é uma sólida evidência de o quanto o autor bebeu da fonte das escolas literárias francesas para construir sua visão de mundo decadente.

Acima de tudo, O Rei de Amarelo é um marco não só no gênero de terror, mas na literatura mundial. A lista dos grandes autores influenciados pelos horrores que vivem sob a máscara pálida é extensa e engloba nomes como Lovecraft, Stephen King e E. Raymond Chandler.

Essa leitura não é uma das mais fáceis, o terror descrito nas páginas não é sanguinolento ou visceral, mas quando entendido em sua matéria prima, é um dos mais perturbadores e enigmáticos já escritos. Robert W. Chambers se mostra muito dinâmico e versátil ao transitar nas temáticas de cada conto, criando uma aura envolvente de mistério, caos e rompimento com a realidade.
comentários(0)comente



Caronte 17/03/2015

A insanidade em trapos amarelos de Chambers
O Rei de Amarelo de Chambers é uma coletânea de 10 contos, sendo os 4 primeiros com um tom mais pesado e fantástico e com referências diretas ao Rei de Amarelo (uma peça, que leva quem a lê à insanidade); depois vêm 2 contos que são considerados de transição para a segunda parte mais realista e romântica, que é formada pelos 4 últimos contos.

Até agora, não sei se as histórias se interligam realmente, se participam do mesmo universo, ou se são versões de realidades alternativas (Nossa!), e as notas me perturbaram ainda mais, longe de elas serem ruins, as notas do livro ao fim de cada capítulo são excelentes, chamam atenção para detalhes interessantes, possíveis ligações entre os contos, as mais variadas teorias sobre a narrativa do Rei de Amarelo (do Chambers), além de dar alguns fatos históricos que contribuem para o entendimento.

Leia a resenha completa no Blog Parágrafos Para Grifos.


site: http://paragrafosparagrifos.blogspot.com.br/2015/03/resenha-o-rei-de-amarelo-robert-w.html
comentários(0)comente



