A balada de Adam Henry

A balada de Adam Henry Ian McEwan




Resenhas - A Balada de Adam Henry


112 encontrados | exibindo 106 a 112
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 8


Gabi Diehl 10/02/2015

A Balada de Adam Henry
Fiona Reis desde muito cedo em sua infância planejou minuciosamente os passos que deveria seguir para conseguir chegar numa posição de sucesso. Agora com sessenta anos ela percebe que conseguiu chegar ao cargo que sonhava: ela é uma juíza cultuadíssima de um tribunal superior da vara da família. Percebe-se então, que Fiona gosta de segurança, as mudanças fora de seu plano a assustam e é por isso que quando seu marido lhe faz a proposta de que ela aceite seu caso com Melanie, ela se vê abalada e confusa. Outro ponto que demonstra o seu amor pela segurança é espelhado em seu amor pela lei, ela como juíza está no controle da lei, está garantindo a segurança de um processo justo.
Ao mesmo tempo que sua vida pessoal desaba Fiona recebe a tarefa de decidir quem tem razão no seguinte caso: Adam Henry, um menino de 17 anos está com leucemia, sua família e ele são testemunha de Jeová e não admitem o único tratamento médico disponível para salvar sua vida: a transfusão de sangue. O hospital, querendo salvar a vida do menino entra com um processo para que a transfusão seja feita mesmo contra a vontade de seus pais, para preservar o bem maior da vida.
Nos olhos da lei, Adam Henry é uma criança, assim sua vontade não é tratada como absoluta e incontestável. Sendo assim, sua vida é passível de proteção legal caso seus pais não estejam zelando por ela. Ao mesmo tempo, os pais são responsáveis por seus filhos e cabe a esses decidir sobre questões médicas. Há também a liberdade religiosa e a boa fé da família. Por fim, a juíza trará questões sobre a capacidade mental (competência de Gulliver) de Adam, sua religiosidade, a coerção da sociedade e a vontade do menino. Ademais, ao longo do caso Fiona aproxima-se do menino, fugindo um pouco de sua ética profissional, o que é algo inteiramente novo para ela.
Fiona se vê num mar de questionamentos, tanto em questões em âmbito interno (marido, filhos, casa e carreira) quanto externas, a respeito das muitas variáveis a serem consideradas no caso de Adam Henry e sua aproximação dele.
O autor conduz a narrativa de forma excelente, trabalhando com a fase nova em que se encontra uma mulher no auge de seus 60 anos, mostrando que não importa nossa idade, sempre estaremos sujeitos a mudanças e questionamentos. Os assuntos no livro são tratados com profundidade, de forma que não tarda para que passemos a ter enorme afeição pela personagem principal, entendendo seus problemas complexos e simpatizando com eles.
É um livro que nos leva a uma grande reflexão sobre diversos temas e que ao mesmo tempo que nos envolve numa narrativa fantástica, rápida, num thriller policial. Um livro fascinante, com uma escrita rápida e de grande profundidade moral, recomendadíssimo!

site: www.insidecult.com
comentários(0)comente



Psychobooks 07/02/2015

Classificado com 4,5 estrelas no Psychobooks

Conheci Ian McEwan depois de ter me apaixonado pelo filme Desejo e Reparação. No entanto, meu primeiro contato com sua escrita foi em Serena (resenha). Eu tenho um exemplar de Reparação, mas ainda não o li por medo de me decepcionar, culpa das minhas altas expectativas.

Enredo
Fiona Maye é especialista em direito da família e ocupa o cargo de juíza no Tribunal Superior. Desde a infância, seu destino foi traçado e ela seguiu rigorosamente todos os passos para ter uma vida profissional bem sucedida, mas por trás de seu sucesso ela esconde os fracassos e arrependimentos da vida pessoal.

Fiona está com sessenta anos, é casada com Jack, um geólogo acadêmico, preocupados em chegar ao topo de suas profissões, o casal não teve filhos. Agora, o casamento de 35 anos está desmoronando, Jack faz uma proposta para Fiona que fica ultrajada.

