As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender

As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender Leslye Walton




Resenhas - As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender


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Felipe Miranda 09/02/2015

As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender - Leslye Walton por Oh My Dog estol com Bigods
Parece que Leslye Walton concentrou tudo que me chama atenção em um livro logo à primeira vista: um título gigante e uma capa minimalista. A orelha do livro não diz muito. Já o comentário da autora de "A Seleção" (Kiera Cass) na contra capa faz muito mais sentido para quem leu. Há quase duas semanas terminei essa leitura, a classifiquei como favorita e ainda não consegui organizar os elogios para escrever essa resenha. Dei um passeio por opiniões alheias e fiquei surpreso ao me deparar com comentários negativos sobre a obra. Como alguém pode não ter amado (surtado) com essa história? Quem ousou abandoná-la?

Amo árvores genealógicas. Acho encantador viajar por gerações e descobrir o que cada personagem acabou herdando de uma avó distante, de um tio mais próximo. Acabo atribuindo valor aos autores que conseguem narrar esse tipo de situação sem transformar tudo em algo chato e cansativo. Apresentando as aventuras da família Roux, a autora não só contextualizou uma problemática como também me fez suspirar com a poesia presente em sua escrita. Ela narra o fantástico da forma mais natural possível, aproximando tudo da normalidade e dando um toque único a isso.

Quem narra o livro é a Ava Lavender do título. Ela não é uma garota normal e rebelde de 16 anos que tem amigos, namora e sai à noite. Ava nasceu com asas e viveu boa parte da vida escondida na casa onde mora, no alto de uma colina em Pinnacle Lane. (Amo a sonoridade dessa palavra, li em voz alta todas as vezes). Sem respostas para as perguntas que sempre a perturbaram, ela passa a pesquisar sobre sua família numa tentativa de entender as estranhezas que sempre circundaram sua existência.

É complicado e até injusto explicar o que Ava descobre sobre cada geração de sua família. A ida de seus bisavós para a América acaba culminando em uma série de desgraças responsáveis pela morte de quase todos os membros, menos um: Emillienne Lavender, avó de Ava. Infeliz e casada com um homem que nunca amou de verdade, Emillienne passa a ser assombrada pelos fantasmas dos irmãos - aqui está um dos detalhes mais legais da história: todos morreram de amor. Cada morte é envolta de um mistério bizarro e doloroso. Percebe-se que o fardo a qual todos os Roux estão fadados a carregar é amar e sofrer.

Outro núcleo da história é a padaria em que a vó de Ava trabalha, já no alto da colina onde a garota com asas mora. Sabe aquele clima de cidade pequena onde todos se conhecem e as fofocas tem um peso avassalador? Juntem isso a um cenário onde as pessoas acreditam em bruxas e são supersticiosas ao extremo. Pronto, Pinnacle Lane! (Em voz alta, gente!) A filha de Emilliene, Viviane Lavender também protagoniza momentos apaixonantes de acompanhar. Dona de um dom que a permite sentir o cheiro de todas as coisas e interpretá-las de forma premonitória, ela vive uma paixão platônica há anos e esquece de enxergar quem esteve do seu lado sempre que precisou.

O que faz alguém permanecer do nosso lado por tanto tempo? Será que a vida pode machucar tanto alguém a ponto desse alguém negar-se ser feliz por ter medo? As tragédias, inseguranças, vitórias e sorrisos que Ava descobre estão sempre acompanhadas de surpresas que caminham para o desfecho. A partir do momento em que a nossa narradora ganha maior espaço e passa a ser uma personagem que age na trama, a dúvida se instala: se Ava tem asas por que ela não consegue voar? E poxa, cada capítulo, cada reflexão, cada passo que ela dá pra provar que pode, que é maior que todas as bizarrices que a cercam, é lindo de se ver. É bonito a forma como a autora encerra cada momento triste. Ava terá sua própria tragédia particular, tão perturbadora quanto todas as outras.

O voar de Ava Lavender não é apenas bater as asas de pássaro que ela tem. Voar é ser ela mesma. Aceitar quem sempre foi e ficar bem. Sorrir apesar de tudo parecer estranho.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2015/02/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html
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Psychobooks 07/02/2015

Já tinha ouvido falar bem desse livro lá fora e dei pulinhos de alegria quando a Novo Conceito lançou por aqui e eu recebi meu exemplar em casa. Ou seja, minhas expectativas estavam bem altas quando iniciei a leitura.

Enredo
A história começa com o nascimento dos gêmeos Ava e Lavender, filhos de Viviane Lavender, e com a revelação de que Ava nasceu dotada de um par de asas. Após essa breve introdução, Ava volta no tempo para nos apresentar a história de sua família desde sua bisavó.

Desenvolvimento do enredo e Narrativa
Ava ocupa mais ou menos metade do livro narrando a vida de seus antepassados, marcada por dor, tragédias e desilusões amorosas, até chegar no ponto de seu nascimento, de onde a história segue, e alcança o grande clímax na adolescência de Ava.

