Filme Noturno

Filme Noturno Marisha Pessl




Resenhas - Filme Noturno


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Cássia | @procureiemsonhos 08/01/2015

Um verdadeiro Filme Noturno.
Filme Noturno é um maravilhoso thriller, que prende a atenção do leitor do início ao fim. A escrita de Marisha Pessl é viciante, fazendo com que sua narrativa instigue a curiosidade de quem está lendo. O mundo que ela criou é incrível, ela foi capaz de pensar nos mínimos detalhes, e quando eu pensava que não poderia me surpreender, ela vinha e mudava o rumo das coisas, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

O livro é narrado por Scott McGrath, um jornalista investigativo que está no fundo do poço, tanto na vida profissional, quanto na pessoal. O culpado por nosso personagem estar nessa situação é ninguém mais, ninguém menos que Stanislas Cordova, um renomeado diretor de cinema, famoso por suas produções que mexem com o psicológico dos expectadores e por ser tão recluso e misterioso. Apesar de carregar consigo inúmeras marcas desde que fizera graves acusações (em rede nacional) ao diretor, Scott tenta levar uma vida normal e esquecer-se de alguma forma as informações que tinham lhe passado sobre Cordova.

Porém, após ser anunciado que Ashley Cordova (filha do diretor) havia falecido, Scott se vê novamente preso ao universo Cordova e quando percebe já está investigando (sem o consentimento das autoridades) o caso. As únicas informações concretas que Scott possui são: que Ashley fora encontrada em um barracão, sendo que a principal suspeita da causa da morte fora suicídio; e que ela possuía um casaco vermelho. Conforme se aprofunda nos detalhes da investigação, Scott acaba conhecendo dois personagens que estão dispostos a ajudá-lo, além de terem tido algum tipo de relação com Ashley enquanto estava viva. Nora e Hopper, apesar de serem um pouco misteriosos, acabam tornando-se indispensáveis para as investigações, e o jeito de cada um acaba instigando a imaginação de quem está lendo.

Durante as investigações, Hopper, Nora e Scott refazem os passos de Ashley em seus últimos dias de vida, interrogam conhecidos da família, atores que trabalharam com Cordova e qualquer pessoa que tivesse informações sobre o caso. Nesse momento, fantasia e realidade se unem e quem está lendo sofre de um terror psicológico de arrepiar. A tensão começa a ficar mais presente na obra, e a cada nova pista, coisas sobrenaturais acontecem. Temos, então, um misto de bruxaria, seres sobrenaturais e crenças que se misturam e confundem os personagens e quem está lendo.

O desenrolar da trama é esplendido e superou todas as minhas expectativas sobre a história. A maneira que a autora guia os personagens é incrível, e apesar do leque imenso de personagens, títulos de filmes, objetos chaves, tudo, absolutamente tudo foi finalizado de alguma forma dentro do enredo; Não existem pontas soltas, não existe nada 'sobrando'. O livro em si é um verdadeiro Filme Noturno.

A edição publicada pela Editora Intrínseca está impecável! Temos vários recortes de jornais, revistas, conteúdo restrito entre outras coisas que agregam todo valor à obra. Como disse anteriormente, tudo foi pensado nos mínimos detalhes, e de tão real que as informações pareciam, eu fiquei me perguntando se Cordova realmente existia. Confesso que o livro me rendeu umas duas noites de pesadelos, daqueles que você fica imaginando o que é real e o que é fantasia - e apesar de ser medrosa, adoro quando isso acontece.

Filme Noturno é o tipo de livro que todo fã de um bom mistério precisa ler. Me senti parte da história, fazia anotações nas páginas, pensava sobre cada pista encontrada, sobre cada detalhe que poderiam deixar passar nos interrogatórios, enfim, em tudo. E apesar de o final não ter sido de fato, o que eu esperava, achei que foi o ideal para a história. O livro está mais do que recomendado.

site: http://www.procurei-em-sonhos.com/2015/01/resenha-premiada-filme-noturno.html
Jéssica 13/01/2015minha estante
Muito boa a resenha! Confesso que também sonhei com o enredo do livro e fiquei algumas noites perturbada, mas foi uma leitura excepcional, Marisha Pessl realmente me levou para dentro de sua obra e saí com desejo de mais. Me deu vontade de rever Scott McGrath, Nora e Hopper em novas aventuras.


Beth 20/02/2015minha estante
Não dei avaliação. A autora é extremamente competente, mas é uma genialidade que levou a uma obra (para mim) insatisfatória. Lembrei de "A Bruxa de Blair", porque tive a mesma sensação de ser levada por um clima de crescente terror a uma conclusão vazia. Não houve catarse. É justamente o que a autora questiona: a natureza da realidade. É justamente assim que a autora queria seus leitores, e por esse motivo mereceria 5 estrelas. Mas acabei me considerando vítima, e não leitora. Pode um livro ser tão poderoso?


Raquel.Leites 28/04/2020minha estante
Esse livro foi o primeiro depois de uma ressaca literária daquelas e achei perfeito. Aterrorizante na medida, entra no nosso imaginário, nos vira a cabeça, nos faz ficarmos desconfiados. Achei demais!!


Cássia | @procureiemsonhos 09/05/2020minha estante
Raquel! Eu tbm achei demais!!


Bruna Araujo 31/12/2020minha estante
Onde encontraram o livro? É raríssimo de achar! E as poucas edições são usadas e caríssimas!


Cássia | @procureiemsonhos 04/05/2021minha estante
Bruna, na época eu recebi como cortesia da editora... infelizmente não sei onde você consegue achar por um preço acessível:(




@bardoriano 05/09/2017

Arrebatador, chocante e MARAVILHOSO... Favorito.
Vamos conhecer o incrível Scott McGrath um jornalista investigativo. Que depois de descobrir que Ashley Cordova (filha do ilustre e sombrio cineasta Stanislaus Cordova) morreu vai começar a investigar esse caso, ele acha que nem tudo é o que parece, que essa morte não é um simples suicídio, o negócio é bem pior e ele vai fazer de tudo pra descobrir a verdade.

