Resenhas - Estudo Independente

Natalia.Eiras 20/12/2014

Resenha publicada no blog Perdidas na Biblioteca
Eu tenho a tendência a achar que quando um livro de série começa de forma espetacular, ele tende a cair nos títulos seguintes. Foi assim com Divergente... com O Guia do Mochileiros das Galáxias... e com outras séries que eu já consegui ler.

Quando li O Teste eu realmente me surpreendi muito! O livro não só era uma distopia com um cenário possível, meio pós apocalíptico (que eu adoro) como tinha uma "pegada" de Jogos Vorazes que me conquistou. Eu simplesmente não conseguia para de ler! Era ação, aventura, tensão... o tempo todo. As páginas pareciam que viravam sozinhas!

E então, chegamos finalmente a faculdade...
Mas se você acha que a faculdade será menos perigosa, ou menos mortal do que os testes aplicados para se conseguir uma vaga nesta instituição, você esta enganado.

Este livro é muito mais voltado para as intrigas... saber em quem você pode confiar, mas isso não quer dizer que a autora perca o fôlego. Na verdade, ela acaba dando uma virada na história que acaba deixando o leitor desnorteado ao final deste livro. Se perguntando: "E agora?"

Mas eu comecei esta resenha pelo final... que coisa mais feia dona Natália...
Vamos tentar fazer a coisa direito agora.
Cia, ou melhor Malência Vale, conseguiu chegar na tão almejada faculdade de Tosu City. Porém, ela mantém uma inquietação em relação ao modo como ela conseguiu chegar até este lugar, visto que ela possui uma espécie de gravador onde ela gravou as suas memórias do Teste que todos os aspirantes a estudantes da faculdade, proveniente das colônias, passam para testar suas aptidões.
Só que os relatos contidos nesse gravador são bem alarmantes... e os alunos têm suas memórias apagadas após a finalização dos testes, ou seja, ela não sabe se pode confiar no que escuta ou não.

Porém, os testes ainda não acabaram. Ela ainda passará por um teste que definirá qual a carreira que ela irá seguir pelos próximos 5 anos de faculdade. Cia tem uma grande aptidão para Engenharia Mecânica, porém, para sua surpresa, os testes a enviam para o curso dedicado aos futuros gestores do Governo!!

Ao chegar à sua nova "fraternidade", se é que podemos chamar o grupo que integra o novo curso dela, ela logo percebe que a competição continua. É literalmente um tentando derrubar o outro e os testes para provar que você é o melhor não param. E, é claro, quem dá uma resposta errado é penalizado... com a morte! Mas, os outros alunos não sabem disso... óbvio. Só ela por causa do gravador!
Mui fraternos, non?

Com o tempo, Cia percebe que deveria dar mais atenção ao que a voz do gravador lhe alertou, pois sua ida para o curso de governo pode não ter sido aleatória, já que um grupo de resistência esta planejando derrubar o sistema de Testes definitivamente e pretendem contar com a ajuda de Cia nessa empreitada.
Porém, isso pode ser muito mais perigoso do que ela imagina, e pode colocar em perigo pessoas que ela se importa muito em grande perigo.
Vale à pena arriscar a segurança dos seus familiares e amigos hoje, para salvar as gerações futuras?

Quando eu comecei a ler esta série, a forma como a Joelle escreve chamou muito a minha atenção. Ela dá ritmo a leitura com capítulos dinâmicos, e uma personagem principal muito forte e prática. A autora não te enrola. O que é ótimo!

Você se envolve na leitura e fica torcendo para que Cia consiga se desvencilhar de todas as armadilhas que são colocadas em seu caminho, fazendo com que seja impossível largar este livro também.
Mas se é tão bom assim... por que só quatro estrelas?
Porque quando comparado ao primeiro livro da série, com toda a aventura, o desespero que ele provoca em você, que fica o tempo inteiro se questionando quem vai conseguir chegar vivo até o final do livro, este é inferior, pois tem muito mais a questão de descobrir a verdade, do que propriamente sobreviver a ela.
Só por isso...

Se você é fã de Jogos Vorazes e se sentiu órfão quando terminou a série, pensando que não encontraria outra história capaz de arrebatar a sua atenção... eu posso lhe informar com 1005 de certeza que seus problemas acabaram!
Eis o seu livro!

site: http://www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com.br/2014/09/estudo-independente-por-joelle.html

Nikolle - Paradise Books 07/12/2014

Falhar não é uma opção! - que livro inteligente !!DIOS MIO
No primeiro livro temos um final impactante, Cia consegue passar no Teste, mas depois todos que conseguiram completar o desafio tem suas memórias apagadas.(E AGORA??!!!) Quando descobri que isso vai acontecer com nossa personagem, fiquei doida, porque queria entender o que a autora ia fazer nesta sequência. Mas como Cia é muito inteligente, ela usa um gravador - que ganhou de seu irmão - e ali ela conta tudo o que aconteceu no Teste, em quem ela pode confiar, e quem não pode. E revela todas as coisas horríveis pela qual teve que passar, para chegar na Universidade, e por fim que o Governo criado agora é apenas algo pior.
"Cresci acreditando que nossos líderes tinha aprendido com os erros do passado. Que, pelo menos, os Sete Estágios da Guerra nos ensinaram que a vida é frágil e preciosa."
Agora no "Estudo Independente" Cia está sem suas memórias,(podem ficar tranquilos porque ela acha o gravador sim okay?) e está se preparando para as provas que definem qual área ela irá seguir na Universidade, sua preferência sempre foi Engenharia Mecânica, por causa de suas habilidades, mas ali você não escolhe para onde vai e sim O Governo que te designa para qual área eles acham que você será útil. Assim, é uma grande surpresa para Cia quando recebe o resultado de sua prova.



