Mademoiselle Zaira

Mademoiselle Zaira Mario Vicente




Resenhas - Mademoiselle Zaira


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mario 30/09/2015minha estante
Olá Vanessa, que rápido sua leitura, bom sinal.
Você está certa em seu comentário quanto aos diálogos. Isso é um estilo predominante no autor, que acredito no próximo romance deva ser mais equilibrado. Não é uma justificativa, mas era uma forma e também, pela história se passar durante 18 anos, a narrativa focou mais na história linear. Também ficou bem dramática, concordo plenamente com você, isso foi um pouco proposital para chamar a atenção, justamente sobre a situação da mulher.
Agradeço seu comentário, muito pertinente, pois é de quem realmente está sempre atento à leitura e vou considerar suas dicas como um incentivo para a próxima obra, ter mais equilíbrio entre a narrativa e diálogo, como também pouco mais de doses de humor. De coração, valeu e é esse feedback que preciso pra continuar minha evolução na literatura.
Abraço




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Vera 27/10/2015minha estante
Que legal, amei sua resenha.




Thais Mayra 19/10/2015

Romance com pitada de mistério
O livro gira em torno de todo o machismo e preconceito, que as mulheres eram submetidas até o final do século passado.
A personagem principal, sofre nas mãos do pai e depois nas do marido, até conseguir se libertar, numa busca pelo filho que lhe foi tirado, por ser fruto de uma violência.
Nesse interim, outros personagens ligados aparecem e recebem cartas anonimas, revelando segredos obscuros, que deixa todos abalados.
Ao mesmo tempo em que o autor nos delicia com um romance, vivenciado pela protagonista, que luta para ser feliz, também existe todo um mistério, para que possamos descobrir quem é que está mandando tais cartas e prejudicando todos os personagens.
Achei que faltou apenas um pouco de instigação no quesito mistério, porque embora eu estivesse curiosa para saber quem era o "bandido" do livro, foi uma curiosidade bem branda.
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Leticia 06/11/2015

É preciso força e coragem para enfrentar os dramas...
Geralmente são as sinopses que me motivam a iniciar uma leitura, isso ocorreu quando li a do livro “Mademoiselle Zaira”, pois apresentava a história de Zaira, uma adolescente que aos 15 anos sofreu violência sexual cometida por um sujeito misterioso, ao ser dopada numa festa de carnaval. Como consequência desse ato a jovem engravida. Por abordar a violência contra a mulher fiquei superinteressada, então coloquei como um dos livros "desejados” e sem esperar ganhei-o com surpresa e alegria.
O desenvolvimento da história ocorre tendo como foco a violência sexual. O abuso traz consequências para a vida dessa jovem que em plena década de 1950 tem que se submeter ao autoritarismo do pai e aos preconceitos oriundos de uma sociedade patriarcal.
O livro é dividido em duas partes e cada uma é contada por um narrador específico: a primeira é um narrador feto e a segunda um narrador observador. Não estranhe! É isso mesmo, um feto relata uma parte da história de Zaíra. De forma criativa o autor justifica a formação dos vínculos maternos desde o ambiente intrauterino, no qual o nascituro (fruto do estupro), tendo como base as vivências e pensamentos da mãe, no período gestacional, visualiza as sensações e fatos da vida. Em virtude dessa relação entre mãe e filho busca-se explicar os problemas relacionais que uma pessoa pode ter durante a vida.
A segunda parte dá-se após o parto e a busca de Zaira por seu filho que depois do nascimento foi entregue pelo avô materno a um orfanato. Só que Zaíra nessa procura nunca esteve só, pois há um jovem chamado Marlon que possui um laço de amizade e de amor com ela e após alguns anos separados, de forma arbitrária, reencontra-a. Ainda, durante esse período a jovem passa a receber cartas "misteriosas" sobre sua vida e de sua família. No decurso da narrativa histórias de pessoas próximas a mademoiselle são contadas de forma breve e muitas vezes sem relação com a da jovem, por causa dessa questão acredita-se que o segundo narrador se perde em alguns momentos e não aprofunda as relações afetivas dos protagonistas.
Após a leitura do livro imaginou-se a mesma história contada no contexto atual, conclui-se que poderia ser aprofundada a questão referente ao aborto, atualmente em discussão nos diferentes círculos sociais. No mais, não é uma leitura cansativa, mas de fácil compreensão que aborda um pouco a história da mulher brasileira nos anos dourados, mas que em pleno século XXI ainda vive em uma sociedade machista e preconceituosa.
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Najara 18/11/2015