Esse não é um livro de ação, mas sim um livro sensível, de reflexão sobre a vida e o amor, e sua força está nos personagens. A narrativa é feita em primeira pessoa pela Ava e traz certa dose de lirismo e poesia.

Personagens
Ava se propõe a contar a história de sua família e não o faz de forma displicente: ela não resume brevemente os principais acontecimentos de seus antepassados, mas sim toma seu tempo e, com calma, dá um panorama abrangente de como foi a vida de sua bisavó Maman, de sua avó Emilienne e de sua mãe Viviane, contando as tragédias que aconteceram, as marcas que deixaram e como elas foram passando pela família.

Fora a família conhecemos alguns amigos e vizinhos de Ava e sua família, e a maioria é muito cativante. Gostaria de me estender nessa parte e falar bastante sobre eles, mas como a força da narrativa está nos personagens, qualquer coisa a mais que eu fale irá estragar a história. Só vou ressaltar que Henry, o irmão gêmeo de Ava, é autista (o que não está dito explicitamente no livro, mas é possível deduzir facilmente) e o responsável pelas cenas mais doces da narrativa.

Conclusão
Se você procura uma leitura sensível, desacelerada e que induza a reflexão, esse é o livro ideal. O toque de realismo fantástico que ele traz, aliado ao lirismo que a autora conferiu à sua narrativa, o torna único e especial e o destaca no gênero jovem-adulto.

"Pois assim que as coisas acontecem, bem ou mal, não há nada a fazer. Simples assim."
Página 268

site: http://www.psychobooks.com.br/2014/12/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de-ava-lavender.html
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Gabriela Amoroso 04/02/2015

Se eu precisasse definir As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender em uma só palavra seria, sem dúvidas, peculiar. Terminei de ler o livro e fiquei com uma pequena ressaca literária, a história conseguiu mexer comigo. E confesso que estou aqui penando para escrever essa resenha. Esse livro é tão complexo, tão cheio de detalhes, que sinto que qualquer informação sobre a história pode prejudicar a leitura de quem ainda não leu. Maaas, vamos lá.

Ava Lavender nos conta a história de sua vida. E não é uma história comum, afinal, ela nasceu com asas. Mas, tudo começou bem antes, com a família da sua avó. Emilienne (a avó) veio de uma família francesa e sua trajetória de vida foi marcada por acontecimentos pouco convencionais.

Quando Viviane (a mãe de Ava) nasceu, a vida de Emilienne deu uma reviravolta improvável e ela se tornou uma confeiteira de sucesso. Seus doces eram consumidos por absolutamente todas as pessoas da pequena cidade e Emilienne não deixou de trabalhar nem por um dia. Viviane passou sua infância na padaria, envolta por cheiros e sabores. Cresceu, ganhou um coração partido e uma gravidez inesperada. E dela nasceu Ava, a garota com asas de anjos.

Passei o início do livro todo escutando uma musiquinha francesa dentro da minha cabeça. A descrição dos lugares e das pessoas é tão característica, que é difícil não se encantar. Aliás, todas as descrições do livro são extremamente detalhadas e intensas. Walton consegue nos transportar para onde ela quer, durante todo o livro.

Da França o livro segue para Manhattan, que está em pleno desenvolvimento. Imaginem as descrições! A autora tece comentários espirituosos, que enriquecem a história. Outro ponto forte do livro são os personagens. Todos eles são extremamente bem construídos e, além das características físicas e psicológicas, todos trazem uma interessante bagagem de vida.

O único ponto que preciso alertar é quanto ao ritmo de leitura. Sei que cada um tem o seu, mas acabei demorando mais que o esperado para ler esse livro. Como eu já disse, as descrições são detalhadas e longas e, em alguns casos chegam a ser complexas. Sendo assim, a leitura pode se tornar um pouquinho cansativa em algumas partes. Fora isso, o livro é incrível. Walton tem uma escrita sensível, doce e ao mesmo tempo cruel. Se você gosta de livros peculiares, esse é uma boa pedida.

site: http://www.pitadadecultura.com/
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Vivi Martins 03/02/2015

A sinopse deste livro me chamou a atenção desde o início e devo dizer que é um livro realmente diferente. A história tem um que de sonho em alguns momentos, embora esteja retratando a realidade, o fato da personagem principal, Ava Lavender, ser uma menina que possui asas também é deveras incomum e toda a sua trajetória assim como a de seu família são estranhas e intrigantes.
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Ana Luiza 31/01/2015

Encontros e desencontros
A família Roux, que passadas algumas gerações iria se tornar Lavender, é marcada por peculiaridades, tragédias e má sorte no amor. Ava, em seus 16 anos, já sabe muito bem disso. Sua avó, que administra, e de forma muito bem sucedida, a padaria da família desde a morte do marido, não ganhou a fama de bruxa por causa de seus talentos culinários. Emilienne tem dons misteriosos, assim como sua filha, Viviane.

“Só porque o amor não aparenta ser do modo que você pensa, não quer dizer que você não o tenha.” Pág. 242

Mas enquanto Emilienne, que veio com a família da França para os Estados Unidos na infância, em meados de 1910, convive com o extraordinário e com a tragédia desde pequena, Viviane teve mais sorte. Apesar de ter sido criada apenas pela mãe, uma mulher forte e dura, que vive pela família, mas que não expressa muito afeto, Viviane teve uma infância bem normal e feliz. Ao lado de Jack, seu melhor amigo e que, anos mais tarde, se tornaria algo mais, a garota cresceu como outra menina qualquer de sua idade. Viviane não tinha ambição por nada além de viver com quem amava, mas, mesmo quando o mundo lhe recusa tal coisa, a mulher passa a viver em negação, como se estivesse esperando eternamente pelo seu final feliz.

Viviane se torna reclusa e solitária, presa em sua casa e em seu próprio mundo, mas uma boa mãe para seus filhos, os gêmeos Ava e Henry. Ela cria os filhos com ajuda da mãe e de Gabe, um “faz-tudo” que mora na casa da família e que sempre fora apaixonado pela mulher. Mas de todos os descentes dos Roux/Lavender, Ava e Henry são, sem sombra de dúvidas, os mais peculiares. Enquanto Henry é nada mais que um garoto silencioso, que vive em um mundo próprio, raramente fala, que odeia ser tocado e que tem compulsão por desenhar mapas, Ava seria uma garota qualquer exceto por um único detalhe de sua aparência: um par de asas de pássaro.

“Parecia que não havia como separar a menina das asas. Um não poderia sobreviver sem o outro.” Pág. 9

Ao nascer, Ava fora chamada de anjo e, muitos anos depois, ela novamente seria confundida com um ser divino. Mas Ava não quer ser divina ou mesmo especial, ela queria ser, na verdade, aparentar ser, normal. Ava não é muito diferente de um pássaro em uma gaiola, apesar de ela não conseguir voar, ela deseja apenas a liberdade. Assim, a garota começa a se aventurar por entre outros da sua idade, mas, mesmo que não tivesse asas, Ava sempre será diferente por ser uma pessoa extremamente doce, gentil e ingênua. E, como todos os Roux/Lavender amargamente aprenderam, esse é um mundo sombrio e cruel, especialmente com aqueles que fogem da normalidade.

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender me despertou atenção apenas por causa do título. Não esperava nada da obra, por isso me surpreendi logo nas primeiras páginas, onde me vi rapidamente cativada pela triste, peculiar e singela história dos Roux/Lavender. Amei que a protagonista tenha contado toda a história de seus familiares e antepassados, apesar de que a autora poderia ter omitido certas partes. A narrativa em primeira pessoa, a partir da perspectiva de Ava, é muito fluída. Walton tem uma escrita maravilhosa e bastante poética, só estranhei um pouco que Ava, como narradora, nos conte coisas que ela jamais poderia saber, como os pensamentos de muitos outros personagens e até mesmo as visões que sua avó e seu irmão têm de pessoas já falecidas. Entretanto, a narrativa parece tão natural, é tão cativante, e os Roux/Lavender tem dons tão peculiares e incríveis, que tal detalhe não chega realmente a incomodar o leitor, que tem a impressão de que a Ava está ali, na sua frente, lhe contando aquilo tudo.

A trama criada por Walton é surpreendente, inteligente, brilhante e bem amarrada, além de ter sido muito bem desenvolvida. A história é muito rica, além de bela e cativante. Algo que amei foi que o lado fantástico da obra é desenvolvido com tanta naturalidade que ele até deixa um pouco de ser tão excepcional. A fantasia que se aproxima e se mistura ao natural é uma das belezas do livro, como se fosse um lembrete que o incrível pode ser parte do simples. A autora também criou personagens maravilhosos, ao mesmo tempo únicos e como qualquer outro ser humano. Eles nos despertam diversas e ambíguas emoções e soam extremamente reais.

Amei a força de Emilienne, mas me irritei com sua frieza. Fiquei frustrada por Viviane estar, grande parte do tempo, esperando por alguém que não iria voltar, mas encantada com sua dedicação e grande amor aos filhos. Henry me despertou muita curiosidade, afinal ele é o mais sensível dos Roux/Lavender, mas é uma pessoa excepcional. Fiquei intrigada com sua personalidade, mas ainda mais com seu comportamento, que me lembrou o dos autistas, que são pessoas incríveis e muitas vezes geniais, mas que sofrem bastante por, como Henry, serem sensíveis e viverem em um mundo só seu. Henry foi o meu favorito, mas Ava foi com quem mais me identifiquei, justamente por um dos mais importantes pontos do livro ser a mostra de que, com asas ou não, Ava era como qualquer outra garota. Não sou tão doce ou ingênua como a personagem, mas me vi nela ao me deparar com sua ânsia por liberdade e com sua dificuldade de se adaptar e se relacionar com outros da sua idade.

