Resenhas - Dois Irmãos, Uma Guerra

Gabrielle 08/09/2020

Nunca li nada parecido
Dois irmãos judeus criados como gêmeos até que lhes é revelado que um deles é alemão.
O desenrolar dessa história é surpreendente, foge do óbvio a todo momento.

Se você quer um livro que te prenda do início ao fim, que você não quer largá-lo e até sonha com ele, leia "Dois irmãos, uma guerra".

Rafael.Montoito 25/05/2020

Há tempos eu não chorava tanto
Baseado em fatos reais, este emocionante livro conta a história de dois irmãos, Otto e Paul, criados por um casal judeu - ela, médica e ele, músico. No começo de suas vidas, ambos desconhecem a verdade: um deles é alemão e foi adotado pelo casal quando sua mãe morreu no parto.
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A história da feliz família entra em declínio à medida que Hitler e o partido nazista vão estendendo suas mãos e alastrando sua perversa ideologia sobre a fraca Alemanha que, tentando recuperar-se da primeira guerra, procura culpados para suas mazelas e absorve facilmente o ódio pelos judeus. À história dos dois irmãos unem-se outras duas vidas: Silk, alemã, que ama os meninos, e Dagmar, judia, a quem ambos amam. O quarteto tentará sobreviver à medida que suas dignidades são dizimadas e, seus sonhos, destroçados.
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Este é um belo livro para as pessoas refletirem sobre os regimes e ideias totalitários e que mostra, paulatinamente, a ascensão de Hitler pelo voto popular e apoiado pelos cidadãos.
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Depois que o horror começa, refreá-lo é extremamente difícil. Há varias cenas tocantes que deixam claro ao leitor que alguns traumas nunca passam, mesmo para quem os sobrevive; igualmente, o livro mostra que a liberdade e o respeito ainda são os maiores bens humanos a serem preservados.

Afegc 21/05/2020

Una guerra e diversas vidas destruídas.
A incrível história de "dois irmãos, uma guerra", reúne um conjunto de emoções, sentimentos, estados de espíritos, famílias roubadas, assassinatos, sofrimentos, transformações pessoais, etc. A guerra consegue tocar tão profundamente nas pessoas que elas são capazes de tornarem-se extremamente monstruosas e desumanas. Na guerra, a lei da sobrevivência é como na vida animal, cada um por si e Deus por todos. Assim ocorre na vida da bela Dagmar, uma moça linda, cheia de vida e de boas intenções, de família rica e bem sucedida. Ela é obrigada a passar por uma metamorfose pessoal para se manter viva. No entanto, isso não ocorre apenas com ela, a mesma coisa acontece na vida dos irmãos Stengel, que precisaram trocar suas essências para a árdua tarefa de sobreviver em meio ao pesado fardo que foi o nazismo. Esse livro irá surpreender o leitor, principalmente pelas confissões horripilantes de acontecimentos macabros. Porém, o leitor irá entender que até uma traição é um ato nobre, quando a vida está em risco.

Niájera 17/05/2020

Espetacular e realista.
Que livro!!! Esplendoroso, uma lição de História onde no meio da ficção somos levados a viver e sentir o que foi ser um judeu na época pré-guerra. Difícil dizer qual personagem se destaca mais, o autor soube construir e conduzir de forma brilhante uma parte tão triste da História humana, sem deixar de lado a esperança.... Um livro obrigatório pra quem gosta de Histórias fortes e inesquecíveis.

bernadete.dalla 12/03/2020

Dois irmãos, um judeu alemão e um só alemão. Qual é o melhor lado para se estar em uma guerra?

Gisele Alves 10/02/2020

Surpreendente
O início do livro não me empolgou, mas bastaram alguns capítulos para a história me prender e me deixar apaixonada. Nunca tinha lido um livro de ficção sobre Os horrores do nazismo que mostrasse o dia a dia das famílias que não foram para os campos de concentração...como eles viveram e sobreviveram. E o final...Ah!!!! Esse sim foi surpreendente. Amei.

Tamara 01/02/2020

Eu sou uma leitora que gosta muito dos livros sobre guerras, e por isso boa parte do que é lançado sobre esse tema entra imediatamente na minha lista de leituras. Porém, eu nunca havia ouvido falar sobre Dois irmãos, uma guerra e quando ouvi imediatamente me interessei, e isso foi ainda mais aguçado quando recebi duas indicações seguidas de ler essa obra, o que me deixou com uma imensa vontade de conhecê-lo.
Certamente, achei esse livro uma obra única, pois apesar de ele trazer um tema recorrente, a segunda guerra mundial, sua narrativa é especial uma vez que ao invés de narrar os momentos da guerra, já amplamente conhecidos e exaustivamente esmiuçados pelos autores, nesse livro conhecemos o pré-guerra, que vai desde 1920, quando acabou a primeira guerra mundial e as coisas se encaminhavam para a segunda, até os anos e décadas seguintes, com um foco maior a partir de 1933, quando a situação começou a ficar complicada na Alemanha e Hittler ascendeu ao poder. Aqui acompanhamos a história de Frieda e Wolfgang, um casal que tem gêmeos em 1920 e no decorrer da história acompanhamos o crescimento dessas crianças e também o crescimento da hostilidade na Alemanha. Além disso, acompanhamos um fato sobre os gêmeos que diz respeito ao dia do nascimento deles, sendo que um dos bebês de Frieda faleceu no parto, porém no mesmo dia havia uma criança órfã no hospital, a qual ela adotou e passou a ser o segundo gêmeo. Tal adoção parecia irrelevante, tanto é que os pais jamais revelaram para os gêmeos a fim de que eles não se sentissem diferentes um do outro, no entanto, tudo muda no dia em que começa se fazer uma seleção sobre judeus e arianos, separando uns dos outros, para que supostamente não houvesse contaminação daqueles puros, e é então que os pais precisam revelar uma dura verdade, o fato de o irmão adotivo ser alemão puro e o filho deles, um judeu.
Em meio a separações, dores e mortes, Ben Elton nos conduz em meio as ruas devastadas, nos faz sentir desespero e o absurdo que foi a perseguição judia; também, nos permite ver como a vida dessas pessoas foram marcadas muito antes de 1939, sendo que muitos deles morreram ou sofreram graves privações por pelo menos cinco ou seis anos antes de a guerra estourar. Ainda, acompanhamos a história de alguns personagens secundários como Silke e Dagmar, duas garotas que cruzam o caminho dos gêmeos ainda na infância e possuem uma relevância imensa em suas vidas, desde os momentos em que estão juntos até quando são obrigados a se separar. Embora tenha apreciado acompanhar toda a história dos gêmeos, a minha parte preferida era quando encontrávamos narrações sobre a mãe deles, Frieda, uma mulher forte, batalhadora e que se tornou médica em um tempo em que mulheres ainda eram destinadas a permanecer em casa, cuidando de filhos e marido.
O livro é quase perfeito em toda a sua construção, pois tem uma narrativa envolvente, personagens cativantes e gêneros variados, envolvendo drama, suspense e até mesmo romance, porém, houve certa personagem que não tolerei do início ao fim e achei que esta acabou aplicando um certo egoísmo durante todo o enredo, o que me desagradou e me deixou triste por alguns personagens que foram atingidos pelas maquinações deste personagem; além disso, achei que o autor pecou um pouco nas pretensões românticas dos irmãos, que por muitos momentos soaram obcecados. Afora isso, que para mim foi um fator pequeno perante a grandiosidade do livro, Dois irmãos, uma guerra foi um dos livros relacionados a esse tema que mais me marcou nos últimos tempos, e com toda certeza recomendo muito.

ritita 28/11/2019

Bom ou terrivelmente bem escrito?
Eu comecei a ler em ebook, e logo nas primeiras páginas sabia que tinha que ter o físico, só não sabia da história a metade. Ai, que dor.

Considerando que tenho imensa curiosidade por este tipo de histórias, eu levei mais tempo que o normal para terminá-lo, não tinha condições de ler de uma tomada só, tendo que intercalar com romances bobocas, dado o desconforto que q leitura me causou a cada capítulo

Conhecia de tantas outras narrativas os horrores dos campos de extermínio, batalhas e fugas, mas nada me preparou para o espanto de conhecer sobre a vida dos judeus que conseguiram ficar em Berlim durante a 2ª guerra, e pelo distanciamento de continentes, épocas e culturas, me pergunto o que foi pior, já que nenhuma situação vivida sobre as sandices daquele execrável ser e seus seguidores pode ser tida como apenas razoável.

O autor baseou-se em sofrimentos dispersos de sua família e escreve de forna horrendamente magistral sobre a história de dois garotos - um judeu e seu irmão adotivo ariano, nascidos com apenas 1 hora de diferença e criados como gêmeos, à sombra do Nazismo.

Nascidos em Berlim, em 1920, e criados por pais judeu-alemães, no início as origens dos irmãos são irrelevantes, mas, com a mudança do cenário político, eles acabam em lados opostos durante a Segunda Guerra Mundial - um fazendo parte da Waffen-SS e o outro, do exército britânico - e têm que se confrontar com uma escolha inimaginável, que mudará completamente o destino de ambos, de sua família e amigos.

Devastada após esta leitura, não tenho condições de dizer se gostei de saber de mais esta faceta horripilante do belzebu chamado Hitler.

Enquanto eu lembrar, e espero que nunca esqueça, só posso confirmar minha absoluta repugnância a qualquer regime de exceção.

P.S.: Os judeus começaram a ser perseguidos nos anos 70 da era moderna.
O holocausto que matou 6 milhões de judeus na Alemanha nazista não era novidade, a novidade era que "a besta" achou que poderia acabar com eles.

Comenta Livros 07/10/2019

Uma guerra é capaz de separar dois irmãos?
Esse livro foi algo surreal, muito bom com um final arrepiante. Vai lá no blog que tem mais comentário.

site: http://comentalivros.com/dois-irmaos-uma-guerra-ben-elton/

Rob Gutierrez 08/09/2019

Excelente
Ao contrário do que o título possa indicar, vejo que o foco do livro não são os irmãos, mas sim a história da ascensão do nazismo e as conseqüências desta na vida dos judeus em Berlim. Tanto que há vários capítulos focados nos pais e amigos dos irmãos.
Algo que me incomodou um pouco foi a extrema politização dos personagens, mesmo os mais jovens, mas creio que o autor fez isso para conseguir mostrar mais amplamente ao leitor o momento sócio político da Alemanha.
Quanto a estória, além de mostrar as angústias, o dilapidar da esperança no povo, vamos ver até onde pode chegar a covardia de pessoas que não pensam duas vezes em enganar e destruir a vida de outros para não perder a própria.

César Augusto 12/02/2019

Uma história fascinante
Dramas ambientados durante o Holocausto sempre tem uma carga emocional intensa por resgatarem momentos sombrios e absurdos de nossa História, e o romance de Ben Elton (editora Jangada, 496 páginas) não foge a essa característica, mas parte de uma surpreendente premissa ainda não explorada (pelo menos até onde sei) pela ficção: a vida de dois irmãos alemães, um judeu e outro ariano adotado pela família de judeus, e as implicações que surgem desse fato com a ascensão do nazismo.

Inspirado em histórias de sua própria família, Ben Elton apresenta em "Dois irmãos, uma guerra" o casal Frieda e Wolfgang Stengel, ela (nascida Tauber) estudante de Medicina e prestes a se formar, ele um músico que batalha para sobreviver na Berlim boêmia de 1920, em uma Alemanha desolada pela derrota na 1ª Guerra Mundial. Grávida de gêmeos, Frieda perde um dos bebês no nascimento, mas, por sugestão do próprio médico, adota outro recém nascido cuja mãe morrera no parto, naquele mesmo momento. Assim começa a história de Otto e Paulus, que crescem como irmãos num período em que o nacional socialismo começa a ganhar paulatinamente corpo na Alemanha.