Quando ela encontra o gravador, consegue acreditar que aquele governo na verdade não é tudo o que as pessoas pensam, e para confirmar todas suas dúvidas Cia faz de tudo para entender o que acontece com quem não é escolhido para nenhum curso após a prova. Depois de entrar na Universidade, nossa personagem também passa por mil obstáculos, pois ali os desafios são maiores, e vão testar mais ainda as suas habilidades e de tudo o que ela é capaz para poder se manter, pois quem falha é "redirecionado", e como Cia não é como todos os alunos ela realmente se lembra de qual é o real significado disso.
"Tentei convencer a mim mesma de que era outro tipo de teste. Não queria acreditar que O Teste matava candidatos que falhassem ou que as pessoas que eu considerava minhas amigas podiam ser capazes de matar.."
Neste livro a autora também nos apresenta novos personagens (que AMEI ♥♥), e dá mais espaço para outros que ficaram um pouco apagados no livro 1. Eu gostei que Joelle manteve a personalidade forte de Cia, o que mais me impressionou é a inteligência e o seu modo de lidar com as situações. Se você gosta de uma distopia com MUITA ação, super te recomendo este livro. A autora te faz entrar na cabeça da personagem nos momentos das aflições, desconfianças e na hora de tomar as decisões, e eu simplesmente fluí nisso tudo. Quero logo a conclusão deste livro, porque quero saber LOGO o que a Joelle vai fazer no fim desta trilogia!!!

site: http://paradisebooksbr.blogspot.com.br/2014/12/resenha-estudo-independente-joelle.html#more

Estela | @euviestrelas 30/11/2014

Favorito
Cia Vale passou no teste e agora está na faculdade, seu maior sonho. Cia quer muito se especializar em Engenharia Mecânica e isso ela deixou bem claro desde O Teste, mas não é ela que escolhe e sim os organizadores do teste, mas antes ela precisa fazer um teste para ser selecionada corretamente para um área que ela se sairá bem.

Cia não consegue ficar tranquila e não é só pelo teste que precisa fazer, há muitas coisas que precisa saber em relação ao teste. Ela vem tendo alguns sonhos que talvez não sejam sonhos e sim lembranças. Lembranças terríveis sobre o teste e ainda tem mais uma coisa, tudo o que ela escutou dela mesma no comunicador de trânsito, será que aquela gravação é mesmo verdade? Que todos os seus colegas foram capazes de fazer coisas horríveis para chegar onde estão? E Thomas? Será que ela pode confiar nele ou deveria ter dúvidas sobre ele? Só há uma maneira de Cia descobrir se tudo o que ela gravou é mesmo verdade, ela precisa saber o que é ser redirecionado, se é realmente o que dizem ou se pode ser outra coisa...

"[...] Como posso ficar e estudar sabendo que tantos morreram ou desapareceram? Fazer isso seria como dizer que a vida deles não importa. Que o doutor Barnes e seu pessoal têm o direito de escolher não apenas os líderes, mas quem vive e quem morre.
Ele não tem.
Eles não têm.
Ninguém tem." (p.37)

Palavras não expressam o quanto eu estava ansiosa para ler Estudo Independente, terminei O Teste querendo muito mais e assim que chegou em casa eu comecei a ler. Temos a mesma Cia experta e determinada de O Teste, ela vai fazer de tudo para descobrir a verdade e tentar não fazer coisas que considera errado e desumano.

Contamos com vários personagens que já conhecemos, vários novos e também, é claro, muitos testes. O livro segue basicamente o mesmo modelo do primeiro em termos físicos, folhas amarelas, letras em tamanho bom, o mesmo efeito na capa e no começo dos capítulos. Só achei a leitura um pouco mais pesada, eu sempre tinha que parar de ler por um tempinho, não conseguia ler direto, mas dava intervalos curtos e logo já voltava a ler. Foi um livro que me surpreendeu bastante, não sabia muito o que esperar dele e eu realmente não esperava por tudo o que aconteceu, ele conseguiu manter o nível do primeiro e continuou deixando-nos desconfiados de tudo e todos. Não vejo a hora de saber como termina essa série e espero muito que A Formatura mantenha o nível dos outros livros, posso aformar que a série tem tudo para ser melhor que muitas distopias e se tornar a minha favorita. Super recomendo a leitura e lembre-se "Falhar não é uma opção".

site: http://estantedecristal.blogspot.com.br/2014/09/resenha-estudo-independente-joelle.html

AndyinhA 15/11/2014

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Continuei tendo problemas com a narrativa da autora e dessa vez senti que foi pior que o anterior, pois aqui não temos muita ação e/ou movimento, como antes, a história deu uma parada, digamos assim e com isso eu levei muito mais tempo na leitura do que gostaria ou tinha levado no livro anterior.

Muita gente deve se perguntar, então porque leu? Distopia não é meu gênero favorito, mas a autora soube sair daquelas coisas chatas de mimimis que estão presentes nas distopias e colocar um ar fresco, então como o enredo do livro tinha sido legal e aqui ele ainda segue alguma linha disso, achei que valia continuar insistindo.

Além do problema com a narrativa, senti que a falta de ação e as descrições detalhadas ao excesso, principalmente em coisas aleatórias me esgotaram na leitura, temos alguns momentos de ação, mas como Cia está na busca para entender o que de verdade é o Teste e quem pode estar por trás disso, esse livro é mais ‘investigativo’ do que algo com muito movimento.

Eu gosto da personagem Cia, a questão de detalhar tudo não é uma culpa dela e sim da autora em seu jeito de narrar, mas vi que a personagem melhorou, começou a levar o tal conselho ‘não confie em ninguém’ mais a sério, aquele ar sou boazinha como um anjo e nunca farei nada mesmo que você me mata sumiu aos poucos e ela entende que se ela não se defender pode acabar morrendo.

Para saber mais:

site: http://www.monpetitpoison.com/2014/10/poison-books-estudo-independente-joelle.html

Clã 05/11/2014

Clã dos Livros - Estudo Independente
Estudo Independente é o livro 2 da trilogia Distópica O Teste.

