Desi Gusson 03/03/2016
Não Confie Em Ninguém
“Qualquer um pode trair qualquer um”
Essa é a moral da história desse livro. Da vida da Mare.
Red Queen provavelmente foi o livro YA mais hypado de 2015. Sério, o negócio já era um sucesso antes mesmo de ser lançado, como pode? Tinha até contrato pra filme já assinado! Are baba, que um dia eu seja tão auspiciosa assim #oremos
A verdade é que não teve como não me deixar levar pela onda de euforia e comprei já na pré-venda sem pensar duas vezes, mas uma parte de mim dizia que eu iria quebrar a cara, como geralmente acontece com livros super propagandeados. ERRADO.
Não, não é o livro mais perfeito da face da Terra, mas com certeza cumpre com o combinado e de quebra tem um final de deixar qualquer professor Xavier sem folego! Temos muito ação desde o começo e uma coisa que a-do-ro, uma mocinha toda poderosa! Quero dizer, a Mare não sabe que é toda poderosa desde o princípio, ela descobre por acaso depois de uma sucessão de fatos como, por exemplo, tentar roubar do príncipe herdeiro Cal sem saber que se tratava dele. Muita coisa na sua vida sofrida a levou até aquele ponto, mas acredito que nossa história tenha realmente começado no momento que o príncipe prateado não só a poupou, lhe deu uma nova chance.
Mal sabia ele que um gesto aleatório de bondade magnânima ia por um fim no mundo que ele conhecia. Mas isso não deve ser tratado aqui, essa parte você precisa ler.
Falando em Cal, não é sempre que temos um triangulo amoroso (NÃO FUJA. NÃO ENTRE EM PANICO!!) tão manipulador, aliás nem sei se pode ser considerado um triangulo amoroso já que todos os envolvidos tem o rabo preso, andam olhando por cima do ombro e tentam tirar vantagem do próximo. De qualquer maneira eu achei genial! Ilustra muito bem o que a Mare está vivendo na corte e fora dela e eleva a outro nível a quantidade de romance meloso que os escritores YAs acham que precisam colocar em seus livros (que não são romancinhos). Em outras palavras: praticamente zero romance meloso.
Porém a garota não deixa de ser uma menina paupérrima, repentinamente bombardeada com as regalias da vida na corte, um poder destrutivo e a atenção de não um, mas dois príncipes. É óbvio que ela vai fazer burradas.
Ela faz o que pode, isso eu posso te adiantar, mas as vezes não é o suficiente, as vezes ela é inocente demais, ingênua demais, sozinha demais e acaba se deixando levar. Não vou culpá-la, a garota parece um malabarista tentando equilibrar todos os aspectos da sua vida, como Mare e como Mareena, da melhor maneira.
Vou deixar aqui minha apreciação pelos mocinhos (Cal, Maven e Kilorn) caras bonitos nunca são demais e meu nojinho pelo casal real, Rei Tiberias VI e Rainha Elara, a horrorosa. Esses dois são a personificação de tudo o que os Prateados representam de ruim na sociedade do livro, e na nossa também.
Falando da atmosfera: eu li Red Queen como uma distopia. Ele não fala em nenhum momento de uma civilização como a nossa, mas dá dicas, apesar de nem todo mundo concordar comigo. Eles falam de regiões devastadas por radiação (na minha cabeça nerd radiação = mutação) e Norta pra mim nada mais é do que os Estados Unidos, com o reino inimigo Lakeland sendo a região dos lagos, na fronteira do Canadá. Reparem e me digam que estou errada!
Vi também gente dizendo que esse livro é uma cópia de Red Rising e ficando… bravos, mas como estou proibida de começar novas séries até terminar as que já tenho, ainda não pude conferir. Alguém aqui leu? É verdade??
O status final dessa leitura foi intensa ressaca literária, uma vontade enorme de assistir X-Men e algum tempo de estupor depois do final INIMAGINÁVEL que não apareceu nem nos meus sonhos mais selvagens. Sério, fiquei anestesiada por alguns dias.
Reação da blogueira após a revelação do fim do livro.
Leiam Red Queen, lançado aqui como Rainha Vermelha e desejem sem Mare por um dia também. Ninguém mais se arrepender.
Para essa e outras resenhas na integra (e cheias de gifs) acesse o blog!
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