Mademoiselle Zaira de Mario Vicente
Bem eu nunca escrevi uma resenha essa é a minha primeira, talvez por isso que ela demorou um pouco para sair, então eu espero que fique boa. Quando o autor me enviou um recado no Skoob perguntando se gostaria de ganhar o livro autografado e totalmente grátis, no primeiro momento não acreditei muito, pensei que fosse brincadeira na verdade só acreditei mesmo quando o carteiro me entregou o livro (sim, não sou uma pessoa muito otimista). Na mesma semana que o livro chegou eu teria uma reunião do Clube do Livro da minha cidade, decidi colocar o livro para o sorteio, ganhei e comecei a ler na mesma noite, não me arrependi.
O livro conta a história de Zaira uma menina de 15 anos, que é obrigada a morar em um convento na capital depois de ser violentada e engravidar no carnaval de 1957 em sua cidade natal Sollares. Seu pai que é um homem machista e muito preocupado com as aparências, tranca a filha no convento para não manchar o nome e a reputação da família. A primeira parte é contada através do feto, que conta seus dias no convento e os desesperos da jovem mãe, que se vê sozinha e sem a família, amigos e sem esperanças.
No convento Zaira começa a receber cartas anônimas, que conta alguns segredos de sua família e conhecidos, principalmente sobre o seu pai, mas não é só ela que recebe essas cartas, amigos, conhecidos e familiares também recebem.
Depois de a criança nascer o Sr. Haroldo pai de Zaira o coloca para a adoção e disse para a filha e família que o bebê morreu no parto. A partir dai começamos acompanhar a historia de Zaira, Marlon seu amor de infância e Pierre seu filho.
A historia tem muitas reviravoltas, violência sexual, abandono, segredos, desencontros, perdas, traições, mentiras, ameaças, mortes e amor, todos ligados a Zaira e a pessoas ligadas diretamente ou indiretamente a ela.
A história retrata 18 anos da vida dos personagens, tinha partes que fiquei um pouco confusa, principalmente com as datas dos eventos narrados e as ordens dos eventos, mas isso é comigo sempre fico perdida com isso. O inicio é um pouco cansativo, mas gostei do feto narrando a historia foi diferente. Achei que também algumas partes o livro ia muito rápido, sem muitos diálogos.
Gostei da leitura, apesar dos temas pesados como machismo, preconceito e o lugar da mulher na sociedade na época, a história foi apresentada de uma maneira fácil e leve. A leitura faz você pensar sobre as mudanças da sociedade no decorrer dos anos e muitas coisas que ainda deveriam ser mudadas e um retrato claro dos erros cometidos através do tempo, que servem para expor e debatermos sobre o assunto em vez de varrer para baixo do tapete e assim fazermos uma sociedade melhor.
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Jacke Blue Rose 14/12/2015

Uma obra primorosa
Esta obra foi um presente do próprio autor, que viu na minha lista de desejados o seu livro...
Terminei o livro há poucas horas, e estou encantada com tanta sutileza, verdade, cuidado e também realidade, pois é escrito tão detalhadamente que podemos imaginar cada cena, cada personagem, cada cenário...
Este é aquele livro que penso que deveria virar filme, ou melhor série - para que nada fique sem ser contado, em nenhum momento a obra deixa a desejar, tudo é esclarecido no decorrer da leitura, e não tem coisa que mais aprecio do que um autor que não engana o seu leitor!
Indico indico indico , para aqueles amantes de uma verdadeira obra literária, para aqueles que se deixar levar e viajar sem sair do lugar!
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Mari 30/12/2015

Temas fortes que instigam a reflexão
Inicialmente a história é contada no ano de 1957, na cidade de Sollares. Zaira é uma moça de classe média, cujo pai autoritário, egoísta e machista fez da sua vida um "inferno".

Estuprada aos 15 anos durante o carnaval, é obrigada a ter o bebê em um convento para não manchar a honra da família. Assim que o bebê nasce, o pai de Zaira o entrega para a doação à força, e a obriga a casar-se com um rapaz de família rica por interesse.

Desde a época do convento ela passa a ser atormentada por cartas de um psicopata, que revela segredos e atormenta outros personagens da história, causando temores e dificultando a vida da moça.

O mais interessante no livro é que o seu início tem a história narrada pelo feto, onde é possível entender o sofrimento da mãe e do filho, inclusive nas tentativas de aborto.