"Foi uma semana depois do Teste. (...). Eu estava vivendo o sonho de seguir os passos do meu pai. Tudo era possível, principalmente com Tomas segurando forte a minha mão na dele."

Malencia passou pelo Teste e agora está na Universidade junto com Tomas.
Apesar de não lembrar de nada do que aconteceu, está feliz com as novidades e os novos desafios. Até que encontra o Comunicador de Trânsito de seu irmão e estranhamente vê nele o símbolo do Teste, é então que ela descobre. Após ouvir sobre as atrocidades e mortes que aconteceram no período do Teste, Cia fica alerta e começa a observar tudo e todos, questionando as palavras gravadas com sua própria voz.

"Semana após semana, mês após mês, tentei fingir que o que o dispositivo tinha revelado não era real."

Dúvidas enchem sua cabeça, mas o temor do que aconteceu e do que pode acontecer, guia seus novos passos. Será que Tomas se lembra de algo? O dispositivo a alerta para algo que Tomas fez. Será que pode confiar nele?

"Tomas confia em mim, mas não tenho certeza de poder retribuir a confiança. Nem em mim mesma, nem nele ou em qualquer coisa."

Todos os calouros precisam passar por provas que vão definir sua aptidão e a área para qual serão designados. Logo após, eles precisam passar por uma iniciação, que é eliminatória. Os que não conseguirem serão redirecionados ( leia-se eliminados ). Essa parte lembra muito o período do teste, porém os grupo tem charadas para desvendar e pontos acumulados pela ordem de chegada.

Cia faz novos amigos e também ganha novos inimigos, sempre atenta aos alertas deixados por ela mesma na mensagem gravada no comunicador.
Ela sente que precisa se manter próxima de Tomas, mas nem sempre consegue, pois eles precisam manter certa distância para não atrair atenção dos professores.

A trama mantém o mesmo ritmo, mas com menos mortes, já que todos estão agora estudando. Mesmo assim as pressões em cima da personagem são enormes. Ela ganha uma carga maior do que os outros estudantes e tem que dar conta de tudo, já que a todo momento é avaliada.

Em Estudo Independente Malencia precisa decidir se vai lutar para acabar com o Teste e se arriscar ainda mais, ou se vai apenas viver como uma estudante.

Fica nítida a vontade da autora, em destacar como a jovem Cia, vinda de uma colônia pequena, é muito mais inteligente e habilidosa do que os jovens de Tosu City.

"Nós mudamos. O Teste fez isso com a gente.
-Você está certo - digo. - Eles merecem pagar."


Adorei, recomendo e aguardo o próximo com ansiedade =)

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2014/10/resenha-estudo-independente-livro-2-da.html

@cheiade9h 25/10/2014

Estudo Independente é a continuação de O Teste, e quem leu a resenha de O Teste viu que não me dei muito bem com a leitura/enredo. Mas nesse segundo capítulo da trilogia, alguns pontos melhoram na narrativa.

Vi que a personagem narradora, Cia, teve um crescimento em o Estudo Independente, isso não posso negar. Houve um maior desenvolvimento na narrativa também, o enredo deu uma reviravolta muito boa, mas assim como em O Teste, a narrativa ora ficava muito interessante ora ficava muito lenta.

"- Qualquer pessoa que tenha que trapacear pra ganhar não merece estar aqui. E também não faz parte da minha equipe. Tem uma equipe à nossa frente. Prefiro gastar nosso tempo alcançando-a, do que sacaneando equipes que já estão pra trás. Se vocês não concordam podem ficar aqui e fazer a merda que bem entenderem."


Em o Estudo Independente, Cia participa de outro "teste" para finalmente entrar oficialmente na faculdade e na área que ela quer estudar. Então durante esse segundo teste, foi a parte mais arrastada durante a leitura, os poucos diálogos continuam no enredo (um dos pontos principais de eu não gostar tanto da narrativa), mas o bom é que teve um pequeno espaço pra criar o novo vilãozinho, o Damone (aka Malfoy), durante esse novo "teste".

Cia vai se mostrando bem inteligente e estudiosa, porém os organizadores de O Teste querem que ela tenha mais dificuldade que os outros estudantes porque estão percebendo que Cia continua com a memória de seu Teste, então ela está se tornando uma pedra no sapato.

"Quantas pessoas que caminham pelos corredores dessa prédio conhecem a verdadeira natureza do Teste? Quantos mais fingiram de surdos por não querer ouvir e reconhecer o que, por ignorância, toleram?"


E graças, os rebeldes apareceram! Graças porque finalmente o pensamento em revolta e revolução pela Cia surge e também porque graças ao grupo rebelde temos um gancho para o terceiro livro da trilogia ao final de o Estudo Independente. Pelamor, foi sensacional o final.

"Quanto maior o governo, maior a população que ele pode assumir. Quanto maior a população, menos nossos lideres se sentem pessoalmente responsáveis por cada cidadão sob sua proteção. Fica mais fácil sacrificar alguns pelo bem de outros."


A relação de Tomas e Cia é uma das mais superficial que já li, mas o bom é que a Cia não abre mão de seus ideais por causa do Tomas, então dá pra passar batido por esse romance mixuruca.

"Apesar de tudo que aconteceu, acredito nele. Eu o amo."