“(...) os filhos traíam os pais ao se tornarem donos de si mesmos.” Pág. 231 – Meu quote favorito do livro e uma grande verdade universal.

A grande questão de As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender, eu acredito, é mostrar como pessoas que fogem da “normalidade”, que para nós são estranhas e que, por isso, nos metem medo, acabam sendo mais feridas pelo mundo do que fazendo mal a ele. Os Roux/Lavender eram, no fundo, nada mais que pessoas extremamente sensíveis (ao ponto de perceberam coisas que o resto não percebe) e foi tal característica que os fizeram sofrer tanto. As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender é uma obra sobre aceitação, mas especialmente sobre autodescoberta, autoaceitação e, claro, a busca pela liberdade e da felicidade. Uma lição importante do livro é que nem sempre é o mundo que nos priva das coisas boas, às vezes nós mesmos escolhemos destinos tristes e sombrios, como Viviane fez. O livro também é uma grande aula sobre amor e união familiar, além de superar seus medos e fantasmas do passado.

Uma obra singela, melancólica, fofa e emocionante. As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender traz uma história sobre encontros e desencontros, amores e decepções, união e separação, e muito mais, e me deixou com sorrisos e lágrimas no rosto. O livro é muito tocante, diverte, emociona e nos faz refletir. É impossível não simpatizar e se apegar aos personagens e terminei a obra já com saudades de todos. Amei o livro e estou louca por mais obras de Walton, que já me conquistou com As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender e se provou uma escritora madura e talentosa.

“O amor, como a maioria das pessoas sabe, segue uma cronologia própria, apesar de nossas intenções ou planos bem ensaiados.” Pág. 29

Quanto a edição, também tenho apenas elogios. A tradução e diagramação estavam perfeitas, amei os detalhes de penas por todo o livro. Também amei a árvore genealógica dos Roux/Lavender logo nas primeiras páginas, que além de linda, é muito útil. A capa é como o livro - bela e melancólica -, e uma das preferidas da minha estante. O tom de azul é simplesmente divino, assim como o desenho da pena. Fico feliz que a editora tenha mantido a capa original, apesar de que também amei a versão italiana, único país onde o livro ganhou outra capa, mas que igualmente combina com a história.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com/2015/01/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html
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Fernanda 19/01/2015

“As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender” é um dos lindos e recentes lançamentos da Editora Novo Conceito. Foi uma leitura que fluiu de forma tão gostosa, tão leve, mesmo tendo uma proposta meio dolorosa e um desfecho difícil. É um romance muito bonito onde a autora escreveu sobre o amor entre várias gerações da família Roux/Lavender.
E o amor... vocês sabem, não é?

“O amor é capaz de nos deixar tão bobos.”

A narrativa é na voz de Ava Lavender. E ela seria uma jovem perfeitamente comum, não fosse por um detalhe: ela tem asas.
O livro começa com Ava descrevendo o seu estranho parto. Ela nasceu com asas que estão inexplicavelmente ligadas ao seu corpo. E também veio Henry, seu irmão gêmeo, que é tão calado e silencioso que talvez seja tão estranho quanto Ava.

O enredo é sobre toda a família, primordialmente materna, de Ava. Todas as aventuras e desventuras que o amor pode oferecer foram vividas pelos membros da família Roux.
Sua avó apaixonou-se apenas três vezes, até os 19 anos de idade.
Sua mãe apaixonou-se perdidamente por um único homem que deu prioridade ao conforto e ao orgulho.
E Ava e Henry sofreram consequências, mesmo que indiretas, de todas essas desventuras.

“Desta vez poderia durar. Talvez fosse um amor mais prolongado, mais profundo: uma entidade real e sólida que vivesse na casa, usasse o banheiro, comesse sua comida, desarrumasse as roupas de cama enquanto dormia. Um amor que a afagasse quando ela chorava, que dormisse com o peito pressionado contra suas contas...”

Ava Lavender conta sua história através de traços das histórias de sua família. As informações são ricas e meio tristes, repletas de um mistério sutil que ronda as vidas de seus parentes. A ambientação é do século XIX e é interessante como a própria narrativa passa esse ar sombrio e opressor que os personagens viviam.

A própria vida de Ava foi cheia de opressão, mesmo que não intencionada. Com as suas asas, ela vivia presa em casa, por proteção. E quando ela começa a questionar, e exigir, essa liberdade, as coisas ficam perigosas. Ava passará por situações difíceis que, aparentemente, estava em seu destino desde antes de seu nascimento e a suas estranhas e belas mágoas tocarão o coração do leitor.

Gostei imensamente desse livro por dois pontos primordiais: narrativa e personagens.
A narrativa é tão fluida, que parece poesia. A história é muito bem contada, de forma melódica e atrativa. E os personagens, mesmo sendo muitos, são cheios de humanidade. Eles são intensos e fracos de uma maneira muito real, e isso me atrai. São demonstradas várias formas de amor que, dependendo da perspectiva do leitor, podem ser certas ou erradas, e isso é interessante porque vai confrontar a nossa personalidade.

