Aninha 01/06/2014Cansou de escrever?Se eu fosse enfartar, provavelmente seria pela demora do lançamento de Réquiem pela Editora Intrínseca. Já fazia muito tempo que o último livro da série tinha saído nos EUA e mesmo assim a editora nos fez esperar 1 ano inteiro para lê-lo traduzido. Finalmente quando saí fui correndo comprar para começar a ler.
Depois do final bombástico de Pandemônio, quando Lena encontra Alex novamente, não via a hora de saber como iria se resolver esse triângulo amoroso, formado pela protagonista, Alex e Julian Finemam, filho do ex representante da ASD (America sem deliria). O começo de Réquiem deixa uma tensão no ar, uma curiosidade ao não tocar sobre o assunto do triângulo e nos deixa envolvidos na luta pela sobrevivência do grupo de Inválidos de Lena. Revemos Graúna, Prego, Pique e outros e sua longa fuga para um lugar mais seguro, mas eles descobrem que não há mais lugar seguro, então é hora de lutar.
No segundo capítulo temos uma surpresa ao descobrir que o livro também é narrado por Hana, que já foi curada e está se preparando para o grande casamento com o filho do prefeito Hargrove. Descobrimos também que talvez a cura de Hana não tenha dado completamente certo, já que vive lembrando como era sua vida antes da cura, os dias ensolarados com Lena.
O livro segue com capítulos intercalados entre Lena e Hana, cada uma com a sua luta diária, Lena pela vida e tentando entender porque Alex a ignora e Hana fazendo passeios por áreas proibidas e tentando descobrir o que afinal afastou Cassie, a primeira mulher do seu futuro marido, dele. Há até dúvida se tudo mesmo vale a pena, por parte de Lena, pois ela fugiu para ser livre e poder amar, mas no final das contas vive com um grupo sendo perseguido e sem paz. Não há muita ação durante o livro, nenhuma revelação, nada que faça parecer que a luta entre um lado e o outro seja contra e a favor do amor.
O final simplesmente pareceu que foi esquecido, é como se a autora tivesse acabado o livro no meio e falado: Vou terminar no meio dessa cena, cansei de escrever. Fiquei decepcionada, pois tenho certeza que mais 100 páginas poderiam fazer um ótimo desfecho para o livro. Não curti essa coisa de ficar subentendido nessa estória, afinal os personagens estão no meio de uma guerra, e qualquer coisa pode acontecer. Eles estão lutando e a autora definitivamente quer passar a mensagem de que precisamos lutar pelo que queremos, mas achei tudo muito vago. Não odiei o livro, mas não achei nem um pouco a altura para um bom desfecho de série. Depois de dois livros tão bons, como Delírio e Pandemônio, me pergunto o que aconteceu com Lauren Oliver.
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http://leitorax.net/resenha-requiem-lauren-oliver/