Alan 21/02/2015

Bons contos, facil leitura, e ainda atual.
Oh, o Rei de Amarelo.
Admito ser suspeito para fazer a analise de um livro que eu mesmo sugeri para o grupo de leitura que faço parte, e cujo estilo dos contos tanto me agrada. Atualmente, parte das obras de Chambers está enquadrada dentro do que chamamos de cultura Lovecraftiana, mesmo sendo anteriores a Lovecraft, e em alguns casos, servindo de inspiração para o mesmo e muitos autores que vieram depois.
Trata-se de resenha da edição brasileira do livro, aqui publicado pela editora intrínseca (1ª edição, reimpressão de junho de 2014), o qual utilizou papel de qualidade razoável (pólen soft), o que permitiu uma leitura agradável e que não vem a causar desconforto após uma exposição prolongada, não dando um contraste tão grande entre o branco da pagina e a letra impressa. Porem, a capa deixou a desejar, uma vez que o material utilizado pela mesma se desgastou muito em menos de um mês, causando vários pontos em que houve marcas de leitura, manchas brancas e até mesmo em pequeno enrugamento na lombada do livro. Pessoalmente, a arte também deixou um pouco a desejar, mas esse ponto não afeta a qualidade do material.
A introdução apresentada é, embora muito reduzida, bem útil para a compreensão de vários pontos do livro. Embora, quem deseje um maior entendimento ou maiores informações possa buscar tais na internet ou em livros sobre o tema.
Quanto aos contos, o livro, como informado na introdução, pode ser dividido em três partes, sendo a primeira composta por quatro contos voltado para o suspense e o fantástico, com um toque que, atualmente, pode ser considerado como terror leve.
O primeiro conto desta série é “O reparador de reputações”, um conto no qual mostra com ironia o que seria um mundo utópico e futurista para sua época, trazendo previsões, que conforme foi comentado em notas, quase proféticas. Também é um conto que, em minha opinião, poderia ter omitido sua ultima nota, a qual induz o leitor a uma conclusão, evitando deixa-lo em duvida sobre a verdade da situação. Basicamente, conta a história do jovem Castaigne que, em contato com o Sr. Wilde, obteve informações suficientes para, ou lhe dar grandes pretensões, para as quais havia ainda apenas um pequeno empecilho, ou então, um delírio de grandeza entre os dois homens insanos.
O segundo conto, chamado de “A máscara” vem a ser um conto sobre o relacionamento entre jovens artistas, e as consequências dos estudos de um dele. É um conto muito mais suave que o primeiro, voltado mais para o romance combinado com o fantástico, passando-se no mesmo mundo que o primeiro conto, mas em momento anterior. Pessoalmente, eu acredito ser um dos melhores contos presentes ao livro.
O terceiro conto, chamado de “No Pátio do Dragão”, é um conto em que ocorre muita ação, um conto mais rápido e agitado, passando-se no mesmo mundo em que os contos anteriores, no qual um homem corre para fugir que algo que lhe amedronta. É um conto rápido para se ler, de boa qualidade, no qual impera o fantástico.
O quarto conto, que encerra os contos voltados para o fantástico, é “O Emblema Amarelo”, o qual aparenta ter diretas ligações com o conto “No Pátio do Dragão”, tratando de um romance desafortunado entre um artista e sua modelo, o qual sem saber acabam se envolvendo com o fantástico existente no universo de Chambers.
O quinto conto, “A demoiselle d’Ys”, o qual faz parte do segundo grupo de contos, chamado de grupo de transição, é um conto sobre um viajante e uma jovem senhora que ele encontra ao explorar uma região que por ele não era bem conhecida, tratando-se de uma história na qual ainda impera o fantástico, porem o suspense e o leve terror existentes deixam de estar em primeiro foco para serem substituídos pelo romantismo. Creio eu ser o conto mais lindo do livro.
O sexto capitulo, um capitulo chamado de “O paraíso do profeta”, é uma série de poemas curtos, aos quais em muitos dos outros contos existem referencias. Sinceramente, de longe o capitulo menos favorito do livro.
O sétimo conto, e o primeiro do grupo realista, chamado de “A rua dos Quatro Ventos” trata sobre o jovem artista Severn, e a idealização sobre como seria a dona de um gato que em seu apartamento aparecera, um conto romântico com um leve toque de insanidade.
O oitavo conto, chamado de “A rua da primeira bomba” é um conto mais longo, e um pouco mais voltado para o romântico, trazendo a história do Quartier Latin, o bairro onde, nele ou em suas proximidades, se passam grande parte dos contos apresentados no livro. Nessa história acompanhamos a vida de alguns dos moradores do local durante a guerra contra o império alemão, e ao mesmo tempo nos é apresentada a insignificância do homem perante o que ocorre a sua volta e o acaso.
O nono conto, chamado de “A rua de Nossa Senhora dos Campos”, é um belo conto romântico com uma carga de quebra de paradigmas e superação de barreiras sociais, passando-se no mesmo mundo e tempo do conto “A rua dos Quatro Ventos”. É um belo conto, mas a sua leitura foi um pouco mais cansativa.
O décimo conto, chamado de “Rua Barrée”, é mais um conto romântico, sobre um artista de coração e alma limpa na corrida pelo amor de uma misteriosa mulher, envolvendo varias pessoas presentes ao conto “A rua dos Quatro Ventos” e “A rua de Nossa Senhora dos Campos”. É um conto belo, mas que peca por cair no mesmo tom do conto anterior.
Quanto ao estilo de escrita, posso afirmar que é, em sua maioria, de fácil absorção e que prende o leitor em sua leitura, sendo que as poucas expressões em francês não traduzidas não causam dano a leitura. Pessoalmente, achei ser um ótimo livro, salvo pelo sexto capitulo, cuja leitura vale a pena, uma vez que este serviu de inspiração para grandes obras que atualmente existem, e pelo fato de ser um livro que, em um dia é possível de se ler inteiro sem ficar cansado.
comentários(0)comente



Lucas.Wijk 19/02/2015

Superior a outros clássicos do gênero!
Como sou fã do gênero terror, já inicio esta resenha admitindo que não tive paciência para ler os contos das quatro ruas. Li somente a Rua dos Quatro Ventos e o início da Rua das Quatro Bombas e depois desisti. São contos mais realistas, sem relações com o terror, que não me interessaram e não conseguiram prender minha atenção.

Meu foco, portanto, será somente nos quatro primeiros contos, que tratam justamente do universo do Rei de Amarelo. Os contos de transição (A Demoiselle d'Ys e O Paraíso do Profeta) são muito interessantes e vale a pena a leitura, apesar de não terem traços de terror.

Robert W. Chambers é um autor não muito conhecido no Brasil, que chamou minha atenção apenas por causa da menção do Rei de Amarelo na série de TV True Detective. Fui ler o livro sem grandes expectativas e posso dizer que me impressionei.

O autor, assim como fez Lovecraft com os Mitos de Cthulhu e o Necronomicon, criou uma mitologia própria ao redor da obra fictícia O Rei de Amarelo e da misteriosa e sombria Carcosa. Fiquei frustrado ao saber que apenas quatro contos giram ao redor dessa mitologia fantástica, que ouso dizer ser quase superior àquela criada por Lovecraft.

Todos os quatro contos iniciais giram em torno dessa obra fictícia, que foi proibida, tendo em vista a loucura que ela causava em todos aqueles que a liam. As personagens de cada um dos contos, de alguma forma, acabam entrando em contato com um exemplar d'O Rei de Amarelo, dando um passo em direção à insanidade.

Chambers, ao contrário de Lovecraft, tem uma narrativa mais romanceada, sendo bem mais fácil de ser lido. Esse foi um dos aspectos que me impressionou no livro, já que eu imaginava uma narrativa no formato de relato, o que considero bastante entediante.

O autor tem uma habilidade fantástica de fazer descrições de coisas comuns, tornando-as assustadoras, e é justamente nesse ponto que o considero melhor do que Lovecraft, já que não existe apelo para um horror monstruoso, mas sim um terror mais psicológico e surreal.

Além disso, é impressionante como o autor faz diversas referências nos seus contos, interligando-os. Essas referências são destacadas pelas notas de rodapé da edição, e é muito interessante prestar atenção em cada uma delas, pois fica demonstrado o caráter insano e surreal até mesmo nas formas como os contos são interligados.

Faço menção especial aos dois últimos contos, No Pátio do Dragão e O Emblema Amarelo. Em minha opinião, esses são os dois contos mais assustadores do autor, que me fizeram sentir a loucura das personagens em minha própria pele. A narração é quase onírica, e eu me senti dentro de um sonho, ou melhor, de um pesadelo.

Eu não me espantaria se descobrisse que David Lynch tomou Chambers como inspiração para alguns de seus filmes, afinal, a narração do autor pareceu me jogar dentro de um filme desse diretor.

Enfim, para todos aqueles que, assim como eu, gostam do terror fantástico, que traz mais perguntas do que respostas e focam no aspecto psicológico das personagens, O Rei de Amarelo é uma obra indispensável. É difícil não fazer comparações com Allan Poe ou, principalmente, com Lovecraft, tendo em vista a semelhança entre eles, mas posso dizer que Chambers se supera por fazer uma narração muito mais simples e, ao mesmo tempo, mais assustadora. Uma pena que não seja tão conhecido como os outros.

Para mais dicas e comentários sobre livros, filmes e jogos, clique no link abaixo e acompanhe nosso blog!

site: https://pausandoblog.wordpress.com/2015/02/19/o-rei-de-amarelo-robert-w-chambers/
Vick 19/02/2015minha estante
Eu também fiquei com o mesmo sentimento martelando - é melhor que Lovecraft.

Eu li o livro inteiro e é, é meio chatinho o mundo realista na segunda parte, mas mesmo assim as histórias são boas. Se um dia estiver de bobeira, esperando na fila do dentista, tente. Não vai se decepcionar.

Quanto à serem só quatro, é triste mesmo. Vou consumir as referências mundo afora e me contentar com isso. :(


Lucas.Wijk 24/02/2015minha estante
Pois é! Eu acho que Chambers escreveu outros contos de terror, mas nenhum com relação ao universo do Rei de Amarelo.
Depois vou procurar saber mais...




Vick 26/01/2015

Não enlouquece ninguém, mas diverte pra caramba!
Confesso que só comprei o e-book porque já tinha esbarrado com esse livro em várias livrarias e a capa sempre me interessou (esse rei que me lembra a Ana Paula Arósio enrolada um cobertor amarelo), e porque uma amiga (alô, Fernanda!) me disse que achou o livro legal mas nada que deixasse alguém realmente chocado.

De fato, se você procura um livro de terror, continue na busca. Essa coletânea de contos dividida em duas partes tem um ar de A Zona Morta, Lovrecraft com personagens femininas bem desenvolvidas e uma pitadinha de romance de banca. A primeira parte traz histórias de infelizes leitores da famigerada obra que dá nome à coletânea, O Rei de Amarelo, capaz de enlouquecer quem ousa desvendar suas linhas. A segunda são vários contos interligados (ou não, vai da interpretação) um pouco mais realistas.

Gostei das duas partes, e o jeito que o autor escreve é delicioso. Mil pontos para as personagens femininas, variadas e bem construídas, da cortesão à nobre quase santa. O autor deve ter sido, em vida, um homem muito sensível (característica normalmente associada aos artistas em geral, por isso mesmo até meio óbvia) pois usa bem os sentimentos e motivações dos personagens, sem pesar na mão.

Indicadíssimo para quem procura mindfucks e inspiração para devaneios.
comentários(0)comente



Boris 13/01/2015

Me decepcionou.
Este livro não é um romance. É constituído por 10 contos, sendo que os 4 primeiros são "de terror", que falam sobre um livro misterioso chamado "O Rei de Amarelo".
Destes 4, eu diria que apenas o primeiro é realmente ótimo, chamado O reparador de reputações.
Os contos 5 e 6 são curtos e interessantes, mas não são realmente dignos de se dizer, "nossa, vou comprar o livro por causa deles"!

Os últimos 4 contos se passam em París, onde o autor (norte-americano) viveu por alguns anos como estudante. Ele escreve histórias de amor entre estudantes de pintura e mulheres parisienses. E, sinceramente, apenas o conto 9 (chamado de A rua de Nossa Senhora dos Campos) é digno de ser realmente lido e apreciado.

Finalizando, comprei este livro pois ele estava super-barato, e "prometia" ser ótimo. Mas receio que ele me causou mais raiva do que alegria, pois causou uma falsa expectativa sobre mim, e foi muito sofrido lê-lo, tanto que cheguei a ler outros 3 livros enquanto tentava vencer "O Rei de Amarelo" conto a conto.

Há livros melhores para se comprar e ler do que este.
Hindara 31/08/2015minha estante
Acho que é o primeiro comentário com o qual me identifico!
Li tantos comentários, falando que o livro é ótimo, fascinante e tudo mais, que pensei... "Será que só eu não gostei deste livro"?
Também já li 3 outros livros durante a leitura do Rei de Amarelo, e ainda não tive paciência para acabar de lê-lo. Não me chamou a atenção.
A leitura é massante, não é envolvente e não desperta aquele desejo de acabar o livro logo...




Aninha 07/01/2015

Não sou chegada a estilo horror. Quando a editora lançou O Rei de Amarelo fui logo comprando e ver se realmente a coletânea de contos vale a pena, por ser considerado um clássico. E eh ai que dou uma dica antes de você comprar o livro se você não eh leitor assíduo desse gênero (para que não pareca uma leitura normal) : pesquise, procure e leia as referencias sobre Howard Philips Lovecraft ou mesmo Stephen King. Parece besteira, mas esses autores foram influenciados pela obra de Chambers. Por causa disso, estou as voltas de procurar os livros de Lovecraft e de King para retornar a leitura do gênero horror. Em resumo o livro gira em torno da figura misteriosa que da titulo a obra. Os personagens dos contos que entram em contato com o livro O Rei de Amarelo estranhamente são envolvidos em eventos trágicos e ate mesmos sobrenaturais que levam a loucura. Confesso que gostei mais da primeira metade do livro. Os contos são curtos, mas carregados de significado. Depois de efetuar minhas leituras sobre Lovecraft e reler KIng quero retornar a leitura de O Rei de Amarelo e ter uma visão melhor da obra.
Vivi Martins 07/01/2015minha estante
Nunca me interessei por filmes de terror, deve ser por isso que nunca li nada deste estilo. Mas quem sabe um dia possa me surpreender com esse tipo de leitura.


