Mayara 30/12/2021
E vamos de um conto de Natal
Esse livro me trouxe diversas reflexões ao longo de sua leitura, eu não me considero uma pessoa muito adepta ao Natal por muitas questões, mas sei que trago no coração muito do que devia caracterizar essa data: a empatia, o amor, a gratidão, a caridade e a fé nas pessoas e por isso, digo que durante a leitura, é perceptível a essência do que é o Natal (ou deveria ser). E foi ótimo ler ele em companhia de uma amiga que amo tanto, Julis, você fez tudo. Obrigada por me incentivar.
A narrativa passa pela história de Scrooge, um velho ranzinza que não vê motivo para celebrar o Natal e acha isso uma grande palhaçada, além disso é uma pessoa avarenta e apegada aos bens materiais, esquecendo muitas vezes da humanidade que o cerca. Nesse contexto, uma aparição o vislumbra e faz com que ele passe por uma experiência de transformação. É muito interessante que desde o primeiro contato, não necessariamente com os "espíritos natalinos", Scrooge retoma à raiz do que é ser humano, antes, uma pessoa gélida e que nada o atingia, enquanto depois da aparição espectral, o narrador menciona "afirmar que ele não se espantou, ou que seu sangue não tomou ciência de uma sensação terrível que desde a infância ele desconhecera, seria uma falsidade". Como sabemos, o medo é uma das respostas do corpo humano para situações de perigo, um dos nossos traços mais inatos, mas que para Scrooge, não existia. A partir desse ponto, na minha leitura, eu sabia que podia esperar grandes transformações do Scrooge e no fim da leitura, vi que não estava errada quanto a isso.
Vale muito a pena a leitura e entendo agora o motivo de tantas pessoas amarem esse livro. Além do mais, é um clássico que moldou a sociedade em relação ao Natal.
Esse conto tem a capacidade de aquecer os corações mais gélidos e por isso, finalizarei esse texto com uma frase que caracteriza exatamente isso: "Seu próprio coração ria, e isso já lhe bastava".
Que o espírito natalino faça morada em seu coração todos os dias de sua vida.