Grandes esperanças

Grandes esperanças Charles Dickens




Resenhas - Grandes Esperanças


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Henrique Fendrich 24/08/2015

Forçado à gratidão
Sob o mote da gratidão, bem presente ao longo de “Grandes Esperanças”, é possível abordar a trama de Charles Dickens pelo que ela tem de semelhante à de Victor Hugo em “Os Miseráveis”, obra que lhe é contemporânea. Ambas as histórias se desenvolvem a partir de um inesperado gesto de bondade em favor de um forçado que se reconhecia não merecedor. Em consequência, os personagens das duas narrativas tomam decisões que revolucionam as suas vidas. É como se brasas de fogo se amontoassem sobre as suas cabeças, como diz o provérbio. Não obstante, continuam sujeitos à incompreensão dos homens e, principalmente, da justiça.

Mas se a transformação de Jean Valjean foi, antes de tudo, espiritual, tendo como resultado a sua busca por uma vida tão virtuosa como aquela de que um dia se beneficiou, a de Abel Magwitch, o forçado da história de Dickens, voltou-se exclusivamente para a pessoa a quem devia ser grato. Porque um dia lhe mataram a fome, Abel jurou que mandaria ao seu benfeitor o primeiro dinheiro que ganhasse – e, mais tarde, jurou que, se ficasse rico, iria enriquecê-lo também. É quando começam as esperanças do pequeno Pip, personagem central da trama.

Acontece que a motivação para o gesto que deu origem à mudança do personagem também é diferente nos livros de Hugo e Dickens. No primeiro caso, ele nasce dos elevados princípios do bispo de Digne, certamente um dos mais exemplares personagens cristãos da literatura. Já na história de Dickens, ele nasce unicamente do medo. É sob violentas sacudidas e ameaças de cortar o pescoço, alusões a um companheiro que poderia arrancar-lhe o fígado e o coração, e ainda obrigando-o a pedir que Deus o castigasse de morte se não fizesse o que lhe ordenava, que Magwitch extrai do pequeno Pip o ato de bondade que irá tocá-lo intimamente.

É que, além de ver em Pip a filha que um dia teve, o forçado não estava acostumado com a caridade alheia. Abandonado muito cedo, a ponto de desconhecer o próprio nome, viveu uma vida de recorrentes prisões, e pode-se mesmo dizer que cresceu dentro delas. Com esse histórico, ficou com fama de incorrigível. Era visitado por religiosos, mas estes lhe davam livros que ele, como analfabeto, não podia ler, e ainda concentravam os seus sermões no demônio, sem parecer se importar com as necessidades imediatas do forçado que, afinal, tinha fome. O amedrontado Pip foi o primeiro a fazer algo efetivo pela vida Magwitch: deu-lhe de comer.

Como o gesto de Pip não nasceu do amor, mas do medo, ele teve dificuldade em aceitar que a origem das suas esperanças procedia daquele forçado. O curioso é que, com o tempo, também em Pip se opera uma transformação com origem na gratidão. Magwitch, afinal, trabalhou duro para fazer dele um cavalheiro e arriscou a própria vida para revê-lo. E Pip não apenas passou a ver o forçado com outros olhos como, através dele, começou a compensar as faltas cometidas contra as pessoas que queria bem – sobretudo o honesto ferreiro Joe, em cuja casa cresceu.

Embora atormentado pelo sentimento de ingratidão desde o momento em que deixou a sua casa com destino a Londres, Pip só encontrou força suficiente para resolver o conflito quando também ele se sentiu não merecedor de um gesto de bondade. Assim, quando Joe, “homem excelente”, “verdadeiro cristão”, o mesmo Joe que ele praticamente esquecera, veio cuidar dele quando estava enfermo e frustrado em suas esperanças, Pip sentiu toda a vergonha da sua ingratidão. E, como não se passa impune por esse sentimento, buscou emendar a sua vida.

É interessante que, já depois de tomar disposições nesse sentido, Pip sofra acusações injustas de ingratidão por parte de seu parente Pumblechook. Embora aturdido pelo seu cinismo, Pip não defende a sua imagem diante daqueles que presenciavam a cena. Sofre a injustiça, como também sofreu Magwitch em seu julgamento, parecendo deixar a sentença para “Aquele que tudo sabe e não pode se enganar” – este, talvez faça o bem que, afinal, não merecemos.

site: http://deusnaliteratura.wordpress.com
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Nika 21/01/2014

Pip e nossa época de Grandes Esperanças
Não se mede um livro pelo tempo que se leva para lê-lo. O tempo dos livros é uma coisa única, intransferível; envolve o leitor da mesma forma que um relacionamento a um amante. Em alguns casos é arroubo, em outros, amor secreto. Eu costumo ter brigas e nunca mais com alguns livros; depois, sinto saudade, banco a mulher de malandro e volto. Outras vezes, eu preciso de distância, de respiro, e também daquela melancolia que as dores profundas, dos amores insondáveis, causam.