Algo que me incomodou durante a narrativa foi a falta de revisão da Editora, erros de digitação, palavras cortadas, coisas tão simples que passaram batido pela Editora D:

Mas em suma, esse segundo capítulo da trilogia deu uma melhorada (que não esperava), agora é só aguardar o capítulo final pra saber como a Cia vai se organizar com os Rebeldes para de fato acabar com O Teste...Se é que isso irá acontecer... Minha suposição -q

site: http://www.livroterapias.com/2014/08/resenha-estudo-independente.html

Carol 17/09/2014

Opinião
Acredito que por ter criado tantas expectativas, esta sequência não me empolgou tanto como o primeiro livro. Apesar da história continuar bem dinâmica e ainda ser escrita de forma que vc sempre quer saber logo o que vai acontecer em seguida, neste livro não acontece muita coisa na verdade.
O livro tem como foco principal a política e apresenta de forma superficial os seus bastidores, funcionamento e as intrigas que ocorrem. De forma bem primitiva, mas válida, dá margem à questionamentos sobre ética, moral e liderança dos que representam os interesses do povo. Isso nessa época de eleições é interessante para a reflexão sobre se as pessoas que nos representam defendem realmente os nossos interesses ou os seus próprios.
Com a narrativa em primeira pessoa, temos apenas o ponto de vista da protagonista que está a todo instante contando apenas com sua intuição e dependendo extremamente de seus próprios julgamentos para lutar contra tudo aquilo que acredita ser errado.
Os personagens secundários presentes no livro anterior não desenvolvem-se muito neste. São apresentados novos e alguns tem até uma certa relevância, mas também evoluem muito pouco.
Por fim, o livro não explica quase nada sobre o que levou ao procedimento do teste e da universidade e deixou muitas pontas soltas. Espero que isso aconteça de forma coerente no próximo livro da série.

Mila F. @delivroemlivro_ 15/09/2014

Fantástico, intenso!
A narrativa segue o modelo do primeiro livro, embora eu tenha achado esse livro um pouco cansativo, reconheço que ele foi esclarecedor sob diversas perspectivas, o que me deixou fascinada com o brilhantismo da autora. Em Estudo Independente temos grandes diferenças entre outras distopias que já li, enquanto o primeiro livro foi tudo um clichê, neste segundo volume houve surpresas louváveis.
Neste volume, que parte exatamente de onde terminou o anterior, ficamos por dentro de mais testes que são incrivelmente maquiados como provas e intitulados de "iniciação à vida dos universitários" [como as pegadinhas que fazem com os calouros no primeiro dia da faculdade], nesses testes cada pessoa que passou n'O Teste será direcionada para uma área: biologia, medicina, mecânica, governo, etc.. Cia, a personagem que acompanhamos, e aprendemos a amar, quer estudar mecânica, mas infelizmente os 'gerentes' da faculdade decidem que ela tem habilidade para cursar Governo.
Basicamente todos os que começaram em O Teste acabam tomando rumos diversos e alguns não conseguem seguir rumo algum a não ser o Redirecionamento não se engane: ser redirecionado é o mesmo que dizer que a pessoa será assassinada por não corresponder as expectativas. O motivo disso é explicado no livro, mas não deixa de ser algo absurdo, abusivo e assustador.
O romance de Tomas e Cia segue firme, mas não forte: há muitos segredos e mentiras envolvidas. Cia começa a descobrir coisas assustadoras sobre o regime político em que toda a sociedade de Tosu City e das Colônias vivem: o poder de alguns gera a corrupção e a tirania. Nesse ínterim, Cia não sabe em quem confiar e, apesar de saber superficialmente o terror que aconteceu no teste e ter pesadelos que lhe esclarecem muitas coisas ocorridas, acaba descobrindo, através do soldado Michael que há duas facções rebeldes que estão determinadas a mudar o governo. Cia decide que quer ajudar a facção que quer agir pacificamente, mas tudo tem uma reviravolta surpreendente. O desfecho do livro não poderia ter sido mais brilhante!
A forma como Joelle Charbonneau conseguiu idealizar e jogar com o leitor que mesmo descrente acabava tentando escolher um lado, a forma como confunde a todos acerca de quem e no que confiar foi fantástica, nem preciso comentar o fato da escolha do lado rebelde ser determinante e tão crucial e cruel quanto o terror vivido em O Teste. De fato, ninguém está seguro, não se pode confiar em ninguém.
Outro ponto fabuloso em Estudo Independente é a maior presença do doutor Barnes e da professora Holt que são vilões fabulosos e que me arrepiavam só na menção de seus nomes, sem contar no vilão que assustadoramente me chocou ao aparecer no final [vai chocar a todos, acredite nisso!]
Ok, ok, preciso dizer que amei Estudo Independente, mas também, realmente, achei a narrativa mais lenta e com menos aventura, mas isso não importa porque, até agora, esse livro explicou coisas que tinham passado 'batido' no primeiro livro e deu um gancho tão impressionante para a continuação que me vejo receosa isso mesmo: estou com medo do próximo livro não corresponder as minhas expectativas. Ai, meu Deus, tem tudo para ser fan-tás-ti-co!
Veja bem: quando o primeiro livro de uma trilogia é bom você fica com vontade de ler o próximo, quando o próximo segue com as explicações altamente necessárias e tem uma revelação incrível você anseia loucamente pelo desfecho da trilogia e seria uma judiação se ela não correspondesse as expectativas.
Calma, não estou dizendo que deva ser um final perfeito e agradar a todo mundo [isso é impossível], mas deve ser coerente com a situação calamitosa que é viver sobre um mundo cujos valores e ideologias são distorcidos e maquiados, um mundo em que não se pode confiar nas palavras, nos sentimentos e nem no que os olhos veem.

Camila Márcia

site: www.delivroemlivro.com.br

@APassional 02/09/2014

Estudo Independente * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
Em Estudo Independente, seis meses se passaram desde o final do Teste e encontramos Malencia (Cia) na Universidade de Tosu City, concluindo o período de estudos básicos, onde todos os calouros deverão fazer uma prova (outra!?) a fim de determinar qual será a área de estudos e futura carreira que cada um deles irá "abraçar": Educação, Engenharia Biológica, Engenharia Mecânica, Medicina ou Governo. Ironicamente, Cia é direcionada para Governo, a área de estudos que menos lhe interessa e para a qual se considera menos indicada, já que existe uma chama de rebeldia em seu íntimo, alimentada pelas lembranças do Teste, que tentaram apagar da sua memória...

