Grandes esperanças

Grandes esperanças Charles Dickens




Resenhas - Grandes Esperanças


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Ket 10/01/2022

Meu querido menino
Assim como David Copperfield esse livro me surpreendeu. Ver Pip, personagem principal, crescer, ter as próprias ambições, paixões e suas grandes esperanças é o que faz os "romances de formação" serem únicos (e meu gênero literário favorito).

Nunca vou esquecer da humildade do meu querido Joe, da compaixão que senti pelo Provis e pela curiosidade de saber quem era o benfeitor do Pip.

Esse livro desperta grandes sentimentos, grandes amores e grandes esperanças. Não poderia ter dado menos estrelas!

Vale a pena cada página.
Marcondes 10/01/2022minha estante
?




Praça 19/09/2022

Muito bem escrito, mas é uma leitura que cansa até mais ou menos metade do livro ( o que é bastante ). Porém tem uma série de lições muito ricas pelo livro, principalmente o final, que é bem emocionante.
Rafa 20/09/2022minha estante
entendi!! Sua resenha me instigou!




André Vedder 09/05/2021

Esperança renovada
Minha primeira leitura de Dickens e ao término dela saio com a alma renovada.
O autor tem uma escrita muito boa e fluída, e a história em si é maravilhosa. Mas para mim o ponto alto do livro são seus personagens, desde o principal aos seus coadjuvantes, pois ninguém ali está por acaso, para criar narrativas paralelas ao enredo, e sim para acrescentar humanidade e brilhantismo à obra.

"Em suma, fui covarde demais para fazer o que eu sabia ser certo, tal como fora covarde demais para evitar fazer o que sabia ser errado."

"Foi para mim um dia memorável, pois ocasionou grandes mudanças em mim. Mas é assim com todas as vidas. Imagine que um determinado dia fosse eliminado de sua vida, e pense em todas as consequências que isso teria sobre o resto dela. Para e pensa, tu que me lês, por um momento, na longa cadeia de ferro ou ouro, de espinhos ou flores, que jamais te teria cingido, não fosse a formação do primeiro elo num dia memorável."
Henrique Fendrich 09/05/2021minha estante
Livro maravilhoso!




Lela Tiemi 14/07/2013

Pip é um menino órfão criado por sua irmã mais velha, Mrs. Gargery e seu marido Joe – um ferreiro simples e humilde. O menino encontrava-se resignado aos passos de Joe, com um futuro como ferreiro até conhecer Miss Havisham e sua filha adotiva Estela, por quem Pip se apaixona.

Miss Havisham, que após ser deixada pelo noivo no dia de seu casamento, vive trancafiada em sua casa onde o tempo parou – os relógios marcam o horário em que seu coração partiu, o bolo e os preparativos da festa e Miss Havisham ainda com seu vestido de noiva, tudo estava como no dia em que sua grande decepção ocorreu. As intenções de rica excêntrica e amargurada senhora não é a das melhores. Ela cria e educa Estela com a cruel intenção de se vingar, para partir o coração de alguém como o seu foi quebrado. Por se sentir rebaixado por Estela por conta da posição social que se encontra, Pip envergonhado por seu futuro como ferreiro, por sua família e seu grande amigo Joe e seu baixo grau de instrução, deseja então em um dia tornar-se um cavalheiro.

Um dia seu sonho é financiado por uma pessoa que prefere manter-se no anonimato e Pip deixa Joe, Biddy, a cidade onde nasceu para se submeter às regras da aristocracia inglesa. Assim, a vida de Pip muda completamente.

Nunca antes degustei tanto um livro. Li sem pressa, deixando-me envolver e transportar para dentro do cenário um tanto melancólico que Dickens magistralmente criou, não desejando que chegasse ao fim. Foram dois meses tentando prolongar a leitura para que não terminasse. "Grandes Esperanças" é uma leitura obrigatória!

Dickens criou personagens incríveis que expressam sentimentos reais, que passam por dores que levam a loucuras; e ansiedades seguidos de receios, sofrimentos; e todo o desalento que a expectativa de uma mudança tão desejada que ocorre com a consequência de deixar para trás pessoas queridas. Nossos heróis, Pip e Estela são cheios de defeitos; tomam decisões erradas. Às vezes por amor, às vezes por orgulho. E, só resta ao leitor perdoá-los, pois nos vemos ali. Os personagens são tao humanos que em algum momento, de alguma forma, nos encontramos na história.