Foram seis meses para completar a releitura de Grandes Esperanças, de Charles Dickens. A edição da Companhia das Letras/Penguin está excelente. A tradução do Paulo Henrique Brito é rica, encantadora e especialmente hábil nas construções das variantes das linguagens populares inglesas do século XIX. A introdução feita pelo Professor David Trotter é um complemento extraordinário (embora, acredito, deva ser lida depois do romance). Então, por que seis meses para completar a leitura? Minhas desculpas são inúmeras: excesso de trabalho, exaustão mental, filho que dorme tarde, filho que acorda cedo, coisas para escrever, exigências profissionais de leitura, etc. Dá para escolher uma ou somar todas. Tanto faz. Há uma outra categoria de desculpas também: o romance é grande e cheio de notas (eu leio as notas); precisa ser degustado, seja na forma de sua escrita, seja na sua ambientação (tão cara ao meu eu historiadora).

Poderia ser tudo isso, e foi tudo isso. Mas houve também algo que só compreendi quando reencontrei Pip em meados de dezembro. Um incômodo, um mal estar, um reconhecimento que me jogou de volta à minha primeira leitura de Grandes Esperanças. O volume pesadão de Dickens ficou tantos meses fechado à minha cabeceira, agora eu sei, não só pelas minhas desculpas grandes ou pequenas, mas por conta desse reconhecimento. Por conta do Pip e do quanto eu não sabia da relação que eu tinha com ele.

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Esta não é uma postagem de resenha, apenas de impressões gerais sobre o livro. É fruto de uma leitura pessoal e, se você estiver buscando na postagem algum guia de leitura, talvez seja melhor parar por aqui. Aos que seguirem, gostaria de explicar as circunstâncias de minha releitura.

Sempre narro que cresci com muitos livros e que meus pais eram leitores. Mas a realidade foi menos romântica do que a frase sugere. Meus pais eram leitores sim, mas meu pai era leitor de pulp: espaçonaves, cowboys, coisas assim. Minha mãe sempre preferiu os livros de filosofia religiosa, auto-ajuda e outros do gênero. Eu, bem, eu lia até bula de remédio. Nenhum deles me guiou a qualquer tipo de leitura ou orientou na escolha das edições ou dos clássicos. Além disso, como a maioria das crianças e adolescentes, eu desconfiava das indicações escolares, quase nunca as seguia. Meu maior indicador de leituras era aquela lista de publicações que as editoras colocavam no fim do livros. Foi assim que cheguei numa coleção da Ediouro que recontava clássicos para juventude. Esse foi meu primeiro contato com Dickens e seu David Copperfield, depois Oliver Twist e, por fim, Grandes Esperanças. Devia ter em torno de 12 ou 13 anos. Assim, tenho passado alguns bons momentos de minha vida adulta a reler estas obras, agora, na sua forma completa, em alguns casos, até na língua original.

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Recordo isso porque, por mais que eu nunca tenha cessado de expressar minha admiração por Dickens – a qual sempre esteve ligada a minha irrecuperável tendência para a esquerda – o fato é que eu não tinha a dimensão do impacto do escritor inglês na minha formação literária. Veja, estou falando de textos que eram recontados, adaptados por bons escritores brasileiros, não das construções originais. Ainda assim, quem sou eu para, por conta disso, diminuir a força de uma grande história. Charles Dickens me orientou em direção ao século XIX, à história e ao desconfortos de viver em nossa civilização. De seus personagens emblemáticos, talvez Pip seja aquele que mais me tenha falado.

Pip é minúsculo. Um herói mesquinho. Sua história, porém, traz em seu âmago o desconforto que os últimos dois séculos de igualdade jurídica nos legaram. Pip sofre da mais absoluta sensação de inadequação. Quando pobre, criado pela irmã e pelo cunhado, ele se vê como alguém inadequado por ter sobrevivido aos pais, por nunca saber expressar corretamente a gratidão que esperam dele, por ser criança e sentir como criança num mundo de adultos. Quando é escolhido para ser o brinquedo de Estella e da Sra. Havishaw, ele passa a sofrer pela inadequação de suas roupas e modos para um mundo que ele pressente ser maior. Então, tudo o que o cerca torna-se pequeno, desprezível, porque todas as coisas que o formam o fazem pequeno e desprezível. Nesse olhar desabonador, está também a percepção de ser muito mais do que o destino se encarregou de lhe legar. Logo, a angustia de Pip é que ele nunca será o bastante para si mesmo. Todos são iguais, professa a lei, mas o que seria alcançar essa igualdade? Para Pip, essa igualdade só começaria quando ele pudesse ser superior a si mesmo e a todas as suas circunstâncias.