Zaira é uma guerreira, porque passou por muitos encontros e desencontros e teve todos ou pelo menos a maioria dos seus problemas causados pelo orgulho do pai. Ajudada por Marlon, seu amor desde a juventude, que foi muito importante para a vida dela, pois quando lhe faltava forças ele não desistia, e com isso conseguiu reencontrar o filho de Zaira e ajudou-a a vencer o psicopata que perseguia todos.

É uma ótima leitura para quem gosta de temas fortes. Demonstra muito bem a dificuldade ainda existente na sociedade com relação a temas como machismo, estupro e gravidez indesejada, que apesar de estarem mais evoluídos atualmente, ainda enfrentamos muito preconceito que dificulta a convivência.

Como tenho preferência por histórias bem detalhadas, achei que algumas partes do livro poderiam ter mais detalhes, porém foi detalhada o suficiente para instigar e aguçar a curiosidade do leitor.

Parabéns ao autor pelo livro, sobretudo por ser Brasileiro e de um Estado vizinho ao meu.

Boa leitura a todos!!
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Vanessa Meiser 03/01/2016

Quando vi esta capa pela blogosfera simplesmente não consegui resistir a ela, é perfeita e transmite a impressão de uma grande obra baseada num belo e sensível romance, e adivinhem só o que encontrei nas páginas de Mademoiselle Zaira? Exatamente o que eu esperava encontrar, uma linda história de amor de uma jovem mãe por seu filho não desejado, mas ainda assim muito amado, além do amor de um casal que se conhece ainda jovem e que mesmo com os obstáculos impostos pela vida, conseguem apesar de tudo manter este sentimento sempre vivo.

Zaira é ainda uma criança de 15 anos quando vai a um baile de carnaval e acaba sendo violentada, tempos depois se descobre grávida e sendo enclausurada pelo próprio pai num convento para esconder sua vergonhosa situação e não arruinar a honra da conceituada família. Zaira num primeiro momento e sob forte emoção, antes de aceitar o fato de que terá um bebê, tenta terminar com a própria vida e com a do filho que está esperando, graças a Deus nada acontece e a gravidez tem continuidade.

A primeira parte da trama é contada pelo filho que Zaira está esperando, sim, o feto nos contando como é o dia a dia de mãe e filho e como ele e Zaira aos poucos vão tornando-se um só, tão ligados pelo amor e cumplicidade que já sentem um pelo outro. É ele que nos conta sobre a primeira carta anônima da trama, uma carta que Zaira recebe no convento e que a deixa muito abalada, esta carta revela que Zaira tem uma irmã, uma filha que seu pai teve fora do casamento e que escondeu de todos. Este é o 'ponta pé' inicial para uma série de revelações de segredos guardados a sete chaves e que aos poucos vão se apresentando ao leitor, muitos deles através de cartas anônimas iguais a que Zaira recebeu no convento.

O parto de Zaira é prematuro e seu filho é imediatamente levado para longe da mãe que pensa que o menino não nasceu com vida. Zaira fica arrasada, mas não tem muita chance de avaliar os fatos, simplesmente dizem a ela que o menino não sobreviveu e pronto. Zaira volta a morar com a família e seu pai já a espera com um casamento arranjado, o noivo é um filhinho de papai com um caráter duvidoso, mas com a mancha na reputação de filha, foi o melhor que seu pai pode arranjar sem arriscar que a garota ficasse solteirona e continuasse a causar problemas com sua personalidade rebelde e inconformada.

Não posso deixar de mencionar Marlon, o melhor amigo de Zaira, aquele que cresceu com ela e que viu nascer um sentimento maior que a amizade e que foi separado da então namorada quando esta ficou no convento e depois quando casou e foi morar com o marido. Muitas coisas acontecem antes, durante e depois dos fatos aqui mencionados, mas não vamos estragar a surpresa contando tudo não é mesmo?!