Quando finalmente é encaminhada para a república dos Estudos Governamentais, Cia percebe que outro teste está rolando ali, ingressar na universidade não significa garantia de sucesso, ela terá que defender seu espaço, vida e sanidade o tempo todo, e ainda conseguir cumprir um rígido cronograma de aulas, lições de casa e trabalhos para entregar. Além disso, os números "não batem", na sua turma do Governo existem dezesseis estudantes, mas apenas doze vagas de estágio serão distribuídas em duas semanas. O que acontecerá com quem "sobrar"? Será Redirecionado???

"Tem algo mais acontecendo aqui. O que me faz imaginar o que significa realmente um Redirecionamento. Se não for encaminhamento para as colônias ou morte certa, o que acontece com os estudantes que não passam nos testes do doutor Barnes?"

O enredo de Estudo Independente mantém certa linearidade em relação ao livro anterior, Cia continua exposta a perigos, dúvidas e angústias, apesar dos desafios serem novos e num âmbito ampliado. A protagonista vive em tensão constante e precisa estar alerta aos outros estudantes (que podem lhe passar a perna), aos professores (que podem lhe reprovar) e aos dirigentes de Tosu City (que podem desconfiar de suas lembranças). Sem contar com seu iminente e perigoso envolvimento com os grupos rebeldes, que não concordam com o sangrento sistema de avaliação dirigido pelo doutor Barnes e sua equipe. Cia precisará escolher em quem confiar.

A narrativa em 1ª pessoa da Cia é bastante mental (suas conexões cerebrais não param um minuto), e ao mesmo tempo tremendamente física, pois a forma como ela descreve os ambientem onde entra (cores, formas, tamanhos, texturas, sons), as coisas que toca, pega ou coloca na mochila, me aproximava demais da ação, não sei se consigo explicar, mas eu conseguia imaginar suas ações como se eu as estivesse executando com meu próprio corpo, eram minhas mãos que estavam "em cena" (pirei, sim ou não?). Por outro lado, não é um livro que eu conseguir ler de uma vez só, essa simbiose que rolou com a Cia me deixava fisicamente cansada, sério gente, eu não sou muito atlética e às vezes precisava de pequenas pausas para descansar (tá, isso foi estranho).

E a partir da terceira e última parte do livro, a história ganha um "Upgrade", há uma ampliação no leque de personagens, tramoias e possibilidades, e rola aquele momento "X" de descobrimento, choque e tomada de decisão, que toda distopia apresenta antes de entrar em sua fase final, que se dará no próximo volume. Mal posso esperar pra ler!

"Só espero estar pronta para o que está por vir."

Beijos exaustos e satisfeitos... Elis Culceag.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 02/08/2014.

site: http://www.arquivopassional.com/2014/09/resenha-estudo-independente-joelle.html

Felipe Miranda 01/09/2014

Estudo Independente Joelle Charbonneau por Oh My Dog estol com Bigods
Os acontecimentos que encerraram o livro anterior deixaram pontas soltas responsáveis por criar uma expectativa gigante depositada em sua continuação. Admito que não caí de amores pela obra e muito menos odiei. Pelo contrário enxerguei um potencial enorme na escrita de Charbonneau e me sinto extremamente dividido ao escrever essa resenha. É recomendável que você leia a resenha de O Teste para situar-se melhor nos próximos parágrafos.

Nossa protagonista Cia é tão inteligente e perspicaz em suas ações que os momentos repetitivos que a trama apresenta se tornam menos cansativos para o leitor. O meu grande dilema é: o que eu imagino que "poderia ter sido diferente e não foi?", a escrita da Joelle é fluída, bem estruturada e sem furos. O próprio enrendo é que me incomoda um pouco, situações que aconteceram no primeiro livro tornam a acontecer novamente e provavelmente aconteçam no desfecho também. O centro de toda a distopia está na universidade e seus testes, na busca por líderes que governem o país de modo que a Comunidade das Nações Unidas obtenha resultados satisfatórios para todas as colônias e seus cidadãos. Tive a sensação de estar lendo mais do mesmo em diversas provas que Cia e outros alunos precisam passar. Felizmente alguns desses testes conseguem ser surpreendentes a ponto de reacender o ânimo da leitura.

Um teste determinante para o futuro dos alunos definirá áreas de estudo específicas para cada um, Cia deseja ser aprovada em Engenharia Mecânica mas acaba sendo destinada para Governo. As lágrimas de decepção devem ser engolidas para dar lugar a sorrisos falsos de alegria. Todos estão sendo observados de perto e Cia não pode levantar mais suspeitas que as habituais. As gravações contidas no Comunicador são dolorosas demais para Cia aceitar como verdades, como parte de um passado que vem em flashes incompletos. Como acreditar que jovens são mortos por darem respostas erradas? Que a vida não tem valor e é ceifada sem o menor remorso pelo bem maior das Comunidades Unidas?

Os alunos que fracassam são redirecionados. São mortos. A partir do momento que Cia passa a recobrar suas memórias do primeiro teste, ela transforma-se em um fracasso para o Doutor Barnes. Cia não pode fugir. Sua família correria riscos assim como toda a população. Ela precisa ficar e lutar. Por si mesma, pela família e por sua colônia. Encontrar um meio de sobreviver sem ser notada enquanto descobre mais da situação em que se encontra. E adivinhem? Ela trabalhará diretamente com a presidente... jogos de poder deixam tudo mais complicado. Arriscado e mortal.