As grandes esperanças não são apenas de Pip, que aguarda que a vida melhore por conta de alguma fada madrinha que venha destacá-lo, reconhecer o valor intrínseco que só ele vê em si mesmo. As grandes esperanças são destes séculos novos – o XIX e o XX – que vieram a convencer-nos de que nunca, por mais que façamos, somos o suficiente para nós mesmos. Dickens não traçou apenas um retrato vivo do mundo industrial e capitalista, através de Pip ele foi até a alma das pessoas nascidas desse tempo. Eternamente inconformadas; presas a desejos inatingíveis; carregando, como as bolas de ferro dos forçados, essa insustentável sensação de inadequação ao que a existência lhes apresenta como dado. As ambições de ascensão de Pip são, por conta disso, mesquinhas, egoístas, materiais. Não são diferentes daquelas com que nos confrontamos todos os dias. Pip redecora dezenas de vezes os seus aposentos; Pip deslumbra-se com suas roupas de cavalheiro; Pip sente-se muito dono de si por poder pagar pelo que quer. Usando uma frase ao gosto das redes sociais: todos somos Pip. E também somos Estella, com todo o nosso alto conceito sobre nós mesmos e todas as más escolhas. E somos Sra. Havishaw e seu culto ao passado e aos rancores com o mundo em constante transformação.

Eu poderia falar ainda da romantização do velho Joe, essa pedra angular do romance. Pedra porque imutável, contendo em si toda a simplicidade e decência dos que aceitam o que são e, não nos enganemos, essa é uma virtude que Charles Dickens admira.

Sra. Havishaw

Eu poderia falar da Sra. Havishaw que, para mim, continua a ser uma das mais atordoantes imagens literárias já criadas. O que essa noiva velha, em seu vestido decrépito. ao lado de seu bolo de casamento podre, causa em mim não é menor do que causou quando eu tinha 12 anos. Fantasmagórica e amedrontadora, para mim, ela sempre será uma imagem de pesadelo.

Ainda há Estella e Bidi e o fato de eu nunca ter conseguido simpatizar com nenhuma das duas. Não gosto também do exercício vingativo (me aproprio da interpretação do Prof. Trotten aqui) no destino de Estella ou das recompensas a Bidi, mas não interprete isso como uma crítica ao romance, são reações. As minhas reações ao romance. Sou tão somente a velhinha no fim da fila, a que houve a história e se escandaliza com seus rumos.

Mas, de todos, eu sei, foi Pip que me fez estagnar na leitura. Pip, esse espelho incomodo que Dickens levanta aos seus leitores. Esse garoto cheio de esperanças que envolvem o reconhecimento dos outros e não seus próprios esforços. Esse menino ambicioso, eternamente incompleto, buscando na matéria uma aceitação que não encontra em si. Pip é filho e pai da época que gestou nosso mundo. Sua inadequação e insatisfação são as nossas. Por isso é tão difícil lidar com Pip, e com a melancolia que acompanha o estar com ele.

site: http://nikelenwitter.sul21.com.br/2014/01/pip-e-nossa-epoca-de-grandes-esperancas/
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Iully.Caroline 03/01/2016

Não é a toa que é um Clássico
Uma das historias mais incríveis que já tive o prazer de ler. Creio que todos devem dar uma chance ao livro, por mais antigo que ele seja, a história é atual e envolvente. Leiam.
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Carla 09/03/2016

Surpreendente
De uma leitura fácil e prazerosa. O livro tem personagens sólidos, verdadeiros. Não vemos heróis ou vilões, mas seres humanos, nas suas virtudes e seus defeitos, cometendo erros e corrigindo-os, sendo felizes e miseráveis na mesma proporção. Leitura mais que recomendada!
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Patricia 09/04/2016

Grandes Esperanças narra a estória de Pip. Um humilde garoto órfão que vive com sua irmã mais velha e seu cunhado Joe em uma pequena cidade no interior da Inglaterra. A vida de Pip é bem simples, ele está sendo criado à mão pela irmã e, por não se lembrar de seus pais, ele gosta de ir ao cemitério e imaginar os rostos deles baseando-se nas letras das lápides.
Um dia quando fica até tarde no túmulo de seus pais, Pip é surpreendido por um bandido em fuga. Essa bandido ameaça Pip, diz que ele deve levar comida e uma serra para que o mesmo possa se livrar das correntes. E se Pip não fizer isso, o seu "parceiro" o matará. Por ser extremamente inocente Pip acredita nessa estória e rouba a comida da cozinha da irmã e a serra do seu cunhado ferreiro. A partir daquele momento a vida de Pip começaria a mudar.
Enquanto ainda carregava a culpa desse crime nas costas, ele é chamado para que faça companhia a Miss Havisham, uma mulher extremamente "excêntrica" que vive em uma sinistra mansão. Nessa mesma ocasião ele também conhece Estela, a filha adotiva de Miss Havisham. E desde da primeira vez que conhece Estela, Pip sabe que ele jamais poderia esquecê-la.
O problema é que Miss Havisham sofreu uma grande desilusão amorosa quando jovem e decidiu criar Estela de forma que ela quebre o coração de todos os homens. O que rapidamente acontece com Pip.
Pip sempre manteve uma linda amizade com Joe, seu cunhado. Antes de visitar Miss Havisham, Pip nunca viu qualquer defeito nele e esperava um dia se tornar o seu aprendiz. Mas bastou uma visita para que a visão de Pip mudasse. Bastou sofrer uma vez o desprezo de Estela para que ele começasse a reparar em como era pobre, em quanto Joe era vulgar.

