Tampa

Tampa Alissa Nutting




Resenhas - Tampa


104 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Wagner Fernandes 19/04/2022

Lolita às avessas
Psicopata! PSICOPATA.
É assim que defino a protagonista de "TAMPA".
Peguei esse livro aleatoriamente no feriado, comecei a ler e não pude largar, mesmo em alguns momentos em que pensei seriamente em abandonar, mas eu queria ver que destino a autora daria aos personagens.
O que tirei de útil nesse livro (porque de BOM não tem nada!) foi que podemos encontrar o MAL mesmo nas mais belas formas e nos sorrisos mais encantadores.
A escrita é boa, envolvente, mas o texto em si é doentio, visto que é narrado em primeira pessoa e estamos DENTRO da mente da protagonista. Celeste Price é psicopata, pedófila, egoísta, predadora sem escrúpulos de menores. Seu único objetivo é satisfazer seus desejos lascivos. O sexo com menores tornou-se um vício tão incontrolável que ela perde a noção do perigo e das coisas para poder dar vazão à sua luxúria. Não importa se alguém morre diante dela, não importa se pode ser presa, não importa se seu casamento pode ruir, não importa se seu marido é policial, não importa se sua própria vida está em risco ou se um garoto está ferido e sangrando à sua frente: TUDO o que ela pensa são oportunidades de fazer sexo com garotos (especialmente os de 14 anos). As descrições explícitas são às vezes perturbadoras e, em certo momento, nojentas. Dá ânsia e você quer logo passa pro capítulo seguinte. Não recomendo o livro para pessoas sensíveis, as que possam ter gatilhos ou sintam-se atraídas por menores (se for, procure ajuda imediatamente!).
Celeste é louca na mais literal definição da palavra. Uma louca extremamente perigosa porque caça meninos para serem seus amantes.
O mais terrível é imaginar que possam existir pessoas assim perto de você e de mim.
***
Agora, analisando o livro de forma geral, entendi o que a autora fez. "TAMPA" é "Lolita" às avessas atualizada para o presente, mas quem provoca é a professora.
O menino protagonista tem 14 anos. Mora com o pai divorciado. Tem certa carência pela falta da mãe, mas prefere viver com o pai, e é seduzido pela professora de inglês bonitona. (Que mulher maligna!)
Há outras semelhanças exatas com "Lolita" que não citarei para evitar o spoiler.
De um modo geral, o livro abre os olhos para o perigo que cerca os jovens. Adultos "caçando" meninos e meninas para satisfazerem seus apetites pervertidos seduzindo e prometendo o céu estão à solta, podem estar na escola, no shopping, no consultório médico, na praça ou do outro lado da rua.
É um alerta para estarmos vigilantes e protegermos nossos filhos e filhas desses predadores.

comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



lisa hallowey 23/02/2022

Enojada
Tampa foi um livro que li rápido, a leitura é bem fluída, mas foi um livro que me deixou enojada. É um livro erótico versão 50 tons de cinza, mas no sentido perturbador.
Celeste é uma professora de 26 anos casada com Ford, um policial bem sucedido.
Um típico casal que poderia ser considerado um casal perfeito, porém, Celeste tem aversão ao marido, e precisa se drogar para conseguir suportar a intimidade do casamento. E esconde um segredo dele; Celeste tem impulsos sexuais doentios por adolescentes de 13 e 14 anos. E sendo professora do ensino médio, ela busca perdidamente pela presa perfeita para satisfazer seus desejos.
As cenas de sexo são bem detalhadas e explícitas. A protagonista ou está fazendo sexo ou está pensando em sexo. O que me deixou enojada nesse lixo, foi isso, não pelo sexo, pois já li livros eróticos com cenas bem picantes, mas o fato do sexo ser com um menor. A mente doentia dela, o jeito que ela manipulava os garotos. E o final do livro, foi simplesmente repulguinante pra mim.
É um livro que não recomendo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Niny 26/12/2021

Perturbador e muito facil de romantizar
"Se você fosse um adolescente, chamaria uma experiência sexual com ela de abuso?"

Não sei exatamente o que dizer, a personagem era claramente obcecada por sexo. Quando você pega o livro pensa que vai ter uma maluca que gosta de pré-adolescentes, mas conforme a leitura avança você percebe que para ela tudo envolve sexo, que tudo se resolve com ele e que na cabeça dela só se passa meninos com corpos pouco desenvolvidos. Imaginei que não haveriam cenas plenamente explícitas, grande engano.