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McGrath junto com Nora (recepcionista de um Hotel onde Ashley deixa um casaco vermelho) e Hopper (um garoto estranho e com quem Ashley deixou um urso de pelúcia) vão começar a procurar pistas sobre a morte dela (Nora e Hopper se envolvem porque sentem tocados de alguma forma). E serão de grande ajuda sim.

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Porém McGrath vai ter muita dificuldade pelo caminho, vai ser jogado de um lado para o outro, vai achar uma coisa e depois é outra, e quanto mais investiga mais coisa aparece e mais mistérioso o caso fica. Ele sabe que já teve problemas com Cordova no passado ao tentar investigar a vida do homem e sua vida foi destruída e dessa vez não será diferente, Cordova não vai deixar esse homem se aproximar de sua família.

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Cordova é um grande cineasta famoso por seus filmes sombrios e aterrorizante como se o que os atores passaram foi real e não uma interpretação. Ele é um homem sombrio, nunca apareceu para a TV e nunca deu entrevista, o homem é um mistério total e tem muitos fãs.

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Opinião

Eu simplesmente amei esse livro MUITO FODASTICO, INCRÍVEL, MARAVILHOSO. De cara gostei de Scott, Nora e Hopper. A trama é muito sombria quando a investigação começa, muito tensa, envolvente de deixar você roendo as unhas, levando você para um lado sobrenatural. Personagens bem construídos que faz você se envolver com eles literalmente. Leitura maravilhosa e rápida, esse livro é uma obra prima sem dúvida. Tem cenas do cacete sério, tensas, bem feitas, foi um livro bem trabalho e feito. O suspense e mistério ao redor do livro é de tirar o fôlego.  Sobre o final, MEO PAI COÇORROOOOO QUE FINAL DO CARAMBA. Cada página e revelação era perca de ar quase sufocante. Marisha ahazo, ela brinca com a mente do leitor, embaralha ela toda. Surpreendente e nada do que você imaginava. O choque é garantido.
Esdras 05/09/2017minha estante
Já passei duas vezes pela livraria e vi esse livro por 10 reais. Desisti de levar nas duas vezes.rs.
Já que você favoritou, quem sabe na terceira....rs


@bardoriano 06/09/2017minha estante
Não creio... Na moral vei pega essa belezinha... Esse livro MARAVILHOSO uma pena de não ser tão reconhecido. É um daqueles livros que você quer gritar pro mundo ler. Na terceira pegue moço, não vai se arrepender.


Esdras 06/09/2017minha estante
Kkk. Vou pegá-lo!


Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 16/09/2017minha estante
Precisooooooooooooooooo! \o/


@bardoriano 16/09/2017minha estante
Danny, só lembro de tu quando falo desse livro, precisa ler. Tua cara.


Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 21/09/2017minha estante
Queroooo! =D




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Isla Wolff 16/11/2018minha estante
Oi Bea, tudo bom?
Quanto ao livro, acho que:
1- existe a lenda a respeito das sereias nessa ilha, das quais são criaturas místicas e adotadas por Ash. Dado momento diz no livro que o mantra da família é "ir sempre atrás das sereias"
2- Acredito por gostar da cultura mesmo, uma vez que a tatuagem feita por ela e por Hopper ser um símbolo tradicional chinês, o Quelin.
3- foi comentado que ela podia estar alucinando por conta dos remédios, aí acredito que houve o isolar para se suicidar, longe dos olhos dos demais.


Isla Wolff 16/11/2018minha estante
4- difícil dizer, mas notei que o Hooper gostava dela e talvez não queria ficar procurando coisas ruins a respeito, preferiu manter a imagem intacta que ficou em seu consciente das memórias compartilharas.
5- acredito quentou pra assustar mesmo, pra mostrar que ela sabia um segredo dele. Mas fica em aberto se é algo sobrenatural ou dedicação da parte de Ashley.
6- ela sabia pelo jeito, que Scott teve um problema jurídico em relação ao Cordova anos antes, talvez por saber também da profissão dele- jornalista investigativo, jogou a isca para que o mesmo fosse atrás.
7- A Cleo comentou que seria uma bruxariam do bem, a fim de proteger quem recebia o levitã, então, como o pai dela veio a passar por diversas situações tensas, talvez proteger a menina seria uma boa.


Isla Wolff 16/11/2018minha estante
8- acho que ela não sabia o certo, como comentei antes, foi uma isca pra ver se alguém mordia. Pelo Scott ser jornalista investigativo, tinha chance de ele ir atrás.
9- olha, essa justificativa que vou te dar, como sugestão, carrega para todos os livros que já leu e os que pra ler: nem tudo precisa ter uma explicação óbvia e sinalizada, fica em aberto para que tu tire conclusões baseado em que leste; sempre é ótimo isso na hora de trocar ideia com os amigos, pois cada um percebe coisas diferentes e fica bem interessante. Eu sou fã de finais abertos e bem amarrados como este. Esse livro é um grande paralelo entre ciência e "fé"/crenças. Mostra como alguém cético como o Scott (ou nós mesmos), podemos perceber tantas coisas, tantos lados, sem um certo ou errado, sem julgar a crença do outro. ;)


Isla Wolff 16/11/2018minha estante
10- exatamente isso, na história percebemos através os personagens esses lados facetadas das coisas, adorei a tua análise. Os personagens tb possuem essa mesma indicação, alguns céticos, outros pendem para o lado mágico e tb tem o meio termo. Acho que Ash vendo o padre e percebendo que o mesmo pendia pro lado da magia, quis dar um "sustinho" nele, pra ver se saia do pé do pai dela (pois ambos tinham um caso e a filha não curtia) hehehe


Lais.Pedrecal 10/12/2018minha estante
Depois dessa resenha percebi que: a história foi beeem superficial; dei estrelas demais; e não entendi essa hype toda