Por mais que ele queira esquecê-la, ele não consegue. Estela o assombra em tudo que ele faz e mesmo após se tornar aprendiz de Joe e de parar de vê-la, a garota não sai de sua cabeça. Para Pip começa a ficar bem claro que ele não pode mudar de vida, mudar o seu destino. Ele começa a se conformar com ser um ferreiro quando tudo muda novamente. Um benfeitor misterioso resolve custear os estudos de Pip em Londres para que ele um dia se torne um cavalheiro. Ele não pode questionar quem é esse benfeitor e ele deve partir em breve. Em Londres ele terá um tutor, Mr. Jaggers, que por acaso é o advogado de Miss Havisham.
E é a partir desse momento que o futuro de Pip começa a ser escrito. Pip deixa para trás a vida pobre no interior e mergulha em um mundo de extravagâncias. Ele começa a mudar quem ele era para que possa se adequar a essa nova realidade. Sempre mantendo o amor e a obsessão que sente por Estela. Ele passa a esquecer de seu passado, sempre focado nas grandes esperanças que o aguardam no futuro.

A narrativa do livro é dividida em três partes e ela sempre segue Pip. A obra como um todo é grandiosa. Ela mostra de forma impressionante como a vida e a personalidade de Pip é moldada pelas pessoas e o ambiente a sua volta. Quando criança, Pip é completamente diferente do que se torna depois que vai para Londres e cresce. Dickens narra os erros, acertos e arrependimentos de Pip da forma mais humana possível. Pois mais do que tudo, Pip é humano e como tal não é perfeito. A mudança de classe o muda também. A estória mostra a realidade daquela época, mas em certos momentos parece que nada mudou, que ainda vivemos como antigamente e estamos sujeitos as mesmas tristezas e alegrias de Pip. Quanto ao romance do Pip com a Estela, ele tem um quê de O Morro dos Ventos Uivantes. Por vezes o livro se torna parado, mas após certo ponto na estória você pega um ritmo, você começa a ler o livro cada vez mais rápido na ânsia de descobrir o final da estória de Pip e dos mistérios que rondam o livro.

Eu li a edição bilíngue publicada pela Landmark e ela é maravilhosa, ela tem capa dura e ainda tem uma sobrecapa para proteção. As letras do livro são menores do que de costume, mas isso é compreensível. Se a fonte fosse muito grande o livro teria o dobro do tamanho e seria mais difícil andar com ele para cima e para baixo (falou a leitora de transporte público!). Além disso, existem também notas de rodapé muito úteis que explicam aspectos culturais da época e que nos ajudam a compreender plenamente a narrativa.
Embora algumas partes merecessem 4 estrelas, a obra como um todo merece 5 estrelas, sem dúvidas. Recomendo esse livro para todos os amantes da literatura. O livro é recheado de citações que você constantemente lê em outros livros, sem saber que na verdade foram extraídas desse. É sempre uma experiência maravilhosa ler um bom e velho clássico, um livro cuja estória atravessou séculos e incontáveis vidas.

site: http://www.ciadoleitor.com/2014/11/resenha-grandes-esperancas-de-charles.html
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Miguel B. 25/12/2012

A maneira que crua, realista e imparcial que Dickens descreve a realidade da Londres do século XIX é simplesmente perfeita!
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Radija Praia 13/07/2016

Marcante

Sabe aquele livro que depois que você termina fica a sensação de que sua narrativa te acompanhará pelo resto da vida? Então, "Grandes Esperanças" é um exemplo desse modelo de livro.

Escrito na última década da vida de Dickens, “Grandes Esperanças” (1861) foi amplamente elogiado e universalmente admirado. Até hoje, tanto tempo depois ainda arrebata leitores em todo mundo. E não podia ser diferente, esse livro é uma obra-prima, gente. Sua profundidade e amplitude são surpreendentes.

A narrativa nos apresenta uma historia de aspiração, redenção moral e o efeito da riqueza. Pip, nosso personagem principal, é um jovem órfão, criado por sua dura irmã e seu marido gentil e ferreiro local, Joe Gadgery, que não tem expectativas além de uma aprendizagem profissional na forja.

Crescido em ambiente humilde, Pip cai em contato com a senhorita Havisham, uma solteirona rica que passa a vida se escondendo do mundo, depois do colapso de seu noivado. A senhorita Havisham, cria uma relação entre sua filha adotiva, Estella, com Pip, mas ao perceber um florescer de sentimento da parte de Pip, ela cruelmente corta a relação dos dois e tudo isso se deve a sua frustração amorosa passada.