A leituras é perturbadoramente envolvente, a autora te prende do começo ao fim e quando você finalmente acaba só quer saber como e o que mais há ali. No final percebemos a dependência dolorosa que as vítimas criaram, uma pena não terem sido levados tão a sério.
comentários(0)comente



AngelaS.DiasNagami 06/12/2021

Doentio
A leitura te faz ter sentimentos repulsivos, de incredulidade, de raiva! Ainda mais sabendo que foi baseado numa história real.
comentários(0)comente



Verena Cavalcante 15/10/2021

Tão repetitivo, inverossímil e forçado que não consegui passar das primeiras cinquenta páginas. Tosco, parece livro erótico do Wattpad.
comentários(0)comente



Rayssa 22/09/2021

Na mente de uma pedófila
Uma história bastante imersiva e informativa da mente de uma mulher extremamente perturbada cujo único objetivo de vida é satisfazer seu desejo sexual implacável por pré adolescentes. Acho louvável a autora ter trazido à tona o tema da pedofilia cometida por mulheres, sobretudo para quebrar o paradigma de que abuso cometido por mulheres contra homens não é abuso.

Além disso, mostra como uma relação assim pode ser complexa, na medida em que a vítima pode se apaixonarpela/o abusadora/o e criar um ciclo de dependência e um falso consentimento, sobretudo quando se trata de adultoXmenor.

Embora o foco do livro de fato seja o estudo do comportamento da abusadora, senti falta de alguma reflexão mais profunda sobre o impacto do crime nas vítimas. Creio que o livro se limitou demais deixando de fora o outro ponto de vista. Fora isso, recomendo sim a leitura.

Para quem se choca com facilidade com descrições sexuais, talvez não seja o livro certo pra você.
comentários(0)comente



Milena 29/08/2021

Nas primeiras 14 páginas eu já queria ir para o final do livro e saber se a protagonista se dava muito mal no fim da história. É um livro para quem está mentalmente saudável porque não tem como ler e passar pela história sem sair afetado, as cenas e os detalhes descritos são perturbadores ainda mais perturbador é saber que esses tipos de pessoas existem realmente e estão por aí em qualquer lugar e que alguns deles nunca ao menos serão descobertos.
comentários(0)comente



Gabi Godoi 09/08/2021

Apesar de ser uma história repugnante, a escrita da autora é realmente muito boa. É interessante ver o que se passa na cabeça de pessoas com esse tipo de distúrbio (?), mas não é uma leitura fácil, tem que estar preparado psicologicamente.
comentários(0)comente



Mazza 26/07/2021

????
"Eleito o livro mais polêmico do último verão pelo jornal britânico The Guardian, Tampa, romance de estreia da norte-americana Alissa Nutting, narra a atração doentia de uma jovem professora, casada e bonita, por seus alunos, e o tórrido caso de amor que viveu com um deles, de apenas 14 anos. Baseado em um caso real, o livro surpreende ao descrever uma protagonista ao mesmo tempo delicada e espirituosa, com uma intensidade de psicopata quando se trata de suas obsessões sexuais, numa trama com altas doses de erotismo e pitadas de humor negro."

Nada a dizer, apenas a descrição copiada da net já vale; não que este seja um livro ruim, nem gostei nem desgostei deste livro.
comentários(0)comente



Drika |@floreios.e_borroes 28/06/2021

Alerta de gatilho: pedofilia; abuso sexual e psicológico; cenas explicitas de sexo.
Sabe aquela leitura que você fica processando dias a fio? Pois bem, Tampa foi uma delas. Que livro difícil de se digerir!!! Fiquei tão incomodada com essa obra que fui pesquisar de onde viera a inspiração para tal, e eis que descubro que é baseado em fatos reais, para meu total espanto.
Permitam-me apresentar um pouco do enredo para vocês:
Celeste Price, uma mulher de 26 anos, professora e casada com um policial muito bem quisto pela sociedade local, esconde um segredo terrivelmente sujo: sua preferência sexual por pré-adolescentes.
Esse desejo doentio encontra um escape quando Celeste recebe uma oferta de trabalho para lecionar na escola Jefferson Junior. Lá ela terá a oportunidade de levar à cabo seus anseios obscuros ao passo que conhece Jake, um jovem tímido e introvertido, com uma aparência extremamente infantil, que acaba cedendo às investidas da professora.
O livro é narrado pela própria Price, que reconhece sua necessidade patológica, porém não faz nada para trata-la, ao contrário, vai alimentando-a de forma incessante. Ao longo da narrativa vamos acompanhando os abusos sexuais e psicológicos que ela submete a Jake.
Além do teor extremamente pesado, o que mais me incomodou na obra foram as cenas altamente descritivas dos atos sexuais, o que em alguns momentos encaminhava à leitura para uma característica hot. Mas acredito que o intuito da autora era realmente chocar o leitor, como de fato conseguiu.
Tampa é realmente um livro muito perturbador. Não o recomendo para pessoas sensíveis à temática. Agora se você assim como eu tem interesse em ler obras que abordem True Crime ou semelhantes, então talvez goste dessa leitura
comentários(0)comente