Natália Tomazeli 21/09/2017

Septimus
Já quero começar dizendo que comprei este livro pela sua linda capa (com as letras em efeito meio holográfico/furta-cor) e que não sabia absolutamente nada sobre ele além do que estava escrito em sua sinopse, então nem tive tempo de criar expectativas nele, o que acabou sendo bom.
Achei esse livro extremamente original dentro do que a autora está propondo. Era pra ser um thriller policial, mas na verdade vai um pouco além (e fora) dessa pegada, passando por uma coisa mais horror (minhas partes preferidas do livro, pois foram as que eu achei que ficaram mais bem narradas) até toquezinhos de drama básico.
Essa autora teve o dom de pegar um monte de temas/cenários/personagens que em outros livros sempre se tornam clichês absolutos, e organizar eles de uma maneira que ficasse mais original, e isso para mim, já fez valer muito a leitura.
Uma coisa que me chamou a atenção, foi o formato do livro. Trata-se de um livro em formato epistolar, ou seja, é entremeado de fotos, recortes de jornal, revistas, cartas, bilhetes, arquivos e laudos médicos, tudo para enriquecer mais as informações sobre os personagens (principalmente Ashley), que funciona bem e dá mais um pouquinho daquele toque diferente na história. Acho que sem esse formato, o livro não seria nada (inclusive tenho que parabenizar o empenho da Intrínseca, que deixou toda a diagramação perfeitinha, só não gostei do tamanho da fonte que pelo amor, cansa muito quem tá lendo, socorro, muito pequenininha).
Gostei também que o livro é enriquecido de referências, não só ao cinema, como era o esperado, mas a muitas outras coisas (ela cita até o Brasil no livro). Na verdade, ele é uma miscelânea de eventos e idéias bem distintas, mas que se organizam razoavelmente bem, dentro do enredo. Engraçado, me senti assistindo aquele filme "Ilha do Medo", que tem o DiCaprio no elenco, nada a ver uma coisa com a outra, mas o clima ficou semelhante. Fica aí um livro que daria para ser bem adaptado pro cinema (e talvez o filme ficasse até melhor).

Só não ganha totalmente meu coração (e a minha quinta estrela) porque achei esse livro muito cansativo em alguns momentos. É um livro cheio de informação, que se torna, muitas vezes, desnecessária. A narrativa é linear, não acontece nenhum plot twist arrasador ou algo do gênero, se mantêm sempre o mesmo ritmo, é um livro pacato, além de que acho que teria funcionado um pouco melhor se não fosse narrado em primeira pessoa. Nada contra o McGrath, ele é um personagem interessante e que em várias partes do livro, te faz entrar na vibe dele, mas parece que não funcionou como narrador, e que a experiência de leitura seria melhor em terceira pessoa mesmo.
No geral, é uma experiência de leitura bem boazinha, os personagens misteriosos do livro realmente são misteriosos e seguram a leitura até o fim, o clima de terror até supera o das investigações e a ambiguidade do final me deixou louca de vontade de conversar com alguém sobre, enfim, leiam e tirem suas próprias conclusões, de vez em quando é bom dar uma variada.

"Se aprendi alguma coisa sobre ela foi que vivia com uma intensidade para qual a maioria de nós não tem coragem. -Diz Banks - Mas havia algo nela que tornava impossível uma existência comum. De certa forma não fico surpresa que tenha morrido. Emprego, marido, filhos, casa de praia? Isso não era ela. Não sei explicar por quê, a não ser que era mais uma força que passou pela vida, desafiando a lógica, amedrontando você, até mesmo lhe ferindo por ser tudo o que você queria ser, mas sabia que nunca teria coragem, e então ela sumiu. Essa foi minha experiência com Ashley Cordova"
Melissa.Siva 19/02/2018minha estante
"Não se deve julgar um livro pela capa" mas isso sempre funciona para mim. Comprei pela bela capa também.


Natália Tomazeli 20/02/2018minha estante
Ah, verdade, nunca compro pela capa, mas esse foi uma exceção rsrs


Guilherme 04/12/2019minha estante
Achei muito bom, bem escrito, mas com um defeito grave: o estilo de narrativa. O miolo do livro se torna repetitivo demais, com narração em forma de diálogos que duram várias páginas, enfim. Sobre o final, gosto deste tipo, mas por todo o mistério criado, esperava algo mais sobrenatural.


Natália Tomazeli 05/12/2019minha estante
Eu gosto do estilo que ela narrou. Na verdade, também achei algumas partes cansativas, porém não prejudicou tanto minha experiência de leitura como um todo.




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Lay 30/11/2018minha estante
Pensei a mesma coisa em relação ao plot. Quando ele menciona que estava dentro de um filme, eu já pensei que era aquela a tacada da autora. E já fiquei imaginando um monte de coisas, mas aí quando o rumo mudou. E ele não estava num filme de fato, fiquei decepcionada. Fiquei decepcionada também pelo final não mostrar a conversa de Scott e Cordova. Ele é um personagem narrado por todo mundo, dizendo que é sombrio, intenso e enigmático. Queria ter essa experiência, ver como é a pessoa, e não ler sobre o que outras pessoas disseram....


Malu Drummond 05/12/2018minha estante
Sim!! Concordo muito com você, acho que mostrar a conversa deles era essencial. Fiquei curiosa sobre Córdova o livro inteiro, o livro acabou e essa lacuna ficou aberta... Infelizmente, pra mim, o fim estragou tudo que tinha pra ser um livro excelente.


Lay 05/12/2018minha estante
Verdade!!! É uma pena, pois tinha tudo pra ser excelente em todos os aspectos




Ana Clara 26/01/2021

uma experiência!
Ler esse livro foi realmente uma experiência! O primeiro livro na vida que li com tanta riqueza de informações e uma escrita maravilhosa que te faz sentir como se estivesse participando das investigações junto com o Scott e Nora. Sem falar nas ilustrações, que parecem ter sido criadas especialmente para te mergulhar ainda mais na leitura, dando forma ao que geralmente só fica na nossa imaginação.