Apesar de sua condição, Pip sonha em se tornar um cavalheiro. E, de fato, parece que esse sonho está destinado a acontecer, pois um dia, em circunstâncias súbitas e enigmáticas, Pip encontra-se na posse de "grandes esperanças". O advogado indomável, Jaggers, informa Pip, que um benfeitor anônimo forneceu para ele uma quantia para sua formação e avanço na vida.

Pip parte para Londres em busca de se tornar um cavalheiro. Com suas expectativas recém-adquiridas, ele é arrastado para o mundo de riqueza e luxo, e desconsidera tudo de sua vida anterior, principalmente, seu gentil amigo Joe.

Gente, quando eu comecei a ler esse livro eu tinha vagamente uma ideia do que se passaria porque há um tempo eu assisti ao filme, mas a verdade é que mesmo já tendo visto a película, minha experiência de leitura foi extremamente marcante.

Através de uma trama incrivelmente complexa, cheia de relatos e incidentes separados que parecem totalmente alheios um ao outro, mas são todos atrelados e amarrados em linha reta em direção a seu desenlace, Dickens me conquistou. Com personagens totalmente humanos que abrigam emoções muito reais e muito complexas - emoções humanas -, Dickens me ganhou. E tudo isso até o último parágrafo.

Eu me identifiquei e acredito que cada leitor deva se identificar com Pip e sua travessia de vida, porque também compartilhamos dos sentimentos apresentados nessa narrativa. É claro que a história de Pip pode ser diferente da minha e da sua, mas a maravilha aqui é ela ser essencialmente humana, como a minha e a sua é. Para todas as suas emoções e sentimentos complexos e paradoxais, Pip e todos os personagens de “Grandes Esperanças” são figuras reconhecidamente humanas, e esse é um dos motivos que me fez amar desmedidamente cada pedacinho dessa história, que diz muito sobre o que é humano em todos nós.

Um dia desses escrevi que há vezes que você escolhe qual ferro de boi vai te marcar, e diante disso vêm os julgamentos e pesares, seja por meio da nossa consciência ou dos outros. E isso se aplica bem a esse livro. As marcas das nossas escolhas vão seguir sempre com a gente, nada muda isso, mas se erguer acima delas, compreender o que ela simboliza e no que ela nos limita é bem melhor do nos recolher a sepultura.

Finalizo dizendo que recomendo esse livro a todos! É um livro que me causou grandes emoções. Chorei, sofri, sorri, gritei, chorei novamente, sorri novamente... E vocês sabem que é mania de leitor recomendar pra todo mundo um livro amado. Por isso, se você ainda não fez essa leitura, faça! Por favor! É lindo demais! Você não vai se arrepender! Leia! Será como um passeio no sol, eu lhe garanto. É uma narrativa que vai ficar do seu lado para sempre.

@rhadijapraia

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Thamiris 28/08/2016

Grandes Esperanças
Gostei bastante, tirando um momento ou outro em que o ritmo diminui um pouco e temos o personagem principal analisando em seus sofrimentos. Mas as reviravoltas e o resultado desses sentimentos fazem o livro valer muito a pena.

Como diz a sinopse, Pip foi criado pela irmã e o cunhado. Sua irmã o criou “a mão” como dizem as pessoas que o menino conhece, e dá o mesmo tratamento ao seu marido Joe. Todos elogiam a “educação” dada por ela e o esforço dedicado de criar um irmão pequeno, mas ela na verdade é uma mulher muito bruta e rude. E que pode ter acessos grandes de fúria. Joe sempre tenta aliviar um pouco a vida de Pip e no começo os dois despertam muita pena.

É o próprio Pip que nos conta a história e o começo é bem divertido/trágico com ele contando essa dura infância. Acompanhamos um olhar bem infantil e muitas dúvidas. Ele vive também uma aventura e se vê forçado a roubar comida para um criminoso escondido perto de sua casa. Ele morre de medo de sofrer uma grande represália por isso. Um dia um tio de Joe, um cara de posição melhor e extremamente interesseiro, o chama para brincar na casa de Miss Havisham. Uma senhora que ele nunca viu, então não sabe o que esperar. E nem o leitor, quando nos deparamos com uma senhora vestida com um vestido de noiva antigo que vive enclausurada, numa casa bem escura em que os relógios estão todos parados. Nada é explicado a Pip, então acompanhamos todas as suas percepções e deduzimos que algo trágico deve ter acontecido a ela antes de se casar (seu passado só é revelado depois).

