Resenhas - Dois Irmãos, Uma Guerra

Bianca2515 10/04/2015

Um dos melhores livros que já li, narrativa envolvente.
A cada página você se surpreende mais com a história.

Danielle 06/12/2014

Linda e emocionante
Quando fiquei sabendo do lançamento desse livro, de cara me interessei, a capa me chamou atenção e a premissa também, afinal dois irmãos gêmeos em tudo menos no sangue, um judeu e um ariano e em plena Alemanha Nazista, é bom provável que teriam muita estória para contar.

Quando a editora Jangada me enviou o livro não me contive de tanta felicidade, espera muito desse livro mas ele superou minhas expectativas. O livro tem quase 500 páginas mas a leitura flui de uma maneira tão gostosa que o leitor não quer largar o livro, e fica naquela, só mais um capítulo e mais um e quando vê já leu muito e se não tomar cuidado nem dorme.

Narra em terceira pessoa, a trama gira em torno da família Stengel, começando em 1920, um jovem casal Frieda e Wolfgang, que estão prestes a ter seu primeiro filho, na verdade dois, pois são gêmeos. Quando Frieda vai dar a luz, um dos seus gêmeos nasce morto e no mesmo hospital e no mesmo dia uma jovem mãe morreu no parto, deixando seu filho órfão, os avós deixam o bebê para adoção, que é oferecido a Frieda e Wolfgang que aceitam e têm seus gêmeos de volta. Frieda e Wolfgang são Judeus e o menino adotado não é, mas para eles isso não faz a menor diferença.

Junto com os gêmeos também no caos que a Alemanha se encontra com grandes dívidas e a inflação crescendo eis que também nasce o Partido Nazista e ódio pelos Judeus.

Frieda e Wolfgang decidem não contar nada para seus filhos e nem para ninguém sobre a adoção, mas quando o Partido Nazista passa a governar a Alemanha e os Judeus passam a ser perseguidos essa verdade vai vir a tona e mudar toda a vida dessa família.

Temos personagens secundários muito importantes na trama, Dagmar e Silke, duas meninas que se tornam muito amigas dos gêmeos Otto e Paulus, uma amizade que vai perdurar por toda a vida deles. Dagmar é riquíssima e conheceu os meninos sendo aluna do pai dos meninos que dá aulas particulares de música. Já Silke é filha da empregada dos Stengel, uma jovem muito pobre a quem Frieda deu abrigo.

A trama inicia pouco depois da primeira guerra junto ao nascimento dos meninos e passa pela Segunda Guerra Mundial, vamos presenciar tudo que se passou na Alemanha nesse período tão turbulento, não tem como não se emocionar, chorar e torcer para que no fim tudo dê certo, mas infelizmente sabemos que foi uma época que a maioria das pessoas não tiveram um final feliz, e muitas estórias morreram junto com elas e nunca ficaremos sabendo. Eu recomendo muito essa leitura a todos, uma parte da estória do mundo que por mais que saibamos o que aconteceu, a cada vez que leio sobre o assunto sempre descubro coisas novas, e nesse livro nós pegamos um período de transição da Primeira para a Segunda Guerra, ou seja como tudo começou. Não se assustem com as 500 páginas do livro pois como já disse é uma leitura que prende e em nenhum momento se torna cansativa.

Este livro daria um ótimo filme mas por ser uma estória longa seria melhor uma mini série.

Ao final do livro o autor nos conta o que o inspirou a escrever essa estória, que foi parte estória da sua família, gostei muito de ler o Posfácio e saber um pouco mais sobre a família e descendência do autor.

Com certeza essa estória vai ficar guardada no meu coração com um carinho especial.



site: www.facebook.com/minhasresenhasdp

Cissa 03/11/2014

Pungente

DOIS IRMÃOS, UMA GUERRA
- Ben Elton -

Histórias da Segunda Grande Guerra parecem todas iguais, mas esta não. Claro que temos fatos que são imutáveis e nem sequer podem ser contestados. Nessa história, a Segunda Guerra é vista pelo olhar de dois meninos, irmãos gêmeos para todos mas que na realidade um é judeu e outro ariano.

Era o ano de 1920 e a Alemanha tentava se recuperar dos prejuízos e danos causados pela Primeira Grande Guerra. A inflação era altíssima, o povo vivia com dificuldade e lutava para sobreviver. Frida e Wolfgang formavam um casal que se amava muito e ela iria dar à luz a gêmeos. Um deles não sobrevive e eles acabam adotando uma outra criança cuja mãe havia morrido no parto naquele mesmo dia e naquele mesmo hospital. O casal opta por criá-los como irmãos gêmeos sem que ninguém saiba. Paulus e Otto são amados indistintamente.

A vida segue para a família Stengel e os irmão vivem em harmonia. Mas algum tempo depois, na cidade de Munique, o partido nazista toma vulto e tudo mudará para a Alemanha, seu povo, para os judeus e para a família Stengel. Mas o nazismo cria força e seguidores se juntam cada vez mais ao lider Hitler lhe dando força e poder.

Com esse pano de fundo baseado em fatos reais, o autor Ben Elton discorre com competência e maestria a luta para sobreviver com dignidade em um país que se mostra violento, racista e caminhando para uma guerra que mudará para sempre o destino do Mundo.

Vamos seguindo cada ano, cada dificuldade, cada alegria pois ela ainda consegue surgir na vida de quatro crianças que se tornarão jovens e viverão suas vidas da forma que conseguirem.

Vemos durante a narrativa como a amizade, o caráter e a solidariedade podem estar presentes em meio ao caos. Também vemos o egoísmo, a falsidade e a traição surgirem. Ao longo do que lemos vamos nos questionando e muitas vezes ficamos abismados com o que o ser humano é capaz de fazer em nome do poder, da liberdade e do amor.

Uma história pungente, dolorida mas não menos bonita e forte de um tempo em que grande parte da humanidade se esqueceu de Deus.

San... 27/10/2014

Para além da bonita narrativa o leitor há de perceber que, mesmo entre aqueles que deveriam se manter unidos, que deveriam ser solidários frente aos horrores enfrentados, há pessoas venais, cujo único intuito é salvar a própria pele, mesmo que para isso usem e abusem dos sentimentos alheios... E quando o leitor percebe tais fatos, as emoções afloram de tal maneira que fica dificil perdoar tais comportamentos... Numa guerra, para além de vencedores e perdedores, há heróis invisiveis e covardes abjetos... Mas... vale a pena a narrativa. Recomendo