E no final, quando você é obrigado a retornar à realidade, é quase decepcionante perceber que nada do que lemos de fato existe e todos aqueles personagens, que passamos a conhecer (tão) bem, não passam de ficção - coisa que só uma escritora brilhante seria capaz de fazer. Recomendo!!! Já temo que seja a minha melhor leitura do ano.
guima 06/10/2021minha estante
Tomei spoiler de graça. Obrigado skoob
#clubedolivronaoentreaqui


Ana Clara 06/10/2021minha estante
mas não tem nada aqui de spoilerrrr sos


guima 06/10/2021minha estante
a nota Aninha




pH 13/02/2018

Bom...
http://marishapessl.com/night-film-app/

Então, só queria deixar esse site (em inglês) que tem conteúdos extras. Eu não sei como descobri isso, afinal não tem nenhuma nota na edição que diz existir esse bônus (ou tem?). Enquanto você está lendo percebe que existe algumas páginas do livro com um símbolo pequeno de ave dentro de uma bolinha. Pois é! Esse símbolo indica que existe conteúdo extra (bons por sinal) nesse link OFICIAL que coloquei aí logo acima (ou abaixo...não sei onde o link vai ficar). SÉRIO, achei fantástico isso de "ampliar" a história. A autora faz isso o tempo todo, ela quer um leitor que entre fundo na trama e faça parte da investigação. Algumas páginas no livro eram prints, outras recortes e caramba...achei isso muito legal, fora que não dá vontade de parar. Eu deixei de dormir pra ler alguns capítulos.
Mas...eu não chamaria esse livro de genial. Principalmente por esse final que foi o que me deixou mais "chateado" digamos assim. Ele é meio arrastado, o narrador se aprofundo em umas descrições existenciais sobre as mesmas coisas que ele já refletiu durante a história umas 87845 vezes e eu só queria terminar o livro! Então não curti muito o finalzinho ali não. MAS EU NÃO ESTOU FALANDO DO DESFECHO EM SI...esse eu achei muito bom!
É isto. Um beijo e um xero pra vcs!

site: http://marishapessl.com/night-film-app/
Natália Tomazeli 13/02/2018minha estante
Caraca, eu queria ter descoberto isso do conteúdo extra enquanto estava lendo, demais! Dá pra ver que a autora se dedicou mesmo em criar o universo para a obra, pena ela ter se perdido várias vezes em cenas enroladas e cansativas demais :(
Mas no geral, é um bom livro mesmo, para quem gosta de romance policial, é um prato cheio!


Vitória 05/07/2019minha estante
Obrigada por falar do conteudo extra, nunca ia descobrir isso!




Mands 30/06/2021

Paranoia ou realidade?
"Filme noturno" é um livro que vai deixar saudades!

A história é sensacional: cinema + investigação + sobrenatural (ou apenas uma realidade mascarada?). Se você curte esses temas, então esse livro deveria ganhar um lugar na sua listinha. As 600 páginas vão parecer 200 e você não vai querer que acabe.

"Filme noturno" é um dos thrillers mais bem construídos que eu já li, com um bilhão de "E se?" que vão fazer sua cabeça questionar o que é realmente real. Talvez você entre em parafuso, talvez você queira dormir de luz ligada e talvez você questione os limites da mente humana. O livro levanta a questão: até onde o ser humano é capaz de chegar para satisfazer seus desejos e curiosidades? Mas para te contar a verdade, mesmo após as 622 páginas, eu não consegui chegar a uma conclusão.

A descrição da ambientação deixou a desejar e fez com que eu ficasse confusa em alguns momentos. Mas a Marisha me ganhou 100% na construção dos personagens, eu simplesmente me apaixonei pelo trio de desajustados e leria mais 600 páginas só para continuar vendo o desenvolvimento deles. Eles criaram um laço muito bonito, enfrentaram tantas coisas juntos e ainda me fizeram rir (e chorar um pouquinho, mas isso a gente pode manter em off)! Nem sei mais o que falar sobre os três, então vou apenas dizer que eles agora são um dos meus trios literários favoritos!

O livro te leva em uma viagem muito doida: seita? Mansão bizarra? Praia? Hospital psiquiátrico? Nova York? Lojinhas estranhas e lanchonetes? Temos tudo isso e muito mais!
Apesar de não ter me deixado com aquele quentinho no coração, "Filme noturno" já é um dos favoritos do ano! Obrigada por isso, Marisha Pessl!

O que é real? O que é ficção? O que é imaginação? Mergulhe nessa história e tire suas próprias conclusões!
Pedro Moreira 01/07/2021minha estante
Muito boa a resenha!


Mands 01/07/2021minha estante
Valeuu, Pedro!




Pandora 05/03/2015

Um pouco antes de terminar o livro, achei que começaria minha resenha com "não sei dizer se gostei ou não". Mas agora sei: não gostei. Não achei eletrizante ou viciante, fascinante, nada nesse gênero. Senti tédio várias vezes naquelas entrevistas infinitas. Nunca vi tantas pessoas dispostas a se abrir totalmente a um jornalista investigativo! Acho que Marisha é muito inteligente e criativa, usa e abusa de referências em arte, música, literatura, história... inventa, realmente, uma teia enorme de possibilidades, mas durante toda a leitura o pouco de tensão que eu sentia acabava explodindo como uma bolha de sabão no momento seguinte. Tudo muito frustrante e cansativo. Talvez funcione na telona. Aliás, acho que funcionará bem, com o enxugamento do excesso de texto e o foco no mistério e na ação. Em livro, para mim, não rolou. Juro que queria ter a mesma impressão que tiveram os que resenharam aqui antes, queria que o livro tivesse me cativado. Ultimamente, quase todas as minhas leituras têm sido diferentes do esperado, o que é ótimo quando me surpreendem positivamente. Não foi assim com Filme Noturno.

Em tempo: a revisão é ruim, o livro tem falhas de gênero e concordância, coisas básicas. Isto empobrece demais.