anicca 20/06/2021

"Os segredos envenenam dentro de você e o deixam doente"
Antes da resenha em si, acho importante ressaltar que o livro em questão apresenta gatilhos, os quais irei citar a seguir (pode funcionar como spoiler para quem não quiser quaisquer informações antes de iniciar a leitura). São eles: abuso sexual, aliciação de menor, stalking, pedofilia, manipulação e cenas gráficas.

Em linhas gerais, Celeste Price convida o leitor a mergulhar em sua história de amor às avessas. Jovem e bonita, adquiriu uma vida estável como professora, esposa de um policial bem-apessoado e dona de vários bens materiais. Mas a aparente perfeição esconde um pérfido segredo: Celeste é uma mulher de perfil sexual desviante, e ela pretende se envolver com um dos alunos de sua nova turma.

Dito isso, a narrativa foi inspirada por um caso ocorrido em 2004, no subúrbio de Tampa, na Flórida. Celeste, a protagonista, é, na verdade, Debra LaFave (antigo nome), uma ex-professora que se valeu da profissão para aliciar menores e cometer crimes de cunho sexual. Trata-se de uma pessoa inteiramente disfuncional e cujo comportamento pode ser deveras perturbador. A personagem é como uma espiral de escuridão, e, conhecê-la, uma descida sem retorno rumo ao que há de mais pútrido na alma humana.

"Passei a noite anterior ao meu primeiro dia de aula como professora em um ciclo excitado de masturbação silenciosa do meu lado da cama, sem conseguir dormir" é a frase de abertura do livro. A partir dela, o ritmo acresce à medida que a protagonista segue seus impulsos estapafúrdios.

No entanto, o modo como é guiado torna-o potencialmente perigoso, devido ao teor expositivo que acompanha as inúmeras cenas carnais. Há detalhes demais sobre como Celeste se insinua e cativa, quais artifícios usa para manipular as situações a seu favor, que sinais esclarecem as condições vulneráveis ou não do adolescente, as condutas que a mantém à margem da lei, e assim por diante. Vale lembrar que O colecionador serviu de inspiração antes que Natascha Kampusch fosse sequestrada e mantida em cárcere privado por 3.096 dias. As descrições literalmente facilitaram a construção do cativeiro da jovem. (Não significa que a obra em si seja letal ? caso fosse, todos os leitores/espectadores se veriam tentados a repetir os atos de Tampa, Laranja mecânica, Senhor das moscas e Fúria, do Stephen King ?, mas que, a partir do momento que vem a público, deixa de pertencer ao autor e é apropriada por terceiros e ressignificada.)

A temática já foi abordada sob outros vieses, como em Lolita e Minha sombria Vanessa, sendo que neste acompanhamos a construção do abuso na perspectiva da vítima (acredito até que são histórias complementares por ofertarem um horizonte mais amplo sobre o assunto). E é preciso que discutamos a respeito, incluindo ações para mitigar os ataques, mas exibir explicitamente não me parece a maneira mais apropriada. E, do ponto de vista narrativo, faz sentido que seja prolixo, visto que a história nos é apresentada pela criminosa, mas não deixei de questionar a necessidade dos detalhes. Precisava mesmo das dezenas de páginas voltadas para seus desejos predadores?

Ainda assim, o livro pode funcionar como um desvelador do senso comum, pois desmistifica três pontos centrais em relação ao abuso de menores: não é um crime cometido apenas por homens, o feminino não é o único alvo e, talvez o mais importante, esses criminosos não podem ser identificados a priori. Não existe um "perfil do abusador", não há aparência que os destaque das outras pessoas, pelo contrário, em geral são pessoas acima de quaisquer suspeitas, socialmente integradas e participativas.

Além disso, a história elucida traços do perfil pedófilo. Há passagens que demonstram o modus operandi¹, a seleção que precede o avanço², a manipulação³ e a mentalidade? envolvida. Celeste, em específico, continuamente objetifica sua vítima, alimenta fantasias absurdas, demonstra frieza em relação a tudo que não ela mesma, subjuga a quem puder com sua aparência e, em suma, é capaz de qualquer ato para se satisfazer. Definitivamente não é o que se espera de um professor, então o livro também faz pensar sobre a atenção que damos a quem cerca as crianças de nossa sociedade e como se comportam em torno delas. Aparência física não atesta bom caráter.