Em suma, sou só elogios à Mademoiselle Zaira, o livro é extremamente sensível e emocionante, claro que aborda temas bem fortes e impactantes, como por exemplo gravidez na adolescência, machismo, injustiça, dependência da mulher, egoísmo, vaidade, mas todos eles tratados de maneira suave sem tirar sua parcela de importância e sempre como um alerta de como as coisas eram naquela época e do quanto mudaram ou não nos dias de hoje. Enfim, o autor foi muito habilidoso em amarrar esta trama com tantos fatos, tantas características e não deixar nenhuma ponta solta, nenhuma linha fora de lugar. Zaira luta pela sua felicidade completa e para que isto finalmente ocorra ela precisa estar com as pessoas que ama, principalmente seu filho que ela admite não acreditar que tenha morrido no parto e não descansará até encontrá-lo.

site: http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
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Rejiane 07/01/2016

Exemplo de resistência
Um livro que mostra força, coragem e persistência de uma mulher. Nos dias de hoje nem dá pra acreditar que os fatos narrados aconteciam (e acontecem) de verdade. Uma violência sofrida, uma gravidez indesejada, a prisão em um convento, a angustia da dúvida e o reencontro. Em situações que muitas pessoas desistem de viver, Zaira se mostra um exemplo de resistência. Recomendo a leitura!!!
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Rayana 14/01/2016

Mademoiselle Zaira - Breve crítica
Aceitei o convite do autor do livro para que, se assim quisesse, escrever ou gravar um vídeo sobre o livro. Pois bem, prefiro escrever.
Devo começar salientando que é uma boa história, se passando em um período muito conservador da sociedade brasileira, com o ditames patriarcais e comodismos dos entes familiares.
O autor apresenta características da velha literatura nacional, seja no emprego de palavras ou na construção das interações entre os personagens, o qual, diga-se, é retratado em muitos momentos em terceira pessoa, deixando sempre o espaço para que outro personagem ainda "não envolvido" na narrativa conte a história. Existindo também, e sempre explorado, o suspense, o qual é o mais instigante nas ficções.
É uma boa história para futuras adaptações em telenovelas, ou minisséries.
As "peças" que são necessárias para o entendimento do leitor é entregue em momento propício, e os segredos que envolvem o enredo são bem explorados, deixando até mesmo emergir aquela dúvida sobre a quem pertencerá "a culpa". Mesmo assim, talvez por minha prelação por outros tipos de histórias, não consegui me envolver propriamente com a vivência dos personagens, mesmo o tendo apreciado em dados momentos e, tendo tenra alegria por observar talentos nacionais ainda não conhecidos, ou seja, a literatura do Brasil não morreu, mesmo tendo entrado em declínio há muitos anos e ter se enveredado por biografias, sensacionalismo, e ficções pouco trabalhadas. De forma geral, o aconselho a quem deseja enveredar na literatura nacional e que busca novos nomes (autores).
Ao autor, desejo boa jornada, e que venha a surpreender a arte da escrita com novas narrativas e sempre as aperfeiçoando.
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Rosi Ramos 10/02/2016