Em tempo 2: se você não viu "Seven, os sete pecados capitais", não leia o 5º e o 6º parágrafo da página 546. A autora conta o final do filme!!!
Paula.Martuchelli 16/06/2015minha estante
Incrível, vim aqui para ver se alguém concordava comigo no meu ponto de vista sobre o livro e sua resenha fala exatamente o que achei: Leitura arrastada, muitas entrevistas ao ponto de, em determinado momento, eu confundir umas com as outras e não saber quem falou o que e incontáveis pistas que a cada momento em que aparecia uma nova eu pensava: "meu deus, fala logo o que houve!" Veja bem, eu adoro suspense e acho que nos instiga a continuar a leitura, porém, nesse caso, pra mim, não funcionou, pois foi me dando agonia conforme a autora prolongava mais e mais a história, parecendo que estava ela mesma girando em círculos sem saber onde queria chegar. Claro que ela merece méritos por ter criado esse personagem ( Cordova) e todo esse mundo obscuro que o circunda, mas não foi o suficiente para me prender. Resumo: A agonia superou a curiosidade pra saber o final e abandonei o livro.


Cleusa.Paula 29/07/2018minha estante
Não gostei tb! Leitura arrastada, eu tinha lido algumas resenhas aqui e acreditei que era bom. Só não abandonei porque queria saber o final. Perdi tempo. Que pena!




Gabriel 08/08/2019

Sombrio e macabro
Vocês não tem noção do quanto eu ouvi falar desse livro. Eram indicações de outros amigos leitores, vi vários vídeos de booktubers e textos de páginas litérarias: Todos os lugares o indicam como um dos melhores (se não o melhor) livro do gênero. Era oficial: Eu precisava ler de qualquer maneira. Como comentei no início do texto, não consegui comprar a versão física e eu já estava no meu limite: Precisava lê-lo de qualquer maneira. Optei por fazer a leitura em sua versão digital, mas assim que encontrar, terei o exemplar em minha estante. Em Filme Noturno, iremos conhecer a história do jornalista Scott McGrath que resolve investigar a morte de Ahsley Cordova. Mesmo que todas as evidências indicassem que a jovem houvesse cometido suicídio, o jornalista acredita que ainda existam pontos na história que não foram totalmente esclarecidos a respeito da morte da jovem. Scott não resolve se meter no caso apenas procurando por um furo jornalístico; alguns anos atrás o mesmo se envolveu em um escândalo envolvendo o cineasta que afundou sua carreira. O ocorrido com Ashley desperta o desejo de vingança de Scott e o mesmo acredita que a jovem não cometeu suicídio e o cineasta está envolvido na morte da filha. Logo de cara, eu notei a semelhança de Scott com um outro jornalista que possui uma história semelhante de perda e vingança: Mikael Blomkvist, o protagonista da (MARAVILHOSA) série Millennium. Os dois possuem motivações idênticas, além de terem sido prejudicados profissionalmente por algum escândalo judicial envolvendo uma pessoa poderosa. Felizmente, as comparações com a obra sueca terminam aí e Marisha escreve uma história totalmente nova e supreendente. Aproveitando que estamos falando dos personagens, gostaria de comentar que o trio formado por Scott, Nora e Hopper é espetacular. A jovem é uma aspirante a atriz que trabalha à noite como recepcionista no restaurante em que Ashley foi vista na noite de seu desaparecimento; Hopper é um traficante problemático que possui um passado com Ashley. Juntos os três mergulham nos mistérios envolvendo a família Cordova. Falando do Stanislas em si, o mesmo foi construído de forma quase que mitológica. O diretor é recluso e nunca foi visto em público, além de possuir pouquíssimas fotos e muitos desconfiam de que de fato o rosto nem pertencem à ele. O diretor é responsável por filmes de terror classe B e são tão pesados que se tornaram proibidos por retratarem cenas quase reais contendo as mais diversas mortes e torturas. Suas obras foram banidas e somente os fãs mais árduos de Cordova - chamados de Cordovitas - os possuem. Seus filmes são exibidos em locais escondidos e em rituais quase sagrados pelos Cordovitas que esperam pelo retorno do diretor às telonas. De longe, é a parte mais interessante do livro. Marisha escreve tão bem que mesmo que Cordova não apareça na narrativa, você sente sua força, poder, quase uma criatura onipresente. O diretor comprou uma mansão em um dos locais mais remotos e lá montou os sets de gravação dos seus longas. Todos esses elementos são muito bem explorados durante a narrativa enquanto o trio precisa se aprofundar em toda a obra do diretor, convicto que existem provas da verdade sobre o que aconteceu com Ashley.
O livro é um primor em sua edição. A versão, ainda que não seja ilustrada, conta com inúmeros recortes de jornais, entrevistas, sites, cenas de filmes e muitas outras informações que ajudam a complementar a história. Eu não me lembro de ter lido alguma obra que fizesse a utilização de tal recurso, mas acho que serviu para contribuir ainda mais com a imersão na história criada. Eu juro, em certos momentos achei que estava lendo uma história real justamente pelo uso desses elementos que passam muita verdade e credibilidade. Outra coisa muito positiva é que Marisha consegue desenvolver cada ponto da história de maneira encadeada: O livro, apesar de possuir mais de 600 passa muito rápido, pois a autora não perde tempo com informações desnecessárias. Tudo que está no livro vai servir para algo no futuro, então é preciso estar ligado a qualquer informação e você acaba ficando até meio paranóico tentando decifrar a história.
Filme Noturno traz muitos debates e discute os conceitos sobre "verdades absolutas" e também sobre o conflito entre fé e razão. Nesse ponto, o livro aborda algumas questões envolvendo um lado meio sobrenatural, algo que foi totalmente inesperado para mim, mas que eu gostei. Quanto mais o trio afunda na história, mais eles descobrem a respeito de seitas sagradas, bruxaria, magia negra e outras questões envolvendo a misteriosa mansão dos Córdova. Eu fiquei completamente alucinando e devorando as páginas querendo saber mais e cada vez mais confuso e curioso. Simplesmente fantástico.Como citei mais no início, o livro é altamente visual; alinhado com o uso das imagens, a escrita da autora é altamente detalhada e você praticamente vê a cena se materializando em sua frente. Em um dado ponto da narrativa, Scott visita os sets construídos na propriedade do cineasta e essa cena do livro é um primor de tão bem escrita. Eu achei simplesmente incrível visitar os cenários dos filmes e é realmente impressionante a riqueza de detalhes com que a autora escreve. A sensação que tive é que realmente os filmes existiam e estava me tornando um Cordovita.
O livro é altamente complexo e elaborado; existem diversas tramas e histórias secundárias que vão se entrelaçando que culminam com a resolução final da trama. É aqui que deixo a minha única crítica com relação a Filme Noturno: O final, ainda que seja bom e totalmente coerente com a obra, é demasiado simples e de pouco impacto, quando você compara a obra como um todo. Talvez minhas expectativas estavam muito altas por conta de toda a propaganda que fizeram do livro e eu o li esperando algo ao estilo Por Trás de Seus Olhos e Ninfeias Negras, dois dos meus livros favoritos do gênero e que realmente contam com plot twists de fazer você cair da onde você está sentado e ficar pensando naquilo por dias e dias.
Em uma experiência geral, fiquei muito feliz em finalmente fazer a leitura dessa obra. É uma experiência sensorial e visual que leva o leitor por caminhos obscuros e assustadores, mas que cumpre o que promete. Certamente a autora entrou para o meu hall das favoritas e irei pesquisar outros livros pra ler. No mais, ainda que o final seja simples e pouco surpreendente, ele encerra de maneira coesa uma grande obra do gênero.

"Então seus filmes noturnos eram documentários, horrores vivos, não ficção. Ele era ainda mais depravado do que imaginara. Um louco. O próprio diabo."

site: https://www.startes.com.br/2019/08/filme-noturno-resenha.html
Luci Eclipsada 31/10/2020minha estante
Esperei mais de um ano para ler sua resenha porque não queria pegar nenhuma informação sobre o livro para não ter a experiência de leitura comprometida. Escrevo meu comentário no mesmo dia em que acabei da leitura do livro portanto!
Foi uma história bem estranha de se ler e, confesso, me senti incomodada não sei nem bem por qual motivo. Acho que a intenção da autora era trazer algum tipo de incômodo e o terror mesmo, em minha humilde opinião, é algo muito mais subjetivo. Vai ver o terror é você descobri que tudo não passou de criação de sua mente. Será?!...
Enfim, amei seu texto e concordo sobre o final não ter sido totalmente jus ao que esperávamos; no entanto, acho que também é algo intencional, esse lance de deixar a figura mística do Córdova somente na superfície.




Jacqueline 30/01/2015

Um verdadeiro Coquetel Molotov de tensão, suspense e realidade se fundindo com ficção
Marisha Pessl é uma escritora americana, cujo primeiro romance intitulado Special Topics in Calamity Physics, foi um best-seller. Ganhou em 2006 o prêmio John Sargent Sr. de melhor romance de estreia e foi escolhido como um dos dez melhores livros daquele ano pelo The New York Times Book Review. Filme Noturno é seu segundo romance.

É impressionante como uma história pode mexer com nosso imaginário de um modo tão complexo. Quando solicitei Filme Noturno não conhecia muito sobre a história, e apenas a menção a palavra thriller serviu para despertar minha enorme curiosidade.
Bastaram apenas algumas páginas para me deixar paralisada no sofá. Filme Noturno não é apenas um thriller psicológico daqueles que a gente lê freneticamente sem conseguir parar. A história é um verdadeiro coquetel molotov de tensão, suspense, e realidade se fundindo com ficção.

"As pessoas tinham um raciocínio ilógico egoísta no que dizia respeito a interpretar o comportamento dos outros."

Nesse livro, Scott McGrath é um jornalista investigativo que viu sua carreira cair em desgraça após suas declarações inflamadas de ódio sobre o cineasta Stanislas Cordova, tendo sido processado logo após o episódio.
Anos depois, Scott vê Cordova em sua mira novamente. Ashley Cordova, filha do cineasta, é encontrada morta em um armazém abandonado. A polícia suspeita que se trata de um suicídio, porém, o jornalista acredita que exista algo por trás da misteriosa morte da jovem.
Movido pelo sentimento de vingança, e querendo desvendar as motivações secretas por trás dos horripilantes filmes noturnos de Stanislas, McGrath inicia uma investigação que poderá levá-lo tanto ao céu, como ao inferno. E em sua procura pela verdade, sua vida e a daqueles que amam pode estar correndo um sério risco.

"(...) Não o culpo por se recolher. Você tem visto o mundo ultimamente, McGrath? A crueldade, a falta de vínculos? Estamos vivendo mais, estabelecemos laços sociais com nossas telas, e nosso poço de sentimento fica mais raso. Logo não passaremos de uma piscina formada pela maré, um dedal de água e então uma microgota. Dizem que nos próximos vinte anos iremos nos fundir a chips de computador para curar o envelhecimento e nos tornar imortais. Quem quer passar a eternidade sendo uma máquina? Não espanta que Cordova se esconda."

Se me pedissem um adjetivo para classificar o livro, eu diria: insano.
Filme Noturno é narrado em primeira pessoa, por Scott McGrath, o que nos aproxima ainda mais do personagem e sua caça pela verdade por trás da morte de Ashley. Mas poderá a verdade satisfazê-lo?
A narrativa traz fotos, recortes de bilhetes, jornais, e imagens de sites, oferecendo uma visão real de seus personagens. O recurso foi sabiamente utilizado pela autora, já que não nos esforçamos para criar uma imagem crível do personagem misterioso e recluso que é o cineasta Cordova.

"Dentro de cada mentira elaborada, uma semente de verdade"

Eu passei três dias imersa e hipnotizada pelo quebra-cabeça de Pessl. Isso incluía comer com o livro do meu lado, assustando meu marido, que afirmava que eu estava enfeitiçada com a obra. Também não é vergonha falar que eu tive sonhos bastante vívidos com os cenários e personagens do livro. Literalmente a história me tirou o sono, e me deu arrepios.
A investigação sobre a morte de Ashley é apenas o estopim para uma história intrincada onde realidade se funde com ficção. Filmes se confundem aos pesadelos, e os pesadelos se tornam cada vez mais reais. A sanidade de todos é questionada, e quando você pensa que já sabe como tudo vai terminar, uma reviravolta abala todas as estruturas.
A autora tem uma habilidade extrema em criar histórias dentro de outras histórias, nos guiando por um enredado novelo de lã, onde é impossível descobrir a ponta inicial antes do desfecho.

Brilhantemente, Marisha constrói uma personalidade extremamente palpável sobre o famoso cineasta Cordova, através de entrevistas, e relatos de outros personagens sobre seus filmes. Cordova é um verdadeiro mistério, um personagem invisível que não faz nenhuma aparição. Contudo, ele é a figura chave do livro. Um personagem enigmático que exerce certo fascínio e devoção. Uma espécie de Hitchcock, um herói cult venerado por seus fãs. Ele é quase como um mito, um homem que ninguém nunca viu, apenas aqueles que trabalhavam em seus filmes. E misteriosamente ninguém gosta muito de falar sobre ele, ou sobre o período em que filmaram.
Detalhes sobre seus filmes são explorados na trama, e é tudo tão convincente, que eu realmente acreditei que Respirando com reis, ou À noite todos os pássaros são pretos poderia ser real e se tornar um sucesso de bilheteria.

O toque sobrenatural na metade do livro só acrescentou mais tensão e terror a narrativa. Feitiços, suspeita sobre maldições e figuras mitológicas como o Leviatã, conferem um ar obscuro e servem para apontar um caminho espantoso e lúgubre durante a investigação.
O cenário é igualmente macabro e melancólico, com destaque para a mansão The Peak, onde Cordova vivia, e produzia seus filmes. A mansão é quase uma figura real, imponente, e vívida.

"É preciso andar algum tempo no lado sombreado da rua para sentir o sol bater em seus ombros."

O meu problema com alguns thrillers e suspenses investigativos, é o fato de que nem sempre a investigação é persuasiva o bastante para me levar a acreditar no que eu estou lendo. Com Filme Noturno eu não tive essa impressão. Todas as descobertas vão acontecendo lentamente, sem artifícios mirabolantes, se desenrolando de forma completamente plausível.
Scott é uma figura bastante empática. Sua sede em descobrir o que realmente teria acontecido com Ashley, passa de necessidade de vingança por ter seu nome jogado na lama por culpa de Cordova, a inquietação genuína em desvendar o que estaria acontecendo por trás dos bastidores dos filmes macabros de Cordova. Na crença dele, Cordova não fazia distinção do real e imaginário. E durante toda narrativa, essa linha tênue que separa a realidade da ficção é questionada o tempo inteiro.
Para equilibrar momentos de pura tensão e ação, Scott era capaz de nos fazer rir com suas opiniões, e piadas. Nas mãos de outro autor essa suavizada no enredo poderia estragar completamente o ritmo e o suspense, mas não com Pessl.

"Enquanto escalava umas pedras, não consegui escapar de uma onda quebrando na praia e fiquei encharcado de água gelada até as canelas. Eu podia esquecer o chefe da máfia russa; ia parecer Tom Hanks no maldito O náufrago quando chegasse. E se chegasse."

Os personagens secundários (se é que eles merecem esse rótulo, já que suas histórias são peças essenciais do quebra-cabeça) são igualmente empáticos e atraentes, do tipo que deixa o leitor sedento por mais detalhes de suas vidas.
Filme Noturno é um daqueles livros que daria um filme digno de Oscar. Já posso imaginar os atores que fariam os papéis principais, e a trilha sonora macabra que daria vida ao suspense.
Até o momento, é a minha melhor leitura do ano.

Para ver fotos do livro e participar do sorteio, visite o site

site: www.mybooklit.com
Walter.Campos 23/09/2015minha estante
Concordo com a definião de que o livro é "insano", e gosto de ideias novas que fogem ao lugar comum. Estava gostando muito, mas o final me decepcionou, com tantas pontas soltas...mais do que isso, o livro termina sem dar aos seus personagens principais um destino.Inclusive o repórtter investigativo, depois de tudo que passou, tem apenas um leve farfalhar de folhas sugerindo que o futuro pode ser melhor.
Eu disse que o livro inova na trama, mas tá ficando clichê esse personagem principal: um homem maduro, que se deu mal no trabalho e na vida conjugal, alcoólatra e desprestigiado, quando não não desprezado pelos seus colegas e que não encontra a sua redenção. Acho que muita gente não vai gostar.....




Caroline.Rota 08/01/2019

Ótimo mas não como eu esperava
Gostei demais desse livro, mas teve muita coisa nesse livro que me incomodou. Tive a impressão varias vezes que ali já podia ser o final é aí a autora de alguma forma queria reanimar e jogar algumas coisas no ventilador sendo que algumas não eram realmente necessárias. Outra foi que o final, já que já estávamos ali mesmo, não precisava ter sido tão desesperado, por que não contar afinal a conversa do Scott com Cordova?
Tirando isso, foi uma leitura extremamente prazerosa. A autora conseguiu desenvolver um mundo muito interessante esse de Córdova e seus filmes
Morcegos Literários 06/03/2020minha estante
Oiii tem interesse em me vender???




Bruno.Dellatorre 22/01/2019

Odiei
Chato. Irritante. Se acha muito mais assustador do que é de fato. Tem muitas pontas soltas. Os personagens são horríveis e babacas. Só de lembrar já me deu raiva. Acho que nunca li um livro tão ruim quanto esse. Pior maneira de começar o ano. Pior livro de 2019 - ainda em janeiro.~

Edição: na verdade, o pior do ano agora é Therese Desqueyroux.
Jéssica Santos 22/01/2019minha estante
Kkkk ri com sua resenha. Meu Deus; vou passar correndo desse livro ?




bloodymary 01/06/2018

Era melhor ter ido ver o filme do Pelé
Não é ruim, mas não me prendeu (assim como para muitos outros leitores pelo que vi), não é nem o caso de ser uma narrativa arrastada, acontece bastante coisa, e exatamente nesse excesso que vai se perdendo.
McGrath consegue as informações através de muitas pessoas, com muitos diálogos expositivos e que simplesmente aparecem soltam uma informação e fim, ae vem outro problema, subplots desnecessários. A tal Ashley que supostamente é plot principal se perde logo de início e boa parte do livro é necessário que os personagens fiquem falando dela pra você lembrar.
O 'mitoso' Cordova tem uma cara de Lars Von Trier com um pouquinho do Banksy e de início é bem interessante, mas então parece que a escritora foi pelo caminho mais preguiçoso de deixar o leitor imaginar o conteúdo dos filmes do diretor, as vezes esse recurso da certo - não foi o caso dessa vez - temos o tempo todo alguém falando sobre as coisas "macabras", "aterrorizantes", "horrendas", só que isso vai perdendo a força.
Mas há também coisas legais como as páginas da Internet, de revistas e fotos manipuladas, uma versão de Orfanato da Senhorita Peregrine no Reddit.
Lais.Pedrecal 10/12/2018minha estante
Melhor tradução da minha opinião pra esse livro. Achei ele superestimado




Gramatura Alta 19/10/2016

Surpreendente
FILME NOTURNO é o segundo romance de MARISHA PESSL, um thriller impressionante e envolvente, que faz o leitor ficar intrigado a cada novo capítulo. A escrita da autora é fácil e completamente viciante, deixando qualquer leitor vidrado e hipnotizado no livro. O suspense e os mistérios estão presentes do primeiro capítulo ao último, e PESSL faz isso de modo que não deixa a leitura cansativa e nem torna o livro parado.

A história acompanha a vida de Scott McGrath, um repórter que teve a vida arruinada ao investigar e tentar expor o misterioso diretor de filmes de terror, Stanislas Cordova. Anos depois, Ashley, filha do diretor, aparece morta, e tudo leva a crer que foi suicídio, mas ao saber disso, McGrath se vê mais uma vez envolvido nos mistérios de Cordova e sua família.

McGrath começa outra investigação, dessa vez para descobrir se, de fato, Ashley cometeu suicídio e o que a levou a fazer isso. Ele começa a refazer todos os últimos passos da jovem, e é nesse momento que conhece Nora e Hopper, duas das últimas pessoas que Ashley teve contato antes de morrer. Os dois jovens resolvem se juntar a McGrath e investigar sobre os Cordova. Juntos, os três saem em busca de pistas que possam revelar os segredos obscuros da vida de Ashley e do seu excêntrico pai.

McGrath é um personagem que busca a verdade acima de tudo, mas nem sempre a verdade é fácil de aceitar. Sendo um jornalista investigativo, ele se prende a fatos que possam ser explicadas de forma racional, mas acaba cada vez mais em um beco sem saída, pois nada que envolva os Cordova parece poder ser explicado pela lógica, sendo a única forma de dar continuidade as investigações, acreditar que existem coisas que não podem ser explicadas.

E por mais cético que ele seja, chega um momento em que precisa escolher entre fatos concretos e que podem ser explicados racionalmente, ou se jogar de cabeça no mundo das coisas que ele considera impossíveis e mágicas, pois só assim ele poderá entender tudo que envolve a estranha e isolada família Cordova.

Mesmo depois de ter perdido sua esposa e a reputação, indo atrás de uma pista falsa dada por um telefonema anônimo anos atrás, quando investigava Cordova, ele tem esperanças de que dessa vez possa ter mais sorte e ser mais esperto, podendo, enfim, provar a todos que estava certo ao desconfiar do diretor, e provando que o diretor esconde muito mais do que a maioria das pessoas suspeita. McGrath acredita que a morte de Ashley é seu bilhete da sorte para se redimir e expor de uma vez por todos o monstro por trás do mito que o diretor criou ao longo dos anos.

Em contraste a McGrath, Stanislas Cordova chega a ser um personagem místico, como um deus do submundo, envolto em mistérios e boatos, sendo visto pela última vez em uma entrevista dada a uma revista em 1977. Em The Peak, onde mora e grava seus filmes, vários acontecimentos levam a crer que coisas estranhas acontecem lá. Nenhum dos atores que participaram de seus filmes falam sobre o que acontecia durante as gravações, mas fica claro que o diretor levava todos ao limite da sanidade, muitos deles nunca mais voltando a atuar.

Os filmes de Cordova são tão perturbadores que acabam gerando protestos, o que leva a ter um deles impedido de ser rodado nos cinemas. Com isso, o filme é lançado de forma clandestina e exibido de forma secreta em túneis e catacumbas, e assim vai sendo com todos os próximos filmes dele, tornando seus fãs mais fieis e fanático, que se denominam: Cordovitas.

MARISHA PESSL conseguiu fazer de Cordova um personagem tão intrigante e real que faz o leitor ter vontade de ver seus filmes, por mais macabros que aparentem ser, só para ter uma dose do horror que eles proporcionam, um horror com que todos se identificam, que despe a alma de todo ser humano e mostra o seu lado mais sombrio e até onde ele vai.

Ashley, assim como o pai, mostra-se um mistério, mas, ao contrário dele, ficamos sabendo de várias coisas sobre ela, que aparecem ao longo do livro. Além de ser encantadora, talentosa e inteligente, a jovem mostra que herdou do pai o lado sombrio e profundo da vida, e, graças a isso, chegou ao fim mais cedo que o normal. É uma personagem intensa e cheia de personalidade. Até as fotos que aparecem no livro provam isso.

Ao final do livro, alguns detalhes, que acabam passando com pouca importância, podem ser o caminho para novas perguntas sem respostas. Não é um final satisfatório pra quem gosta de ter todas as suas perguntas respondidas. Ao terminar a leitura, a sensação que dá, é de ter visto um filme do próprio Cordova, onde o final fica em aberto e cabe ao leitor tirar suas conclusões.

A autora apresenta mais de uma possibilidade, e cabe a você decidir no que vai acreditar, e qual a sua verdade. Seja qual for, FILME NOTURNO, provavelmente, vai ser uma das melhores e mais inesquecíveis leituras que você vai ter na vida.

RESENHA ESCRITA PELA GABRIELLA, DO GETTUB

site: http://www.gettub.com.br/2016/09/filme-noturno.html
Kau 20/04/2017minha estante
Amo esse livro, adorei a resenha




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