Enquanto sua vida pessoal está ruindo, Fiona precisa lidar com casos complicados no trabalho, dentre eles, o de um garoto de 17 anos que precisa de uma transfusão sanguínea para sobreviver, mas ele e os pais a recusam por causa de suas convicções religiosas.

Narrativa e desenvolvimento do enredo
É incontestável a habilidade narrativa de Ian McEwan, ele envolve e conduz o leitor por sua história com maestria.

Entre julgamentos polêmicos, o autor consegue fazer com que sua personagem seja serena perante à decisões difíceis que se apresentam em seu tribunal. Quando chega a hora de Fiona tomar uma decisão sobre o caso de Adam, na ânsia de fazer o seu melhor, ela se aproxima do adolescente e acaba baixando a barreira profissional, permitindo que sua vida pessoal venha à tona.

O autor transita entre tempos presente e passado com facilidade e fluidez. Sem perder o foco, Ian faz relatos de casos passados da juíza e traz à tona discussões e ponderações sobre religiosidade e racionalismo. O dilema moral, que é característica dos romances do autor, está presente em todas as páginas do livro.

À primeira vista temos uma protagonista fragmentada, dividida entre Fiona juíza e Fiona esposa, mas conforme a leitura evolui, o autor consegue unir todas as particularidades de Fiona e a transforma em uma mulher completa, crível com suas dúvidas, certezas, sucessos e fracassos. Essa evolução da personagem é tão integrada e natural que é preciso atenção para perceber pontos chaves de mudança.

Concluindo
"A Balada de Adam Henry" é um livro poderoso com um final realista, mas que pode não agradar a todos.Com uma narrativa enxuta e poucas páginas, o autor criou uma história cheia de questionamentos morais e acima de tudo, humana e assustadoramente verossímil.

"(...) Ele sempre fora amável, leal e bondoso. E, como a Vara de Família provava diariamente, a bondade era o ingrediente humano mais essencial. Ela tinha o poder de afastar uma criança de um pai insensível, e às vezes o fazia. Mas afastar a si mesma de um marido insensível? Quando se sentia frágil e solitária? Onde estava o juiz que iria protegê-la?
Página 14"

site: http://www.psychobooks.com.br/2015/01/resenha-a-balada-de-adam-henry.html
comentários(0)comente



Celso 25/01/2015

A razão e a religião no mundo de McEwan
A balada de Adam Henry trata-se da minha segunda imersão ao mundo ao autor britânico Ian McEwan, após ler Serena e já nas primeiras páginas fiquei envolvido instantaneamente pela história da juíza Fiona.

O livro nos leva a vida de uma notória juíza divida entre sua profissão, ou seja, suas decisões na vara de família, e o prosaico dia a dia com seu marido. Ele acaba de ter um caso com um moça trinta anos mais nova que ela, e decide sair de casa. Assim, logo de imediatado, somos contaminados pela sensação de realidade daquela juíza, capaz de resolver grandes problemas nos tribunais mas envolvida com seus "pequenos" pecados e desejos numa relação afetiva.

Sem filhos, próxima aos sessenta anos, se envolve em casos marcantes apontados por Ian, principalmente, ao relacionar a vida privada e seu viés com a religião. Por exemplo, fiquei embasbacado diante da capacidade de análise do autor em relacionar a separação conjugal de Fiona com sua decisão separar os irmãos siameses no seu tribunal.

Então, aparece um rapaz, próximo de completar 18 anos, e como Testemunha de Jeová, ele e sua família decidem por não fazer a transfusão de sangue que poderia curá-lo. Ao se aproximar do rapaz, nasce uma relação de admiração mútua chegando ao clímax de um beijo curto e inesperado. Desta forma Ian nos envolve, mais bravamente, no debate dos limites da religião e da razão. " (...) que só pessoas de mente aberta, e não o sobrenatural: podiam dar um sentido para a vida".