Da metade para o final a história torna-se mais emocionante, e Dickens criou um incrível desfecho ao livro. Chorei e também ri ao acompanhar toda a vida de Pip. Criei diferentes graus de vínculos com cada personagem: Pip, Joe (em especial), Estela, Biddy, Miss Havisham, o condenado Magwitch... Vou sentir falta de todos eles, mas conforta saber que o livro está ali na estante a um braço de distância para quando a saudade apertar.
Carol Frizzera 05/07/2014minha estante
Estou com esse livro aqui há uns meses. Mas após ler sua resenha vai ser o próximo da minha lista!!! Vou curti-lo muito!!!




Glétsia 02/06/2017

Grandes Esperanças – Charles Dickens
Um livro contemporâneo ao último que li (Úrsula- 1859) e percebo um traço em comum: a agressão do homem sobre a mulher. É o primeiro livro que leio do autor e só posso dizer que ele escreve com primazia da palavra e dos sentimentos. Monta um enredo que te envolve e te deixa ansiosa a cada virar de páginas. Estudando um pouco sobre a vida do autor pude notar traços de sua história: trabalho infantil; divórcio; prisão por dívidas; amor que não se estabelece, inicialmente, pelo desprezo da mulher almejada, por o homem não corresponder aos anseios sociais dela, mas que tal fato o estimula ao crescimento ,e mais tarde, essa relação se estabelece; dentre outros. É uma história de redenção moral muito bem costurada por Dickens. Consegue com perfeição deixar o leitor consciente da natureza capitalista e de suas vis armadilhas.
“Imagine que um determinado dia fosse eliminado de sua vida e pense em todas as consequências que isso teria sobre o resto dela”. (p77)
Tania.Lima 05/06/2017minha estante
Quem é então o benfeitor ?




Carina 11/09/2013

A formação (e deformação) de um caráter
O livro se encaixa no gênero "romance de formação", tão típico do Romantismo. Nele, podemos acompanhar os personagens desde a infância e ver como se constrói o caráter de cada um. No entanto, neste livro de Dickens, a grande diferença é focar a degradação moral do protagonista ao longo dos anos.

A parte inicial do romance é narrada pelo ingênuo Pip, criança órfã criada sob violência e em condições extremas de pobreza. Assim, ao percebermos a fragilidade do personagem, logo nos encantamos e identificamos com ele. Contudo, a vida do protagonista é subitamente transformada quando uma senhora rica da região (Sra. Havisham) decide convidá-lo para frequentar sua casa. Ao ser inserido em um ambiente de luxo, Pip (assim como Adão expulso do paraíso) se dá conta de sua nudez - a falta de estudos, de recursos, de cavalheirismo.

O objetivo central do personagem - e pelo qual ele porá a perder toda a sua virtude - passa a ser tornar-se um homem de posses, educação e refinamento. E, conforme Pip vai adotando opções incorretas (como renegar sua família de origem) em nome do dinheiro, o leitor também se questiona até que ponto não tomaria as mesmas decisões do protagonista. A identificação com a crítica à moral burguesa é quase inevitável, sendo, também, o grande triunfo da obra.

Trechos:

"Pense num dia qualquer, e o subtraia, e veja que, sem ele, sua vida teria um rumo inteiramente diferente. Faça uma pausa, você que lê estas palavras, e, por um momento, pense na imensa corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que talvez jamais o tivesse encadeado, não fosse a formação do primeiro elo de um dia memorável."