Membros do corpo estudantil e os privilegiados pelo governo compartilham de algo em comum: o medo. Acidentes que ocorrerem durante provas serão facilmente vistos como consequências naturais da aprendizagem. O romance está mais uma vez posto em segundo plano, as dúvidas de Cia em relação a Tomas estão relacionadas ao teste passado, o que houve com Zandri? A confiança será a única solução em incontáveis situações, Michael, o representante que acompanhou Cia e os candidatos a Tosu City será uma aliado importante. Assim como no livro anterior os estudantes novos que surgem e os que sobrevivem, carregam boa parte da graça do enrendo, as personalidades divergentes e complicadas geram problemas e situações interessantes. Todo o enrendo caminha para uma rebelião, há forças e facções dispostas a irem a luta. Há pessoas que acreditam que o dever dos líderes é reparar os danos da guerra mas nenhuma delas se poupará de ir a luta para garantir uma sociedade mais justa.

Acredito que o desfecho da trilogia deva vir recheado de revelações e explicações faltantes, a Joelle tem tudo para finalizar sua obra em um ritmo frenético.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2014/08/resenha-estudo-independente-joelle.html

Gi Zanforlin 27/08/2014

Em quem voce confiaria?
Depois que a Melancia (cia) passa pelo terrivel desumano teste para entrar na faculdade, ela acha que agora as coisas vao ser diferentes e tenta ignorar e naoacreditar nas coisas qie ela ouviu sobre o teste. Quando ela começa a investigar um pouco mais perxebe que as coisas que ela ouviu tem grandes chances de ser veedade. Depois de passar pela iniciaçao na faculdade fica perguntando o que cada umteve que fazer para chegar la e quem realamente eh cada um. Alem de ser um livro incrivel com protagonistas inteligentes voce fica preso na leitura ateas ultimas paginas com um final de parar o coraçao. Voce acaba descobrindo mais sobre a guerra que quase acabou com o mundo e como foi tudo no começo. Voce vai acabar o livro com o mesmo sentimento que eu : em qiem ela deve confiar agora?

PorEssasPáginas 25/08/2014

Resenha: Estudo Independente - Por Essas Páginas
Se vocês lerem a resenha de O Teste, primeiro livro da trilogia de Joelle Charbonneau, vão perceber que eu surtei completamente com a leitura. Inteligente, dinâmico, alucinante, o livro é tudo isso e muito mais. Estava ansiosíssima pelo segundo volume e a Editora Única foi linda e mandou rapidíssimo pra gente! Estudo Independente não fica atrás do primeiro livro e, graças, não sofre da terrível “maldição do segundo livro”. Sim, ele é mais denso e tem um ritmo menos acelerado que O Teste, mas continua vibrante e, o que mais chama a atenção nessa trilogia: brilhante.

Joelle Charbonneau é um gênio. Sério, a autora é um crânio, porque as coisas que ela imagina, os quebra-cabeças que ela monta e desmonta, com cada peça se encaixando perfeitamente em seu lugar, é simplesmente brilhante. Não há outra palavra para descrever. Esse livro – e essa série – é uma das coisas mais inteligentes que já li.

E não poderia ser diferente. A própria proposta dessa distopia é uma comunidade na qual os líderes são selecionados por sua capacidade mental em uma prova denominada “O Teste”. Para os jovens, é uma honra ser selecionado e ter a oportunidade de ir para a universidade e ajudar na reconstrução do mundo. Porém, O Teste não é assim tão focado apenas na inteligência dos selecionados… é também uma prova cruel onde sobrevivem apenas os mais fortes. E quando a questão é sobreviver, até onde você pode ir para salvar a própria pele e continuar vivo?

A incrível protagonista do livro, Malencia Vale ou simplesmente Cia descobriu tudo isso a duras penas. No entanto, após ela vencer O Teste, suas memórias foram apagadas. Por algum tempo, ela viveu um sonho: estava na universidade, tinha seu namorado, Thomas, por perto, amigos e uma vida brilhante e cheia de possibilidades pela frente. No entanto, o passado começa a assombrá-la: ela fez uma gravação para si própria contando os fatos chocantes do Teste e, após escutá-los, começa a ter flashes do que aconteceu e, aos poucos, lembrar-se da terrível verdade. E então… o que fazer? Continuar a viver uma mentira? Ou juntar-se à revolução?

“Pela primeira vez sou forçada a contemplar a possibilidade de que quanto mais se trabalha, menos se consegue.” Página 168

Não vou dizer o que ela fez, claro, porque vocês precisam ler esse livro. Mas o que posso dizer é que Cia é a minha protagonista favorita de distopias. Supera até mesmo Katniss Everdeen, que adoro. Diferente dela, Cia pensa. Ela não age por impulso, ela mede as consequências, é inteligente e brilhante sem ser pretensiosa, ainda sendo humana e falível! Esse equilíbrio é difícil para um autor, mas Joelle Charbonneau conseguiu o feito. Cia é uma personagem cativante, forte, esperta, mas ainda deliciosamente humana, uma personagem com a qual conseguimos nos ligar, nos identificar e torcer. Ela tem sentimentos, medos e pode falhar. Mesmo que isso não seja uma opção.

O livro é um pouco mais denso que o anterior, com um ritmo um pouco mais lento. A narrativa continua ótima, envolvente, mas é a própria trama que se tornou mais pesada (não que o primeiro livro fosse leve) e, por isso, o livro caminha a passos um pouco mais lentos. Isso não é um problema, mas eu li com menos sofreguidão e intensidade que o primeiro e, por isso, não consegui manter o mesmo número de estrelinhas. No entanto, também não vejo como o livro ser diferente: ele é brilhante desse jeito e continuou me deixando na ponta da cadeira em vários momentos. Engana-se quem pensa que O Teste acabou: ele só está mais difícil. Mas nesse livro também temos mais política, mais nuances, mais intrigas… e mais perigo. Cia não pode confiar em ninguém.

Preciso dizer o quanto estou alucinada pela conclusão dessa trilogia? Acho que não, não é? Vocês notaram. Eu estou desesperada! O final foi como colocar o cérebro no liquidificador: tenso e surpreendente, ele não deixa brechas para que você se esqueça do livro tão cedo. Editora Única, que fez novamente um trabalho incrível com essa edição, por favor, por favor, traga logo o final pra gente!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-estudo-independente-o-teste-2

Ana Luiza 23/08/2014

Os Testes ainda não terminaram
Malencia Vale deixou sua família, amigos e Colônia para correr atrás do seu sonho de cursar a Universidade. Nesse mundo pós-guerra, onde a vida como conhecemos não mais existe, apenas poucos, muito poucos, podem continuar seus estudos em Tosu City, capital da Comunidade das Nações Unificadas, o que restou dos EUA. Mas o sonho tornou-se pesadelo quando Cia percebeu que no Teste para entrar para na Universidade inteligência e esforço não são os suficientes. É preciso ter sangue frio e vontade de superar a concorrência acima de tudo, nem que para isso seja necessário ferir ou matar outros candidatos.

Mas o Teste terminou, Cia passou e suas memórias foram apagadas. Os primeiros momentos na Universidade são mágicos, um sonho sendo realizado. Ao lado de Tomas, seu namorado, Cia estava pronta para se formar e ser uma das próximas líderes da sua nação, até que ela encontra uma gravação sua, feita durante o Teste, contando os horrores da seleção. Em um primeiro momento Cia resolve não acreditar e a única coisa que faz com aquela informação é abrir seus olhos para tudo ao seu redor.

Logo Cia percebe que os Testes ainda não terminaram, tudo o que ela faz é observado e analisado, cada pequena tarefa é uma prova para determinar sua capacidade de dar o seu melhor, mas também de ficar na linha – os que questionam ou não alcançam os padrões da universidade são Redirecionados e nunca mais vistos. Quando o silêncio torna-se insuportável, Cia decide fugir, mas é abordada por Michal, um funcionário do governo que a ajudou durante o Teste.

Michal faz parte de um movimento rebelde que busca derrubar o Teste e os responsáveis por ele, mas de maneira pacífica. Cia é recrutada para o movimento e aceita permanecer na universidade em busca de qualquer informação que possa ajudar os rebeldes e também para manter-se em segurança. Não é uma tarefa fácil, a pressão dentro da Universidade aumenta e o sucesso de Cia atrai inimigos e desconfiança. Logo fica claro que muitos querem vê-la falhar, mas Cia sabe que mais do que o seu sucesso profissional está em jogo: o fracasso pode custar sua vida.

Estudo Independente é continuação de O Teste (resenha aqui) e segundo volume da trilogia de mesmo nome. O Teste não foi tudo o que eu esperava, mas uma leitura muito boa e que me deixou ansiosa por Estudo Independente. Peguei esse livro com expectativas muito menores e acabei curtindo muito mais a obra, que foi exatamente aquilo que eu esperava.

Estudo Independente é recheado de tensão do início ao fim, muitas surpresas, mas alguns raros momentos de “eu já vi isso em outro livro” – especialmente uma cena onde Cia está sonhando estar presa dentro d’água, o que imediatamente me recordou a cena de Divergente onde a Tris está presa em um tanque. Na resenha de O Teste comentei que me incomodou a autora não trazer muito de novo em sua distopia, sensação que desapareceu em Estudo Independente. Como comentei, há alguns momentos que me recordaram de outros livros, mas creio que finalmente captei a mensagem da história.

Algo que estranho na série é que os rebeldes não querem derrubar o governo como um todo, como nos outros livros, e sim o Teste e seus responsáveis. Em um primeiro momento isso me incomodou, mas depois de terminado o livro, cheguei a conclusão de que talvez esse seja o diferencial da trilogia O Teste em relação a outras distopias. Além de mostrar como uma nação pode distorcer valores na hora de educar e formar seus futuros líderes, Charbonneau, veio para mostrar que nem sempre uma revolução é feita com violência desmedida. Na sua história, a autora frisa bastante como a inteligência e racionalidade ajudam Cia a superar desafios, o que pode deixar a trama com um pouco menos de ação, mas mais realista e, honestamente, mais aplicável à vida real. Histórias de revoluções com muita violência podem até ser emocionantes e despertar nosso lado rebelde, mas, na vida real, é preferível que mudanças se façam pelas leis, que os rebeldes usem a cabeça e não armas.

Em Estudo Independente, Charbonneau conseguiu me fazer perceber o lado único de sua trama e definitivamente me fazer amar a série. Apesar de ter gostado mais de Estudo Independente do que de O Teste, esse volume tem o mesmo ritmo que o anterior, só que com um pouco mais de emoção. O desenvolvimento da trama é ágil e inteligente, a escrita fluída e detalhista na medida certa. Dessa vez o leitor teve um contato maior com o universo político de O Teste, o que nos ajuda a compreender melhor o mundo que a autora criou para sua trama.

Os personagens, mais uma vez, estão cativantes e bem desenvolvidos. Todos têm papel na trama, personalidades fortes e complexas, além da capacidade de dividir o leitor na hora de definir seu caráter. Confesso que no começo Cia me irritou ficando em silêncio diante tudo o que sabia, mas conforme o livro avançava e a garota ia descobrindo força e rebeldia dentro de si, passei a amar a personagem. Cia tem um caráter forte, valores claros e determinação invejável em fazer o que é certo. A personagem se transformou no tipo de heroína que mais gosto: inteligente, independente e apaixonada!

A edição de Estudo Independente deixou um pouco a desejar. Encontrei alguns errinhos na tradução, que apesar de poucos, me incomodaram. A diagramação simples está boa, mas achei o tamanho das letras um pouco pequeno. Eu adoro essa capa, que é muita linda – esse tom de azul é perfeito – e que trás elementos de dentro da trama. Entretanto, me incomodou que os prédios no fundo da capa sejam tão iluminados e altos, no livro Cia nos conta que os prédios grandes não resistiram a guerra e que a energia elétrica é racionada durante a noite. Também me incomodou o título, problema que vem da edição original. Estudo Independente é tradução literal de Independent Study, título no qual, honestamente, não vi sentido.