SPOILERS:

¹ "Meu parceiro ideal, eu sabia, incorporava uma junção muito específica de características que excluía a maior parte da população masculina do ensino médio. Surtos extremos de crescimento ou músculos pronunciados eram razão imediata para desclassificação. Eles também precisavam ter uma pele boa, ser mais magros e ter ou timidez ou a disciplina incomum necessária para guardar segredos" (p. 20); "eu havia decorado como chegar à casa de Jack; uma antiga lista online a divulgava como uma casa térrea de cinco quartos com teto abobadado. O preço de compra de alta classe média de alguns anos atrás era estimulante: eu torcia por pais que trabalhassem fora e não tivessem tempo para decodificar mentiras ou fazer microgerenciamento na criação dos filhos. Um mapa na internet registrava uma distância de 8,5 quilômetros. Antes de dar a partida no carro, certifiquei-me de zerar o odômetro para confirmar a distância alegada. Qualquer dado ou estatística relacionados a Jake já pareciam algum progresso" (p. 48); "por enquanto, minha juventude e aparência facilitam tudo isso [continuar os envolvimentos sob o véu da falsa identidade]. Procuro não pensar nos anos frios à frente, quando o tempo aos poucos roubará minha juventude e meu corpo começará suas mudanças físicas. Terei de me limitar a certos tipos: meninos órfãos de mãe ou aqueles tão sexualmente vorazes que não se importarão com meu corpo gasto. Por fim, terei de encontrar um emprego com salário melhor numa área urbana com fugitivos ansiosos por dinheiro que poderei pagar por uma noite. Mas isto será daqui a muitos anos; há muito com que me divertir entre o futuro e agora" (p. 314).

² "Meninos voluntariosos estavam fora da minha lista. Seriam eles os mais dispostos a abrir o bico" (p. 23); "olhava na minha direção, mas não abertamente. De vez em quando, um amigo cochichava alguma coisa para ele, fazia um comentário e ele virava a cabeça, assentia ou ria. Mas depois voltava a olhar timidamente para a frente. Havia uma educação hesitante em seus movimentos" (p. 23); "ele estava exatamente naquele último ponto de ligação com a androginia que a puberdade lhe permitia: inegavelmente masculino, mas não homem. Eu adorava a suavidade de seus braços e pernas desajeitados, a plasticidade de seus membros, a sua constituição física ainda livre de gordura e músculos. O corpo ainda sem uma modelagem fixa" (p. 35).

³ "Eu podia apertar sutilmente meu corpo contra o deles, explodir seus circuitos com a confusão de risos alegres e conversa fiada canalizada para seus ouvidos por meus lábios úmidos. É claro que antes eu falaria, viraria a cara de lado com um olhar indolente, sugerindo que não estava acontecendo nada, que não tinha percebido meu osso pélvico roçando no calor ereto dentro de suas calças de smoking alugado" (p. 11); "eu queria que ele sentisse que não estava simplesmente guardando meu segredo ? que eu também guardava o dele" (p. 113).

? "Eu sorri, pensando no amante que ele se tornaria e em todas as coisas que ele experimentaria comigo pela primeira vez. Seria o parâmetro sexual para toda sua vida: Jack passaria o resto de seus dias tentando, sem sucesso, reviver a experiência de receber tudo em uma época em que ele não sabia nada" (p. 118); "não pude deixar de sentir certa irritação com a esperteza da reação de Jack. Sugeria uma capacidade de ludibriar que eu não queria particularmente que ele tivesse" (p. 215); "normalmente, eu teria rejeitado qualquer aluno que tomasse a iniciativa; era um sinal de insolência e impulsividade, características que facilmente poderiam levar a sermos apanhados. Além disso, a dinâmica de poder estaria a favor dele se ele tomasse a iniciativa" (p. 258); "admitir que eu não o obrigara certamente fazia Jack contemplar sua própria culpa em toda a situação" (p. 310).
nicoleb 04/07/2021minha estante
quando eu crescer eu quero fazer resenhas q nem você.




Larissa 18/06/2021

Eu aprecio uma boa história perturbadora, mas de preferência eu quero que explore os aspectos pesados. Com certeza tem muitas observações que podemos tirar de Tampa, e de como o abuso de garotos por uma mulher adulta é normalizado pelo machismo, mas a narrativa em si não trouxe muito além desse relato.

Agora, não dá pra dizer que nada é exagerado ou sensacionalista, porque o caso original foi ainda mais absurdo e descarado. A Debra Lafave é uma prova viva de que existem mulheres tão terríveis e desprezíveis quanto a Celeste.
comentários(0)comente



104 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR