Resenhas - O Rei de Amarelo

Andre_Sch 29/08/2021

Não zombemos dos loucos
Fico pensando que seria mais interesse se eu tivesse um background sobre a história da última década do século XIX. O que salva muito o leitor é a introdução de Carlos Oris – o fato de entender o que significava a cor amarela para a época ajuda muito na questão do interligar os contos.
Retiro como conclusão que ao defrontar-se e submeter-se ao Rei de Amarelo (fictícia peça de teatro) leva o ser humano a um estado de loucura, perdição, delírio, que chega ao ponto de influenciar suas decisões. Gostei muito do “O reparador de reputações” e “A máscara”.
Também tive essa percepção que a “A Demoiselle d’Ys” faz a transição entre terror cósmico para algo mais realístico e romântico. O que prevalece é um bando de artistas boêmios e suas aventuras pelas ruas da França.
Não achei um livro fácil de ler e fluir nas histórias, para mim faltou de minha parte um conhecimento maior sobre a França e os fatos históricos daquela época.
“Não zombemos dos loucos, sua insanidade dura mais tempo que a nossa... Eis aí toda a diferença”. p. 54

Gabriela Paulino 21/08/2021

Ler "O rei de amarelo" foi uma experiência bem peculiar. Esperava um outro tipo de terror, confesso, mas isso não interferiu na qualidade do livro pra mim. Na verdade, tive a impressão de que os contos eram mais sobre amores fracassados do que qualquer outro tema. Fiquei surpresa quando finalizei a primeira parte e iniciei a segunda, porque pareciam dois livros completamente distintos, o tom da narrativa é tão diferente que chega a estranhar. Preferi muito mais os contos da primeira parte que os da segunda, e confesso que terminei morrendo de vontade de ler a peça original (que infelizmente não existe ;-;).

Zesielson 13/08/2021

Um compilado de responsa?
Esperava mais, alguns momentos me deixaram com nó na garganta e aflição. As histórias são bem orquestradas, tendo um elemento principal que liga todas elas. Gostei bastante do ? rei dos ratos ?.

yomaeli 06/07/2021

As artes são boas, as histórias possuem criatividade e um elemento comum: o livro que enlouquece todo mundo. Mas no geral é mediano, parece não executar bem o desenvolvimento dos contos. Vou ler a obra original pra ver se continuo com o mesmo julgamento.

Yuririn 26/06/2021

um começo bom pra um final mais ou menos
As primeiras histórias desse livro foram boas, macabras e tudo o mais, mas as últimas já não conseguiram captar muito a minha atenção. Pareceu que nos finais as coisas foram meio forçadas em comparação com as do início que, pra mim, mesmo tendo elementos não muito acreditáveis, fizeram mais sentido e transmitiram mais emoções.

Gui 07/06/2021

A insanidade em sua mais bela forma
Bem, é um livro ótimo, tirando o racismo. Certamente é incrível como uma cor pode mudar de significado com a época, e Hastur já mudou minha ideia sobre amarelo = feliz.

Finalizando, é bom pra quem gosta de lovecraft = )

Mayclos 28/05/2021

Amarelo é cor de corno
O Rei de Amarelo é uma coletânea de contos, pode ser dividido em duas partes, sendo a primeira mais fictícia e a segunda mais pautada na realidade. Porém todos os contos possuem em sua estrutura básica alguns elementos, que sempre se fazem presentes independente de sua intensidade, que são: a dor e a loucura proveniente de ser corno.Os personagens sempre são artistas, oque já deixa claro o uso de drogas e a promiscuidade, obviamente escolheram o cavalete e pincel pra suportar o peso do chifre.
A forma de que o horror aparece é esplêndida, o medo é proporcionado pela loucura que advém da própria cabeça e o Rei de Amarelo sequer é presente no livro.

COVARDE MALDITO

Bruno.Rafael 15/05/2021

Era melhor ter escrito o verdadeiro “O rei de amarelo”
Esse é um livro de contos que remetem a um livro maldito chamado “O rei de amarelo”, onde quem o lê, fica louco. A metade dos contos citam o tal livro amaldiçoado, e a outra metade não, mas é dito que existe ligações entre os dois tipos de contos, o que não é claramente explícito, apenas pelo fato de alguns nomes de personagens e lugares serem os mesmos, com diferenças na passagem do tempo. É um terror cósmico que não assusta em nada, muitas vezes lento e chato. A parte que era para assustar mais, que é os contos onde o livro maldito é citado, não é muito empolgante e os contos onde o livro não é citado são melhores, porém, sem muito brilho, com um ou outro conto bom, mas nada além disso. E os finais são quase sempre anticlimáticos, quebrando o pouco bom enredo do começo e meio dos contos, além de muitos ficarem em aberto, sem uma explicação maior. Levando tudo isso em consideração, era melhor que Chambers tivesse escrito o livro maldito para nós leitores lermos. Tirando a parte de ficarmos loucos, seria bem melhor ler o maldito livro do que ter lido esse infeliz livro. Por isso, era melhor ele ter escrito o verdadeiro “O rei de amarelo”.

Pedroks 03/05/2021

Não funcionou pra mim
Os primeiros contos são excelentes, mas depois decaiu bastante. Não que sejam ruins, só não funcionaram pra mim. Fui com uma expectativa e dei de cara na parede

Daironne 24/04/2021

Impressões sobre a leitura de O Rei de Amarelo
Coletânea de 10 contos em que os primeiros estão diretamente relacionados com uma obra, uma peça, capaz de enlouquecer quem a lê. Os demais contos mudam para um tom realista, embora resguardem relações subjacentes com os primeiros.

Talvez a grande expectativa com a qual adentrei este livro tenha prejudicado minha experiência. Os quatro primeiros contos correspondem ao que esperava, um tom lovecraftiano, mas daí em diante o texto muda para um tom realista seco, focando-se normalmente no dia a dia de artistas. A escrita é muito arrastada, inclusive nos primeiros contos, os que gostei, e o autor chega a descrever detalhes exageradamente.

Recomendo os quatro primeiros contos para quem gosta de Lovecraft, e destes, apenas gostei muito de "A Máscara" e "O Símbolo Amarelo".

manox 04/04/2021

O Rei de Amarelo e a Gênese do Medo
Escrevi um texto sobre esse livro aqui:
https://link.medium.com/FZYhCOuZafb

Agradeço a quem se interessar por ler.

Gnomot13 28/03/2021

Ideia melhor que produção, mas muito bom!
O Rei Amarelo, Hastur e qlqr outro nome uqe esses contos dão a criatura/peça mítica é um conceito, muitas vezes, melhor do que o conceito de Cthulhu, usado na hq verde da mesma coleção. Entretanto, talvez por ser menos conhecido ou ter pouco material para se trabalhar, os contos da hq amarela não são tão impressionantes. A maioria são bons mas desiguais entre si, com alguns fracos e outros impactantes. Uma ótima leitura para quem gosta do terror cósmico que ficou conhecido por Lovecraft e melhor ainda se já abusou de material sobre o Rei Amarelo que existe.

herbert.goncalves 19/03/2021

isso é brasil, porra!!!
hq 100% brasileira com vários talentos dissecando a obra do chambers. macabro, lindo e com imagens perturbadoras. minhas expectativas foram supridas, vale demais dar uma lida nessa maravilha.

site: https://filmow.com/usuario/herbert_

Edgar Augusto 13/03/2021

Bom no começo, mediano no final
Robert W. Chambers é considerado um dos precursores do horror cósmico, gênero popularizado por H. P. Lovecraft. Os primeiros quatro contos da edição mostram os perigos e os efeitos sobrenaturais de se ler o livro do título, que se trata de uma peça de teatro amaldiçoada. Os demais, embora sejam boas narrativas, não traduzem o mesmo contexto. A obra explica por que eles estão presentes ali e sua função, apesar de que isso poderá desanimar um pouco daqueles que, como eu, queriam mais conteúdo sobrenatural (minha leitura dos últimos contos foi bem arrastada para ser sincero). Mesmo assim vale a pena e a edição é linda.

Gabriel 27/02/2021

Então...
Comecei o livro depois de muito tempo a vê-lo em prateleiras em várias lojas. Então resolvi comprar um exemplar.
É um livro sobre contos (o que me interessa muito) e além disso tem aquele mistério de uma peça que quem a lê acaba ficando louco.
Amei os primeiros contos, principalmente o "Emblema Amarelo" que, de longe, foi o meu favorito.
Mas apenas a primeira metade do livro tem contos que são ligações diretas com O Rei de Amarelo e na segunda parte há contos com várias notas de rodapé que mostram uma possível ligação com a peça do Rei de Amarelo.
No geral, pra quem gosta de contos de mistério e histórias de amor do século XIII, é uma boa pedida.