Lá ele também conhece Estella, a filha adotiva de Miss Havisham. E é ela que muda toda a visão de Pip sobre as coisas, ao ser desprezado pela menina ele começa a se sentir inferior e assim também a achar inferior sua casa e suas pretensões. E sentir também muita infelicidade já que nunca terá a menina ao seu alcance. Miss Havisham parece gostar que a menina seja tao esnobe e bela e até se divertir com as reações do menino que volta lá algumas vezes. Até que é dispensado na idade de virar aprendiz de Joe. Ele chega a virar aprendiz mas aparece um advogado a mando de um benfeitor misterioso e ele vê sua chance de se tornar cavalheiro. Ele não pode de forma alguma perguntar quem é ou tentar descobrir quem está bancando sua vida, é a regra. E ele fica achando que é Miss Havisham a benfeitora e começa a te esperanças com Estella.

Esse livro traz uma grande crítica social a sociedade inglesa vitoriana, todos os personagens, ou quase todos, acreditam que a posição social faz com que as pessoas sejam melhores do que as outras. Senti muita raiva ao ver Pip desprezar seu melhor amigo Joe depois de conseguir melhorar seu status. Ele não desgosta de Joe mas também não quer ficar por perto. E o próprio e incrível Joe acredita nisso, tão bom nem guarda rancor de Pip e o trata por Senhor. Ele é muito humilde, mas uma humildade cega também. Outros personagens também vão evidenciar isso.

É claro que com a mudança de vida Pip acha que tem esperanças com Estella, mas ela se tornou uma conquistadora e tem muitos admiradores, mas parece que só quer atormentar esses jovens. Inclusive o próprio Pip. Fica evidente que tem a ver com a criação dada por Miss Havisham, com algum objetivo ruim nisso. Os confrontos entre esses personagens quando certas verdade vem a tona são as partes que mais gostei do livro. Então não posso dar detalhes. Mas Pip aprende a ser um cavalheiro, esbanja dinheiro, faz um novo amigo que o ajudará nessa vida nova e não para de pensar em Estella. Até que há uma grande reviravolta na história que muda tudo completamente e movimenta a trama. E isso vale o livro inteiro.

Não há personagens em vão nesse livro e o autor consegue encaixar tudo brilhantemente na trama. Muitos estão a procura de fortuna e conforto, há muitos interesseiros e alguns golpistas no livro. Sherlock poderia tranquilamente investigar alguns desses. A maioria das pessoas com status não quer se misturar ou ter relação além da socialmente determinada com quem é de uma classe mais baixa. É o considerado “normal”, embora vá pesar na consciência de Pip. Ainda mais quando ele conhece exemplos de pessoas boas de fato. É engraçado que acompanhamos a mente de Pip e muitas vezes ele se arrepende mas não o suficiente para mudar de atitude e comete vários erros. É um personagem que cresce e passa por muitos problemas e dilemas morais até o final do livro e isso o torna muito real. A questão se Pip vai ou não alcançar seu interesse amoroso acaba ficando em segundo plano no interesse do leitor.


site: https://euliouvouler.wordpress.com
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Dani 02/09/2016

Grandes esperanças foi escrito por Charles Dickens em 1861 inspirada na experiência amorosa do autor com a atriz Ellen Ternan e na sua certeza da imutabilidade da hierarquia social refletida no destino de Pip, protagonista da obra.

O menino Pip foi criado pela irmã e pelo cunhado em uma vila com o destino de ser ferreiro como o cunhado e grande amigo, Joe. Mas acontecem fatos que vão alterar completamente o seu destino. Primeiro há um encontro com o condenado fugitivo que o obriga a roubar comida de casa para o alimentar.


Depois Pip é convidado por uma velha e louca senhora rica para brincar na casa dela com sua filha adotiva, Estella. E ele fica perdidamente fascinado pela beleza da menina O encontro com Estella e o orgulho dela fazem com que Pip se envergonhe de si mesmo e da situação em que vive. Na certeza de que a Estella o desprezaria se o visse em sua humilde casa ou trabalhando como ferreiro.


Esse dia foi memorável para mim, pois causou grandes mudanças no meu destino. Mas é assim com todo mundo. Subtraia um determinado dia de sua vida e veja que, sem ele, sua vida teria tomado um rumo diferente. Faça uma pausa por um instante, leitor, e pense na comprida corrente de ferro ou de ouro, de espinhos ou flores, que jamais se lhe estaria ligada, se um certo dia memorável não tivesse formado o primeiro elo dessa corrente.


Pip não é mais feliz e sonha em ter conhecimento e riquezas, tudo o que ele pensa é não ser mais o menino pobre e rude que Estella esnoba.
Como uma mágica Pip recebe o aviso de que um benfeitor anônimo quer que ele seja um cavalheiro e vai bancar todas as despesas. Ele se muda para a cidade e se transforma, ele volta a ver Estella, e está cada vez interessado nela mas não é feliz com ela. Estella parece uma lembrança de que nada nunca será bom o suficiente para ele.

Todo livro é repleto de coincidências, grandes coincidências como Pip fica rico de repente, na cidade Pip faz um amigo, Herbert, que é, na verdade, um garoto com quem ele lutou uma vez na infância. Pip descobre grandes segredos envolvendo o seu benfeitor, a velha senhora rica e o passado de Estella.


Durante todo o tempo em que Pip tem grandes esperanças, ele não é feliz. Ele está sempre esperando no futuro o dia que vai conquistar tudo o que ele sempre quis e vendo essas esperanças se perderem. Um dia Pip vai descobrir que na verdade ele sempre teve o que era necessário para ser feliz, mas ele estava ocupado sonhando com as grandes esperanças e com Estella.

Charles Dickens escreve um livro completo com momentos de humor, muitos momentos de reflexão e final emocionante.

site: http://www.historiaspossiveis.com/
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Vanessa.Issa 29/09/2016

Escolhi esse livro para representar o item "Um livro lançado pelo menos 100 anos antes de você nascer" no Desafio Literário do PopSugar.

Esse é um dos clássicos mais lidos mundialmente. Em alguns países, é leitura obrigatória na escola, ajudando os jovens a aprenderem valores e aprimorarem suas habilidades de interpretação. No Brasil, infelizmente, não costuma ser um livro exigido. Geralmente quem lê é porque realmente se interessou, ou já ouviu falar no autor e correu atrás.

Eu, particularmente, já tinha ouvido falar nele há muito tempo, mas demorei para tomar coragem para ler. Quando penso num livro tão antigo, confesso que me bate uma preguiça enorme, já imaginando uma linguagem de difícil compreensão e muita enrolação. No entanto, notei que essas personagens foram diversas vezes citadas em outras obras que me agradam, até mesmo em músicas, séries de TV e no cinema. Por conta disso, tive muita curiosidade de conhecer a história.

"Grandes Esperanças" é a história de Pip, um órfão pobre que vive no campo. Ele mora com a irmã e o marido dela, Joe, que é ferreiro e seu melhor amigo. No começo, podemos notar as dificuldades da família, que leva uma vida bem humilde, com muitos conflitos entre eles. Um dia, a Sra. Havisham - uma mulher rica - convida o garoto para brincar em sua casa. Lá ele conhece um mundo todo novo, embora se sinta sempre inferior e humilhado pela senhora e por sua filha adotiva, Estella.

O que era para ser apenas uma visita, aos poucos se torna rotina, até que ele se torna aprendiz na ferraria de Joe. Pip começa a trabalhar duro, mas não consegue evitar os pensamento de que sua vida poderia ser melhor se fosse diferente, se ele tivesse mais dinheiro e educação. Ele começa a ter várias expectativas, sobre tudo que poderia estar conquistando em sua vida.

Um pouco depois, ele recebe uma grande herança, garantindo-lhe uma propriedade e estudo. Ele deixa a casa da irmã e passa a se sustentar com suas próprias pernas, morando no estrangeiro e podendo finalmente ter a chance de desfrutar de melhores oportunidades.

Espera-se que tudo seja melhor a partir desse momento, mas não é bem assim que acontece. Aos poucos, ele descobre que tudo tem seu preço. Ter pouco dinheiro é difícil, mas ter muito também lhe traz outros problemas.

A lição que o livro deixa é que as expectativas podem nos cegar em alguns momentos. Perde-se tanto tempo idealizando uma situação, e às vezes quando ela de fato acontece não conseguimos a identificar diante de nossos olhos, pois estamos focados em coisas que nunca vão acontecer. O livro retrata a importância de ter sonhos, de nunca desistir de algo apenas por estar em uma posição inferior; mas também mostra que é preciso ter sabedoria para crescer, sem perder a sua essência.

Em termos de linguagem, achei bem mais fácil do que eu esperava. Gostei bastante da leitura, e me surpreendi com o quão atual essas personagens ainda são. Se eu não soubesse a data do lançamento, não diria que é um livro tão velho.
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Mariana 21/03/2013

De tirar o fôlego....maravilhoso!
Escolhi esta obra como minha próxima leitura ao consultar uma lista dos melhores livros de todos os tempos, eleita por escritores no mundo todo.
Sempre quis ler Dickens, e quando vi "Grandes Esperanças" nesta lista, decidi que seria a hora.

Vi várias pessoas dizendo que ė incomparável, que mudaria sua vida...
E realmente mudou.

Tudo que busco em um livro, personagens interessantíssimos e bem aprofundados, uma história maravilhosa e surpreendente em DIVERSOS momentos, narração de tirar o fôlego.... Nossa, realmente é incomparável!

Para não fazer spoilers e resumir o que quero expressar sobre este livro, vou contar brevemente algo que me ocorreu.
Sempre que leio um livro, ao terminar, conto a história para meu esposo, faço uma breve narração.
Desta vez ele ficou muito interessado, via meu espanto, os olhos arregalados, as paradas para ler e tomar fôlego, e aguardava o término com curiosidade.
Quando o finalizei, nos sentamos e eu contei toda a historia.....E ele se emocionou!!! Imagine se tivesse lido!