O desfecho final da história nem é tão surpreendente, mas como Ian constrói o clímax da história e nos encerra diante das reflexões da personagem, nos fazem perceber estarmos diante de um grande autor, com uma capacidade incrível de apresentar ideias e de mostrar tudo isso diante de um romance muito bem alinhavado e inteligente. E o melhor, tudo de forma curta, sucinta e muitas vezes lírica.

site: www.blogdocelsofaria.blogspot.com
Andressa Moreira 02/02/2015minha estante
O Ian é mesmo incrível, e esse livro é absurdamente bom! rs
Meu preferido é o Reparação, acho que é o mais conhecido dele, se vc gostou desse, vai gostar bastante dele também, fica minha indicação.
:)


V 29/11/2015minha estante
Maravilhoso! É o terceiro que li do autor. Ele já havia me conquistado com "Reparação" e "Na Praia".




PorEssasPáginas 19/01/2015

“Um estudo assombroso sobre o amor em crise e uma mulher madura no limite de suas forças.” – Robert McCrum, The Observer

Acho que esta frase resume exatamente o que esta obra pequena (apenas 196 páginas) e concisa traz.

Fiona e Jack são casados há 35 anos. Ela, 59 anos, uma juíza da Vara de Família e ele, 60 anos, um professor de história. E neste livro acompanhamos um momento específico da vida deste casal, principalmente das vivências de Fiona; mais especificamente um caso de um menino de quase 18 anos de idade, Testemunha de Jeová, cuja família se recusa a aceitar que ele receba uma transfusão de sangue para complementar seu tratamento para leucemia. Enquanto lida com este caso, que para ela era apenas mais um caso, ela também tem que lidar com a crise em seu casamento, quando seu marido lhe pede permissão para ter um caso com uma mulher bem mais nova. Ele diz que sente falta da paixão. Acusa Fiona de ter se afastado. E ela fica enfurecida com a atitude dele.

No desenrolar da história Fiona vai visitar Adam no hospital para poder formular sua sentença do caso. Este contato gera uma fascinação em Henry que faz com que ele passe a enviar cartas a Fiona e a segui-la. Isto não tem uma conotação de stalker ou psicopata, nem nada do tipo.

O livro é muito sutil, mas ao mesmo tempo muito denso e maduro. O bom de não ser uma história longa é que pode ser lido de uma vez, trazendo ao leitor todo o peso do sentimento, das escolhas. Esse “peso” é uma marca da escrita de Ian McEwan que pode ser encontrado de formas diferentes nas suas obras. Elas se caracterizam principalmente pelos sentimentos, que o autor consegue passar para o leitor de forma magistral.

Imaginei que a obra desenvolveria mais a fundo o tema religioso, afinal o autor é famoso por suas visões quanto a religiões e extremismos. Apesar de não ser explorado tão a fundo, o tema tem sua importância na construção do personagem Adam Henry e sua posição em relação ao mundo. E não decepciona!

A obra também vem forrada de referências da música clássica, com compositores como Debussy e Mahler, e do jazz, como Keith Jarrett e Thelonius Monk. Excelente trilha sonora para acompanhar a leitura.

Não é uma leitura simples, nem para entretenimento vazio. É uma leitura que faz pensar. Mas acho que me faltou mais maturidade para mergulhar mais intensamente nestes sentimentos.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-balada-de-adam-henry
comentários(0)comente



Livros e Citações 14/01/2015

Me surpreendeu
Autor: Ian McEwan
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 200
Classificação: 4/5 estrelas

http://www.livrosecitacoes.com/resenha-companhia-das-letras-balada-de-adam-henry-ian-mcewan/

Após ver seu marido partir para viver com uma outra mulher, mais jovem, Fiona Maye, uma Juíza bem sucedida está passando por momentos de crise. Quando ela se vê envolvida no caso de Adam Henry, um adolescente de 17 anos que sofre de leucemia e precisa de transfusões de sangue para sobreviver, cujo os pais recusam o procedimento devido as suas crenças, Fiona dedica-se ainda mais ao trabalho, mas quando conhece Adam, a atração pelo o garoto e os problemas pessoais começam a afetar sua vida.

