CatEva 24/12/2020Bom ao passo que é perturbador (+18)Conheci o livro por acaso, enquanto ficava bisbilhotando livros para comprar na Amazon, enquanto rodeava o site esbarrei no livro, apenas 20 reais, mas estava sem estoque, li a sinopse e ela me chamou bastante atenção.
Um livro que iria tratar sobre pedofilia, predadora sexual, mas que nesse caso, quem cometerias atos criminosos, seria uma mulher. Uma pedófila e compulsiva sexual que possui uma sociopatia nata e beira a psicopatia em várias vezes.
Celeste Price, uma mulher de 26 anos, jovem, loira, casada com Ford, um policial, guarda um segredo bastante sombrio, que ela sabe que é ruim e errado, gosta de meninos, adolescentes, na faixa etária de 14 a 15 anos, não mais e nem menos que isso. Ela é bastante específica em relação a idade, pois não gosta da aparência infantilizada de adolescentes de 13 anos ou menos e nem do processo de amadurecimento a partir dos 16 anos, onde se começa a puberdade e o adolescente vai se parecendo mais com um homem adulto.
Apesar de ser casada, Celeste não suportão marido, não por ele ser ruim, mas por ser adulto e fora do seu padrão sexual, sendo assim, para continuar sua caçada em satisfazer sua compulsão sexual ela se torna professora de uma escola secundarista, assim ela estaria mais perto de adolescentes podendo traçar passos que culminaria no seu envolvimento sexual com algum deles.
Celeste sabe que seu comportamento é doentio e sabe que não pode ser descoberta, exatamente por isso ela é bastante meticulosa, ela prevê acontecimentos, ela se resguardada de todas as possibilidades e caça sua presa de maneira bastante racional e desvencilhando daquilo que pode até ser bom, mas que traria algum problema para ela mais a frente.
Assim ela vai se achegando e se envolvendo com os seus alunos, cada característica específica dessa faixa etária é afrodisíaco para ela, ela mal consegue se controlar perto dos alunos, logo ela vai tentando aos poucos estabelecer contato, busca sondar a vida dos alunos, sua família, vai a casa de um deles e vai unindo sempre suas perspectivas ao das suas vitimas.
Contudo, Celeste não é uma predadora qualquer, ela é bem específica em não se envolver afetuosamente com sua vítima, buscando apenas satisfazer seus desejos e manter o jovem interessado por ela. Isso é um ponto que difere bastante do livro “Lolita” de Nabukov, já que Humbert Humbert se apaixona por Lolita. Celeste não, ela não se apaixona, não usa palavras sentimentais e se esquiva de pensamentos românticos.
O livro tem seus problemas, achei as cenas eróticas muito descritivas, o que leva muitos a achar que é um livro hot, mas ao mesmo tempo compreendo que a autora quis chocar com a situação, no entanto me incomodou bastante com as cenas de sexo, isso me fez tirar uma estrela toda, tirei metade de uma pelo final que é apressado, eu gostaria de ver mais sobre o julgamento dela, ver mais sobre o comportamento da sociedade.