A única coisa que não me satisfez completamente foi o não aprofundamento das histórias desses personagens. Entendo que seja complicado, por ser apenas um livro, mas senti falta de conhecer mais apropriadamente suas perspectivas e o que fez ser o que são. No mais, é um livro bonito que pode ser lido com prazer, em apenas um dia.

“As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender” me tocou de forma sutil e gostei muito do que li e conheci.
É um romance agridoce que ainda mantém sua leveza, mesmo em meio às tempestades.
É realmente uma bela história.


site: http://www.garotapaidegua.com.br/2015/01/eu-li-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html#.VL1mpNLF9TQ
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Samantha @degraudeletras 18/01/2015

WALTON, Leslye. As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender. Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2014.
Esse é um dos melhores lançamentos de 2014 da Editora Novo Conceito que li nos últimos meses. A estória e a narrativa são tão interessantes que me cativaram, antes da página 100 eu já emanava coraçõezinhos por esse livro.

A narrativa de Leslye me lembrou uma mistura de Douglas Adams, ao mesclar o improvável até uma solução simples mas bem maliciosa, e Amelie Poulain, devido ao compasso meio acelerado de alguns pensamentos mas sem deixar de lado aquele tom doce e apaixonante da vida. O comum e o surreal lado a lado.

Ava Lavender é uma garotinha que nasceu com asas e ela nos conta até mais ou menos a metade do livro a estória de seus familiares (desde a bisavó, passando pela avó, mãe e chegando a sua jornada). É muito interessante ver essa colcha da família Lavender se desenvolver junto a fins que mais parecem as metáforas metafísicas do autor do Guia dos Mochileiros. E do meio para o fim, a sua própria vida e como é ser diferente (ninguém nasceu com asas aí, né?!) e viver trancafiada em casa por medo (neura da mãe de Ava que é mais ou menos compreensível uma vez que a estória se passa no início de 1900 e alguma coisa - a primeira data relatada no livro é 1904, que corresponde ao nascimento da bisavó de Ava) de que as pessoas a machuque.

Ao ler a sinopse, imaginei que Ava descreveria mais a sua vida do que a das mulheres de sua família e isso me decepcionou um pouco, mas só porque eu já esperava uma coisa X. Mas ao final das contas, o livro teve um saldo positivo, pois mesmo sendo diferente do que imaginei, a estória foi tão fascinante que isso foi o de menor importância.

A melancolia é um sentimento perene nesse livro, por mais que o coração do leitor esteja apaixonado por aquela estória, é triste ver a vida vazia de alguns personagens e mesmo assim amá-los. Sobre os personagens, eles trazem muito da nossa realidade... O coração partido, o esperançoso, o esperto, o ambicioso, o sonhador, o puro, o amigo, chegando até a ser caricato e simbólico (cada um com seu sofrimento e seu objetivo de vida).

A autora trabalhou muito bem o desenvolvimento da estória, assim como a beleza da sua narrativa. Esse livro, com certeza, já está cotado para uma das melhores leituras do ano.

site: http://www.wordinmybag.com.br/
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Fernanda 18/01/2015

Olá queridos leitores! Espero que estejam lendo ótimos livros. Eu nem sempre acerto em algo realmente bom, mas nossa vida de leitor é sempre assim né? Acredito que nem desejei um ótimo 2015 para vocês, mas ainda não é tarde demais, portanto Feliz 2015 para todos!

Quando a Mi ofereceu este livro para leitura e resenha, fiquei aqui pensando se valia a pena lê-lo, mas decidi dar uma chance. Claro, que comecei a leitura no ano passado (risos), mas como não estava com muita vontade de ler eu acabei deixando-o de lado, mas chegou o dia dele novamente e só o deixei quando acabei a leitura.

O fato é que não esperava muito do livro. Mas Ava me deixou surpresa com sua história. Ava Lavender, narra sua vida de forma lírica, delicada e assombrosa em alguns aspectos. Toda sua descendência é descrita nesta obra, pois um dia ela parou e se perguntou o que aconteceu com seus antepassados para que ela fosse o que é.

Essa estranha garota e seu irmão gêmeo Henry, não muito normal também, nasceram de um único relacionamento que sua mãe Viviane teve na adolescência. Em sua busca, Ava, descobriu sobre os mitos e segredos que sempre cercaram sua família, sua avó materna, Emilenne e seus tios-avós peculiares.

A narrativa do livro nem sempre é boa e por essa razão eu o deixei de molho por um tempo. O início é maravilhoso, pois desperta no leitor o bichinho da curiosidade, mas quando Ava começa a falar de sua avó nem sempre a leitura flui como esperamos. Já na parte que ela nos apresenta sua mãe, suas travessuras da infância e seu amor adolescente as coisas ficam melhores, mas nada melhor que a vida da própria Ava.