Estudo Independente foi uma excelente leitura, o final fez meu coração parar e me deixou absolutamente louca pela continuação. Tenho certeza de que a autora criará um desfecho incrível para a série, pelo o qual mal posso esperar! Também fiquei curiosa para conhecer outras obras da autora fora de O Teste. Recomendo a série para os amantes de uma boa distopia, mas que não se incomodem caso ela tenha menos ação do que o esperado.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br/2014/08/resenha-estudo-independente-joelle.html

Carolina.Inthurn 11/08/2014

Ainda melhor que O Teste!
"O Teste pôs minha vida em perigo. Embora eu ainda não tenha lembranças completas daquele período, sei que enfrentei o medo. Sobrevivi. Eu teria de conseguir fazer o mesmo agora. No entanto, este medo é diferente."

Eu fico divagando aqui como começar a fazer essa resenha... Porque esse livro é tão bom, que eu não sei se vou conseguir repassar pra vocês tudo o que senti lendo. Em Estudo Independente, segundo volume da trilogia O Teste, a autora construiu uma obra digna de ovação! Com narrativa envolvente e inteligente, muita ação e distopia, Joelle conquistou cada pedacinho do meu coração. Essa série é uma das melhores - se não a - que eu já li.

Depois de toda pressão do Teste inicial, agora os alunos tem de fazer outro, que designa a carreira de cada um. Cia Vale acredita ir para Engenharia Mecânica, como é esperado por ela através das suas habilidades... Mas o que a jovem não espera é que a mesma foi escolhida para cursar algo que nunca imaginou. Algo que vai mudar sua vida pra sempre. E agora, antes tarde do que nunca, ela tem de decidir entre arriscar a vida para salvar as pessoas, ou ficar no seu canto e esperar a bomba explodir (metaforicamente, claro).

Além de tudo o que Cia passa, ela ainda não sabe em quem confiar. Aliás, acredito que o livro é tão cheio de surpresas e reviravoltas que nós começamos a sentir a mesma coisa de Cia: Desconfiança em tudo e em todos. Com muito suspense e ação, o ponto forte de Estudo Independente foi a movimentação em todo o livro. Nenhuma parte maçante ou chata. A personagem principal, Malencia Vale, continua forte, destemida, teimosa e convicta... Como a narrativa é através dela, sentimos as emoções com clareza.

O final é completamente arrebatador! Eu não vejo a hora de ter o terceiro livro... Joelle conseguiu cativar ainda mais o leitor com essa obra. Eu me pegava torcendo e gritando para Cia em boa parte da leitura, na esperança de que ela conseguisse se salvar ou salvar a Comunidade das Nações. Eu só tenho elogios para a obra da autora e da editora, por mais que alguns erros foram detectados, a diagramação ficou linda! Eu convido todo mundo que puder para conhecer esse livro, ler e se apaixonar pela melhor distopia que eu já li.

"Enquanto meus colegas estão preocupados que o Teste possa afetar os anos que vêm pela frente, estou preocupada em não chegar viva no final do dia."

site: http://www.estantedasfadas.com.br/

Cath´s 08/08/2014

Resenha Estudo Independente.
Sabe quando você termina a leitura de um livro e deseja gritar? Pois não deseja esperar a publicação da continuação e sim lê-la nesse exato instante? Foi assim que terminei a leitura de “Estudo Independente”.

Uma apaixonada por distopia que encontrou nessa trilogia todos os elementos para deixá-la doida por mais. Não desejo nem pensar como vai terminar o próximo livro.

Enquanto em “O Teste” Cia estava descobrindo como funcionava o mundo para entrar na universidade – e que foi uma baita surpresa já que houve muitas mortes pelo caminho, no segundo livro ela está com as memórias apagadas, mas graças a uma gravação que fez, ela tem noção do que aconteceu e que deve tomar todo o cuidado e sempre ir bem nas atividades, pois ir mal pode significar morrer, literalmente.

O livro já começa agitado, com os alunos sendo redirecionados (mortos) ou passando para uma área especifica de estudos. Cia sempre quis ir para “Engenharia Mecânica”, mas acaba em “Governo”. Acontece que agora as coisas não serão fáceis também e terão mais testes em que vidas serão arriscadas para participar.

Cia ainda tem que se preocupar se está parecendo muito preparada para os testes, e acaba atraindo a atenção da professora Holt (coordenadora do curso que ela frequenta) e do doutor Barnes.

Cia descobre que há rebeldes se reunindo para ir contra Os Testes, estando com pessoas infiltradas. Ela quer ajudá-los, mas como saber em quem confiar?

Até esse momento a autora não deixou nenhuma ponta solta, ao menos que eu tenha percebido. No ápice do final você percebe apenas uma página antes o que vai acontecer, o que me deixou querendo gritar: "Vai acontecer isso! Não faça isso!" E, mesmo depois desse instante, a autora ainda conseguiu me surpreender com o rumo que ela deverá levar o próximo livro.

Os personagens que você conhece (e sobreviveram) no primeiro livro vão estar de volta, mesmo que apareçam menos que nos anteriores. Acredito que todos vão aparecer muito ainda no terceiro e último livro. E têm personagens novos, que descobrimos um pouco nessa obra, mas que creio que serão mais aprofundados na próxima.

Há um ponto negativo, que não é da autora, mas sim da editora: faltou revisão, faltou novos parágrafos em algumas partes, e faltou letra maiúscula no início de várias frases.

Eu indico tanto o primeiro livro quanto o segundo, acredito que a autora manteve os pontos cativantes do primeiro volume ao mesmo tempo em que foi introduzindo ingredientes. Pessoalmente, favoritei esses livros. ♥

P.S.: Quem parar para pensar ao final, pode notar que a autora engaja algumas críticas a nossa sociedade dentro do livro, o que acho totalmente positivo.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/08/resenha-estudo-independente.html