A primeira vez que tive contato com uma das obras de Ian McEwan foi através do filme “Desejo e Reparação”, baseado no livro Reparação do autor. Após ter assistido o filme, fiquei muito curiosa para conhecer suas obras e, quando surgiu a oportunidade de ler A Balada de Adam Henry, não pensei duas vezes e aproveitei as férias para lê-lo; posso dizer que essa foi uma das leituras mais interessantes que fiz no começo deste ano.

De início vemos os contrastes da vida de Fiona Maye, que enquanto vive uma carreira bem sucedida, a Juíza da suprema corte britânica enfrenta momentos de crise na vida pessoal. Após 35 anos de casamento, a proposta de uma relação aberta e o envolvimento de seu marido com uma jovem estagiária faz o relacionamento desabar. O arrependimento de não ter tido filhos e outras frustrações acabam afetando a sua vida e a faz questionar-se sobre suas escolhas. Mas quando Fiona precisa dar o veredicto ao caso do adolescente Adam Henry, diagnosticado com leucemia e que necessita de transfusões de sangue, mas se opõe ao tratamento com o apoio de seus pais Testemunhas de Jeová, ela procura conhecê-lo, mas com a aproximação do sensível Adam, ela se vê em uma situação ainda mais delicada.

"…Quando prestou juramento perante o presidente do Judiciário e fez seu voto de lealdade diante de duzentos colegas de cabeça coberta pela tradicional peruca branca, vestindo com orgulho uma túnica e sendo objeto de um discurso espirituoso, ela soube que a partida havia terminado, que pertencia à Justiça como outrora algumas mulheres tinham sido noivas de Jesus Cristo."

A Balada de Adam Henry realmente me surpreendeu. E não só pela trama, mas também pelo estilo de escrita do autor, que acabou por me recordar as muitas obras clássicas que li. Densa e instigante, a trama envolvendo Fiona é envolvente e me fez querer saber o que iria acontecer nas próximas páginas.

E confesso que foi bem interessante acompanhar os dramas pessoais de uma mulher de meia-idade, que como Juíza precisa lidar com Justiça, religião e o adolescente Adam Henry, e como esposa precisa lidar com uma relação turbulenta com o marido e as consequências de suas decisões. Durante a leitura eu me segurava para não ler as últimas páginas para saber qual seria o desfecho da história, mas eu resisti. rs.

Sobre os personagens, eles são bem construídos e tão humanos que leitor vai perceber que existem pessoas que agem como eles na vida real. O enredo é muito bem trabalhado e a trama se desenvolve naturalmente. Os temas polêmicos que o livro aborda são retratados com maestria e mesclar o passado com o presente vem de forma natural através das mãos de Ian McEwan e sua narrativa madura.

"Sua oportunidade de fazer promessas ternas, atraí‑lo de volta,
se desculpar por ter andado muito ocupada, cansada ou indisponível.
Mas ela desviou o olhar e nada disse."

Embora o romance seja mais indicado ao público adulto, eu também recomendo para os jovens leitores que estão à procura de um livro muito bem escrito, surpreendente e que além de contar a história de um ser humano em crise que precisa lidar com suas frustrações, nos traz questionamentos interessantes sobre relacionamento, trabalho, justiça e religião.

Resenha por: Amanda

site: http://www.livrosecitacoes.com/
comentários(0)comente



ValGouveia 12/01/2015

Lindo, emocionante
Sabe quando você olha pro livro e a capa não tem nada de atrativo? Apesar de ter me sentido atraída pela sinopse (a parte que li), achei que não iria gostar da história. Mas “A balada de Adam Henry”, me surpreendeu.

Fiona é uma juíza durona, está prestes a completar 60 anos quando seu marido chega e diz que gostaria de viver uma relação “aberta”. Quer continuar morando com ela, mas quer ter uma vida sexual com outra mulher, que surpreendentemente, Fiona conhece. Ela fica enlouquecida e mesmo achando que vai sofrer demais, por terem uma vida toda juntos, pede pra que ele vá embora.

Mas Fiona não pode deixar sua vida profissional de lado. São muitos julgamentos, muitos casos importantes para serem julgados e dentre eles, ela tem que julgar o caso de Adam. Um garoto que completa 18 anos em 3 meses, que tem leucemia e é Testemunha de Jeová. Como Adam ainda não tem idade para decidir por si mesmo, seus pais querem impedir que ele receba transfusões de sangue, método que salvará sua vida. Mas que vai contra os preceitos de sua religião.