Leitura de impacto...
O livro conta a estória de Zaíra, uma jovem garota, presa as convenções e a opressão vinda de um modelo social machista e patriarcal. Essa garota luta durante toda sua vida para conseguir ter o direito de viver sua existência de forma plena e desprendida do julgo que a sociedade autoritária lhe impõe.
Zaíra é uma menina de família rica que tem um pai prepotente e machista, que esconde grandes segredos e mascara aos olhos da sociedade uma visão convencionada de respeito. Essa adolescente é violentada em uma baile de carnaval aos 15 anos, por um homem misterioso. É dopada nesta festa e como consequência desse ato, engravida e é mandada sem remorsos pelo pai para ter o filho em um convento, de modo a esconder seu “pecado” dos olhos alheios, e não conspurcar o a honra e o nome da família. A partir daí, se inicia a narrativa um tanto quanto inusitada feita num primeiro momento pelo seu filho, ainda um feto em seu útero, ele conta com detalhes o que se passa nesta vida interligada entre mãe e filho.
Zaíra, vive todo esse processo de gestação sob forte pressão emocional, o que acaba por leva-la a tentar o suicídio, buscando com isso terminar seu martírio e de seu filho. Isso não se dá felizmente e o menino nasce pra ser imediatamente arrancado de sua mãe, que acredita neste interim, que seu filho morreu no parto. Fica evidente que o autor quis com esse tipo de narrativa intrauterina, mostrar o grande vínculo que existe entre mãe e filho no período gestacional e como as sensações compartilhadas são fatos que iniciam a personificação da vidas destes ao longo da trama.
Ainda no convento Zaíra começa a receber cartas anônimas de um psicopata, que a atormenta ao longo de toda a trama chantageando com os segredos e mistérios familiares guardados a sete chaves, causando medo e dificultando a vida dela e de sua família. As cartas vão sendo enviadas ao longo da trama e revelando fatos e acontecimentos que estão interligados a vida de Zaíra e que vão trazendo a tona a carga emocional e o cunho psicológico que o enredo propõe.
Após o parto, Zaíra volta para casa e de novo fica sob o julgo do pai que lhe arranja um casamento com um malfadado fanfarrão de pretensa “boa família” buscando assim, dirimir o ocorrido. A trama vai se expandindo e mostrando todo o cenário tortuoso que a mulher daquela época tinha pra si. Todo o julgo, sofrimento, traições e preconceitos vividos.
Zaira se mostra uma grande mulher, que vai amadurecendo e buscando seu eu, sua personalidade no decorrer do livro. Ela passa por muitas situações e indecisões, desilusões, tristezas, perdas, encontros e desencontros. Um outro personagem da trama tem um papel preponderante na estruturação da personalidade de Zaíra, seu nome é Marlon, seu amor desde a juventude, aquele que sempre foi importante na vida dela, quem sempre que colocou cima e deu o apoio nos piores momentos de forma que ela pudesse seguir adiante, pra mim, ele simboliza a força motriz que ajudou Zaíra a se libertar dos grilhões e buscar sua felicidade acima das convenções sociais. Foi ele quem a acompanhou na busca pelo filho e a apoiou quando lhe faltavam forças, ele sempre estava lá disposto a não deixa-la desistir, e com isso ela conseguiu reencontrar o filho. Marlon e a personificação do amor desprendido de interesses, do amar por simbiose, do companheiro perfeito em sua imperfeição.
O livro é um retrato primoroso de uma sociedade decadente e preconceituosa, que vive de aparências e sem competências de fugir do estereótipo que lhe é auto imposto. Zaíra, Marlon e Pierre são os contrapontos, os desmistificadores, que vem pra romper esse paradigma. Não é uma tarefa fácil, mas o autor constrói essa ruptura de forma magistral e verdadeira.
Super indico o livro pra aqueles que pretendem ver além dos panótipos, além da realidade impositiva, que conseguem enxergar que mesmo com toda a dificuldade existente o bem prevalece ao final, de uma forma ou outra. Que acredita em sentimentos verdadeiros e que perduram ao longo de toda uma vida, mesmo que tudo trabalhe ao contrário.
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Anna na biblioteca 31/03/2016

Saga dramática, com doses de mistério, desencontros e amor
A saga de Zaira está contextualizada em um período de grande conservadorismo, repressão e rigidez da história do Brasil.

Filha de um pai severo e uma mãe submissa, esta jovem sonhadora tem sua vida atropelada, em consequência de um ato terrível, ocorrido em um baile de carnaval. Envergonhada, assustada e confusa, não consegue de imediato contar a ninguém!
Pouco tempo depois, sem receber apoio ou carinho dos pais e nem mesmo ser consultada, acaba por ser enviada à força para um convento, tratada como "vergonha" da família, que deve ser escondida, aos invés de vítima passa a ser culpada! Neste local e nesta condição, passa seus dolorosos meses de gestação, experimentando sentimentos muito pesados como o abandono e a rejeição.

Esta história é contada sob o ponto de vista do feto, que alterna momentos como narrador e outros como personagem, já que revela suas impressões, sentimentos, temores e necessidades.

Zaira é o centro deste enredo, uma adolescente permeada de afeto por um lado e frieza de outro, vivendo em meados dos anos 50, onde as regras sociais e de bons costumes eram muito arbitrárias e sufocavam qualquer mocinha que ousasse fazer suas próprias escolhas, principalmente a quem amar ou com quem constituir matrimônio, algo inegociável e determinado conforme a escolha e interesses do pai.

O início da leitura foi um pouco confuso para mim, pois no enredo há diferentes tempos cronológicos que se alternam, além das impressões pessoais do narrador. Mas, após alguns capítulos e mais situada, as cenas foram me envolvendo de forma crescente até ficar arrebatada pela leitura!

Marlon, seu amigo de infância, foi o personagem pelo qual me envolvi com mais profundidade, apesar de ter gostado muito de Zaira.

O autor fez uma ótima escolha na forma de finalizar os capítulos e alternar os personagens, pois propiciou uma certa tensão e expectativa para o próximo desfecho a ser revelado.

Mademoiselle Zaira é uma saga dramática, de sofrimento individual, com doses de mistério, devido ao surgimento de cartas anônimas, desencontros, busca, redenção, romance e amor. Leitura muito recomendada! Uma ótima surpresa!

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br/2016/03/resenha-mademoiselle-zaira-mario-vicente.html
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