"No pequeno mundo em que vivem as crianças, seja quem for que as crie, nada é percebido com tanta intensidade, e sentido com tanta intensidade, quanto a injustiça."
Raiza 11/10/2013minha estante
oi,,poderia me dizer qual o capitulo da passagem : Eu amei contra a razão, contra a promessa, contra a paz, contra a esperança, contra a felicidade, contra todo o desencorajamento que existe.




murilo 04/03/2011

Nunca escondi de ninguém que a literatura inglesa é uma das minhas favoritas. Ela foi o berço de alguns dos meus mais estimados escritores e de livros que são os melhores que já li na minha vida. Entre os escritores ingleses que mais gosto está um romancista de origem humilde, que se serviu de seu talento para mudar de vida. Não conseguiu apenas isso (ficou rico), como se transformou no maior nome literário de sua época, lido e admirado por quase todos os seus conterrâneos. Das crianças aos idosos, dos analfabetos aos mais instruídos (era comum uma pessoa ler em voz alta para seus parentes), do mais humilde trabalhador até à rainha da Inglaterra. Firmou seu nome e o de seus personagens no imaginário coletivo para todo o resto da eternidade: Charles Dickens. Até mesmo quem nunca o leu já ouviu falar de seus personagens mais famosos. Scrooge, Oliver Twist, David Copperfield.
Em um tempo em que a Revolução Industrial penetrava na vida dos ingleses, a distância entre a capital e o interior diminuía cada vez mais com a crescente construção de ferrovias por todo o país, a baixa do analfabetismo praticamente para zero, as pessoas liam inúmeros jornais. Estes, numa época em que não existia rádio e muito menos televisão, eram os únicos meios de informação para a população. Eram muitos, a concorrência enorme, e eles precisavam vender bem para se manter em publicação. A solução encontrada por muitos deles foi o romance-folhetim, uma história publicada em capítulos semanais ou mensais que fosse capaz de prender os leitores com uma boa história, cheia de mistérios, romance, reviravoltas e pontos altos do enredo que ficavam sempre para o próximo capítulo. Enquanto os livros eram extremamente caros, verdadeiros artigos de luxo os jornais eram baratos. As mais pobres famílias podiam se reunir em volta da fogueira para descobrir o que ia acontecer com seus queridos personagens. Dentre todos os ingleses que se enveredaram por essa área, Dickens foi um verdadeiro mestre. Suas obras viravam sucesso nacional e conversas em rodas de amigos.
Em 1861, Dickens já era a figura literária viva de maior prestígio da Inglaterra e tinha publicado muitos dos seus mais consagrados livros. Entre estes, Um Conto de Natal, uma das difundidas histórias da literatura e uma das poucas histórias de Natal que vale a pena acompanhar, seja em quadrinhos, filme ou em desenho animado. Mas foi nesse ano que ele lançou o livro que muitos consideram como sendo o seu melhor, Grandes Esperanças.
Pip é um pequeno órfão que foi criado por sua irmã e seu cunhado ferreiro José. Um dia, ao ser chamado para ir à casa de senhorita Havisham, a pessoa mais rica da cidade, sua vida muda por completo. Lá conhece Estela, a filha adotiva de senhorita Havisham. Ela era a garota mais bela que seus olhos já haviam visto. E também a mais fria, orgulhosa e cruel. Nenhum momento com ela lhe trazia felicidade. Ela apenas lacerava seu coração, o fazia se sentir o mais desgraçado dos homens. Não havia dia em que não se achasse grosseiro, rude, vergonhoso de suas roupas gastas e da sua humilde casa. Um minuto com Estela era um minuto de sofrimento, mas como ele ansiava por ele! Sua única chance de ficar com ela era se tornando um cavalheiro de avultados bens. Logo ele, um mero aprendiz de ferreiro. Então, sem sombra de aviso, ele se torna herdeiro de uma pessoa de grande fortuna que prefere que Pip não tome conhecimento de seu nome. Logo Pip parte para Londres para se tornar um verdadeiro cavalheiro e assim poder se casar com Estela.
Grandes Esperanças guarda algumas semelhanças com as obras anteriores de Dickens. O jovem órfão, a representação dos defeitos do sistema judiciário, as críticas moderadas ao Sistema Capitalista (Dickens não poderia, nem se quisesse, criticar duramente um sistema que o fez ascender tanto socialmente). Quando Dickens começou a publicar os seus romances Londres tinha mais de um milhão e meio de habitantes, devido à explosão demográfica e a um êxodo rural que expulsava os camponeses. A indústria têxtil serviria de emprego para estes espoliados. O trabalho infantil torna-se uma das características mais pungentes da economia inglesa. Dickens explora estes problemas, mas nunca assumindo a posição de revolucionário. Seus personagens conseguem melhorar de vida, como Pip, mas nunca devem à justiça social, e sim a meros acasos.