Vivi Martins 07/01/2015minha estante
Nunca me interessei por filmes de terror, deve ser por isso que nunca li nada deste estilo. Mas quem sabe um dia eu me surpreenda com esse tipo de leitura.




Jefferson Sousa 21/12/2014

Publicado em 1895, “O Rei de Amarelo” é um livro altamente misterioso, cheio de meandros psicológicos, onde o que é real e o que é fantasia se misturam fazendo com que o leitor se sinta preso em todas as histórias. Influenciador de grandes nomes da literatura e até hoje referenciado nas mais diversas mídias. Organizado em 10 contos, o livro é um marco na chamada “mitologia amarela”, responsável por grande furor literário no final do século XIX.

O americano Robert Chambers ficou rico e famoso por escrever romances “mamão com açucar” mas é com esse livro que mostra o potencial de sua escrita e imaginação. Na verdade “O rei de amarelo” é uma peça escrita por não se sabe quem e que está presente nos quatro primeiros contos desta coletânea: “O reparador de reputações”, “A máscara”, “No pátio do dragão” e “O emblema amarelo”. Quem a lê está fadado a sofrer as mais desgraçadas consequências, desde a genuína loucura até a mais arrebatadora e doentia paixão.

Pode parecer clichê esse negócio de “o livro influencia a vida das pessoas de maneira impresisonante...” mas aqui isso é demonstrado da forma mais louca possível, temos só pequenos trechos e apenas alguns personagens da tal peça citados nesses contos, o que faz com que a curiosidade de lê-la cresça exponencialmente durante a leitura, assim como cresce também a dúvida: será que eu a leria se estivesse com a maldita peça nas mãos?

Camilla: O senhor deveria tirar a máscara.
Estranho: É mesmo?
Cassilda: É mesmo, está na hora. Todos tiramos nossos disfarces, menos o senhor.
Estranho: Eu não estou de máscara.
Camilla: (Horrorizada, em particular para Cassilda.) Não é máscara? Não é máscara!

O rei de amarelo, Ato 1, Cena 2

Os outros contos do livro são: “A Demoiselle d'Ys” e “O paraíso do profeta”, vistos como contos de transição para as histórias mais realistas (e mais fraquinhas) do livro, chamado de 'quarteto das ruas', formado por “A rua dos quatro ventos”, “A rua da primeira bomba”, “A rua de Nossa Senhora dos campos” e “Rua Barré”. Os últimos quatro contos tem uma pegada mais do cotidiano da Belle Époque parisiense, não tendo muito a ver com os quatro primeiros da coletânea, apenas com algumas referencias.

A obra de Chambers influenciou muita gente desde seu lançamento, H. P. Lovecraft, grande nome da literatura de terror e ficção científica, foi um dos que utilizou de elementos da mitologia amarela em suas histórias. Até Neil Gaiman e Stephen King referenciam de vez em quando a narrativa do monarca com vestes cor de girassol.

Confesso que não conhecia a obra até assistir a incrível série True Detective., da HBO. Elementos como “Carcosa” e “Yellow King” me encheram de curiosidade e depois que vi que a editora intrinseca havia traduzido e lançaria uma nova (e belíssima) edição do livro, não pude deixar de lê-lo o mais rapidamente possível e não me decepcionei. Para quem gosta de Poe, Lovecraft, Stephen King, com certeza é um livro que vale a pena ser lido.

site: http://gnomoseries.blogspot.com.br/2014/12/resenha-o-rei-de-amarelo.html
comentários(0)comente



285 encontrados | exibindo 256 a 271
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 18 | 19


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR