A balada de Adam Henry

A balada de Adam Henry Ian McEwan




Resenhas - A Balada de Adam Henry


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Vinicius Lima 22/03/2019

Uma boa premissa, mas...
É o segundo livro que leio do autor, mas posso dizer que ainda prefiro ?Amsterdam?. Bem, vamos lá.
O livro nos conta a história de Fiona, uma juíza de Londres que passa a ter que enfrentar um caso polêmico: deferir ou não o pedido de um hospital para que possa ser realizada uma transfusão de sangue num paciente com leucemia, o qual faz parte das testemunhas de Jeová e não aceita tal tipo de tratamento por causa de sua religião.
Ao mesmo tempo, Fiona tem que lidar com assuntos íntimos que a incomodam, como a falta de filhos, bem como o seu casamento com Jack, que está indo rumo ao fracasso.
O que, aparentemente, poderia ser mais um caso com uma sentença a ser proferida por Fiona, torna-se um emaranhado de conflitos pessoais que deixará a magistrada incapaz de controlá-los, em razão da fraqueza humana.
Enfim, embora seja uma história que flui bem, para mim, ela não prende o leitor a ponto de fazer com que ele não queira largar o livro. Além disso, apesar de se tratar de um enredo bastante interessante , eu não consegui me apegar à relação construída entre Fiona e o paciente. Não que o livro seja ruim ou que o tema debatido não seja importante. A meu ver, a forma como o autor tentou construir a intimidade entre a juíza e Adam, me pareceu um pouco forçada, como se quisesse a todo custo nos tocar (ou até mesmo nos emocionar), de alguma forma.
Em suma, eu achei uma boa premissa, mas que tomou caminhos não tão atraentes.
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Heloiupy 20/01/2019

Uma boa ideia / totalmente ficcional
Embora seja um livro interessante e uma boa leitura, as informações sobre o perfil de uma TJ estão, em muitos aspectos, equivocadas. Não são suicidas em potencia (não preferem morrer em vez de viver!); ao contrário, defendem a escolha do melhor tratamento e, quase nunca o sangue é. O livro não deixou claro as opções que o tratamento envolvia, nem citou o documento que toda TJ assina para previamente preparar a equipe médica cooperando com ela na busca de uma solução aceitável. Toda TJ dispõe de pesquisa, contatos, documentos, medicamentos e tratamentos alternativos. Há uma equipe de ajuda sempre alerta em cada caso, que apoia e intermedeia a relação médico-paciente. Por causa das Testemunhas de Jeová, a medicina se adaptou e evoluiu muito na tentativa de valorizar e atender às necessidades e decisões do paciente.
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Mari 04/01/2019

Bacana ?
Com assuntos sérios e decisões complicadas. É um livro envolente e de alguma maneira muito inteligente consegue te fazer questionar se o que você tá pensando que vai acontecer, realmente acontece.
Uma leitura fácil e rápida.
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Babi 30/12/2018

Delicada narrativa, leitura penetrante que convida, de maneira natural, profunda e não tão clichê, às clássicas reflexões sobre as interferências da religião na vida humana, tendo como pano de fundo, ainda, as frustrações da vida conjugal adulta e o envolvimento entre um jovem, doente e, ironicamente, cheio de vida e uma juíza que julga seu lastimoso caso.
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Rafael 05/12/2018

A difícil tarefa do julgador
Um livro bem escrito e que deve ser lido de um fôlego só, já que a estória que nos é contada é deveras envolvente. Como todo bom romance, ele guarda nuances próprias que nos atraem mais de acordo com nossas preferências e experiências de vida. Sendo advogado, é meio óbvio que as questões envolvendo o drama jurídico vivenciado pela protagonista, uma juíza inglesa de um Tribunal Superior, me atraíram com mais intensidade que os problemas conjugais por ela enfrentados concomitantemente ao desenvolvimento de seu labor na judicatura. O que, de modo algum, afasta a preciosidade com que o autor trabalha o drama humano dos relacionamentos afetivos que permeiam nossas vidas. Contudo, e como dito, para mim a singularidade mais destacada da obra é, justamente, o fato do autor conseguir captar a responsabilidade que pesa sobre o julgador quando, no mais das vezes, se vê obrigado a decidir o destino de outrem, um terceiro alheio à sua convivência e a quem, por obrigação legal, se deve amparar. O livro obriga-nos a meditar sobre até que ponto colocar tal dever em um terceiro alheio às nossas vidas é suficiente para resolver nossos problemas. É essa a reflexão que fica para mim após a agradável leitura dessa pequena obra que guarda tamanha densidade em suas breves páginas.
Lavis 06/12/2018minha estante
Essa resenha me inspirou a ler o livro. Muito boa!


Rafael 07/12/2018minha estante
Lavis, vale muito a pena a leitura ?




Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 23/10/2018

Algumas passagens me deixaram entediada, muita descrição do mundo em volta e casos aleatórios, mas o final foi surpreendente.
Boa leitura.
Esperava mais por ser um livro do renomado Ian McEwan, esse foi meu primeiro livro dele.
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Toni Nando 24/07/2018

Maravilhoso
A difícil tarefa da juíza de ser parcial em suas decisões, colocando em jogo vidas.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

A Inversão De Papéis
Ian McEwan é uma rara unanimidade de público e crítica. Trata-se de um exímio contador de histórias que consegue equilibrar o sucesso comercial com uma altíssima qualidade literária.

Ateu convicto, nesse romance, ele discute a conduta da justiça diante de conflitos de ordem religiosa. A escolhida para levar adiante esse projeto é Fiona Maye, uma juíza da Vara da Família. Próxima de completar sessenta anos, sua carreira sempre foi pontuada pela correção, mas seu casamento vai de mal a pior desde que Jack, seu marido, anunciou que está interessado numa outra mulher.

Talvez a culpa seja dela... Já faz alguns meses que vinha priorizando o trabalho, envolvida numa questão difícil: o consentimento para a separação de gêmeos siameses, contrariando a vontade dos pais. Católicos praticantes, eles preferiam perder os dois filhos do que sacrificar um, para poder salvar o outro. Pensando bem, esse caso pode ser uma metáfora de sua crise conjugal... Ela deve pedir o divorcio ou sacrificar seu amor próprio, aceitando um "casamento aberto"?

Amanhã, ela terá pela frente mais uma difícil sentença: a disputa pela guarda das filhas entre o pai, um judeu ultraortodoxo, e a ex-mulher mais liberal. Afinal, quem está certo, ela com suas ideias "monogâmicas e conservadoras" ou esse marido "moderninho" que desconhecia?

O que Fiona não suspeita é que seu próximo caso irá desafiar todas suas convicções. Adam Henry, uma Testemunha de Jeová com leucemia, precisa urgentemente receber uma transfusão de sangue, mas sua religião proíbe. Resta apenas alguns meses para ele atingir a maioridade e até lá, cabe a juíza autorizar ou não o procedimento.

O jovem é um aprendiz de violino, inteligente e sensível, que gosta de escrever poesias. Poderia ser o filho que ela jamais teve ou um amante para ajudá-la superar a traição do marido. No entanto, após entrevistá-lo no hospital, a delicada atração que passa a uni-los, transcende a todos os clichês e aponta para um fato novo. Será que ela está apaixonada por ele?

Com inúmeras digressões, jogos metafóricos e referências musicais, é Keats com seu poema "Down by the Salley Gardens" quem sinaliza os desdobramentos da história. Apresentando um desfecho impecável, "A Balada de Adam Henry" é uma elegia a falibilidade das leis e da fé, revelando o encantamento pela vida e fazendo recordar a célebre frase de Saint-Exupéry: "Você é eternamente responsável por aquilo que cativou."

Nota: Sugiro como leitura complementar "Na Praia" do mesmo autor. A novela também aborda um casamento em crise, só que durante a lua de mel. A inexperiência e a ansiedade é quem tumultuam a relação assim como o sexo e a falta de diálogo são os pontos nevrálgicos dos dois enredos.
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Jeff.Rodrigues 03/07/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Na extensa obra de Ian McEwan, A Balada de Adam Henry ocupa, em minha opinião, um espaço intermediário. Apesar de manter o vigor de seus antecessores e jogar luz sob a atuação de juízes olhando-os sob o ponto de vista humano e não apenas como os perseguidores de criminosos dos thrillers jurídicos, o livro se contenta em ficar no básico que já se espera do autor. Mesmo podendo ir mais a fundo nas questões abordadas, Mc Ewan preferiu entregar aquilo que seus leitores estão acostumados, sem muitas ousadias.

A Balada de Adam Henry se destaca pela forma como sua protagonista, a juíza Fiona, foi construída. Disciplinada desde criança, ela é uma mulher forte, capaz de tomar decisões bem embasadas e que definem os destinos de vida dos litigantes que passam por suas mãos. Por outro lado, essa mesma força se transforma em fraqueza quando, dentro de casa, seu casamento desmorona e ela não consegue tomar decisões. O ato simples que ela se acostumou a exercer diariamente no tribunal não se repete em sua vida pessoal. Focada no trabalho, Fiona não consegue dispensar as mínimas atenções para lidar com o que está ao seu redor. Algumas passagens curiosas trazem interlocutores conversando com a personagem e ela sempre no meio termo entre um insignificante prestar atenção e as divagações sobre quaisquer outras questões.

Esse drama familiar vivido por Fiona acaba se misturando com o drama de vida que chega às suas mãos. A difícil tarefa de decidir a sobrevivência de um garoto leucêmico cuja religião não permite a transfusão de sangue. Os contratempos e descaminhos na busca pela sentença a levam a envolvimentos emocionais e Ian McEwan conduz os leitores pelos labirintos do comportamento humano. Ateu convicto, o autor explora, ainda que de forma menos combativa e mais contida, as contradições de uma crença que prefere ver o filho morto a ter seu sangue misturado com o de outra pessoa.

A balada que Henry escreve e envia à Fiona, e que conduz a trama para seu desfecho previsível, apressado e um tanto brusco, arremata uma história que não tem fim. Como em muitas de suas outras obras, McEwan faz apenas um recorte da vida, em sua faceta mais banal. Vislumbramos uma passagem de tempo na biografia daqueles personagens e seguimos em frente, como eles certamente também seguem, buscando aquilo “que só pessoas de mente aberta, e não o sobrenatural, podiam dar: um sentido para a vida”.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/07/02/resenha-a-balada-de-adam-henry-ian-mcewan/
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juliabarros 01/07/2018

03 motivos porque eu não gostei de “A balada de Adam Henry”
1 - Li este livro para a categoria “livro sobre um tema que você ache tabu” do Desafio Livrada. Como a própria categoria diz, é pra ser um livro sobre um assunto que te deixe desconfortável, que você faça aquela cara emburrada de “po, nem quero ler sobre isso”. Bom, em relação a isso, escolha PERFEITA. A história é sobre a decisão de uma juíza em autorizar ou não uma transfusão de sangue em um menino que está muito doente e não quer aceitar o procedimento por motivos religiosos. O assunto pode ser muito interessante mas eu não gostei do jeito que foi desenvolvido pelo autor.
2 - O livro é previsível em vários momentos. Eu previ alguns acontecimentos e outros são muito imprevisíveis porém muito sem noção mesmo, desnecessários. Além disso, achei algumas descrições longas e me vi entediada e querendo mais “emoção” em alguns momentos. O começo do livro empolga mas com o passar dos capítulos vai desanimando… A relação do menino com a juíza me deixou extremamente incomodada quase se tornando um segundo tabu no livro.
3 - No entanto, essa questão de saúde e religião é um assunto polêmico para mim. E o livro me deixou extremamente incomodada (não só com essa parte da história mas…). Acho que de maneira geral, concluí esta categoria do desafio com louvor. MAS ASSIM, foi o primeiro livro que eu li do Ian McEwan e preciso urgentemente ler outro para desfazer essa primeira impressão.

site: https://www.instagram.com/p/BkPzumcHA6s/?taken-by=03motivos
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Ruan.Mariano 29/05/2018

Que obra maravilhosa! Fiona é uma mulher de personalidade forte, extremamente preocupada com a ética profissional e com o seu trabalho. Em meio a sua crise conjugal, uma das pessoas a que seu trabalho ajuda a salvar se envolve afetivamente com ela. Não sei se o negócio é correspondido, mas é precisamente essa dúvida que nos prende a atenção do início ao fim. Uma leitura de tirar o fôlego.
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Biblioteca Álvaro Guerra 10/05/2018

Fiona, juíza de uma Vara de Família, precisa lidar com uma crise no casamento — o marido sai de casa para viver um romance —, enquanto ela julga o caso de Adam Henry. Com 17 anos, sofrendo de leucemia, o rapaz precisa de uma transfusão, mas os pais se recusam a permiti-la. O hospital recorre ao Judiciário para fazer o procedimento de forma compulsória. Assim, em “A balada de Adam Henry” vai buscar a dimensão literária do mundo da lei.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535925135
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Daniel432 13/04/2018

Final Inesperado
Uma juíza de vara de família com o casamento em crise tem que decidir sobre o tratamento de um jovem da religião Testemunha de Jeová que precisa receber uma transfusão de sangue para sobreviver à leucemia.

Algumas descrições do ambiente, típicas de um romance, me deixaram um pouco entendiado, mas o final foi inesperado.
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Bruna 25/01/2018

A Balada de Adam Henry – Ian McEwan

“Uma criança não deveria se matar por razões religiosas.”

Fiona uma juíza e uma questão crucial, um caso envolvendo religião e morte,uma decisão e suas consequências,o recomeço de uma vida onde princípios religiosos e culturais perdem o sentindo perante a relevante vida de Adam. Henry um jovem de 17 anos prestes a completar dezoito, portador de leucemia,precisando de uma transfusão de sangue.
Adam doutrinado pelos pais testemunhas de Jeová,e que juntos repudiavam uma transfusão de sangue,necessária para sua sobrevivência.
Fiona em meio uma crise conjugal, recebe o pedido de intervenção pelo hospital para que fosse autorizado a transfusão contra vontade de Henry e seus pais.Ela abraça a causa,vai até o hospital e conversa com Henry,ele não concorda,ela vê muito mais que princípios religiosos nele,ela enxerga vida e vontade de viver,no entanto barrados por uma incongruência religiosa.
Depois de ter sua vida salva por Fiona, Adam Henry sente-se livre de todo aprisionamento religioso,de toda desordem e inversão de preceitos e conceitos religiosos,mas no entanto estar fora da caixa que sempre foi condicionado a pensar,o deixa deslocado,meio perdido, e ele não consegue lidar com um novo sentido para sua vida,e então,pede que Fiona o ajude,mas ela não pode o ajudar.

Sempre que um tribunal decidir sobre qualquer questão relativa […] à
formação de uma criança, […] o bem-estar dessa criança deverá constituir
a principal preocupação da corte.
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