Ava é uma menina peculiar e passou metade de sua vida escondida por medo da reação das outras pessoas. Um medo crescente de ser apedrejada por causa de suas asas. Seu irmão Henry, sempre foi de poucas palavras e quase nunca expressou algo inteligível.

Toda a história criada por Leslye intercalou-se entre a cidade de Pinnacle Lane e a padaria de Emilinne. A padaria teve grande importância na trama, pois foi onde se descobriu muito dos segredos e as belas e estranhas histórias da vida dos morados da misteriosa Pinnacle Lane.

Quando você leitor for ler este livro, preste atenção em cada personagem, principal ou não, pois garanto que terá grandes surpresas não somente na família peculiar de Ava, mas também sobre as loucuras e mistérios que seus próprios vizinhos escondem. Vizinhos estes que podem ou não ser confiáveis. Você pode entender o livro de forma completamente diferente do meu entendimento, pois a obra lhe dá vazão para muitos pensamentos e sentimentos.

As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender não é uma história sobre mágoas e uma garota com asas, mas é maior que isso. Portanto leia e descubra por si mesmo.


Resenha feita especialmente para o blog Lost Girly Girl por Fernanda do blog Amor Literário e Colaboradora do blog Lost Girly Girl - http://www.lostgirlygirl.com/2015/01/resenha-514-as-estranhas-e-belas-magoas.html



site: http://www.lostgirlygirl.com/
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@APassional 14/01/2015

* Resenha por: Samantha Culceag * Arquivo Passional
Ava Lavender nasceu com asas de pássaro, mas sempre teve total controle sobre elas, os médicos não podiam tirá-las sem por a vida da menina em risco, então descartaram a ideia. Ava sempre fez perguntas sobre o motivo de ter asas e para tentar compreender isso, decidiu estudar seu passado numa busca pela resposta:

“De onde eu vim? (…) O que o mundo faria com uma garota assim?”

Nessa sua busca, Ava descobriu sobre os mitos que cercavam sua família e a verdade sobre sua árvore genealógica, descobriu sobre os dons de sua avó, Emilienne, sobre seus tios-avós peculiares (irmãos de Emilienne): René, Margaux e Pierette, que morreram antes de Ava nascer, e a história de amor da sua mãe. A narrativa em primeira pessoa releva todas essas descobertas, e Ava também aproveita para contar sobre sua juventude e as coisas pelas quais passou, cita seu irmão gêmeo Henry, que viveu grande parte da vida sem falar absolutamente nada, e narra até mesmo a vida de moradores de Pinnacle Lane que, no fundo, estão todas interligadas.

Essa leitura foi uma mistura para mim, tiveram partes em que não conseguia parar de ler e outras em que eu quase desisti. O Prólogo foi maravilhoso, fiquei encantada com as três primeiras páginas, mas quando Ava começou a contar a história de sua avó, eu não gostei, na parte da mãe de Ava, Viviane, as coisas melhoraram e ficaram ainda melhores quando Ava decidiu falar de si mesma, nem preciso dizer que achei ela a mulher mais interessante da família Roux, não é mesmo? A história de Ava se também seguiu com altos e baixos, mas com mais altos do que baixos para enfim, terminar perfeitamente bem!

A autora conseguiu misturar realidade e fantasia de uma forma maravilhosa, conseguiu também construir um mundo bem rico ao falar sobre todos os que viviam em Pinnacle Lane e sobre as lendas do lugar, a padaria de Emilienne teve uma importância muito grande e foi esse lugar que intercalou muitas pontas dessa história que, sem dúvida, é feita de detalhes, lendas, segredos e coisas estranhas e belas que ninguém imagina. Este livro conta muito mais do que a história de uma menina com asas.

Eu entendi o livro de uma forma, mas você pode entender de outra completamente diferente, acho que existem várias mensagens ocultas que podem ou não serem captadas pelo leitor, se você for ler preste atenção em cada personagem (são muitos!), mesmo que não sejam os principais, cada um deles tem uma maneira de se comportar e pensar, você pode aprender muita coisa com eles! Meu personagem preferido? Estou em dúvida entre Gabe (você vai ter que ler para descobrir sobre ele) e Henry, gostei bastante de ambos!

“As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender” é uma história fantástica que eu recomendo muito, não desista dessa leitura, os pontos positivos batem os negativos e o final é muito bom, assim como as mensagens que ele passa!

Beijos estranhos e belos... Samantha Culceag.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 14/01/2015.

site: http://www.arquivopassional.com/2015/01/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html
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Dúnia Valle 11/01/2015

Sobre família, superação e Amor
Este romance de estréia da autora vem nos contar uma história sobre a família de Ava Lavender e todos os seus infortúnios sofridos ao longo de várias gerações...grande parte deles graças ao Amor.
A história toda é permeada por elementos fantásticos, então já esteja com a mente aberta, caso contrário será incapaz de aproveitar a trama.

Ava Lavender se vê apenas como uma menina, porém nasceu com...asas. Ninguém sabe bem como nem o motivo; os médicos não conseguem entender, os religiosos acreditam seu um milagre, um Anjo, e para alguns ainda, isto é o suficiente para levar à loucura.
Ava tem um irmão gêmeo, Henry, que em momento algum é rotulado com algum distúrbio, mas pela descrição do livro, podemos inferir que Henry é autista. Mas achei interessante a autora não ter usado este termo, acredito que não quis categorizá-lo propositalmente. Para a família de Ava, Henry só gosta de falar quando vale a pena, e não há muitas coisas que valham a pena serem ditas.

Gostei muito do livro, recomendaria, mas dei 3 estrelas porque achei que a autora teve mais sucesso em nos encantar com a família toda e sua trajetória do que em nos encantar com a protagonista Ava em si.
Basicamente metade do livro é para nos contar sobre todos os antepassados de Ava, e somente após essa metade é que passamos a ter mais contato com a menina com asas. Isso não é exatamente ruim, visto que eu me apaixonei pela família, mas o fato é que muitas vezes eu estava bem mais interessada nos outros membros da família do em Ava Lavender.
Samy 01/03/2015minha estante
Fiquei bem curiosa para ler esse livro! Vou colocar na lista! ;)




Fernanda 02/01/2015

Resenha: As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender
CONFIRA A RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/01/resenha-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html
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Ricardo Brandes 25/12/2014

A mágica história de Ava
Respire fundo e sinta o aroma de lavanda, na mágica história de Ava Lavender.
Com um título extenso, que logo chama a atenção, As estranhas e belas mágoas de Ava Lavender é o livro de estreia da escritora Americana Leslye Walton. Uma história de amores e desencontros através do tempo, que atravessa gerações.
A propósito, a bela árvore genealógica impressa nas primeiras páginas será bem útil, para que o leitor se localize no tempo e na história. (Eu mesmo recorri diversas vezes a este recurso, durante a leitura.)
Com capítulos longos e intensos, o livro pode ser dividido em duas partes: na primeira, acontece a apresentação de toda a família de Ava em várias gerações, uma família marcada por mágoas e tragédias. Uma história perturbadora e comovente, com toques de mitologia, que prende a atenção dos leitores com uma escrita cheia de grandes revelações. Já na segunda metade, a autora dedica-se a personagem principal Ava, e suas mágoas e mistérios. De forma mais lenta e marcante, desenvolve-se o restante da obra, que em seus capítulos finais torna-se novamente intenso e poderoso, provocando fortes emoções e surpresas nos leitores.
Com uma capa simples e direta, expondo uma pena (muito importante na obra), a Editora Novo Conceito traz aos leitores um livro ousado com personagens fortes e marcantes, com um pé na fantasia e romance.
Recomendo a leitura, para todos que procuram um livro capaz de voar alto em seus pensamentos, com um doce toque de lavanda.
Por Ricardo Brandes / Escritor



site: http://www.amoreselivros.com.br/2014/12/as-estranhas-e-belas-magoas-de-ava.html
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Eduardo 21/12/2014

Brilhantemente Escrito;
Minha Opinião: Tenho que admitir que comprei este livro no escuro, pois, em uma ida a livraria de minha cidade, o vi na vitrine e me apaixonei pela capa.
Não tem como descrever exatamente como me senti lendo esse livro, por que ele é tão sensível e ao mesmo tempo tanto tão impactante que o leitor apenas continua a ler e aprecia a brilhante escrita de Leslye Walton.
O livro vai seguir as mulheres da família Lavender, e acompanhá-las até os dias atuais onde vive Ava. O livro, -narrado em primeira pessoa-, muitas vezes surpreende o leitor com cenas e situações desesperadoras e intrigantes, porém o texto é tão bem redigido, que essas cenas passam com até grande sutileza.
Temos nesse livro, uma fantasia que se assemelha muito a realidade, onde personagens sentem o cheiro da morte e da felicidade, onde casais dividem sonhos, e é claro, onde uma menina nasce com asas.
Com toda certeza, o destaque deste livro vai para a brilhante narrativa da autora e também a grade personificação dos personagens(mesmo sendo um livro curto) e a grande visualidade dos cenários presentes ao decorrer do livro. Não é possível você não se intrigar com a mulheres Lavender, ou não sentir o cheiro do pão recém assado da padaria de Emilienne.
Esse é o primeiro livro escrito por Leslye, e, tenho que admitir, lerei tudo que essa autora publicar, por que com certeza "As Estranhas e Belas Mágoas de Ava Lavender" entrou para meus favoritos de 2014.


site: http://historiasinacabaveis.blogspot.com.br/2014/12/critica-as-estranhas-e-belas-magoas-de.html#more
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Greice Negrini 19/11/2014

Páginas de drama e de uma escrita fascinante!
Ava Lavender nasceu com um par de asas. Isso pode parecer totalmente estranho para o mundo inteiro, mas não para a família de Ava que desde muitas gerações já tinha peculiaridades em cada ser que nascia. As lindas asas de Ava, porém não a deixaram desfrutar um mundo completo e cheio de aventuras como se poderia imaginar. Um mundo de cores e desafios, cheio de amigos, festas e amores. Como toda sua família, Ava vivia no alto de uma colina, ao final da Pinnacle Lane, um bairro de Seatlle.