Mas essas pequenas críticas são apenas pequenas camadas dentro de Grandes Esperanças. Um das principais causas do sucesso de Dickens, se não a maior, está apenas em uma coisa: seus personagens. Ele sabia mais do que ninguém que o primeiro passo de uma boa história é ter bons personagens. Criador de tipos únicos, ele deu a vida a muitos dos personagens marcantes da literatura. Pio não deixa nada a dever a Scrooge, Oliver Twist e outros personagens seus de sucesso. Ele não é o típico protagonista perfeito. Comete erros, vê assim como uma pessoa de má índole e gasta seu dinheiro desmedidamente. Acumula cada vez mais dívidas enquanto arrasta seu melhor amigo, sem querer, para o fundo do poço financeiro. Os outros nomes da história não ficam atrás. A mera presença de Estela já enregela os leitores com seu coração de pedra. Sabemos que ela não tem culpa de ser assim, que é culpa da educação que recebeu, mas nunca sabemos o que ela realmente pensa da idéia de atrair os homens com sua beleza apenas para feri-los com seu desprezo. José é como um eterno garoto que não perde sua inocência mesmo depois de adulto. É em toda a sua ignorância o mais sábio e nobre dos homens, incapaz de se queixar de alguma coisa. Não vou ficar aqui falando de cada personagem, mas todos são únicos. Eles têm seus próprios cacoetes e bordões, defeitos e momentos ridículos. Em alguns momentos fica até difícil acreditar que Dickens não se inspirou em nenhuma pessoa real, tendo principalmente como base para seu trabalho sua inesgotável criatividade.
A linguagem de Dickens é rebuscada e cheia de um humor leve e próprio. Nada que te faça rir às gargalhadas, apenas um sorriso no canto da boca. Na mesma medida é a sua capacidade de provocar outras emoções nos leitores. Tudo é comedido, Dickens escreve como um cavalheiro que nos oferece uma taça de vinho enquanto nos conta a sua história. A narrativa em primeira pessoa de Pio nos torna seus mais íntimos amigos, dispostos a provar cada angústia, medo e sofrimento pelo qual ele também passa.
Para os dias de hoje, Grandes Esperanças pode ser considerado um romance dotado. É claro que isso é mais do que natural para qualquer clássico, ainda mais para um romance com quase 150 anos. As coincidências improváveis, as reviravoltas atrás de reviravoltas, que serviam pra manter acesa a chama do interesse dos leitores e movimentar as obras não só de Dickens, mas de Alexandre Dumas e tantos outros. O objetivo de Charles Dickens não era alcançar o realismo, era o entretenimento. Pretendia, de certa forma, recuperar o espírito do romance gótico e das novelas picarescas que lia na sua juventude. Além disso, sempre que escrevia uma história mais verossímil a recepção do público era fria, indiferente. A própria vida do autor parecia irreal. Um garoto pobre, com o pai preso mais de uma vez por dívidas, que se tornava rico.
Dickens consegue ser, até hoje, um dos autores ingleses mais lidos do país. Ele já teve quase duzentas adaptações para o cinema e centenas no teatro. A língua inglesa ganhou alguns neologismos à sua conta. Gamp é um termo usado na gíria para "guarda-chuva", devido a uma personagem, Mrs Gamp. Pickwickiano, Pecksniffiano, podem ser usadas para se referir ao mesmo tipo de pessoa que as personagens referidas. Tamanha aceitação e fama de Dickens vieram de um misto de talento e trabalho, e mais trabalho árduo. Ele reescrevia diversas vezes o mesmo capítulo, mesmo que estivesse com os prazos praticamente estourando à sua frente. Suas histórias duravam anos sem que se esquecesse de um único detalhe do enredo. Por mais mistérios que incluísse em suas tramas sempre dava um jeito de resolver todos, sem deixar uma única ponta solta. E ainda contava com duas grandes vantagens sobre os leitores. Primeiro, poderia saber a opinião do público antes de terminar a obra. Segundo, seus leitores não poderiam trapacear dando uma espiada no último capítulo para saber logo o que vai acontecer no final. Tinham que esperar pelo final como todo mundo.
O perfeccionismo de Dickens se fazia ainda maior quando os capítulos iam ser reunidos em um só volume, que variava entre 400 e 800 páginas. Ele revia tudo antes de lançar. Cada página, cada linha, cada palavra. Fazendo pequenas alterações, melhorias que não seriam notadas por muitos leitores. Sem todo esse esmero provavelmente ele não seria metade do que foi. Chegou a ganhar até a honra de ser enterrado ao lado de William Shakespeare.
Mas talvez a grande razão do sucesso de Dickens esteja no fato de que ele não escrevia apenas para buscar reconhecimento, dinheiro e fama. Seu principal e grande objetivo era o de todo bom escritor, independente de origem e época: Escrever uma boa história. E isso, Dickens pode se orgulhar de ter feito.
Guilherme 21/03/2011minha estante
A literatura inglea é especial. Enquanto a nossa fala e falava apenas da tal identidade nacional, os ingleses falavam da identidade do homem.