Conto isso somente para saberem o quanto o roteiro é maravilhoso.

Totalmente indicado, entra naquelas listas "Para Ler Antes de Morrer."
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Aninha 02/03/2013

Adorável Pip!
"eu era muito covarde para fazer o que julgava correto, e fora muito covarde em não deixar de fazer o que julgava errado." (página 58)

Há alguns meses assisti na HBO a minissérie "Grandes Esperanças" e me apaixonei pela história de Pip, o pequeno órfão, criado pela irmã mais velha e seu marido Joe.

Recentemente, vasculhando minha biblioteca, achei o exemplar editado pela Abril e comecei a devorar no mesmo dia.

A narrativa é feita por um Pip maduro, que recorda sua infância pobre num vilarejo, ao lado da irmã, chata e rabugenta, e do cunhado, um ferreiro bom e ingênuo.

Sua vida muda quando ele passa a frequentar a casa da senhorita Havisham, uma mulher maluca e rica, que foi abandonada pelo noivo no dia do casamento e, desde então, nunca mais tirou o vestido de noiva. Seu papel é não apenas de fazer companhia a esta mulher, mas de brincar e servir aos caprichos maldosos de Estela, a filha adotiva.

"Tão forte foi o desprezo de Estela por mim, que tornou-se contagioso, e eu o peguei." (pág. 84)

Pip sempre teve um bom coração, inclusive quando foi ameaçado por em prisioneiro fugitivo e, mesmo assim, ainda o alimentou, pois percebeu que passava fome.

Muita coisa muda na vida do garoto, que um dia é presenteado com uma fortuna por um benfeitor - que desconhece quem seja - e passa a viver em Londres, como um cavaleiro. Agora, ele pode ter esperanças em ser alguém e conquistar a instável Estela.

Não vou contar mais pra não estragar as surpresas da obra, que não são poucas. Só lamento que a série tenha cortado trechos e personagens tão importantes, como a querida e amável Biddy, a moça que vai cuidar da irmã de Pip, quando esta adoece, e se apaixona por ele.

De qualquer forma, se puder assistir ao filme, depois da leitura do livro, vai se surpreender com a atuação da excelente Gillian Anderson como a senhorita Havisham.

http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/01/grandes-esperancas.html
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Cássio 13/02/2013

O romance conta história de Pip um órfão de família humilde que mora com a irmã mais velha e seu marido Joe, e em um dia acontece na vida de Pip um daqueles acontecimentos na vida de uma pessoa na qual após vivencia-lo a pessoa acaba mudando parte de seu caráter, no caso de Pip ele tem contato com pessoas ricas e passar a sentir vergonha de sua origem e se sentir vulgar por ser pobre. Até que um dia ele recebe uma grande fortuna por parte de um benfeitor desconhecido e acaba virando as costas para sua família e amigos, porém um certo dia após tantos eventos o dinheiro acaba e Pip têm que lidar com sua ingratidão.

Livro Incrível, gostaria de poder verbalizar tudo que se passa no romance mas acho que é muito difícil fazer uma resenha decente para um romance desse porte.

O livro é repleto de cenas implacáveis e emocionantes, tais quais, o sentimento de aversão e desespero de Pip quando descobre que Joe vai visitá-lo a Londres, a vergonha que Pip sente quando ao voltar a sua cidade natal prefere ficar em um hotel do que na sua antiga casa, e a mais impactantes de todas, a clemência e o perdão que Joe tem para com o Pip mesmo após toda sua ingratidão (impagável!!!!!) dentre várias outras cenas que dão um aperto no coração do leitor ao lê-las.
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Lenise 27/11/2014

Crescendo e construindo-se como ser humano digno
Pip é um órfão que é criado pela irmã que o atormenta e o marido, o bondoso ferreiro Joe. Eles vivem em uma pequena cidade do interior.
Na primeira pessoa o menino (Pip) conta como ajudou um foragido da justiça e como foi morar c/a Sra. Havisham e sua protegida Estella que o menospreza e por quem ele inevitavelmente se apaixona.
Pip na idade adulta recebe um alto valor de um benfeitor (que ele não sabe quem é) que lhe permite ir para Londres se tornar um cavalheiro (leia-se janota...)
Ele passa a desprezar sua vida anterior e tudo que lhe lembre pobreza e apesar de sentir-se culpado por isso não consegue evitar esse comportamento...não vou contar mais senão vai estragar o livro.
Muito bom o livro! Sem pieguices! Uma história verossímel contada com incrível bom-humor e espirituosidade. O texto é irônico e cheio de tiradas engraçadas.
Aviso que é um livro bastante antigo então talvez alguns leitores terão dificuldade com a linguagem. Também é bastante extenso!
Mas definivamente valeu a pena ler!
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