Fiona resolve que para dar seu veredicto, precisa falar diretamente com Adam, e vai até o hospital. Quando Fiona se encontra com Adam, percebe que mesmo que ele ainda não tenha atingido a maioridade é um rapaz seguro de si, firme em seus propósitos e cheio de sonhos. E a partir disso, ela decide ali, o futuro de Adam. E falar mais que isso não dá.

Mesmo o livro sendo curto, UAU!!! Que história linda e intensa. O autor soube falar sobre religião de uma forma leve. Mas a história toda, depois do encontro entre Fiona e Adam é de tirar o fôlego. Os sentimentos passados pelos personagens me deixaram emocionada. Sabe quando você lê dizendo “não acredito que isso está acontecendo!”?

Talvez a forma com que o livro termine não agrade a todos os leitores, mas eu terminei o livro com a certeza de que não poderia ser diferente. Fiquei tão emocionada que meu marido percebeu quando eu fechava o livro e perguntou o motivo e eu tive que contar a história (de maneira resumida) pra ele.

Esse livro é completamente diferente de todos que li até agora. Mesmo sendo uma obra de ficção, parecia tudo tão real! A escrita do autor é perfeita, inteligente, refinada. Mas não é complexa.

Indico demais a leitura!

site: http://valgouveia.com.br
comentários(0)comente



Aione 03/01/2015

Desde que assisti a Desejo e Reparação, anseio por ler Reparação, de Ian McEwan, obra que originou o filme. Embora ainda não tenha tido a oportunidade de fazer essa leitura, acabei me deparando com A Balada de Adam Henry, mais novo romance do autor, e não pensei duas vezes em solicitá-lo.
Apesar de ter poucas páginas, o livro é extremamente denso em seu conteúdo. Com uma escrita direta e rápida, o autor consegue muito bem descrever cenários e situações, bem como revelar os mais íntimos anseios e pensamentos de suas personagens. No caso, em terceira pessoa, temos a visão de Fiona, juíza do Tribunal Superior que vive uma crise em seu casamento.
A primeira característica a me chamar completamente a atenção na obra foi a facilidade com que Ian McEwan transita por diferentes intervalos de tempo sem perder o foco, atrelando passado e presente, e, acima de tudo, a vida profissional de Fiona com sua vida pessoal. Não há uma distinção entre a juíza e a mulher – embora o sucesso da primeira seja contraposto ao fracasso vivido em seu relacionamento -, temos Fiona e todas as facetas de sua vida conectadas umas às outras, tornando possível estabelecer relações de causas e consequências nas situações por ela vividas.

“Ela tinha o poder de afastar uma criança de um pai insensível, e às vezes o fazia. Mas afastar a si mesma de um marido insensível? Quando se sentia frágil e solitária? Onde estava o juiz que iria protegê-la?”
página 14

Depois, é completamente notável a maestria do autor em debater assuntos polêmicos, fazendo um paralelo entre as convicções religiosas e o racionalismo. Com argumentações formidáveis de ambos os lados, traz a questão do jovem Adam Henry, acometido por leucemia e que se recusa a aceitar uma transfusão sanguínea por essa ser contrária as suas crenças e as de sua família. Assim, acompanhamos, durante parte da história, o debate no tribunal até o veredito de Fiona, capaz de gerar acontecimentos na história além do esperado.
Terminei a leitura fascinada pela escrita do autor e por sua capacidade de debater questões morais, de demonstrar diferentes opiniões e valores, de expor sentimentos conflituosos e, sobretudo, de humanizar suas personagens. Se antes eu já ansiava por conhecer outras obras do autor, após A Balada de Adam Henry, fazê-lo se tornou praticamente um dever a ser cumprido.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2014/12/30/resenha-a-balada-de-adam-henry-ian-mcewan/
comentários(0)comente



112 encontrados | exibindo 106 a 112
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR