Rascunho com Café 29/03/2015
A história de um casal
Com uma leitura leve e fácil, “Sempre foi Você”, da autora Carrie Elks, atravessa os anos de 1999 a 2013, contando a história de um casal, nessa trama há eventos que realmente aconteceram.
O livro se resume a uma história de amor, não um amor a primeira vista ou uma paixão avassaladora, imediata e impulsiva, mas um amor que começa na amizade e vai amadurecendo, que depois de idas e vindas consegue se reestruturar e fortalecer.
Começamos o livro com uma Hanna Vicent aparentemente rebelde e um Richard Larsen que parece ser “mauricinho”, nada mais longe da verdade. Aquela primeira impressão que a autora tenta nos empurrar no início da narrativa cai por terra ao longo do livro.
A inglesa Hanna é uma garota comum, que passou por várias fases até se encontrar, já foi gótica para enfurecer o pai e já teve seus momentos de flertar, como que para testar seu poder de sedução, mas acima de tudo é uma moça muito ligada à mãe e à família Larsen, que escolheu amar.
O americano Richard não era o “garoto-Columbia” que preconceituosamente Hanna achou ser, apesar de muito rico o rapaz é muito responsável e amoroso com a família.
Hanna e Richard vivem como amigos até que não resistem ao amor e enfrentam vários obstáculos e desencontros para permanecerem juntos.
Como já disse, a história não se trata de nada mais que um romance, não traz reviravoltas e nem surpresas, porém Hanna é tão normal com seus erros e acertos que não podemos deixar de torcer por ela. Gostei principalmente desse fator, diferente de muitos livros que lemos por aí, Hanna não é uma personagem clichê, não é virgem, se apaixona por outras pessoas, tem seus momentos de desespero e tristeza, mas não é frágil e se reergueu sozinha.
Há poucos personagens secundários, a maioria deles se encontram no núcleo familiar de Richard e eles não deixam de ser ponte para a história principal, podemos destacar Ruby, irmã caçula de Richard e Tom famoso cantor de Rock.
O livro também traz vários eventos, que todo mundo com que tem mais de 16 deve se lembrar, de 1999 para até nossa década. Eu amei a parte de ficar descobrindo no meio da história a riqueza de detalhes que a autora teve o cuidado de mostrar, como o show dos Strokes, quando eles ainda eram uma banda desconhecida, sobre as torres gêmeas em 11 de setembro, o pre-histórico Nokia 8250 e a visão do Richard sobre as “redes sociais”.
Enfim, um livro que vale a ser pena ser lido como uma pausa após uma leitura tensa.
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