Desde que a família Roux, com o bisavô Beauregard e a bisavó Maman saíram com seus filhos da França para uma vida melhor nos Estados Unidos, muita coisa aconteceu. A avó de Ava, Emilienne, com os irmãos dela, René, Margaux e Pierette tiveram contato com uma Manhattan nova, em plena fase de expansão. Lá eles descobrem todas as faces que a França não estava preparada para ofertar. Não que o coração deles estivesse pronto para tudo aquilo. Não estava. A felicidade de amar e a tristeza de puras ilusões chegavam e partiam como o vento e as estações.

Como a vida precisa seguir seu rumo, Emilienne vai para Seatlle, a cidade das chuvas o ano inteiro. A cidade onde conseguiria seguir sua vida. A cidade em que sua barriga, agora gigante, poderia abrigar uma bela menina. As dificuldades não poderiam ser poucas. Nem todos os vizinhos tiveram a melhor recepção com a bela mulher, porém com seu marido foi o contrário. A padaria que foi aberta no local logo se tornou um sucesso e também logo nasceu Viviane Lavender.

Viviane não tinha asas, mas sentia o cheiro de todas as coisas melhor do que qualquer ser humano. Havia uma lenda no local, naquela casa na colina onde vivia Viviane com sua mãe, mas o que seria uma lenda, afinal? Somente algo para todos festejarem durante uma época do ano. Mas o coração de Viviane também amava, também batia.

E quando as folhas das árvores mudavam de cor para o amarelo, para o vermelho e enfim caíam demonstrando a troca de estação, chegava novas pessoas na cidade vindas de outros lugares e Viviane chamava a atenção. Emilienne continuava firme com a padaria, mas agora a barriga que crescia era de Viviane.

Ao nascer, uma menina linda com asas, que comoveu uma multidão de fiéis e, logo após, um menino que não chamava atenção nenhuma, o irmão de Ava.
Mas o que Ava pretendia contar voltando ao passado desde a época de seus bisavós era tudo o que a levara até o grande momento de sua vida, lá, naquela colina no alto da Pinnacle Lane. Uma vida cheia de amor, cheia de tristeza e com certa crueldade. Afinal, ter asas não seria assim tão belo.

O que falo sobre o livro?

Meu coração ficou descompassado com esta leitura. Um misto de fortes emoções, melancolia, drama e um encontro com a própria alma é o mínimo que este livro promete.

Quando iniciei a leitura não imaginava algo do gênero da fantasia. Comecei lendo a sinopse sobre uma garota com asas e nas primeiras páginas achei tudo tão estranho que me fez querer largar o livro. E que tola seria se eu cometesse este ato. Livros de fantasia para mim tem uma conotação um pouco diferentes, mas o que este contém está além de algo que talvez eu pudesse imaginar em ler ou até mesmo escrever.

Lembro que me encantei ao ler o livro Anseio da autora Débora Mattana e até resenhei ele aqui no blog, justamente por ter uma mesma questão relatada neste livro, mas a Leslye Walton interage com uma forma um pouco diferente neste livro e com os seus personagens.

No primeiro momento já é apresentada a personagem de Ava Lavender, uma garota que nasceu com suas asas, mas que precisa esclarecer a todos como toda sua família é cheia de uma formosura e de características tão surpreendentes que você vai se apegando a cada parte da história. Seria um retroceder do tempo encaixando cada acontecimento com os desafios enfrentados. E cada momento é descrito de uma forma ora melancólica, ora cativante que você imagina a dor e amor de outra forma além daquelas quais estamos acostumados.

É um misto de união e separação contínuos que intercalam os personagem perfeitamente. É como se a cada capítulo um personagem ficasse sob as sombras para reaparecer em seguida e complementar ainda mais a vida de cada um. Nenhum personagem é de uma normalidade. Todos carregam consigo algo que transforma o mundo da fantasia maior e talvez seja isto que dê tão certo nesta leitura. A dura luta de homens e mulheres por aquilo que acreditam.

A diagramação é simples, mas ao longo dos capítulos você vai notando uma simples pena de pássaro seguindo uma trilha, como se mostrasse o andamento da vida de uma família.

Pensei que apaixonar-se não era tão fácil em um livro de fantasia, mas acredito que o gênero não seja somente este, seja quase tão real quanto olhar o céu e imaginar poder tocar cada estrela.


site: www.amigasemulheres.com
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Denise 15/11/2014

Só um comentário.
Não tenho dúvidas de que a autora tem alguma influência do Gabriel Garcia Marquez. Sua fantasia próxima do normal é realmente uma viagem de memórias inventadas de histórias aumentadas muito loucas como em Cem Anos de Solidão. Um livro adorável.
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