Luiza Helena (@balaiodebabados) 30/01/2016Originalmente postada em http://balaiodebabados.blogspot.com.br/"Todos podem trair todos."
Você já pensou em uma história que misturasse Game Of Thrones, X-Men, Jogos Vorazes, Vampire Academy e vários outros livros? Bom... A Rainha Vermelha é assim.
Num mundo onde pessoas são divididas pela cor do sangue, os Vermelhos são meras pessoas normais que vivem para proteger e defender os Prateados, que esbanjam de uma vida de riqueza e poder. Mas, não é somente a cor do sangue que os diferenciam. Os Prateados possuem poderes especiais. Ao completar 18 anos, todos os Vermelhos que não possuem uma vocação ou não tem um tutor, são convocados para batalhar na guerra.
Nesse mundo maluco, temos Mare Barrow, uma Vermelha que furta para ajudar na renda da família e sabe que sua convocação está próxima. Mas, seu futuro está prestes a mudar quando cruza com um estranho certa noite. No dia seguinte, Mare é convocada para trabalhar no palácio do Rei e descobre que o estranho que conheceu é ninguém menos que o príncipe herdeiro mais conhecido como Cal.
Como se já não bastasse isso, durante uma situação de vida ou morte, Mare, e todos que estavam presentes, descobre que tem poderes. Mas, como Mare tem poderes se seu sangue é vermelho? A partir dessa revelação, a vida de Mare vai se tornar uma reviravolta sem fim. Entretanto, ela só não deve esquece que qualquer pessoa pode trair qualquer pessoa.
A Rainha Vermelha foi um dos livros que mais fizeram sucesso no ano. Apesar de não ter sido uma leitura ruim, também não circula entre nas minhas melhores leituras do ano. Ao ler, você percebe que a história é cheia de clichês, mas aí me pergunto: que distopia nos dias de hoje não é assim?
Claro que foi uma sacada bem interessante jogar aquele monte de informação logo no primeiro livro. Mas, ao mesmo tempo, achei que isso atrapalhou um pouco algumas descrições de cenário. Como era tanta coisa acontecendo e que ainda iria acontecer e foco desnecessários em alguns momentos, algumas passagens foram bem rápidas e bem superficiais. Como os direitos de adaptação foram comprados antes de a autora terminar de escrever o livro, analisei bem e, pra mim, realmente parece que ela já escreveu um roteiro pronto. Alguns acontecimentos no final eram previsíveis, mas ainda assim você leva um tapa na cara e ainda se pergunta como não viu isso antes.
Sobre os personagens, o único que tive realmente problema foi a Mare. Em alguns momentos, ela lembrava muito a Katniss (Jogos Vorazes) e não tenho uma boa relação com ela. O rei Tiberias também lembrava um pouco o pai do Maxon.
Claro que não poderia faltar um triângulo amoroso. E por que não completa-lo com dois príncipes? De início, eu tinha uma antipatia com os dois príncipes, mas, com o decorrer da leitura, minha antipatia se focou somente em Maven. Ele era bonzinho demais, altruísta demais, tudo nele era demais e nada me fazia convencer do interesse dele por Mare. Na verdade, nenhum interesse nesse triângulo conseguiu me convencer. Victoria tentou com que fosse sutil, mas, como eu já esperava algo do tipo, achei que foi muito mecânico e forçado.
OK! Até agora eu só comentei dos pontos negativos. O lado positivo da história é que ela realmente te prende e você não vai conseguir parar de ler. É tanta informação e plot twist que você quer logo descobrir o que vai acontecer e como vai terminar que a leitura se torna bem rápida.
Se vou continuar a ler, claro que vou! Eu estou esperando por algumas respostas e espero que elas sejam respondidas nos livros seguintes. Quero descobrir como todas as pontas que Victoria iniciou nesse livro irão se fechar (se irão se fechar).
Confira essa e outras resenhas em
http://balaiodebabados.blogspot.com.br/site:
http://balaiodebabados.blogspot.com.br/2016/01/resenha-24-rainha-vermelha.html