Thila 15/05/2015
" Você é Eadlyn Schreave. Será a próxima pessoa a governar o país e a primeira garota a fazer isso sozinha. Nenhuma pessoa - prossegui - é tão poderosa quanto você."
Okay, por onde começar!? Primeiro, gostaria de deixar claro que sou muito fã de Kiera Cass. Consegui forçar meus amigos, que nem gostam da saga, a irem aos eventos comigo só para conseguir um livro autografado. Por que estou dizendo isso? Porque antes que atirem pedras em mim quando eu revelar a minha opinião sobre esse livro, eu gostaria de deixar claro que eu não tenho nenhum equívoco com a autora e sim uma grande admiração. Maaas, desculpa pessoas, produção, amigos, universo e fãs devotos da saga, mas esse livro pra mim, foi uma grande decepção!
Antes de continuar explicando a minha frustração, vou descrever um pouco a história. Quem não quiser ler críticas negativas, pode desistir de ler essa resenha até o fim.
Logo de cara somos apresentados à Eadlyn, filha de América e Maxon, que foram os protagonistas dos três primeiros livros. O que fez Eady se tornar a próxima herdeira do trono e futura rainha de Illéa?! Apenas sete minutos de diferença de nascimento à frente de seu irmão gêmeo Ahren. Esse pequeno espaço de tempo mudou o destino de sua vida para sempre. Além de Ahren, Eady possui dois irmãos mais novos Kaden e Osten.
"Claro, além de Ahren era naturalmente bom em matemática, mas ninguém nunca o obrigava a aturar reuniões de orçamento, rezoneamento ou serviços de saúde. Ele sempre escapava ileso por causa daqueles malditos sete minutos."
Nesse livro, encontramos uma Illéa mudada. As castas foram destruídas, o que era uma das principais ideias de America e Maxon nos volumes anteriores, porém o preconceito e revoltas ainda são presentes. As castas podiam não existir mais, porém a diferença entre as classes sociais continuava na cabeça de uma grande parte da população. As notícias de rebeliões estavam se tornando frequentes nos jornais que Maxon lia todos os dias, chegando ao ponto de não saber o que fazer para solucionar a situação e trazer paz ao seu povo.
"Era terrível descobrir que rapazes foram espancados só porque se mudaram com a família para um bairro melhor, ou que mulheres foram atacadas por tentar conseguir um emprego que, no passado, era proibido para elas."
Até que em um certo dia Maxon tem uma grande ideia: Fazer uma Seleção com a sua Herdeira a fim de distrair e tentar acalmar o seu povo enquanto tentava encontrar uma solução para as revoltas. Como Eadlyn reagiu à proposta de seu pai? Com muita, mas muita rejeição. Entretanto, ela acaba cedendo a proposta com uma única condição: que ela não precisasse se casar no final de tudo e que ela aguentaria levar a Seleção por três meses. Em sua cabeça, ela já tinha o plano de ser o mais difícil possível com os 35 selecionados e jamais se apegar a algum.
"Eu ainda estava no controle, e um bando de garotos tontos não ia invadir meu mundo."
Porém no sorteio desses 35 Selecionados, Eady teve uma grande surpresa:
Kile, filho de Marlee foi sorteado. Quem inscreveu Kile e como Eady irá lidar com ele que antes não passava de: "o filho da amiga da minha mãe que mora no palácio"? Só lendo para saber.
Agora o que me deixou tão desapontada?
Primeiro: A Eady fala tantas vezes 'nenhuma pessoa é tão poderosa quanto eu' e é tão mimada que chega a ser irritante. Eu sei que deve ter sido difícil para Kiera criar uma personagem tão forte quanto a América, mas ela forçou muiiito a barra tentando deixar a Eady no mesmo nível, ou melhor, do que a sua antiga protagonista. Tudo isso gerou uma personagem egocêntrica e chata. Ela não se importa com ninguém além dela mesma.
Segundo: Tive a impressão que a Kiera ficou com 'preguicinha' de descrever os Selecionados. Ela foca em 4, 5 e os outros 30 é literalmente resto, alguns vão sendo eliminados e o leitor mal conhece eles.E mesmo após as várias eliminações, alguns selecionados que ainda restam não são nem citados. É sempre muito voltado pra esse grupinho fechado que a Kiera criou. Eu duvido que alguém saiba o nome de todos os selecionados que ainda sobraram sem ir lá no capítulo do sorteio, anotar todos os nomes e ler o livro de novo riscando os eliminados, e duvido mais ainda, quem souber descrever eles. Ficou tudo muito largado.
Terceiro: Só eu senti que a América está totalmente mudada? Aquela mulher determinada e teimosa que eu vi nos outros livros sumiu.
Quarto: Achei a leitura muito arrastada. Demorei muito pra ler e deu vontade de desistir diversas vezes. Porém, confesso que foi bom rever alguns personagens como a Marlee, Lucy e Aspen (General Leger). Não vou desmerecer o livro inteiro porque tem algumas cenas 'fofinhas' e divertidas.
E pra fechar: QUE FINAL FOI ESSE? A Kiera sempre fecha um livro com uma grande surpresa, mas essa?! Preparem os corações, porque olha, nessa ela caprichou.
Mesmo não gostando, porque graças ao universo existem opiniões e gostos diversos, desejo uma ótima leitura a todos.
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