Durante os anos seguintes, a família Stengel vai enfrentar as dificuldades cada vez maiores por conta das restrições que os judeus começam a sofrer. Em meio a isso, Otto e Paulus criam fortes laços com Silke Krause, filha da empregada de seus pais, e Dagmar Fischer, herdeira de uma rica família de comerciantes judeus, desde a infância - esta última, alvo da paixão dos dois rapazes. E os dramas que se sucedem vão fortalecer os laços do "Clube dos Sábados", como as quatro crianças resolvem batizar o grupo.

O livro não trata do período do Holocausto em si, mas de seus antecedentes (a narrativa se concentra de 1920 e 1940) e os efeitos sobre a população judia alemã: os boicotes, as exclusões e perdas de direitos, as leis raciais de Nuremberg, as prisões arbitrárias e confinamento em campos de concentração, as torturas e, finalmente, a famigerada Kristallnacht. 

A narrativa transita entre a linearidade da história dos Stengel desde o nascimento dos meninos e capítulos passados em Londres em 1956, quando um dos irmãos recebe a notícia da suposta sobrevivência de um dos membros do grupo após a guerra. Esse mistério da identidade tanto do irmão quanto do sobrevivente vai se revelando em meio a uma montagem da história das famílias Stengel e Fischer.

Mas se teve um ponto que me marcou muito nesse romance, foram as cicatrizes profundas que a guerra e a perseguição deixaram nas pessoas envolvidas: escolhas impensáveis, decisões corajosas, traições, mentiras, instinto de sobrevivência, ressentimento, vingança e, acima de tudo isso, a loucura do ser humano provocada por anos de violência sem sentido. As revelações finais mostram tudo isso em momentos comoventes, por vezes dolorosos, que nos fazem questionar a bestialidade humana. Para quem gosta de dramas de guerra, trata-se de uma boa dica!

Guigui 08/01/2019

Ler para conhecer
Um livro excelente, vale a pena ler. Obrigado

William 01/01/2019

Minhas impressões...
Livro espetacular! Em um enredo de ficção trouxe muitos dados históricos sobre a Alemanha das décadas de 30 e 40. Contexto histórico totalmente baseado em fatos reais, que incluem as datas, por exemplo, as leis de Nuremberg em 1935. História fascinante, intrigante e que remonta a um período sombrio da história humana.

Cris 26/07/2018

Livrão
A história começa narrando a história de um jovem casal na Alemanha no período pós Primeira Guerra e antes da Segunda Guerra Mundial.

O casal é Frieda, que está grávida de gêmeos e luta para pagar os estudos de medicina; e Wolfgang Stengel, um músico brincalhão que ganha a vida tocando Jazz.

Ao longo de todo o livro nós acompanhamos a vida da família Stengel, após o nascimento dos gêmeos Otto e Paulus, que são duas crianças com características e personalidades bem diferentes entre si. Um é inteligente e estudioso,, o outro é bravo e corajoso.

Os capítulos são intercalados e faz uma viagem no tempo, em alguns voltando à época em que os gêmeos eram crianças e em outros falando sobre eles já adultos e após a Guerra. Tem alguns capítulos entre eles mais curtos também, que narram a criação e a evolução do partido nazista.

A narrativa deste livro é maravilhosa e me surpreendeu o tempo todo. Porque quando eu achava que tinha acontecido alguma coisa, o livro ia lá e revelava outra totalmente diferente.

A história real se mistura à ficção, de modo que temos um relato muito detalhado sobre a história da Alemanha e o início da segregação dos judeus até o seu extermínio.

Quando iniciou a Guerra, os dois irmãos foram separados e obrigados a viverem em lados opostos da Guerra.

Gente, que história incrível! Cheio de detalhes, com personagens cativantes, e com várias histórias diferentes sendo contadas. Um livro que mostra como a Guerra afetou de diversos modos a vida das pessoas. Este livro me emocionou e entrou para os favoritos do ano.


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/

Mario.Henrique 29/01/2018

Vale a pena!
Livro baseado em fatos, o que por si só a torna ainda mais interessante. O livro vai traçando um paralelo com o desenvolvimento do nazismo na Alemanha e também traça toda a transformação da sociedade na época. Além de ser uma história muito bem escrita, aprende-se muito sobre a Europa e a Alemanha pós primeira guerra. Recomendo