Carla 21/07/2021

As grandes esperanças de Pip
Lido 15 d 2021 ?

??"Grandes Esperanças", de Charles Dickens, é um clássico da literatura inglesa, originalmente publicado em formato de folhetim no "All the Year Round" entre dezembro de 1860 e agosto de 1861. Isso garante uma trama emocionante e viciante do início ao fim.

??Esse livro é um romance de formação (estou a amar ler esse tipo de livro) e é narrado em primeira pessoa pelo Pip, um órfão criado pela irmã e seu marido. O título torna-se bastante explicativo quando um benfeitor misterioso concede uma pequena fortuna ao personagem principal, que abandona sua origem humilde e vai morar em Londres, em busca de suas grandes esperanças. Enquanto o Pip criança desperta compaixão pelo leitor, o Pip jovem tem algumas atitudes que dão raiva, mas isso faz parte da história, que mostra uma pessoa tendo erros e acertos.

??Uma coisa que Dickens sabe fazer com maestria: criar e desenvolver personagens complexos e impressionantes. Nesse livro, os meus favoritos foram Joe (que a imagem na minha mente SEMPRE remetia ao Matthew de Anne with an A), Herbert (amei a amizade dele com Pip), Wemmick, Abel Magwitch... E Estella? A influência da senhora Havisham sobre sua criação e como você passa raiva com ela, mas depois entende suas atitudes.

??Algo que notei (e aconteceu também em Um Conto de Duas Cidades ?) é que lá pelo volume 3, em dado momento, TUDO começa a acontecer e eu simplesmente te não conseguia parar de ler. Todos os personagens foram ligados e uma complexa teia foi formada. Um personagem lá do início volta a ser nomeado e tem importância para a trama. E simplesmente dá um imenso prazer sentir que tudo estava sendo esclarecido. Eu sei que muitos livros são assim, mas eu senti isso de forma intensa nesses dois livros do Dickens.

??Gente, Dickens nasceu para escrever, disso não tenho dúvidas. A questão é que não consigo parar de lê-lo. E enquanto escrevo esse post, já tenho planos para ler Oliver Twist em seguida. Não será surpresa para vocês se eu disser que Charles Dickens entrou para os meus escritores favoritos da vida e eu lamento imensamente que ele já tenha morrido e não possa produzir mais obras como essa.

?LEIAM DICKENS?
Stelinha5 21/07/2021minha estante
Maravilhoso




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Carla 09/03/2016

Surpreendente
De uma leitura fácil e prazerosa. O livro tem personagens sólidos, verdadeiros. Não vemos heróis ou vilões, mas seres humanos, nas suas virtudes e seus defeitos, cometendo erros e corrigindo-os, sendo felizes e miseráveis na mesma proporção. Leitura mais que recomendada!
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Patricia 09/04/2016

Grandes Esperanças narra a estória de Pip. Um humilde garoto órfão que vive com sua irmã mais velha e seu cunhado Joe em uma pequena cidade no interior da Inglaterra. A vida de Pip é bem simples, ele está sendo criado à mão pela irmã e, por não se lembrar de seus pais, ele gosta de ir ao cemitério e imaginar os rostos deles baseando-se nas letras das lápides.
Um dia quando fica até tarde no túmulo de seus pais, Pip é surpreendido por um bandido em fuga. Essa bandido ameaça Pip, diz que ele deve levar comida e uma serra para que o mesmo possa se livrar das correntes. E se Pip não fizer isso, o seu "parceiro" o matará. Por ser extremamente inocente Pip acredita nessa estória e rouba a comida da cozinha da irmã e a serra do seu cunhado ferreiro. A partir daquele momento a vida de Pip começaria a mudar.
Enquanto ainda carregava a culpa desse crime nas costas, ele é chamado para que faça companhia a Miss Havisham, uma mulher extremamente "excêntrica" que vive em uma sinistra mansão. Nessa mesma ocasião ele também conhece Estela, a filha adotiva de Miss Havisham. E desde da primeira vez que conhece Estela, Pip sabe que ele jamais poderia esquecê-la.
O problema é que Miss Havisham sofreu uma grande desilusão amorosa quando jovem e decidiu criar Estela de forma que ela quebre o coração de todos os homens. O que rapidamente acontece com Pip.
Pip sempre manteve uma linda amizade com Joe, seu cunhado. Antes de visitar Miss Havisham, Pip nunca viu qualquer defeito nele e esperava um dia se tornar o seu aprendiz. Mas bastou uma visita para que a visão de Pip mudasse. Bastou sofrer uma vez o desprezo de Estela para que ele começasse a reparar em como era pobre, em quanto Joe era vulgar.

Por mais que ele queira esquecê-la, ele não consegue. Estela o assombra em tudo que ele faz e mesmo após se tornar aprendiz de Joe e de parar de vê-la, a garota não sai de sua cabeça. Para Pip começa a ficar bem claro que ele não pode mudar de vida, mudar o seu destino. Ele começa a se conformar com ser um ferreiro quando tudo muda novamente. Um benfeitor misterioso resolve custear os estudos de Pip em Londres para que ele um dia se torne um cavalheiro. Ele não pode questionar quem é esse benfeitor e ele deve partir em breve. Em Londres ele terá um tutor, Mr. Jaggers, que por acaso é o advogado de Miss Havisham.
E é a partir desse momento que o futuro de Pip começa a ser escrito. Pip deixa para trás a vida pobre no interior e mergulha em um mundo de extravagâncias. Ele começa a mudar quem ele era para que possa se adequar a essa nova realidade. Sempre mantendo o amor e a obsessão que sente por Estela. Ele passa a esquecer de seu passado, sempre focado nas grandes esperanças que o aguardam no futuro.

A narrativa do livro é dividida em três partes e ela sempre segue Pip. A obra como um todo é grandiosa. Ela mostra de forma impressionante como a vida e a personalidade de Pip é moldada pelas pessoas e o ambiente a sua volta. Quando criança, Pip é completamente diferente do que se torna depois que vai para Londres e cresce. Dickens narra os erros, acertos e arrependimentos de Pip da forma mais humana possível. Pois mais do que tudo, Pip é humano e como tal não é perfeito. A mudança de classe o muda também. A estória mostra a realidade daquela época, mas em certos momentos parece que nada mudou, que ainda vivemos como antigamente e estamos sujeitos as mesmas tristezas e alegrias de Pip. Quanto ao romance do Pip com a Estela, ele tem um quê de O Morro dos Ventos Uivantes. Por vezes o livro se torna parado, mas após certo ponto na estória você pega um ritmo, você começa a ler o livro cada vez mais rápido na ânsia de descobrir o final da estória de Pip e dos mistérios que rondam o livro.

Eu li a edição bilíngue publicada pela Landmark e ela é maravilhosa, ela tem capa dura e ainda tem uma sobrecapa para proteção. As letras do livro são menores do que de costume, mas isso é compreensível. Se a fonte fosse muito grande o livro teria o dobro do tamanho e seria mais difícil andar com ele para cima e para baixo (falou a leitora de transporte público!). Além disso, existem também notas de rodapé muito úteis que explicam aspectos culturais da época e que nos ajudam a compreender plenamente a narrativa.
Embora algumas partes merecessem 4 estrelas, a obra como um todo merece 5 estrelas, sem dúvidas. Recomendo esse livro para todos os amantes da literatura. O livro é recheado de citações que você constantemente lê em outros livros, sem saber que na verdade foram extraídas desse. É sempre uma experiência maravilhosa ler um bom e velho clássico, um livro cuja estória atravessou séculos e incontáveis vidas.

site: http://www.ciadoleitor.com/2014/11/resenha-grandes-esperancas-de-charles.html
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Cássio 13/02/2013

O romance conta história de Pip um órfão de família humilde que mora com a irmã mais velha e seu marido Joe, e em um dia acontece na vida de Pip um daqueles acontecimentos na vida de uma pessoa na qual após vivencia-lo a pessoa acaba mudando parte de seu caráter, no caso de Pip ele tem contato com pessoas ricas e passar a sentir vergonha de sua origem e se sentir vulgar por ser pobre. Até que um dia ele recebe uma grande fortuna por parte de um benfeitor desconhecido e acaba virando as costas para sua família e amigos, porém um certo dia após tantos eventos o dinheiro acaba e Pip têm que lidar com sua ingratidão.

Livro Incrível, gostaria de poder verbalizar tudo que se passa no romance mas acho que é muito difícil fazer uma resenha decente para um romance desse porte.

O livro é repleto de cenas implacáveis e emocionantes, tais quais, o sentimento de aversão e desespero de Pip quando descobre que Joe vai visitá-lo a Londres, a vergonha que Pip sente quando ao voltar a sua cidade natal prefere ficar em um hotel do que na sua antiga casa, e a mais impactantes de todas, a clemência e o perdão que Joe tem para com o Pip mesmo após toda sua ingratidão (impagável!!!!!) dentre várias outras cenas que dão um aperto no coração do leitor ao lê-las.
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Radija Praia 13/07/2016

Marcante

Sabe aquele livro que depois que você termina fica a sensação de que sua narrativa te acompanhará pelo resto da vida? Então, "Grandes Esperanças" é um exemplo desse modelo de livro.

Escrito na última década da vida de Dickens, “Grandes Esperanças” (1861) foi amplamente elogiado e universalmente admirado. Até hoje, tanto tempo depois ainda arrebata leitores em todo mundo. E não podia ser diferente, esse livro é uma obra-prima, gente. Sua profundidade e amplitude são surpreendentes.

A narrativa nos apresenta uma historia de aspiração, redenção moral e o efeito da riqueza. Pip, nosso personagem principal, é um jovem órfão, criado por sua dura irmã e seu marido gentil e ferreiro local, Joe Gadgery, que não tem expectativas além de uma aprendizagem profissional na forja.

Crescido em ambiente humilde, Pip cai em contato com a senhorita Havisham, uma solteirona rica que passa a vida se escondendo do mundo, depois do colapso de seu noivado. A senhorita Havisham, cria uma relação entre sua filha adotiva, Estella, com Pip, mas ao perceber um florescer de sentimento da parte de Pip, ela cruelmente corta a relação dos dois e tudo isso se deve a sua frustração amorosa passada.

Apesar de sua condição, Pip sonha em se tornar um cavalheiro. E, de fato, parece que esse sonho está destinado a acontecer, pois um dia, em circunstâncias súbitas e enigmáticas, Pip encontra-se na posse de "grandes esperanças". O advogado indomável, Jaggers, informa Pip, que um benfeitor anônimo forneceu para ele uma quantia para sua formação e avanço na vida.

Pip parte para Londres em busca de se tornar um cavalheiro. Com suas expectativas recém-adquiridas, ele é arrastado para o mundo de riqueza e luxo, e desconsidera tudo de sua vida anterior, principalmente, seu gentil amigo Joe.

Gente, quando eu comecei a ler esse livro eu tinha vagamente uma ideia do que se passaria porque há um tempo eu assisti ao filme, mas a verdade é que mesmo já tendo visto a película, minha experiência de leitura foi extremamente marcante.

Através de uma trama incrivelmente complexa, cheia de relatos e incidentes separados que parecem totalmente alheios um ao outro, mas são todos atrelados e amarrados em linha reta em direção a seu desenlace, Dickens me conquistou. Com personagens totalmente humanos que abrigam emoções muito reais e muito complexas - emoções humanas -, Dickens me ganhou. E tudo isso até o último parágrafo.

