Ryan 02/05/2021
Asimov acerta novamente, mas não da forma esperada...
Sendo o segundo livro de uma trilogia, o mínimo que se espera de "O Sol Desvelado, é que ele seja a cola que une o universo criado e seus personagens, e nos instigue para a aventura final de nosso protagonista Elijah Baley, no livro "Os Robôs da Alvorada". Contudo, a trama se apresenta muitas vezes de forma cansativa e prolongada, ao mesmo tempo em que um assassinato misterioso é desvendado em uma investigação oscilante (às vezes desinteressante) e um desfecho pouco convincente.
Apesar dos garranchos narrativos, os personagens são bem desenvolvidos e os diálogos geram reflexões sobre nossa sociedade e, acima disso, sobre o nosso futuro.
E é aí que Asimov se mostra o grande visionário que era, nos apresentando conceitos muito a frente de seu tempo (como videoconferências, distanciamento interpessoal, engenharia genética...), tendo na mensagem final do livro o maior momento de reflexão.
Por um momento achei que o "bom doutor" havia me perdido em sua história, mas o escritor conseguiu me resgatar nos últimos capítulos. E que venham os robôs da alvorada...