Eu me identifiquei e acredito que cada leitor deva se identificar com Pip e sua travessia de vida, porque também compartilhamos dos sentimentos apresentados nessa narrativa. É claro que a história de Pip pode ser diferente da minha e da sua, mas a maravilha aqui é ela ser essencialmente humana, como a minha e a sua é. Para todas as suas emoções e sentimentos complexos e paradoxais, Pip e todos os personagens de “Grandes Esperanças” são figuras reconhecidamente humanas, e esse é um dos motivos que me fez amar desmedidamente cada pedacinho dessa história, que diz muito sobre o que é humano em todos nós.

Um dia desses escrevi que há vezes que você escolhe qual ferro de boi vai te marcar, e diante disso vêm os julgamentos e pesares, seja por meio da nossa consciência ou dos outros. E isso se aplica bem a esse livro. As marcas das nossas escolhas vão seguir sempre com a gente, nada muda isso, mas se erguer acima delas, compreender o que ela simboliza e no que ela nos limita é bem melhor do nos recolher a sepultura.

Finalizo dizendo que recomendo esse livro a todos! É um livro que me causou grandes emoções. Chorei, sofri, sorri, gritei, chorei novamente, sorri novamente... E vocês sabem que é mania de leitor recomendar pra todo mundo um livro amado. Por isso, se você ainda não fez essa leitura, faça! Por favor! É lindo demais! Você não vai se arrepender! Leia! Será como um passeio no sol, eu lhe garanto. É uma narrativa que vai ficar do seu lado para sempre.

@rhadijapraia

site: https://www.instagram.com/p/BHxo8BYAmRc/?taken-by=rhadijapraia
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Júnior 10/01/2013

Magnífico!!!
Uma magnífica história que de tão bem conduzida justifica o título de grande clássico da literatura mundial. Uma leitura leve e saborosa, ainda que muito profunda, em toda sua constituição.

Grandes Esperanças conta a história do pobre e solitário Pip, criado pela irmã mais velha que o repudia e o marido. O jovem começa a alimentar ambições em se tornar um cavalheiro quando, ao frequentar a casa de uma rica milionária, conhece a bela Estella. Suas vontades são satisfeitas quando recebe uma herança misteriosa causando uma grande reviravolta em sua vida e em sua essência.

Narrado em primeira pessoa, o livro primeiro nos faz apiedarmos do jovem protagonista para depois repudiar cada atitude que o mesmo toma para que se torne um cavalheiro. No entanto, talvez o ponto crucial da magia desse romance seja que por vezes não nos sentimos seguro de que não nos identificamos com a mudança de caráter de Pip. O fato de Dickens deixar sempre acesa uma chama de simplicidade e inocência naquele rapaz mantem um laço de identificação com o leitor.

Toda essa áurea é mantida graças à personagem mais enigmática do livro, a bela Estella. Amor platônico de Pip, ela é sem dúvida a base de toda essência do protagonista. É a razão de tudo, o norte da história. Sua presença é tão marcante que chega nos afligir quando a mesma some por diversas páginas. Nos vemos clamando por sua presença. Em determinado momento Pip desabafa:

“De acordo com minha experiência, o conceito convencional de apaixonado não pode ser sempre verdadeiro. A verdade pura e simples é que, ao amar Estella com um amor viril, eu a amava simplesmente por achá-la irresistível. De uma vez por todas; eu tinha a dolorosa consciência, muitas vezes, ainda que nem sempre, de que eu a amava apesar da razão, apesar das probabilidades, apesar da minha paz, apesar das minhas esperanças, apesar da minha felicidade, apesar de tudo aquilo que me desanimava. De uma vez por todas; eu não a amava menos por saber o que sabia, e o que sabia não tinha o menor efeito no sentido de me desestimular; era tal como se eu estivesse absolutamente convicto de que ela era a própria encarnação da perfeição humana.” (pg 327)

Talvez não haja descrição tão realista quanto essa da atração física. E ao fim, perante a grande redenção moral que é a obra de Dickens, mais do que um clímax, uma das emoções maiores talvez seja a constatação de que é Estella a voz da sinceridade, razão e honestidade. É algo que somente quem ler poderá entender esse ponto de vista.

Por fim, cabe aqui ressaltar a ótima edição do livro. Com tradução de Paulo Henriques Britto e notas de Charlotte Mitchell que ajudam a inserção do leitor na Londres do século XIX recriada por Dickens.
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